Anais do Uso Público em Unidades de Conservação
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Published By Anais Do Uso Publico Em Unidades De Conservacao

2318-2148

2021 ◽  
Vol 9 (14) ◽  
pp. 59-78
Author(s):  
Emerson Barão Rodrigues Soldado ◽  
ODALÉIA TELLES MARCONDES MACHADO QUEIROZ ◽  
TERESA CRISTINA MAGRO LINDENKAMP
Keyword(s):  

Apesar dos resultados de pesquisas que apontam a necessidade de aumentar a proteção dos ecossistemas brasileiros, existem questionamentos sobre a designação de terras públicas em áreas de proteção ambiental. Para atingir os objetivos relacionados à conservação ambiental, uma das ferramentas mais comuns neste âmbito são as unidades de conservação (UC). Estas passam por um constante processo de ressignificação e afirmação de seu papel na conservação e no cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Muitos estudos apontam a importância de se compreender e estimular o uso sustentável dessas áreas. Dentre as formas de uso, vem se destacando o ciclismo, sobretudo em parques. Pesquisas recentes mostram que esta atividade gera pouco impacto ambiental negativo. Apesar disso, a maioria dos parques nacionais e estaduais brasileiros têm restrições ou não permitem o uso de bicicleta, o que inviabiliza a atividade de cicloturismo, que tem grande crescimento nos últimos anos. O presente artigo insere-se neste contexto ao realizar um levantamento bibliográfico sobre o tema do uso de bicicletas em UC e o cicloturismo. A partir dos dados obtidos, fica claro o potencial de uso dos parques nacionais e estaduais brasileiros para o cicloturismo, que é apontada como uma importante atividade de lazer, bem-estar e de baixo impacto, com potencial de desenvolvimento socioeconômico. O perfil do cicloturista é bem variável e seus objetivos de viagem tornam possível o aproveitamento de todo território brasileiro. Apesar disso, poucas alternativas de cicloturismo em parques nacionais e estaduais são possíveis e, consequentemente, pouco se discute sobre isso nos trabalhos científicos. Fica clara, portanto, a necessidade de aprofundamentos em pesquisas e propostas nestas temáticas e a articulação com as entidades gestoras e as comunidades.


2021 ◽  
Vol 9 (14) ◽  
pp. 79-99
Author(s):  
Gabrielle Nunes ◽  
Teresa Cristina Magro Lindenkamp
Keyword(s):  

No Brasil, o turismo baseado na natureza ocorre frequentemente dentro de unidades de conservação (UC) que permitem o uso público recreativo. Embora esse tipo de turismo tenha surgido na expectativa de ser uma modalidade que gerasse menos impactos socioambientais, efeitos negativos são descritos na literatura, evidenciando algumas lacunas em relação à gestão, pesquisa e participação pública no fornecimento deste tipo de atividade. Este artigo traz uma análise do panorama desta temática, com foco nas potencialidades de se integrar perspectivas participativas como a ciência cidadã no planejamento do uso público recreativo em UC. Esta integração pode viabilizar o caminho para um turismo mais sustentável ou instigar novas modalidades dentro do turismo de natureza, com atores cientes do território que visitam e dos impactos gerados pela sua presença. Assim, a premissa de que o envolvimento das pessoas perpassa pelo reconhecimento dos territórios está presente em nossa abordagem, viabilizando o monitoramento turístico nas UC e sendo fator de geração de renda local, pesquisa e consciência ambiental. Por isso, inserir uma ferramenta participativa como a Ciência Cidadã, pode beneficiar os aspectos de gestão, do produto turístico, atores envolvidos, acelerar a pesquisa científica e a conservação do meio ambiente.


2021 ◽  
Vol 9 (14) ◽  
pp. 01-18
Author(s):  
Walison Boy dos Santos ◽  
Maria Fernanda S. Quintela da C. Nunes
Keyword(s):  

As Unidades de Conservação possuem distintas categorias nas quais o ordenamento territorial sofre diferentes abordagens. A categoria das Áreas de Proteção Ambiental é formada a partir de terras públicas e privadas, o que dificulta a criação de espaços de uso público. Nesse estudo de caso sobre a APA de Macaé de Cima, essa questão é agravada por uma crescente expansão da atividade turística, que necessita de áreas (públicas ou privadas) com acesso (gratuito ou pago) aos visitantes. Como essa atividade se desenvolveu na região sem um ordenamento e uma política pública eficaz por parte do poder público municipal, muitos proprietários mantêm o acesso restrito aos seus sítios a fim de evitar atividades impactantes sobre o meio ambiente. Em alguns casos, essas propriedades têm sido invadidas por visitantes externos, causando sérios conflitos, o que indica a necessidade de haver uma regulamentação do uso turístico nessa região. O Plano de Manejo da Unidade de Conservação desempenha papel elementar nesse ordenamento, que deve contribuir para a geração de renda e a manutenção da biodiversidade ecológica encontrada na APAMC. Palavras Chave: Turismo, Ordenamento Territorial, Visitação


