Sociedade e Cultura
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Published By Universidade Federal De Goias

1980-8194, 1415-8566

2021 ◽  
Vol 24 ◽  
Author(s):  
Carla Ladeira Pimentel Águas ◽  
Cristhian Teófilo da Silva

Neste artigo, abordaremos a sócio-hidrodiversidade de povos indígenas e tradicionais da bacia Tocantins-Araguaia com o duplo objetivo de reconhecer seus saberes sobre as águas e contrapor estas percepções ao desenvolvimentismo do modelo agroexportador e  mega-hidráulico dominante. Partindo de uma perspectiva pós-colonial, realizamos a escuta a partir de atores situados na região da Chapada dos Veadeiros, no Nordeste goiano, tendo entrevistas semiestruturadas, observação direta e participante como estratégias metodológicas. Exploramos os saberes de sujeitos provenientes dos quilombos do Moinho (Alto Paraíso de Goiás), Capela (Cavalcante) e do município de Colinas do Sul, bem como as cosmovisões dos avá-canoeiros. Como resultados, sublinhamos a importância do diálogo interepistêmico e intercultural para a ressignificação das águas do Cerrado brasileiro em favor de seu uso mais sustentável, o que pode trazer novas respostas aos dilemas civilizatórios que nos expõem a variadas crises. 


2021 ◽  
Vol 24 ◽  
Author(s):  
Sales Augusto dos Santos

O presente artigo visa a compreender por que os membros do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) da Universidade Federal de Viçosa (UFV) impuseram uma forma de operacionalização à Comissão de Verificação de Autodeclaração Étnico-Racial (CVAER) da instituição que, simultânea e contraditoriamente, impediu o ingresso fraudulento dealguns estudantes brancos nas vagas das subcotas étnico-raciais destinadas aos estudantes pretos, pardos e indígenas, que era o objetivo da referida comissão, mas também permitiu o ingresso de dezenas de estudantes brancos nessas vagas. Por meio de fatos, dados e argumentos consistentes e plausíveis, sustenta-se a hipótese de que a tomada de decisão dos membros do CEPE foi em virtude da branquidade, isto é, do privilégio racial (branco) dos conselheiros desse órgão da universidade. 


2021 ◽  
Vol 24 ◽  
Author(s):  
Ivan Henrique De Mattos e Silva

 O presente trabalho está centrado em uma discussão a respeito da crise da Nova República no Brasil – tanto do ponto de vista institucional quanto de suas balizas orgânicas e ideológicas –, bem como da ascensão de novos grupos políticos nas primeiras décadas do século XXI abertamente identificados com uma direita reinventada, que encontraram na eleição de Jair Bolsonaro para a Presidência da República, em 2018, o desaguadouro institucional de uma longa disputa ideológica no seio da sociedade civil operada como guerra de posições. O argumento central desta reflexão reside na categorização da crise da Nova República como uma crise de hegemonia, e, portanto, do próprio pacto social de dominação política construído durante o processo de redemocratização das décadas de 1980 e 1990. Imerso em um interregno, o Brasil teria, no bolsonarismo, o principal sintoma dessa paralisia histórica. 


2021 ◽  
Vol 24 ◽  
Author(s):  
Thais Lemos Duarte ◽  
Natalia Cristina Costa Martino ◽  
Ana Beraldo

O artigo analisa embates e aproximações entre distintos atores– órgãos de Direitos Humanos e Conselho Nacional de Justiça (CNJ),Governo Federal e Tribunais de Justiça, e o Primeiro Comando da Capital (PCC) – no que se refere à emergência da Covid-19 e seu espraiamento nas prisões. A partir da análise de matérias jornalísticas, normativas, e dados estatísticos oficiais, argumenta-se que os discursos do PCC e as diretrizesinternacionais e nacionais convergem no que tange a uma pauta central: a necessidade de redução da superlotação prisional. Por outro lado, governo e agentes de justiça mostram-se contrários ao desencarceramentode custodiados, alegando que poderia gerar insegurança à população. Em consequência, as já ruins condições carcerárias se tornam ainda mais precárias e a vida das pessoas privadas de liberdade ainda mais frágil. O efeito desse cenário é que o PCC assume o papel de defensor dos direitos dos presos, em potencial intensificação de sua legitimidade nas cadeias e periferias.


