Revista Linhas
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(FIVE YEARS 1)

Published By Universidade Do Estado De Santa Catarina

1984-7238, 1984-7238

2021 ◽  
Vol 22 (50) ◽  
pp. 191-214
Author(s):  
Luciana Pires Alves ◽  
Vanusa Rodrigues da Silva
Keyword(s):  

Tomamos as Janelas Floridas, do concurso para Sarau de (Re)existência com a força da arte, como elemento provocador e potência de luta pela Educação Pública com cotidianos escolares contra os processos de gentrificação dos espaços urbanos. O que podem a alegria, a brincadeira e os afetos contra a aniquilação do capital? O Sarau Janelas Floridas surge nessa resposta, usa a arte para fortalecer a luta contra a construção de um shopping que ameaça a estrutura física e a existência da E. M. Dr. Álvaro Alberto, a Regional de Meriti, ou a Escola Mate com Angu. Expressão das vozes e experiências da escola e atores da sociedade civil que se reúnem num grito, num choro, num riso, numa explosão de alegria. O movimento do Sarau Janelas Floridas desenhou a experiência como trajeto de singularização. Nascido da mobilização da educação e da arte e de diferentes instâncias, sujeitos e instituições e acolhido pela comunidade escolar como movimento, se produz como acontecimento. Tomamos, no plano da ação, a experiência segundo Dewey, ao afirmar a via estética como concretização de uma tensão existencial, um ato efetuado e consumado de ações e percepções que permitem uma singularidade: aquele acontecimento, aquele dia que não se perde na dispersão dos fluxos do vivido. No plano das reflexões, recorremos a Benjamim e seu conceito de experiência como constituição política, o ato de contar a sua história é efetuá-la novamente e, ouvir a narrativa, o ato de incorporar ao repertório do vivente uma nova saída, uma escapatória, uma porosidade. Palavras-chave: educação pública; arte; experiência; acontecimento e narrativa.


2021 ◽  
Vol 22 (50) ◽  
pp. 266-292
Author(s):  
Jeremias Stein Rodriguês ◽  
Anieli Joana de Godoi ◽  
David Antonio da Costa

Discussões acerca do ensino da Álgebra ganharam grande relevância no início do século XX devido aos debates e propostas de inserção de tal matéria no currículo do ensino elementar. Neste texto, busca-se compreender os discursos acerca do ensino de Álgebra postos em circulação pelo periódico da época, “A Escola Primaria”, durante seu período de publicação, assim como, reconstituir o conhecimento disseminado pela revista, de forma a melhor conceber o processo de inserção da Álgebra no ensino elementar no país. Para isso, é proposta a metodologia de um estudo histórico, com base na História da educação matemática, em conjunto com um Estado do Conhecimento. A análise dos artigos aponta que alguns autores difundiram um movimento a favor da constituição de uma Álgebra voltada para o ensino elementar. Essa Álgebra teria como principais focos apresentar o processo de generalização e facilitar a resolução de problemas de Aritmética que, sem esses saberes algébricos, exigiriam raciocínios extensos e cansativos, tornando sua presença no ensino ponto de críticas. Palavras-chave: estado do conhecimento; ensino de álgebra; circulação de ideias; história da educação matemática.  


2021 ◽  
Vol 22 (50) ◽  
pp. 141-165
Author(s):  
Vilma Corrêa Amancio da Silva ◽  
Claudia Alves

O presente artigo aborda a questão da disciplina de Trabalhos Manuais na Escola Regional de Merity (1921-1964) no período de 1954 a 1964. Mantendo a tradição de uma escola primária escolanovista, tinha, como agente principal, o professor José Montes, docente da oficina Heitor Lyra. Além das preocupações com a certificação e a formação para o trabalho, sua prática pedagógica centrava-se em instrumentos e atividades de conhecimentos para estimular os alunos a práticas manuais centradas na experiência. As aulas de Trabalhos Manuais exercidas na Regional propunham uma ação voltada para o desenvolvimento das sensibilidades, no âmbito das práticas laborais. A partir de 1954, a escola iniciou as aulas de “entalhação” na instrução dos alunos, centradas no “aprender fazendo”. A partir de análises das fontes documentais, como os relatórios anuais da escola, visualizamos que essa disciplina procurava, antes de qualquer qualificação de força de trabalho, estimular a vontade e a capacidade criativa de cada indivíduo. Como os alunos evadiam muito cedo para manter o sustento familiar, entendia-se que precisavam ter um conhecimento a mais para tal lugar social. Buscamos focar no âmbito das relações entre educação e trabalho nossa análise sobre as atividades exercidas na escola. Palavras-chave: escola primária; escola ativa; educação e trabalho; trabalhos manuais.


