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Published By Faculdade De Filosofia E Ciências

1519-0110

2021 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 161-180
Author(s):  
Sabrina FERREIRA ◽  
Alexandra GARCIA
Keyword(s):  

O presente texto, fruto de uma pesquisa de doutoramento em Educação em fase conclusiva, objetivando problematizar o desenvolvimento de um projeto institucional de escrita no decorrer da pandemia,focou em compreender relações que se dão em espaçostempos cotidianos universitários a partir da mobilização da produção de narrativas escritas no âmbito das licenciaturas e enquanto produção curricular em processos formativos docentes. Para tanto, aponta desafios e potencialidades do trabalho educativo em cotidianos pandêmicos; apresenta diferentes perspectivas de currículo na atualidade (FERRAÇO et al., 2015); investe na concepção de currículo como produção curricular (GARCIA, 2015); assume conversas enquanto metodologia de pesquisa (RIBEIRO; SOUZA; SAMPAIO, 2018) e aposta na criação deespaçostempos propícios à produção de recursos pedagógicos; dispositivos éticos, estéticos e políticos na produção de subjetividade na formação de professoras. Por meio da emergência de narrativas docentesproduzidas na pandemia, envolvendo licenciandas de três cursos diferentes de um Instituto Federal no estado do Rio de Janeiro, defende-se a importância da formação docente compartilhadana perspectiva emancipatória, afirmando a dimensão política presente nas produções curriculares das praticantes (CERTEAU, 1994) que (re)inventam a vida cotidianamente.


2021 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 207-222
Author(s):  
Francisca Clara de Paula OLIVEIRA ◽  
Eveline ALGEBAILE

As reflexões a respeito dos desafios e impasses da educação escolar pública, realizadas neste artigo, reportam-se à atual crise sanitária e econômica vivida pelo Brasil, que tem como dois de seus principais resultados os mais de 500 mil óbitos causados por complicações da COVID 19 (Sars COVID 2) e os mais de 14 milhões de desempregados, configurando um cenário com variadas implicações diretas na escolarização. O artigo tem como objetivo discutir repercussões da pandemia da COVID 19 no Ceará, tendo como campo de análise as conexões entre as medidas adotadas pelo governo do estado no combate à pandemia e sua suficiência num cenário de assimetrias sociais de longa data e de ênfase em melhorias educacionais vinculadas a desempenhos mensuráveis. A hipótese levantada é a de que as ações do governo do estado para enfrentar os efeitos desta pandemia demonstram atenções e esforços que, porém, não dão conta de superar as desigualdades sociais que limitam estruturalmente o acesso à formação escolar e põem facilmente em risco de retrocesso os resultados alcançados na educação básica nas últimas décadas.


2021 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 139-160
Author(s):  
Angellyne Moço RANGEL ◽  
Otávio Cordeiro de Paula PIEROTTE

O novo coronavírus gerou impactos de ordens variadas ao redor do mundo. Dentre os campos e setores afetados pela pandemia, está o educacional. Este artigo propõe uma reflexão sobre o direito à educação no Brasil no contexto da Covid-19 e apresenta percepções de licenciandos de uma Instituição Federal de Ensino sobre a implementação do Ensino Remoto Emergencial. Para isso, realizou-se uma pesquisa bibliográfica e uma análise a partir de questionários aplicados para turmas de diferentes cursos de licenciatura. Os resultados evidenciam o tensionamento da garantia de direitos fundamentais, em especial, do direito ao acesso, permanência e qualidade de ensino, e o enfrentamento, pelos estudantes integrantes do estudo, de dificuldades relacionadas à participação nas aulas online síncronas e ao tempo de dedicação para a realização das atividades propostas. Depreende-se, nas conclusões deste trabalho, a necessidade de investimento massivo e de políticas públicas que possam confrontar as desigualdades educacionais agudizadas pela situação de calamidade sanitária, tendo em vista refundar cenários de formação e de vida digna.


