scholarly journals Alterações hematológicas em cães soropositivos ao DPP e ELISA para Leishmania infantum submetidos ao tratamento com Miltefosina 2% / Hematological alterations in dogs seropositive to DPP and ELISA for Leishmania infantum submitted to treatment with Miltefosine 2%

2021 ◽  
Vol 4 (4) ◽  
pp. 5159-5172
Author(s):  
Vitória Aline Santos Sarmento ◽  
Ericka Wanessa da Silva Costa ◽  
Brenda Alves Da Silva ◽  
Ana Cláudia Ávila Mendonça ◽  
Bárbara Beserra Alves ◽  
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A leishmaniose visceral (LV) é uma doença de caráter crônico, zoonótico de alta letalidade, causada pelo protozoário Leishmania infantum. Os parâmetros hematológicos associados ao estado clínico dos animais são fundamentais no prognóstico da enfermidade e consequentemente na conduta clínica a ser adotada. Com isso, objetivou-se evidenciar as alterações hematológicas em cães soropositivos para LV submetidos ao tratamento com miltefosina 2%. Foram atendidos na Clínica Escola de Medicina Veterinária do Cesmac 9 cães soropositivos ao DPP (Dual Path Platform) e ELISA (Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay), os quais foram divididos em grupos de doentes, expostos e infectados, segundo alterações clínicas. Foram coletadas amostras sanguíneas e encaminhadas ao Laboratório de Análises Clínicas da mesma instituição, onde foi realizado o hemograma e bioquímicos, e posteriormente foi feito o perfil hematológico e constatou-se 77,7% (7/9) anemia normocítica normocrômica, 88,8% (8/9) hiperproteinemia, 44,4% (4/9) trombocitopenia, 33,3% (3/9) leucopenia, sendo 11,1% (1/9) associada a neutropenia e 22,2% (2/9) leucocitose associada a 22,2% (2/9) neutrofilia. Na bioquímica a ureia (UR) teve alteração no início do tratamento, permanecendo até o final. Houve alteração no nível de creatinina (CR) no começo e no fim do tratamento. Observou-se albumina (ALB) abaixo dos valores normais no início, permanecendo até o final do tratamento. O nível de proteína total (PT) apresentou alteração no início e ao final houve melhora. Houve alteração na fosfatase alcalina (FA) no início do tratamento, permanecendo alterada até o final do tratamento. Foi vista alteração nos níveis de alanina aminotransferase (ALT) no início, no meio e no final do tratamento. Ao longo do tratamento de 28 dias não foram vistas alterações hematológicas significativas que evidenciaram a melhora dos animais, sendo necessária a utilização de medicamentos associados, a fim de buscar uma melhor qualidade de vida ao animal.

2018 ◽  
Vol 25 (1) ◽  
pp. 132-141
Author(s):  
Ana Luísa Holanda de Albuquerque ◽  
Helio Langoni

As leishmanioses são um grupo de doenças infecciosas que afetam humanos, animais domésticos (cães e gatos) e silvestres, causadas por protozoários do gênero Leishmania. A transmissão ocorre pela picada do mosquito do gênero Phlebotomus no Velho Mundo e Lutzomyia no Novo Mundo. A Leishmaniose Visceral Canina (LVC), a forma mais agressiva, é causa frequente de doença clínica em cães e, ocasionalmente em gatos. Seus reservatórios variam de acordo com a região, podendo ser animais domésticos ou silvestres. Leishmania infantum está presente do sul do México até a América do Sul. No caso da LVC, a recomendação do Conselho Federal de Medicina Veterinária é a eutanásia. O tratamento era considerado ilegal até 2013, quando houve autorização do tratamento pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região em todo País, desde que não se utilizassem medicamentos para o tratamento da leishmaniose humana. Tratar ou não, indicar ou não eutanásia é questão polêmica para os clínicos veterinários, pois o tratamento não elimina totalmente a carga parasitária dos animais, e trata-se de uma zoonose. Em Brasília, a leishmaniose visceral é considerada endêmica, considerando o comportamento epidemiológico e a confirmação da autoctonia dos casos humanos. No presente estudo, foi aplicado questionário para se avaliar a prática do tratamento dessa enfermidade, em clínicas veterinárias de pequenos animais de Brasília. Cinco delas realizam o tratamento da LVC. Todas recomendam o alopurinol, quatro a miltefosina, três a marbofloxacina e duas a anfotericina B e antimoniais pentavalentes. Duas clínicas se recusaram a responder o questionário, e outras duas não realizam o tratamento, recomendando eutanásia


