scholarly journals Minimally Invasive Image Guided Interventions in Gynaecology and Women’s Health

Author(s):  
Arindam Bharadwaz
Author(s):  
Emanuelle Fick Bohm ◽  
Julia Dellazana Rocha Aldrighi ◽  
Ernesto de Paula Guedes Neto

Introdução: A histerectomia é o tratamento de escolha para certas condições ginecológicas, e a maior parte é realizada por causas benignas, sendo apenas 15% por um diagnóstico pré-operatório maligno. Há quatro vias de abordagem: abdominal, vaginal, laparoscópica e robótica. Além disso, pode ser dividida em total, subtotal e radical, com ou sem ooforectomia e salpingectomia. Objetivo: O presente artigo teve como objetivo elucidar as técnicas cirúrgicas de histerectomia e sua relação com lesões no trato geniturinário, a fim de analisar os riscos de complicações e lesões a órgãos adjacentes. Material e Métodos: A pesquisa foi realizada na base de dados do PubMed com estudos publicados nos últimos dez anos (2010‒2020), sendo utilizados os MESH terms “hysterectomy” AND “urinary tract injuries”. Artigos relacionados e bibliografias relevantes também foram consultados, tais como Society of Obstetrician and Gynaecologists of Canada (SOGC), American Journal of Obstetrics and Gynaecology (AJOG), Internacional Journal of Women’s Health, Korean Journal of Urology e Journal of Minimally Invasive Gynaecology. Os artigos selecionados foram estudos meta-analíticos, ensaios clínicos e revisões na língua inglesa. Resultados e Conclusão: Treze estudos foram incluídos na pesquisa, visando analisar as complicações de acordo com a via e o tipo de histerectomia. A realização de histerectomia vaginal (HV) por causas benignas demonstrou três vezes mais lesões no trato urinário. Contudo, HV e histerectomia abdominal (HA) demonstraram menor risco com relação a lesões na bexiga. Na histerectomia laparoscópica (HL), os riscos de lesões no trato urinário aumentam com cirurgia prévia e adesivo intra-abdominal ou retroperitoneal, e apesar de não ter uma diferença significativa de lesões vesicais intraoperatórias, a maioria dos estudos revelou maior dano após HL (até 95% das lesões de bexiga), comparado à HA. Quanto à histerectomia robótica (HR), não houve evidências conclusivas de sua superioridade à HL para lesões no trato urinário em pacientes com condições benignas e complexidade cirúrgica moderada. Contudo, pacientes com carcinoma endometrial, obesidade e/ou condições benignas de alta complexidade podem se beneficiar da HR. Em relação aos locais de lesão, há maior incidência de lesões de bexiga segundo os estudos analisados, mas deve-se levar em consideração que as taxas de lesões vesicais possam ser subestimadas. As lesões de bexiga ocorrem com mais frequência na dissecção no plano pré-vesical durante a HA ou HL ou durante a colpotomia anterior no momento da HV. Já as lesões ureterais compreendem 0,3%, e os locais mais comuns são ao longo da parede pélvica lateral à artéria uterina, a área da junção ureterovesical e a base do ligamento infundibulopélvico. Porém, é difícil estimar as taxas de lesão ao ureter com precisão, uma vez que grande parte das vezes a lesão é identificada no pós-cirúrgico.


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