hans staden
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DAPesquisa ◽  
2019 ◽  
Vol 2 (4) ◽  
pp. 241-252
Author(s):  
Marta Lúcia Pereira Martins
Keyword(s):  

As aventuras do artilheiro alemão Hans Staden no período colonial brasileiro, ilustram os desígnios e as engendrações da diferença e da alteridade. Autor dos primeiros registros de viagens escritos sobre o Brasil cuja primeira versão em livro impresso foi feita em Marburg, na Alemanha, em 1557, Primeiros registros escritos e ilustrados do Brasil e seus habitantes descreve as duas viagens ao “Brasil” e consta entre as primeiras narrativas de testemunho dos viajantes europeus ao Novo Mundo. Nele, Staden conta a sua detenção de nove meses entre os Tupinambás onde viveu a experiência de ser ameaçado constantemente de ser objeto de antropofagia ritual. Ao longo de quatro séculos, a antropofagia havia se tornado um elemento interditado tanto no discurso “culto” do país, quanto dentro da própria cultura indígena, postando-se, porém, no primeiro movimento modernista com a voracidade com a qual todo objeto reprimido retorna.


2019 ◽  
Author(s):  
Victoria Langland
Keyword(s):  

Revista BBM ◽  
2018 ◽  
pp. 179-186
Author(s):  
Marisa Midori Deaecto
Keyword(s):  

Ressaltando discrepâncias e consequências para o público leitor da época e para as gerações futuras, a autora discute o impacto das histórias presentes na caixa Oito Viagens ao Brasil, de Gustavo Piqueira, na qual diferentes autores registram suas versões/interpretações/projeções a respeito das viagens realizadas no processo de conquista do Novo Mundo e os interesses do Velho Mundo pelas civilizações americanas. Além disso, relaciona esses registros com outras obras pertencentes ao contexto da história das descobertas como a de Hans Staden e Rabelais e destaca aspectos gráficos e editoriais explorados tanto na obra de Piqueira quanto nos relatos existentes nela.


Author(s):  
Lúcia Nagib
Keyword(s):  

Obra maior, mas pouco estudada, do movimento tropicalista do final dos anos 1960, Como era gostoso o meu francês (Nelson Pereira dos Santos, 1970-72) recicla os ideais antropofágicos do modernismo brasileiro dos anos 1920, cuja base se encontra na literatura europeia colonial. O enredo aparentemente linear do filme versa sobre um francês devorado por índios tupis no século XVI, ao estilo do relato autobiográfico do aventureiro Hans Staden que teria escapado por pouco de destino semelhante em viagem ao Brasil. Mas a tessitura do filme é na verdade uma colagem de materiais diversos no melhor estilo tropicalista, incluindo não apenas citações do texto de Staden mas também os desenhos que ilustram a edição de 1557 de seu livro, além de referências aos escritos de Jean de Léry, André Thevet, Nicolas de Villegagnon, José de Anchieta, Manoel da Nóbrega, e a poemas e receitas culinárias do século XVI. Neste texto, sugiro que a ausência de hierarquia entre esses materiais, alinhavados por um hibridismo de mídias, línguas e culturas europeias e indígenas, confere ao filme um valor político que transcende o derrotismo reinante na esquerda brasileira naquele momento de auge da ditadura militar. Ao lado de outras obras modernistas associadas ao tropicalismo, Como era gostoso o meu francês reivindica para o cinema e a arte de seu tempo o direito de pertencer a um mundo multicultural para além dos limites da nação brasileira, provisoriamente em poder de mãos erradas.


2017 ◽  
pp. 11
Author(s):  
Gabriel Felipe Pautz Munsberg ◽  
João Manuel dos Santos Cunha
Keyword(s):  

O artigo relata resultados da investigação denominada “Marcas da violência em literatura e cinema”, vinculada ao projeto de pesquisa “Literatura, cinema e autoritarismo” (UFPel-CNPq-PROBIC-FAPERGS, 2011-2012). O propósito é o de analisar a obra cinematográfica Como era gostoso o meu francês (Nelson Pereira dos Santos, 1971), considerando as relações intertextuais identificadas no filme com os hipotextos quinhentistas Hans Staden: Zwei Reisen nach Brasilien (Duas viagens ao Brasil, 1557, Hans Staden) e Histoire d'un voyage faict en la terre du Brésil (Viagem à Terra do Brasil, 1578, Jean de Léry). A aproximação contrastiva das narrativas, centrada no exame dos contextos histórico, cultural e político em que as obras foram criadas, busca averiguar a incidência de possíveis traços de autoritarismo na constituição do imaginário nacional, historicamente enformado por práticas arbitrárias no exercício de poder autoritário, marcado por violência e iniquidade.Palavras-chave: Literatura; cinema; autoritarismo; violência


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