REVISTA APOENA - Periódico dos Discentes de Filosofia da UFPA
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Published By Universidade Federal Do Para

2596-1632

Author(s):  
Luís Eduardo Ramos de Souza

Author(s):  
Luiz Carlos Santos Da Silva
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O presente artigo tem por finalidade apresentar como a filosofia natural e política de Thomas Hobbes entende o homem e o cidadão no registro do mecanicismo moderno. Partindo de considerações gerais sobre o pensamento científico na modernidade, o trabalho busca mostrar também como Hobbes criticou a tradição aristotélica da filosofia medieval defendendo um caráter convencional das ciências e da política. No registro de uma modernidade heliocêntrica que racionaliza os mitos e as fábulas da antiguidade clássica para fundamentar o pensamento científico da época, o artigo busca apresentar como os fundamentos da crítica hobbesiana à natureza política do homem passa tanto por uma ressignificação das obras de Aristóteles quanto por uma moderna racionalização dos mitos inaugurada por Francis Bacon. Nesse registro, o trabalho visa fomentar o debate sobre como o legado mecanicista da filosofia moderna parece ser ainda um dos grandes desafios a serem superados pelo pensamento filosófico contemporâneo.


Author(s):  
Ronnei Prado Lima
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No presente artigo nos propomos a analisar a concepção de corpo para os Yorùbá a partir das contribuições de Fábio Leite, Muniz Sodré, Amadou Hampâté Bâ entre outros pensadores e, não menos importante, as algumas contribuições do filósofo francês de François Dagognet. Não estamos propondo uma análise comparativa, que cairia nos binarismos existentes, mas a compreensão do corpo para a cultura ocidental e entre os povos yorubanos. Compreendemos o corpo em seus multicorpos, inserido em sua espacialidade e na transversalidade do conhecimento. Entender o corpo em sua fenomenologia inserida nessa historicidade do corpo humano, conforme Dagognet. Da mesma forma, analisar o corpo como representação visível do homem em seu complexo interno e externo, ou seja, a distinção entre a cabeça e o restante do corpo. Filosofar desde o corpo, pois no corpo existe uma filosofia.


Author(s):  
Manoel Rufino David De Oliveira ◽  
Vitória De Oliveira Monteiro
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O presente artigo busca compreender o conceito de biopolítica na teoria de Michel Foucault e avaliar sua importância para analisar o contexto da gestão política quanto à andemia do coronavírus no Brasil. Em primeiro lugar, será discutida a biopolítica na obra “Microfísica do Poder” e sua relação com as políticas brasileiras de gestão em saúde em face do coronavírus.  Posteriormente, será examinada como o sentido de biopolítica na obra “Emdefesa da sociedade” se relaciona com o genocídio do povo negro e pobre. Em seguida, serão analisadas a obra “A Vontade de Saber” e as biopolíticas anti feministas no contexto dessa pandemia. Em quarto lugar, será compreendido o sentido de biopolítica em “Território e População” e sua relação com as estatística s e o isolamento social. Por fim, será abordado o conceito de biopolítica em “Nascimento da biopolítica” e sua relação com agovernamentalidade neoliberal durante a pandemia do coronavírus.


Author(s):  
Aline Brasiliense dos Santos Brito

Este artigo tem como objetivo apresentar uma análise do riso no filme Coringa (Todd Phillips, 2019) enquanto paródia de elementos constituintes da sociedade atual, a qual incorpora uma sociedade humorística nos termos de Gilles Lipovetsky (2014) e onde os fenômenos do riso grotesco e dos Charivaris marcam presença sob formas reinventadas. Coringa apresenta diversos pontos de reflexão, dentre os quais, destacaremos o contexto social, onde a “leveza do humor” e o vínculo entre riso e violência prevalece. A atmosfera do humor é a ambientação geral da atual sociedade, onde tudo precisa ter “graça” (os acontecimentos sérios, a vida política, as catástrofes etc.), uma sociedade humorística (LIPOVETSKY, 2014). Lipovetsky (2014) caracteriza essa sociedade por um clima de “leveza” geral. Mostraremos, porém, que o riso comumentemente assume sua face violenta, ou sob sua forma menos recorrente, o grotesco, apreendido sob o signo da inquietude, estranheza. Sua natureza é de denúncia, de apreensão do real (BAUDELAIRE, 1998); ou sob a outra mais comum, o riso de Charivari, que é de natureza grupal, segregadora e excludente, um riso inscrito na “lógica simbólica do ruído” que tem suas origens na Idade Média (GAUVARD, 1974; MINOIS, 2003).


