scholarly journals Monitoramento de fungos anemófilos e de leveduras em unidade hospitalar

2005 ◽  
Vol 39 (3) ◽  
pp. 398-405 ◽  
Author(s):  
José Nelson Martins-Diniz ◽  
Rosangela Aparecida Moraes da Silva ◽  
Elaine Toscano Miranda ◽  
Maria José Soares Mendes-Giannini

OBJETIVO: Monitorar e caracterizar fungos anemófilos e leveduras de fontes bióticas e abióticas de uma unidade hospitalar. MÉTODOS: As coletas foram realizadas mensalmente e em dois períodos, do centro cirúrgico e unidades de terapia intensiva adulto e neonatal em hospital de Araraquara, Estado de São Paulo. Para coleta de fungos anemófilos foi utilizado amostrador tipo Andersen de simples estágio. A pesquisa de leveduras foi feita das mãos e de orofaringe de profissionais de saúde, bem como de superfícies de leitos e de maçanetas das áreas críticas. RESULTADOS: Foram recuperados do centro cirúrgico 32 gêneros de fungos anemófilos e 31 das unidades de terapia intensiva. Os gêneros mais freqüentemente isolados foram Cladophialophora spp., Fusarium spp., Penicillium spp., Chrysosporium spp. e Aspergillus spp. Durante o período de estudo, houve reforma e implantação de uma unidade dentro do hospital, que coincidiu com o aumento na contagem de colônias de Cladophialophora spp., Aspergillus spp. e Fusarium spp. Leveduras foram encontradas em 39,4% dos profissionais de saúde (16,7% das amostras dos espaços interdigitais, 12,1% do leito subungueal e 10,6% da orofaringe) e, em 44% das amostras do mobiliário, com predomínio do gênero Candida (C. albicans, C. guilliermondii, C. parapsilosis e C. lusitaniae) seguido por Trichosporon spp. CONCLUSÕES: Observou-se número relativamente elevado de fungos anemófilos (potencialmente patogênicos) em áreas especiais e níveis expressivos de leveduras em fontes bióticas e abióticas. O monitoramento microbiológico ambiental deve ser realizado, principalmente em salas especiais com pacientes imunocomprometidos, sujeitos à exposição de patógenos do meio ambiente, assim como, advindos de profissionais de saúde.

2008 ◽  
Vol 32 (5) ◽  
pp. 1380-1386 ◽  
Author(s):  
Edlayne Gonçalez ◽  
Tiago Noel de Souza ◽  
Maria Helena Rossi ◽  
Joana D'arc Felicio ◽  
Benedito Corrêa

As cascas de amendoim (Arachis hypogaea L.) são de grande importância para confecção de cama de frangos, de gado de leite e como fonte de fibras para ruminantes, portanto a elucidação dos mecanismos de contaminação por fungos toxigênicos e por micotoxinas em amendoim é imprescindível, especialmente para que medidas preventivas possam ser tomadas. Realizou-se, este trabalho, em Junqueirópolis, Estado de São Paulo, Brasil. Os principais fungos isolados nas cascas de amendoim foram Fusarium ssp. (78,75 %), Rhizopus ssp. (14,1 %) e A. flavus (11,75 %). No solo foram isolados Penicillium spp., Fusarium spp. e Aspergillus flavus, entre outros. Aflatoxinas foram detectadas em amostras de cascas de amendoim a partir do estágio de granação em concentrações que variaram de 5,42 μg/kg a 218,52 μg/kg. Ácido ciclopiazônico e fumonisinas B1 e B2 não foram detectadas. A presença de A. flavus e aflatoxinas nas amostras, revela a importância de um controle das cascas de amendoim antes de sua utilização. Boas práticas agrícolas são indicadas para região, uma vez que a contaminação das vagens ocorreu antes da colheita.


2015 ◽  
Vol 35 (1) ◽  
pp. 23-28 ◽  
Author(s):  
Thiago P. Motta ◽  
Adriana Frizzarin ◽  
Thamires Martins ◽  
Mariana S. Miranda ◽  
Juliana R.P. Arcaro ◽  
...  

