Amanda Vieira Nunes
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Cejane Oliveira Martins Prudente
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Flávia Martins Gervásio
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Maysa Ferreira Martins Ribeiro
A paralisia cerebral é um grupo de desordens permanentes do desenvolvimento, da postura e do movimento, que causa limitações da atividade funcional. O desequilíbrio muscular, as deformidades osteomusculares, as compensações e pobreza nas reações de equilíbrio são fatores que prejudicam a marcha. Conhecer os parâmetros lineares da marcha é fundamental para prática clínica do fisioterapeuta. Objetivos: avaliar a marcha de pacientes diplégicos espásticos com paralisia cerebral, descrever medidas espaço-temporais da marcha e variáveis antropométricas dos pacientes. Método: estudo transversal e descritivo, aprovado pelo comitê de ética em pesquisa, realizado em instituições públicas de saúde, localizadas em Goiânia. Critérios de inclusão: pacientes com paralisia cerebral; diplégicos espásticos; classificados nos níveis I e II do Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS); com idade entre cinco a 19 anos. Realizou-se anamnese, exame físico geral e avaliação padronizada da marcha em pista com duas plataformas de força, foram realizadas cinco filmagens para caracterizar o ciclo de marcha. Resultados: participaram 22 pacientes com paralisia cerebral, todos classificados nos níveis I e II do GMFCS. A média da altura dos participantes foi de 1,34 metros (± 0,19) e a média de peso foi 28,38 kg (± 11,04). Descrição dos parâmetros lineares da marcha para velocidade foi de 0,99 metros/segundo (± 0,26), para cadência 119,53 passos/minuto (± 26,21), comprimento da passada esquerda 0,97 metros (± 0,16), comprimento da passada direita 1,01 metros (±0,14), comprimento do passo esquerdo 0,44 metros (± 0,08), comprimento do passo direito 0,52 metros (± 0,12). Conclusão: crianças e adolescentes com paralisia cerebral apresentam dificuldades durante a marcha. Os pacientes com paralisia cerebral do tipo diplegia espástica possuem prejuízo relacionado aos parâmetros espaços-temporais.