2020 ◽  
Vol 15 (5) ◽  
Author(s):  
Yasmin Garcia Marangoni ◽  
Carolina Isabella Mucellini ◽  
Érica Verneque Martinez ◽  
Jéssica Fernanda Gomes Da Silva ◽  
Fernando De Almeida Borges

A leishmaniose visceral, na sua forma zoonótica, é causada pelo protozoário Leishmania (Leishmania) infantum chagasi e transmitida pela picada do inseto vetor, dípteros da família Psychodidae, subfamília Phlebotominae, e representa 20% do registro de casos da leishmaniose visceral humana mundial. Nos países onde é zoonótica, como o Brasil, os cães são considerados os principais reservatórios da doença urbana. Os sinais clínicos da leishmaniose visceral canina (LVC) compreendem principalmente perda de peso, linfadenomegalia, hepatomegalia, esplenomegalia, onicogrifose e apatia, entretanto, até 80% dos cães que vivem em áreas endêmicas podem ter contato com a doença e não apresentar sintomatologia. Os métodos parasitológicos são exames considerados seguros para o diagnóstico da infecção por Leishmania spp., em razão da observação de formas amastigotas do protozoário diretamente nos tecidos do animal (TEIXEIRA et al., 2010) e a punção aspirativa por agulha fina (PAAF) dos linfonodos tem sido o exame proposto para o diagnóstico (BRASIL, 2006). O objetivo do trabalho foi avaliar a frequência de Leishmania spp. isoladas em PAAF em cães, analisadas no Laboratório de Doenças Parasitárias da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul entre agosto de 2017 e setembro de 2020. As amostras foram recebidas em lâminas de microscopia após citologia por squash, coradas com kit panótico rápido LaborClin®, e observadas ao microscópio óptico no aumento de 100x em óleo de imersão. Das 539 amostras enviadas para diagnóstico, 28,20% (152/539) demonstraram formas amastigostas de Leishmania spp., enquanto 12,06% (65/539) apresentaram material insuficiente para leitura – presença de gordura ou sangue – e 59,74% (322/539) demonstraram resultados negativos. No que diz respeito à prevenção, o contato entre o vetor infectado e o cão deve ser evitado e medidas recomendadas aos cães soronegativos ou em tratamento envolvem uso de colar impregnado com deltametrina 4%, limpeza do ambiente voltada principalmente para matéria orgânica, uso de telas em canis individuais ou coletivos, exame sorológico prévio antes da doação, controle da população errante, uso de plantas que repelem insetos, bem como evitar passeios noturnos, pois é o horário de maior atividade dos flebotomíneos. Além disso, a vacinação pode ser uma estratégia recomendada, uma vez que não há tratamento que garanta a cura total da doença no cão. Em relação ao diagnóstico para a presença de amastigotas de Leishmania spp., o método de PAAF apresenta melhor sensibilidade, rápida execução e custo-benefício, entretanto, exige prática profissional tanto para a coleta do material quanto para a leitura da lâmina.


2012 ◽  
Vol 15 (1) ◽  
pp. 47
Author(s):  
M.C. Rodríguez-Díez ◽  
J.J. Beunza ◽  
C. López-Del Burgo ◽  
O. Hyder ◽  
M.P. Civeira-Murillo ◽  
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Keyword(s):  

2005 ◽  
Vol 8 (1) ◽  
pp. 31
Author(s):  
Blanca H. de Espínola ◽  
Samuel Bluvstein ◽  
Ingrid G. Melis ◽  
Marcelo A. González Soler
Keyword(s):  

2020 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 99
Author(s):  
A. Ramos-Robledo ◽  
C. Meijides-Mejías ◽  
L.M. Leyva-Hernández ◽  
A.J. Dorta-Contreras
Keyword(s):  

2017 ◽  
Vol 20 (3) ◽  
pp. 133
Author(s):  
M. De los Santos-Rodríguez ◽  
F. Nagore-Ancona ◽  
R. Pech-George ◽  
R. Esperón-Hernández ◽  
R. Fernández-Pérez ◽  
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Keyword(s):  

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