A qualidade da dieta ofertada às vacas em lactação é uma preocupação dos agentes de saúde devido à possibilidade da detecção de micotoxinas prejudiciais a saúde humana e animal. Os objetivos do trabalho foram avaliar o perfil da micobiota, determinar a atividade de água (Aa) e a ocorrência natural de aflatoxina B1 (AFB1) em dietas ofertadas a vacas em lactação de fazendas leiteiras no estado de São Paulo, Brasil. As amostragens das dietas foram realizadas diretamente dos cochos de lote de 15 vacas, em dois dias consecutivos com intervalos de 24h e a cada 15 dias, perfazendo um período de 45 dias de amostragens por fazenda. A purificação e determinação de AFB1 foram realizadas em colunas de imunoafinidade e Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE). O estudo da micobiota presente nas amostras das dietas (288) revelou que as leveduras foram predominantes em todas as dietas (83,97 a 99,98%). Foram isolados 15 gêneros de fungos filamentosos, com os gêneros Aspergillus spp (20,09%), Fusarium spp (14,16%) e Penicillium spp (11,48%) os mais prevalentes. As contagens de Unidades Formadoras de Colônias por grama de alimento (UFC. g-1) variaram de 102 a 1011. A atividade de água das amostras variou entre 0,91 a 0,98. Foi detectada a presença de AFB1 em 31,44% das amostras com teores entre 1,68 a 194,51μg.kg-1. Medidas de boas práticas de produção, estocagem e utilização devem ser tomadas para diminuir a ocorrência de AFB1 nas dietas ofertadas às vacas em lactação.


2019 ◽  
Vol 18 (1) ◽  
pp. 12
Author(s):  
Manuella Fernanda De Souza ◽  
Jéssica Caxias Bento ◽  
Clarice Santana Milagres

A morte encefálica (ME) representa a ausência de funcionamento cerebral, no qual há inexistência de atividade elétrica na região do encéfalo e o paciente somente consegue sobreviver devido a meios artificiais, permanecendo com a função cardiorrespiratória intacta temporariamente. O enfermeiro tem importante papel na identificação, notificação e captação de órgãos de pacientes com este diagnóstico, atuando na comunicação com a família para que eles possam decidir sobre aceitar ou recusar a doação de órgãos. Objetivo: Verificar a percepção dos enfermeiros intensivistas diante da morte encefálica e da doação de órgãos. Métodos: Pesquisa qualitativa convergente assistencial, realizada em um hospital público no interior do Estado de São Paulo. Foram selecionados enfermeiros intensivistas que atuam neste setor de Unidade de Terapia Intensiva adulto. Para a pesquisa, foi realizada uma entrevista com questões norteadoras discursivas, e, posteriormente, utilizou-se a análise de conteúdo de Bardin. Nesta proposta, a categorização foi utilizada e empregada a representatividade. Resultados: Da análise das transcrições das entrevistas obtidas emergiram três categorias temáticas: percepção dos enfermeiros para lidar com a morte; preparo do enfermeiro intensivista sobre a morte e seus critérios de definição; e processo de trabalho do enfermeiro na efetividade do processo de doação de órgãos para transplante. Conclusão: O presente estudo proporcionou a percepção do enfermeiro intensivista diante da morte encefálica e da doação de órgãos. O processo de trabalho deste profissional consta, entre diversas atividades, realizar uma assistência de qualidade ao indivíduo em ME, reconhecer os sinais e sintomas da ME, realizar os cuidados ao corpo e, por fim abordar os familiares de forma empática e humana, assim como orientá-los, sobre a doação de órgãos. Diante desta última ação, o êxito de um futuro transplante pode ser possível.Palavras-chave: morte encefálica, transplantes, unidades de terapia intensiva.  


