scholarly journals Auctoritas facit legem: o problema da justificação da autoridade em Hobbes

2021 ◽  
Vol 20 (3) ◽  
pp. 774-792
Author(s):  
Clóvis Brondani
Keyword(s):  

Este texto objetiva tratar da relação entre ciência e autoridade na filosofia de Thomas Hobbes. O problema fundamental que motiva o trabalho está nas constantes afirmações de Hobbes segundo as quais é a autoridade e não a verdade que faz a lei. Tais afirmações, que revelam a adesão à concepção voluntarista de lei, parecem comprometer o projeto de instituição da scientia civilis por parte de Hobbes, uma vez que a decisão do soberano seria de caráter meramente arbitrário e não fundada racionalmente, portanto. Desta perspectiva, o projeto de fundar uma ciência da moral e da política parece perder grande parte de sua força, o que por sua vez torna problemático o estabelecimento de uma base normativa adequada para a autoridade política, uma vez que a justificação dos enunciados normativos que a fundamentam deveria necessariamente derivar do conhecimento científico. A intenção é elencar alguns elementos que possam demonstrar que a tese da auctoritas facit legem não implica o abandono da racionalidade, argumentando que não apenas a justificação da autoridade, mas a própria instauração da lei civil segue um conjunto de princípios racionais.

XVII-XVIII ◽  
1983 ◽  
Vol 16 (1) ◽  
pp. 7-19
Author(s):  
Franck Lessay
Keyword(s):  

2007 ◽  
Vol 50 (1) ◽  
pp. 113-131
Author(s):  
Petar Bojanic
Keyword(s):  

(nemacki) Im Text wird zun?chst Hobbes' Interpretation des Verrats und des Hochverrats vorgestellt Hobbes versucht, zwei alte Institutionen des r?mischen Rechts seiner Zeit und dem Wissensstand in Theologie und Philosophie anzupassen. Die Figur des Verrats (and des Verr?ters) ist sehr bedeutsam im Kontext von Hobbes Verst?ndnis des Souver?ns und der Souver?nit?t. Der zentrale Abschnitt des Texts unternimmt den Versuch, im Rahmen von Hobbes' Begriff der Repr?sentation, ?ber den er im 16. Kapitel des "Leviathan" spricht, den Ursprung und die unbedingte Bedingung des Verrats als solchen aufzudecken. Der Akt des Verrats, in dem wir die verr?terische Geste (oder die Dynamik des Verrats) entdecken k?nnen, k?nnten in dem sogenannten Paradox der Repr?sentation und der Prokuration gefunden werden. Der Verr?ter unterbricht die Kette der ?bertragung der Macht und der Bem?chtigung, er hebt die Repr?sentation und das Sprechen im Namen eines anderen auf. Wie ist dies m?glich? Enth?lt das Sprechen und Handeln im eigenen Namen immer ein Element des Verrats?.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document