2021 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 17-38
Author(s):  
Gaudêncio FRIGOTTO

Neste artigo, buscamos, inicialmente, analisar as determinações estruturais das relações sociais de produção capitalistas que subjazem à gênese das pandemias e a concepção de natureza humana, de conhecimento e de educação que as mascaram. Com base na apreensão destas determinações e nas concepções que as  sustentam e reproduzem, procuramos explicitar que a atual política econômica, social e educacional no Brasil constitui-se no exemplo mundial mais regressivo. Por fim, destacamos qual a concepção de natureza humana, conhecimento e educação que pode formar as novas gerações para que as tornem capazes de alterar as atuais relações sociais de produção que têm como resultado a desigualdade, degradação ambiental e as pandemias.  


2021 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 9-16
Author(s):  
Ana Paula da Graça Souza BLENGINI ◽  
Angellyne Moço RANGEL ◽  
Fabiana de Cássia RODRIGUES ◽  
Gaudêncio FRIGOTTO

O Dossiê Temático Sociedade, educação e pandemia: retrocessos, resistências e reconfigurações do fazer educativo é resultado do esforço coletivo de professores e pesquisadores de diferentes instituições de ensino interessados em contextualizar e discutir, por um viés crítico, ancorado em diversos campos de conhecimento e referenciais científicos, os efeitos da pandemia de Covid-19 sobre a educação e sobre os processos de formação de estudantes no Brasil. Trata-se de uma coletânea de estudos e reflexões que visam corroborar e aprofundar debates e análises dos atravessamentos sociais, econômicos, políticos, culturaise pedagógicos que caracterizam o contexto atual de calamidade sanitária e de urgências historicamente situadas.


2021 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 59-80
Author(s):  
Juliana Argollo SILVA ◽  
Vânia Cardoso da MOTTA ◽  
Maria Carolina Pires de ANDRADE
Keyword(s):  

O artigo apresenta uma análise da movimentação do empresariado educacional nesse último ano pandêmico, especialmente no que tange à regulamentação do Sistema Nacional de Educação (SNE). A partir da pesquisa de cunho documental, bibliográfico e jornalístico, identificamos que o empresariado educacional transformou a tragédia sanitária em janela de oportunidade, (re)apresentando antigas demandas como soluções inovadoras capazes de reverter os danos da pandemia à educação brasileira. Demonstramos que a regulamentação do SNE nos moldes empresariais é reivindicação do empresariado há mais de uma década e que, apresentada doravante como parte de sua farsa salvacionista (e lucrativa), não só aprofunda a subsunção da educação ao empresariado e a mercantilização e mercadorização da educação. Concluímos que, nos moldes em tramitação, o SNE opera um importante salto qualitativo no empresariamento da educação de novo tipo, podendo se consolidar como um golpe fatal na educação pública brasileira.


2021 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 39-58
Author(s):  
Lalo Watanabe MINTO ◽  
Luciana Sardenha GALZERANO

Neste artigo pretende-se analisar a forma pela qual a condução das políticas para a educação, no contexto da pandemia, vem expressando, a um só tempo, mudanças de fundo no âmbito do trabalho e da lógica contemporânea da acumulação capitalista, e uma mudança específica no campo educacional, projetando-o de forma mais intensiva e extensiva nos fluxos de mercantilização e financeirização da política social. Para essa finalidade, serão analisados os discursos ideológicos que estão sendo mobilizados para o retorno às atividades presenciais nas escolas, apelando ao que seria o caráter essencial dessa atividade. Proceder-se-á, também, a uma análise contextualizada desses discursos, buscando estabelecer conexões com mudanças que já estavam em curso no campo educacional. A hipótese central a ser desenvolvida é a de que a pandemia contribui para explicitar uma crescente mudança de finalidades da educação e da escola na sociedade capitalista contemporânea, especialmente na sua configuração periférica brasileira.


