Música Popular em Revista
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(FIVE YEARS 1)

Published By Universidade Estadual De Campinas

2316-7858

2021 ◽  
Vol 8 ◽  
pp. e021005
Author(s):  
Renan Branco Ruiz

Este artigo analisa a formação da Vanguarda Paulista Instrumental (VPI) como objeto de estudo central para refletir e investigar a articulação entre jazz brasileiro, música popular e composições instrumentais durante o último terço da ditadura civil-militar (1964 -1985). No final dos anos 1970 e início dos 1980, o mercado musical brasileiro passou por diversas transformações. Nesse período, a VPI incorporou novas sonoridades para o universo da música popular instrumental e do jazz brasileiro. Baseando suas propostas no experimentalismo do jazz fusion em atrito com diversas noções de “brasilidade musical”, encontraram na produção musical independente a possibilidade de mediação para incluir suas obras na indústria fonográfica brasileira. São bandas como Metalurgia (1981 - 1983), Pé Ante Pé (1979 – 1983), Divina Increnca (1978 – 1981), Pau-Brasil (1978 - atual) e Grupo Um (1976 -1984), entre muitas outras. A Vanguarda Paulista Instrumental é formada pela convergência de determinados elementos e características que circunscrevem tanto as soluções para gestão de carreira artística quanto a estética musical das bandas em um mesmo campo de possibilidades, bastante específico, conforme veremos neste texto.


2021 ◽  
Vol 8 ◽  
pp. e021004
Author(s):  
Flávia Guia Carnevali ◽  
José Geraldo Vinci de Moraes
Keyword(s):  

Embora diversos agentes tenham tomado parte na construção da memória do samba como música nacional brasileira na primeira metade do século passado, a ação intelectual de jornalistas da imprensa periódica e da especializada teve papel central. Contudo, há ainda poucos estudos sobre a prática e percepção desses cronistas na invenção de uma historiografia da música popular. Eneida de Moraes (1904-1971), primeira repórter do Diário de Notícias, por meio de suas crônicas e, sobretudo, no livro História do carnaval carioca (1958), construiu um discurso historiográfico que tinha no carnaval carioca seu eixo principal e, de maneira derivada, o samba. Este texto pretende exatamente discutir o papel dela neste processo cultural e intelectual e como seu discurso procurava valorizar certa concepção de cultura popular que tinha o carnaval carioca do subúrbio como uma espécie de resistência e utopia.


2021 ◽  
Vol 8 ◽  
pp. e021003
Author(s):  
Sandor Buys

Com o intuito de contribuir para a formação de uma literatura sobre discos de música brasileira lançados na fase inicial da indústria fonográfica, ainda gravados por meios mecânicos (1902-1927), neste trabalho os discos Apollo são analisados. Estes discos são peculiares em não possuir identificação de onde foram gravados ou prensados, provavelmente por isso passaram despercebidos por outros pesquisadores e não tinham sido mencionados na literatura até o momento. São apresentadas descrições detalhadas do corpo dos discos e dos selos; são comentados os passos dados para associar o selo Apollo à gravadora porto-alegrense Casa A Electrica e são feitas comparações com outros selos desta gravadora. Por fim, a falta de identificação do fabricante no selo Apollo é discutida. Procurou-se demostrar neste trabalho que discos fonográficos podem ser fontes históricas importantes quando analisados em detalhe e de forma comparada.  


2021 ◽  
Vol 8 ◽  
pp. e021002
Author(s):  
Gabriel Barth da Silva

É possível perceber no decorrer da última década um crescimento relevante do consumo de K-Pop (gênero musical sul-coreano) a nível global, e isso não é uma exceção na realidade brasileira. Tendo um crescimento sensível principalmente entre os jovens, o consumo do gênero acaba por ocupar, em muitos casos, um lugar central na vivência cotidiana de seus consumidores, que passam a estabelecer contatos com outros sujeitos que também estão vinculados a essa música, atravessando suas identidades e modificando suas trajetórias de vidas junto com objetivos que acompanham imaginários atrelados ao gênero. A partir disso, a presente pesquisa buscou compreender como esse fenômeno se manifesta na cidade de Curitiba, PR, Brasil, utilizando-se de entrevistas com consumidores de K-Pop sobre suas experiências prévias ao gênero, seu contato com ele e suas perspectivas futuras, auxiliando a elucidar as estruturas que envolvem essa vivência. Foi possível perceber que o aprendizado do coreano, viajar para a Coreia do Sul e a construção de sua identidade foram aspectos centrais para as participantes.