2021 ◽  
Vol 24 ◽  
Author(s):  
Bruno Ferreira Freire Andrade Lira

Desde 2015, o Brasil vem adotando com mais intensidade a retórica neoliberal do ajuste econômico e, consequentemente, alargando suas múltiplas formas de desigualdade social agravadas com a chegada da pandemia. O objetivo do artigo é, portanto, refletir como o pensamento decolonial pode contribuir na leitura sobre a esfera estatal brasileira na condução do enfrentamento da pandemia diante da reprodução do entrecruzamento de desigualdades – de classes, raciais e de gênero. A partir de uma revisão bibliográfica crítica, adota-se como chave analítica para o entendimento dessa realidade social a tensão colonialidade/decolonialidade. O tensionamento permite identificar que, se por um lado há uma racionalidade neoliberal que coloniza o Estado e a sociedade, por outro, resistem e existem – (r)existem – as Epistemologias do Sul e, mais especificamente, o pensamento decolonial, que tratam de visibilizar as experiências e as práticas de (r)existência das lutas sociais. A maior presença da esfera estatal brasileira é então requerida como forma de confrontar a intersecção de desigualdades, mesmo em um governo de forte cunho neoliberal. Nesse sentido, é preciso avançar na construção de uma agenda de reflexão e discussão acerca dos processos de reprodução das desigualdades interseccionais.


2021 ◽  
Vol 24 ◽  
Author(s):  
Pablo Pérez Navarro
Keyword(s):  

La percepción social del riesgo asociado al contagio, la construcción del otro como amenaza y la experiencia social del espacio público durante la pandemia de enfermedad por coronavirus 2019 (COVID-19) resultan de elementos epidemiológicos específicos, entrelos que se cuenta el elevado contraste existente entre la relativamente baja mortalidad por infección y la explosiva transmisibilidad del virus. Recurriendo a algunos elementos de la psicología social del riesgo, se argumenta que la vida mediática de esos factores nos sitúa en unas coordenadas biopolíticas similares a las del escenario post-11 deSeptiembre, favoreciendo la proliferación de solapamientos, híbridos y alternancias entre el laissez faire neoliberal y las respuestas punitivistas e hiper-securitarias a la pandemia. Como alternativa, se defiende la necesidad de evaluar críticamente las políticas de respuesta en un marco transnacional y radicalmente interpandémico.


2021 ◽  
Vol 24 ◽  
Author(s):  
Johana Kunin ◽  
Yanina Faccio
Keyword(s):  

En el presente trabajo nos proponemos indagar en los modos a través de los cuales se ha gestionado la pandemia por COVID-19 en aglomeraciones medianas y pequeñas de la provincia de Buenos Aires (Argentina) en las que los vínculos “cara a cara” son predominantes. Nuestro material etnográfico se nutre de entrevistas a habitantes de distritos rurales bonaerenses en los que venimos haciendo trabajo de campo – presencial y ahora también a la distancia – desde hace ocho años, de notas periodísticas locales, y de audios y memes difundidos en redes sociales y servicios de mensajería instantánea vía teléfono celular. A partir del análisis de este corpus etnográfico, aquí presentamos dos hipótesis. En primer lugar, que, más allá de los tan mentados cambios radicales que ha traído la pandemia, los modos de gestionarla en tanto problema social a nivel cotidiano, al menos en las aglomeraciones de las escalas aquí tratadas, se han montado sobre mecanismos sociales preexistentes, tales como la circulación de chismes y rumores – con frecuentes escaladas al escándalo, redes sociales de por medio –. En segundo lugar, que, al mismo tiempo, no todo ha sido continuidad actualizada de repertorios sociales previos; en efecto, a lo largo de la pandemia, hemos observado que situaciones de diferenciales de poder previamente “indecibles” han pasado a la esfera de lo denunciable; también, que han emergido nuevos repertorios – tales como las ideas de “auto-cuidado” o “cuidado comunitario” – movilizados para justificar o incluso para demandar al Estado la circulación de información personal de reales o potenciales enfermos, puesto que émicamente se sostiene que saber quién está infectado puede evitar la transmisión del virus. Como veremos, en estos contextos particulares, el COVID-19 ha puesto en escena nuevos intersticios – o, al menos, la demanda de nuevas articulaciones – entre nociones de persona más o menos centradas en lo relacional o en el individuo, como modos de ejercer cuidados tanto sobre la salud comunitaria como sobre las reputaciones personales.