2021 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 81-102
Author(s):  
Ana Paula BLENGINI ◽  
Fabiana de Cássia RODRIGUES

Na realidade brasileira, a escola nem ao menos havia se universalizado ao final dos anos de 1970, existia uma enorme seletividade que excluía da escola parte das crianças que a adentravam já em seus primeiros anos de estudo, além de haver de uma flagrante distância entre a expansão escolar e a formação humana que ela provia. Este ensaio realiza, em sua primeira parte, uma retomada histórica sobre o debate educacional durante a crise da ditadura civil-militar, quando o tema do “fracasso escolar” se tornou um dos principais assuntos a tomar as atenções dos educadores preocupados com a “redemocratização”.  Em seguida, aborda-se a maneira como, quatro décadas depois, em um governo de extrema direita, o ensino remoto sob a pandemia de Covid-19 recolocou as questões que dizem respeito ao “fracasso escolar” em algumas de suas dimensões, tais como: acesso, permanência, desempenho acadêmico e formação humana crítica. Constatou-se que a crise educacional como projeto explicitou-se na forma como o Estado, em seus diferentes níveis de governo, abordou os desafios das escolas públicas no cenário pandêmico. Por meio da análise de estatísticas de acesso à escola, a partir da suspensão das atividades presenciais, o que se viu foi que nenhuma das propostas efetuadas para evitar o “fracasso escolar” da maioria das crianças brasileiras considerou as desigualdades raciais e sociais, nem mesmo sob quais condições de moradia, de acesso à equipamentos e se elas se encontravam em espaços minimamente adequados. O desastre educacional que as estatísticas de acesso à escola demonstram, neste período, é que a realidade concreta vivenciada pelo público atendido pela escola não foi considerada de modo a prover, de fato, as condições de acesso e permanência.


2021 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 119-138
Author(s):  
Olivia Pires COELHO ◽  
Fabiana de Oliveira CANAVIEIRA ◽  
Silvio GALLO

No dia oito de março de 2020 o chefe do Executivo de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul assinava o Decreto Municipal nº 7.434, proibindo o acesso ou permanência de crianças em locais públicos durante o estado de calamidade pública que se alastrava pelo Brasil devido à pandemia de Covid-19, este é só um exemplo de um movimento mundial de invisibilidade infantil fantasiada de proteção. Mesmo nesse contexto, as crianças não foram priorizadas no esquema vacinal nos âmbitos municipal, estadual, federal e nem internacional. Este artigo tem como objetivo discutir questões relacionadas às crianças e suas infâncias através da lógica da decolonialidade, concedendo especial atenção à tutela e controle da infância em contexto de pandemia e confinamento, um estado exceção para as crianças privadas da ida às escolas e aos contextos de socialização de rua. Discutiremos brevemente, também, os conceitos acerca da governamentalidade analisados na obra de Michel Foucault: a soberania, o poder disciplinar, o biopoder e as técnicas de governo da população.


2021 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 223-244
Author(s):  
Luciana Cristina Salvatti COUTINHO ◽  
Marcos Francisco MARTINS ◽  
Maria Carla CORROCHANO
Keyword(s):  

O estudo aqui relatado, desenvolvido por um conjunto de quinze pesquisadores, foi um dos primeiros a buscar compreender os limites e as possibilidades que os(as) estudantes da rede de educação básica, pública e privada, estavam vivenciando com as atividades escolares feitas em casa, no contexto de pandemia causada pelo novo coronavírus, com investigação de tipo bibliográfica, documental e de campo, realizada entre os meses de abril e maio de 2020. Concentrada em uma região localizada no interior do Estado de São Paulo, a Região Metropolitana de Sorocaba, permitiu evidenciar a situação desigual de estudantes de cidades de porte médio, em geral pouco presentes na produção acadêmica do campo. A pesquisa ainda possibilitou perceber que, neste contexto de pandemia, para se garantir o constitucional direito à educação, é condição sine qua non tanto o equipamento digital e boas condições de acesso à Internet, quanto a necessidade de mediação do processo educativo escolar por um profissional da educação, o(a) professor(a).


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