2010 ◽  
Vol 35 (2) ◽  
pp. 225-229
Author(s):  
Alexandre Luque ◽  
Camila Gabriela Garcia Martins ◽  
Marcele Siegler Santiago Silva ◽  
Fernanda de Córdoba Lanza ◽  
Mariana Rodrigues Gazzotti

2012 ◽  
Vol 30 (1) ◽  
pp. 107-115 ◽  
Author(s):  
Larissa Lenotti Zuliani ◽  
Marli de Carvalho Jericó

OBJETIVO: Descrever e comparar o consumo e gastos com medicamentos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e Semi-intensiva Pediátricas. MÉTODOS: Estudo descritivo, exploratório, retrospectivo, com abordagem quantitativa por meio de estatística descritiva simples. A coleta de dados ocorreu no período de junho de 2007 a maio de 2008 nas UTI e Semi-intensiva Pediátricas de um hospital de ensino do interior do Estado de São Paulo, utilizando-se a classificação ABC. RESULTADOS: O gasto médio/leito da Unidade Cardiológica foi de R$ 1.400,00±0,26 leito/mês e da Neonatal de R$ 1.530,00±0,27 leito/mês, sendo menor na UTI e Semi-intensiva Pediátrica (R$ 260,00±0,13 leito/mês). Houve variação significativa do gasto mensal com medicamentos independentemente da taxa de ocupação. Na Classe A, os dez medicamentos de maior custo representaram 57,1, 54,3, e 46,3% do orçamento das UTI e Semi-intensivas Cardiológica, Neonatal e Pediátrica, respectivamente. Na Neonatal, os dez medicamentos mais consumidos corresponderam à Classe C, com 6,6% do orçamento, enquanto que nas outras unidades se enquadram oito, responsáveis por 7,8% do orçamento da Cardiológica e 7,7% da Pediátrica. CONCLUSÕES: A classificação ABC permitiu conhecer o consumo e os gastos com medicamentos; esse método favorece a gestão desses recursos nas unidades avaliadas.


2007 ◽  
Vol 20 (3) ◽  
pp. 305-310 ◽  
Author(s):  
Simone Paschoa ◽  
Suely Sueko Viski Zanei ◽  
Iveth Yamaguchi Whitaker

OBJETIVOS: Avaliar a qualidade de vida (QV) dos técnicos e auxiliares de enfermagem que trabalham em Unidades de Terapia Intensiva e identificar os fatores sociodemográficos e relacionados ao trabalho que podem influenciar a QV. MÉTODOS: Estudo transversal realizado em um hospital escola da cidade de São Paulo. A coleta de dados de 126 trabalhadores de enfermagem em nove Unidades de Terapia Intensiva foi realizada em outubro e novembro de 2005. Utilizou-se como instrumento de avaliação de QV o WHOQOL-BREF. RESULTADOS: As médias em cada domínio da QV foram: Relações Sociais 66,3; Psicológico 60,8; Físico 53,1 e Meio-Ambiente 49,4. A variável idade apresentou correlação positiva somente com o domínio físico e o número de empregos se correlacionou inversamente com os domínios Físico, Psicológico e Relações Sociais. CONCLUSÃO: A qualidade de vida dos trabalhadores de enfermagem em todas as dimensões é relativamente baixa, considerando-se os valores entre 0-100. Há fraca correlação dos domínios com idade e número de empregos.


2007 ◽  
Vol 20 (4) ◽  
pp. 404-409 ◽  
Author(s):  
Tereza Yoshiko Kakehashi ◽  
Eliana Moreira Pinheiro ◽  
Gilberto Pizzarro ◽  
Guilherme

OBJETIVO: Verificar o nível de ruído da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e identificar suas fontes. MÉTODOS: Estudo quantitativo, descritivo e exploratório, conduzido em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de São Paulo. A coleta de dados ocorreu de abril a maio de 2005, utilizando um dosímetro para 96 horas de registro do nível de pressão sonora e 9 horas de observação, para identificar as fontes de ruído. RESULTADOS: Registrou-se Leq entre 61,3 a 66,6 dBA, sendo maior nos dias do final de semana. Os valores dos picos variaram de 90,8 a 123,4 dBC, sendo mais elevados no período noturno. As principais fontes foram: alarme dos ventiladores, dos oxímetros, conversa entre profissionais e pais e outros. CONCLUSÃO: Considerando os efeitos deletérios do nível elevado de ruído sobre neonatos e equipe de saúde, os resultados demonstram a necessidade de intervenções em algumas rotinas e na conduta dos profissionais e familiares.