Author(s):  
Marcos Vinicius Oliveira Santana
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A partir de uma correlação entre os conceitos de biopolítica de Michel Foucault e necropolítica de Achille Mbembe, objetiva-se demonstrar, por meio de um estudo bibliográfico, que os atos governamentais de descaso estatal para com as pessoas em situação de rua incluem-se na prática de deixar morrer. Sendo assim, longe de ser algo involuntário, isto é, não intencional, trata-se de um projeto político de eliminação, pautado em mecanismos racionais. Além disso, discute-se a visão ideológica inerente ao capitalismo que segrega os que não estão inseridos no mercado, assim como no consumo. Trata-se, portanto, de discorrer acerca das violências que são praticadas contra esse grupo marginalizado e quase invisível socialmente, sem deixar de discutir os direitos básicos violados pelo Estado por sua conduta de omissão ou ação, por muitas vezes, desfavoráveis às pessoas que estão nas ruas.


Author(s):  
Valdson Dos Remédios Silva Amorim ◽  
Jonh Elvis Costa Martins

Este trabalho compõe-se de algumas reflexões sobre o ensino de filosofia na educação básica brasileira. Especificamente, analisar-se-ão dois pontos relativos à atividade filosófica na educação básica, a saber: 1) o ensino de filosofia concebido como exercício de pensamento, de modo a reivindicar, a partir da prática filosófica, um filosofar na educação; 2) as contribuições que a filosofia pode oferecer para a formação do aluno do ensino médio, sobretudo no que diz respeito ao exercício da cidadania. Esses dois pontos serão analisados na perspectiva de reforçar a importância da filosofia como componente curricular obrigatório e como instrumento imprescindível para que sejam alcançados os objetivos do ensino médio, última etapa da educação básica, entendida esta como instrumento que prepara o indivíduo para exercer o seu papel de cidadão.


Author(s):  
Matheus Colares Do Nascimento

O objetivo proposto pelo presente trabalho é o de expor a crítica elaborada por Schopenhauer à moral kantiana, em especial, na medida em que ela se volta para os conceitos de vontade-livre e imperativo categórico. Com efeito, Schopenhauer (1788-1860) reconhece os méritos de Kant (1724-1804) não só no âmbito da epistemologia, como também na ética, por tê-la desvinculado de todo eudaimonismo. Porém, ele ainda assim direciona-lhe algumas críticas com enfoque em questões como o formalismo da ética kantiana e o seu caráter dietético, i. e., prescritivo, que aqueles conceitos lhe adicionam.


Author(s):  
Pamela Cristina Ribeiro Da Silva ◽  
Parsifal André Da Silva

O presente artigo, resultado de pesquisa bibliográfica, tem como finalidade demonstrar o cinema como choque da realidade e como uma ferramenta filosófica, e não apenas como entretenimento, possibilitando a contribuição não linguística para o pensamento em detrimento à realidade. Por conseguinte, analisando as formas de poderes no âmbito social e escolar em uma relação de microfísica do poder difundida no processo educacional. Além de ressaltar a ambiguidade do papel da educação, onde a mesma pode ser ao mesmo tempo libertadora e propagadora de ideologias, no olhar acrítico sobre sua realidade social e de alienação durante o processo de formação do sujeito.


Author(s):  
Maria Dos Remédios de Brito ◽  
Dhemersson Warly Santos Costa

Literatura e filosofia, filosofia e literatura, há tensionamentos e algumas vezesressonâncias, outras vezes um movimento de completa crítica e tentativas de separação radical. Pensa-se nos possíveis toques desses saberes e como os mesmos podem se enriquecer com seus limites. As perguntas que movem esse ensaio são: A filosofia passa pela obra de Clarice Lispector? De que forma Clarice promove uma experiência filosófica? Os argumentos são tangenciados pela filosofia francesa de Gilles Deleuze. Clarice Lispector, escritora, contudo, configura em sua obra fabulatória um laboratório imaginativo para o pensamento, e se não pensa pelo conceito, faz filosofia por sua atitude, por expressar, pela literatura, a pergunta filosófica.


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