2021 ◽  
Vol 9 (14) ◽  
pp. 41-58
Author(s):  
William Gregory Silva ◽  
Clara Lemos ◽  
Leonardo Gomes

Nos últimos anos, os registros indicam um aumento expressivo da visitação em unidades de conservação (UC) no Brasil. As atividades relacionadas ao lazer e turismo nessas áreas, no entanto, tem potencial de conflitos e impactos significativos. Essa pesquisa debruça-se sobre os desafios do uso público do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, RJ. Busca entender como os operadores de turismo que comercializam roteiros dentro da UC percebem sua relação e comunicação com os gestores da área, à luz dos princípios de boas práticas em governança. A metodologia partiu de levantamento bibliográfico e documental, e realização de entrevistas semiestruturadas. Após análise e interpretação dos dados, realizou-se um encontro virtual entre os pesquisadores, gestores do ICMBio e operadores de turismo, para discussão dos resultados e criação de um espaço de diálogo. Foram identificados elementos a partir da visão e opinião desses atores a respeito de questões operacionais, do processo de gestão e tomada de decisão do uso público. Acredita-se, portanto, que esta pesquisa gerou subsídios que devem resultar em maior efetividade na gestão da UC e contribuir no alcance de seus objetivos.


2021 ◽  
Vol 9 (14) ◽  
pp. 19-40
Author(s):  
Virginia Martins Fonseca ◽  
Roberto Nicolas Bustos Cara

O reconhecimento das Áreas Protegidas, especialmente os parques, que estabelece como objetivos a preservação de santuários cênicos e a necessidade de atender aos interesses das sociedades (como locais para a prática de atividades recreativas), evidencia uma simbiose entre uso público e áreas naturais protegidas. Nesse cenário, avalia-se a importância do uso público nos parques nacionais da Argentina e do Brasil, aplicando como metodologia o estudo de caso (Yin, 2010), associado a coleta de dados (documentação, cadastro de arquivos, observação direta e física artefatos); para realizar a análise de conteúdo (Bardin, 2011). Foram identificadas 41 publicações, as quais deveriam relacionar os termos: parques nacionais, uso público, e patrimonialização; como critério textual por característica sintática. Como resultado, constatou-se que há uma diferença significativa no arcabouço político-institucional apresentado nos dois países no que se refere ao uso público. Isso não significa que a proposta de um seja melhor do que a do outro, mas há na Argentina, considerando a documentação analisada, uma política nacional focada na promoção do uso público nestes territórios, bastante diversa e relevante, que pode inspirar importantes práticas no Brasil.


2021 ◽  
Vol 9 (14) ◽  
pp. 100-125
Author(s):  
Rosemary Vieira
Keyword(s):  

São apresentadas ações aplicadas na recuperação e manejo da vegetação de restinga em uma área de preservação permanente na orla sul do Distrito de Tamoios, Cabo Frio, RJ. As atividades se concentraram no cercamento da área, controle de espécies vegetais monodominantes e invasoras, retirada de resíduos e confecção de placas educativas. A espécie monodominante que está sendo retirada é a Dalbergia ecastophyllum (L.) Taub que ocupou a área de forma intensa, limitando o desenvolvimento das outras espécies nativas. Foram identificados também vários indivíduos de espécie Terminalia catappa que apresenta grande potencial invasivo, além da espécie Ipomoea cairica (L.) Sweet que compete com a própria D. ecastophyllum. O resultado observado após a supressão é a rápida expansão de outras espécies nativas sobre a área, favorecidas pela biomassa da D. ecastophyllum depositada sobre o terreno conservando a sua umidade e nutrientes e protegendo-o da ação dos ventos. A espécie Ipomoea pes-caprae (L.) R.Br, que já ocupava a zona da pós-praia, se expande para o reverso da duna. A realização de um inventário das espécies de flora nas áreas recuperadas é proposta, além de estudos da relação do comportamento da vegetação de restinga com as mudanças climáticas. Desta forma, procura-se contribuir com a proposta de criação, zoneamento e normas de uma Unidade de Conservação que conduza o uso da área e de seu manejo, além da implantação de estruturas físicas necessárias na faixa de vegetação de restinga.