2004 ◽  
Vol 12 (1) ◽  
pp. 83-91 ◽  
Author(s):  
Marcia Galan Perroca ◽  
Raquel Rapone Gaidzinski

Este artigo parte de uma pesquisa sobre a avaliação da confiabilidade e validade do instrumento de classificacão de pacientes, elaborado por Perroca, e tem por propósito analisar a validade de constructo desse instrumento, bem como verificar sua aplicabilidade na prática gerencial do enfermeiro. Integraram o estudo 141 pacientes, alocados em Unidades de Internacão e Unidades de Terapia Intensiva, de um hospital de ensino no interior de São Paulo. A validade de constructo do instrumento foi realizada por um conjunto de tratamentos estatísticos. O resultado do estudo evidenciou todos os indicadores críticos como importantes, tendo cada um papel próprio na determinação do grau de complexidade do paciente em relação à atenção de enfermagem, assim como mostrou que o instrumento apresenta evidências de validade, estando em condições de ser aplicado na prática gerencial do enfermeiro como norteador das necessidades de cuidado do paciente, bem como da carga de trabalho da equipe de enfermagem.


2021 ◽  
Vol 13 (2) ◽  
pp. e6414
Author(s):  
Rená Alves ◽  
Samara Bertin Suguitani Santello ◽  
Andressa Ferreira Adão

Objetivo: Identificar a percepção de médicos acerca do manejo da dor e os critérios para a escolha analgésica em pacientes pediátricos e neonatais hospitalizados em unidades de terapia intensiva pediátrica e neonatal. Métodos: Estudo descritivo, qualitativo, realizado no ano de 2020 em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) e uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTINEO) de um Hospital Regional de nível terciário vinculado a uma universidade privada do interior do estado de São Paulo. Para a realização das entrevistas, foi utilizada uma entrevista semiestruturada e analisada segundo Análise de Conteúdo proposta por Bardin. Resultados: Em relação à caracterização dos participantes, cinco eram do sexo masculino e 14 do sexo feminino. Sete participantes possuem formação em pediatria intensivista, sete em pediatria neonatal e cinco residentes em pediatria e neonatologia. O tempo de atuação na área infantil variou entre quatro meses a 42 anos, sendo a média de 10 anos. Os dados foram categorizados em duas categorias temáticas. Conclusão: Possibilitou apreender que os participantes estão sensibilizados com a dor pediátrica, porém, foi possível identificar que não utilizam instrumentos de avaliação da dor pediátrica, o que pode influenciar no manejo da dor como um todo.


2020 ◽  
Vol 23 (264) ◽  
pp. 3906-3921
Author(s):  
Thais De Lima ◽  
Carla Roberta Monteiro ◽  
Tânia Arena Moreira Domingues ◽  
Ana Paula Dias de Oliveira ◽  
Cassiane Dezoti da Fonseca

Objetivo: Verificar o conhecimento teórico-prático dos enfermeiros sobre a técnica do exame físico céfalo-caudal em um hospital universitário da cidade de São Paulo. Método: Estudo descritivo-exploratório de abordagem quantitativa realizado com 51 enfermeiros de unidades de internação e terapia intensiva adulto, submetidos a um questionário estruturado. A análise dos resultados foi feita por meio da estatística descritiva e análise inferencial por associação entre as variáveis de interesse. Resultados: Os dados revelaram índices de acertos acima de 70%. A graduação foi considerada o período de maior aquisição de conhecimento sobre o exame físico (p=0,039). O tempo de formação e atuação foram associados a maior escolaridade (p<0,05), a qual foi determinante para prática do exame físico (73,8%). Conclusão: os achados desta investigação reforçam a importância da educação permanente junto aos enfermeiros para a prática do exame físico com objetivo de manter uma assistência de qualidade orientada para a segurança do paciente.


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