2021 ◽  
Vol 8 ◽  
pp. e021001
Author(s):  
Urbano Lemos Junior ◽  
Vicente Gosciola

O artigo resgata uma importante referência na pesquisa de campo e na gravação de canções de origem popular. Na década de 1920, a carioca Elsie Houston sistematizou seu trabalho em busca da brasilidade musical a partir da herança indígena, africana e ibérica. Neste sentido, o objetivo do estudo é resgatar o espólio preservacionista deixado pela musicista e destacar a relevância de Elsie para os estudos sobre música, identidade e cultura.  Além da coleta de canções populares que estariam sob risco de desaparecimento, Elsie registrou em uma publicação científica 42 canções de diferentes regiões do Brasil, mostrando o timbre, a pronúncia e as intenções das músicas. Deste modo, a metodologia do artigo analisa as convergências do legado da pesquisadora a partir das teorias sobre documentário. Para tanto, o estudo recorre aos escritos de Penafria (2004), Nicholls (2012) e Ramos (2001 e 2013) para uma aproximação e ampliação dos conceitos sobre o registro criativo do encontro com o outro.


2020 ◽  
Vol 7 ◽  
pp. e020001
Author(s):  
Virginia de Almeida Bessa ◽  
Giuliana Souza de Lima ◽  
Juliana Pérez González

Trata-se da introdução do livro O passado audível, de Jonathan Sterne, aqui traduzida pela primeira vez para o português. O livro propõe uma história da possibilidade da reprodução do som – por meio do telefone, do fonógrafo, do rádio e de outras tecnologias correlatas. Nele são examinadas as condições sociais e culturais que deram origem à reprodução do som e, por sua vez, como estas tecnologias cristalizaram e combinaram movimentos culturais mais amplos. O livro parte do pressuposto que som, audição e escuta são centrais para a vida cultural da modernidade, fundamentais para as modernas formas de conhecimento, cultura e organização social. Ele propõe, assim, uma alternativa à narrativa dominante segundo a qual, ao se tornar moderno, o mundo ocidental teria migrado de uma cultura da audição para uma cultura da visão.


2019 ◽  
Vol 6 (2) ◽  
pp. 139-152 ◽  
Author(s):  
Mauro Barro Fiuza ◽  
Marta Assumpção de Andrade e Silva

Distorções vocais intencionais são efeitos sonoros que se assemelham a sons ásperos, roucos ou mesmo rosnados e são utilizadas por cantores de diversos gêneros musicais como formas de expressividade ou por questões estéticas. Cantores diferentes produzem e sentem os sons de formas diferentes e, consequentemente, nomeiam esses ajustes da maneira que acreditam ser as mais adequadas. Esta pesquisa verificou como cantores, professores de canto e pesquisadores nomeiam os ajustes de distorção vocal intencional. Foi aplicado questionário online em cantores sobre os termos adotados para denominar os diferentes tipos de distorções vocais. Como resultado, 121 cantores responderam a enquete e mencionaram 78 nomes para os sons distorcidos que produzem. A falta de consenso sobre como esses ajustes vocais são chamados dificulta a comunicação entre músicos e demais profissionais da voz. Os termos mais vezes mencionados foram: drive, growl, gutural, creaky, voz rasgada e scream.


2019 ◽  
Vol 6 (2) ◽  
pp. 1-4
Author(s):  
Martha Tupinambá de Ulhôa ◽  
Rafael dos Santos ◽  
Adelcio Camilo Machado

Este número de Música Popular em Revista (MPR) marca uma transição de formato visando a regularização da publicação e a adequação às políticas de publicação periódica adotadas pela UNICAMP. Para isto estão sendo implementadas gradualmente algumas diretrizes a serem finalizadas no primeiro semestre de 2020, entre as quais a inclusão do DOI (Digital Object Identifier) em todos os artigos, a adesão ao selo de publicação aberta Creative Commons, além do procedimento de publicação contínua.


2019 ◽  
Vol 6 (2) ◽  
pp. 153-173
Author(s):  
Lucas Parreão Costa

O artigo faz uma reflexão sobre as possibilidades de uso da canção popular brasileira como instrumento didático nas práticas de ensino de história, especificamente no segmento do ensino médio. Para isso propõe que a análise da canção, no contexto escolar, leve em consideração não somente sua letra, mas também a atuação do cancionista e performer, como instrumento metodológico numa pedagogia que visa fomentar uma consciência histórica em sala de aula.


2019 ◽  
Vol 6 (2) ◽  
pp. 72-94
Author(s):  
Luciana Ferreira Moura Mendonça

O presente artigo tem por objetivo central descrever e analisar o impacto da cena manguebeat, de Recife, Pernambuco, sobre as hierarquias simbólicas locais e, de modo mais geral, para as representações sobre música e identidades pernambucanas. Para tanto, procura-se esquadrinhar os principais elementos do movimento em seu processo de desenvolvimento e, por meio de uma “descrição densa”, traçar os legados que deixou para as relações com as expressões populares locais de viés “tradicional”. Conclui-se que, embora exista uma grande inércia em relação às hierarquias simbólicas legitimadas e reproduzidas, ações criativas em sintonia com processos mais globais de modificação do lugar da cultura no mundo contemporâneo podem conduzir a uma mudança também em relação à valorização das tradições populares.


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