2020 ◽  
Vol 8 (12) ◽  
pp. 27-38
Author(s):  
Arlon Cândido Ferreira ◽  
Geraldo Majela Moraes Salvio ◽  
Luiz Renato Vallejo ◽  
Múcio do Amaral Figueiredo

Com a saturação do turismo convencional e o surgimento de novas modalidades de turismo, as áreas naturais protegidas vêm recebendo um fluxo crescente de visitantes para prática do turismo natural (atividade turística que utiliza o Patrimônio Natural), tendo como consequência o aumento da pressão dos recursos naturais, ampliando a preocupação com os impactos negativos gerados por tal atividade. Para a prática desse turismo, em quase sua totalidade, as trilhas são utilizadas como ligação e meio de contato entre o homem e a natureza. No entanto, esse contato acaba provocando impactos negativos nas trilhas. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi caracterizar o uso das trilhas e avaliar suas condições, bem como propor alternativas de manejo que possam promover o uso sustentável de duas trilhas (Macaúbas e Ferrovia) localizadas na Floresta Nacional de Ritápolis - MG. Os dados obtidos permitiram avaliar os impactos causados pelo uso das trilhas, assim propomos algumas alternativas de manejo para diminuição e mitigação dos impactos causados nas trilhas.


2020 ◽  
Vol 8 (13) ◽  
pp. 01-10
Author(s):  
Marcos Paulo Moraes Oliveira ◽  
ISABELA DE FÁTIMA FOGAÇA
Keyword(s):  

O espaço geográfico que conhecemos por Baixada Fluminense, integra a região metropolitana do estado do Rio de Janeiro e, como todo o país, dispõe de uma diversidade cultural, desde sua origem. Entretanto, o cenário real conta com muita insalubridade, violência e extrema pobreza, principalmente nas áreas mais afastadas e/ou rurais, o que causa certa insatisfação por parte de seus habitantes os quais, em sua maioria, não colocam as questões ambientais como prioridade. Na intenção de promover a integração do uso público com o patrimônio natural com base em revisão bibliográfica, é debatida a interação e a participação social sob uma perspectiva da educação ambiental em áreas protegidas dentro do cenário geográfico selecionado. Foi apresentado um breve histórico sobre a região e os espaços de proteção ambiental existentes, descrevendo-se possíveis medidas que permitam integrar pessoas e meio ambiente em seus espaços de vivência. Neste sentido, foram apresentados e descritos os projetos educativos: ‘Aprendendo e Preservando’, ‘Limpando para Proteger’ e ‘Operação Tolerância Zero’, já disponibilizados junto à prefeitura de Nova Iguaçu.


2020 ◽  
Vol 8 (13) ◽  
pp. 11-26
Author(s):  
Jorge Antônio Lourenço Pontes ◽  
Márcia Cristina Moraes Giannini ◽  
Flávio Augusto Pereira Mello ◽  
Ana Angélica Monteiro de Barros ◽  
Davi Nepomuceno da Silva ◽  
...  
Keyword(s):  

A Lagoa de São Bento com seus 6,9 ha é o resquício de um antigo alagado que cobria boa parte da restinga de Itaipuaçu, Maricá, estado do Rio de Janeiro. Apesar da urbanização do entorno, a área abriga uma elevada riqueza de espécies da fauna e flora, algumas ameaçadas de extinção. A Lagoa presta serviços ecossistêmicos que representam economia de verbas públicas, além de ser local usado em pesquisas e com potencial turístico, mas sofre diversos impactos pela falta de divulgação, proteção e não recebe a devida atenção do governo municipal. Devido as suas características ecológicas, importância econômica e socioambiental regional, propomos sua transformação em uma unidade de conservação da natureza como refúgio de vida silvestre municipal, juntamente com elementos necessários para sua conservação, manejo inicial, ecoturismo e infraestrutura verde do entorno. Desta forma, associamos a preservação da Lagoa do São Bento com o desenvolvimento urbano sustentável regional.


2020 ◽  
Vol 8 (13) ◽  
pp. 62-74
Author(s):  
Virginia Martins Fonseca ◽  
BEATRIZ CAROLINA PIMENTEL

As unidades de conservação são de extrema importância para a preservação da biodiversidade, regidas pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação. A segunda temporada do vídeo-documentário “Mar Sem Fim” foi uma produção audiovisual nacional que contextualizou a realidade de tais territórios na costa litorânea do país.  O objetivo deste trabalho foi identificar os aspectos discursivos do episódio 33 deste vídeo-documentário, que trata sobre a Reserva Extrativista de Canavieiras, na Bahia. Tais discursos foram analisados a luz dos processos de mobilização social, considerando as temáticas do conservacionismo, do uso público e da governança. A pesquisa de natureza qualitativa e caráter exploratório adotou a análise de conteúdo (Bardin, 1977) para compreensão dos discursos identificados no vídeo-documentário, que foram contextualizados com publicações científicas e documentos técnicos. A partir das temáticas elencadas, os discursos identificados na análise do vídeo-documentário evidenciam a importância do protagonismo feminino no contexto de criação desta área protegida bem como interesses relacionados a especulação imobiliária e práticas de carcinicultura que geram conflitos territoriais posto a falta de apoio governamental às comunidades tradicionais. Conclui-se que o vídeo-documentário pode ser uma potencial ferramenta educativa para o desenvolvimento de atividades voltadas à Educação Ambiental, com o intuito de instigar possíveis diálogos


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