2021 ◽  
Vol 24 ◽  
Author(s):  
Jaqueline Ferreira

O ano de 2020 foi marcado pela pandemia do coronavírus. O Brasil, país particularmente atingido pela doença, figura como péssimo exemplo na cena mundial graças ao número elevado de contaminados e mortos em consequência do negacionismo e da falta de programas e políticas direcionadas à prevenção e ao combate da doença. Este artigo,por meio de análise da literatura, reportagens de mídia e postagens de redes sociais, pretende refletir, em uma perspectiva antropológica, sobre o contexto brasileiro diante da pandemia sob dois registros: o impacto das respostas governamentais relacionadas com questões ideológicas pautadas por uma necropolítica; o fato de que o isolamento e a quarentena têm gerado grande impacto na sociedade dada a mudança de rotinas. Assim, busca-se analisar os significados simbólicos que a doença produz em relação às mudanças de hábitos e comportamentos, sobretudo no que se refere ao uso de máscaras e às práticas de desinfecção dos ambientes e objetos.


2021 ◽  
Vol 24 ◽  
Author(s):  
Mariana de Araujo Aguiar ◽  
Luciana De Araujo Aguiar

Este artigo tem como objetivos descrever e examinar a virtualização do setor cultural brasileiro durante a pandemia da Covid-19, analisar as resposta do governo brasileiro face à  crise do setor e identificar as percepções dos artistas fluminenses sobre os impactos socioeconômicos da pandemia. A metodologia usada para atingir estes objetivos inclui pesquisa documental e coleta de dados através de um questionário. A abordagem teórica centra-se nos conceitos de virtualização e direitos culturais. Os resultados da pesquisa mostram que um grande número de artistas começou a usar ferramentas online para continuar suas atividades profissionais. No entanto, apesar de algumas vantagens, a impossibilidade de rentabilizar as produções e a consequente perda económica são colocadas como grandes desvantagens desta virtualização. No que tange às políticas culturais, o aspecto que se tornou mais evidente, nas respostas adquiridas, refere-se ao modelo de gestão e sua ineficácia.


2021 ◽  
Vol 24 ◽  
Author(s):  
Philipp Altmann ◽  
Rafael Polo ◽  
Katiuska King ◽  
Rosario Maldonado

La pandemia de COVID-19 ha significado una crisis importante para el Ecuador. Afectó gravemente a la situación económica de la población e implicó decisiones inmediatas en materia educativa, así como incertidumbre y expectativas negativas en lo laboral. Como experimento social involuntario, mostró los quiebres en tres tipos de conocimientos: el conocimiento práctico y cotidiano de la población, el conocimiento científico y sobre la ciencia, y el conocimiento emocional. La formación de estos conocimientos facilita a la difusión de información falsa, la incomprensión de la ciencia, y la confusión emocional. Para esto, el artículo se basa en una encuesta de alcance nacional a más de 2.000 hogares en el Ecuador, levantada entre mayo y julio de 2020. Estos datos permiten una revisión de los impactos sociales de la pandemia, incluyendo las estructuras pre-existentes que los hicieron posibles.


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