2021 ◽  
Vol 22 (50) ◽  
pp. 12-28
Author(s):  
Ana Chrystina Venancio Mignot

A Escola Regional de Merity, criada em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, por Armanda Álvaro Alberto – educadora, feminista e militante política – chega ao seu centésimo aniversário cercada de homenagens. Partindo da compreensão de que comemorar envolve refletir sobre o passado, interrogar o presente e projetar o futuro, o presente texto se volta para as festas de aniversário da escola, registradas em fotografias, discursos e depoimentos orais, sem perder de vista outras celebrações que implicaram reunir, rememorar, ensinar. Por fim, levanta os sentidos que envolvem as comemorações do centenário.


2021 ◽  
Vol 22 (50) ◽  
pp. 166-190
Author(s):  
Caruanã Guatara Oliveira Frescurato ◽  
Fernando César Ferreira Gouvêa
Keyword(s):  

O presente artigo visa examinar a influência da Escola Regional de Meriti na criação de instituições educacionais em diferentes estados brasileiros. Numa perspectiva de mão dupla, entendemos que o projeto pedagógico da instituição serviu como base para as escolas fundadas e, ao mesmo tempo, legitimou o papel desejado por Armanda Álvaro Alberto na construção de um espaço de educação para além dos seus muros e em consonância com os princípios teóricos da Escola Nova. Assim, a Escola Regional de Meriti, cujas práticas pedagógicas estavam imbricadas com os princípios do ensino regional e popular, tornou-se um modelo de organização pedagógica. Fundamental para essa análise foi a leitura dos documentos pessoais de Armanda, especialmente a correspondência que revelou a existência de uma rede de trocas de experiências e de fotos que sustentaram o processo de nascimento de instituições similares. Não se trata apenas da organização de uma memória singular, vista por Armanda Álvaro Alberto, idealizadora desse projeto educacional, haja vista que utilizamos seus documentos pessoais, mas, sim, apresenta relação com a operação historiográfica para a construção da memória social dessa instituição de ensino. Afinal, são cem anos de história. História muitas vezes esquecida pelos livros didáticos e até mesmo pelos acadêmicos e, quando lembrada, fica fadada ao esquecimento em prateleiras longe da população. Por isso, a importância da discussão do papel da Escola Regional de Meriti que sobreviveu a diferentes momentos históricos sem perder a sua relevância para a História da Educação da Baixada Fluminense. Palavras-chave: Armanda Álvaro Alberto; Baixada Fluminense; Escola Nova; ensino regional; Escola Regional de Meriti; modelo pedagógico exemplar.


2021 ◽  
Vol 22 (50) ◽  
pp. 88-110
Author(s):  
Ana Gabriela Saba
Keyword(s):  

O presente artigo se propõe a trazer uma reflexão sobre a participação de Armanda Álvaro Alberto na Comissão de Censura Cinematográfica, enquanto intelectual da educação. Para isso desenvolve a ideia de intelectual e o seu papel social, o que era considerado como cinema educativo e o funcionamento da censura cinematográfica do período. Um trabalho desenvolvido durante o Governo Provisório, no contexto dos primeiros anos de Getúlio Vargas como presidente. Em abril de 1932 foi publicado o Decreto 21.240, que visava nacionalizar o serviço de censura de filmes cinematográficos e, para isso, previa a criação de uma Comissão. A metodologia utilizada tem apoio no conceito de intelectuais e de rede de sociabilidade usados por Jean-François Sirinelli. Como fontes, foram utilizados, principalmente, os documentos da Comissão de Censura Cinematográfica que pertenciam ao acervo do SEMEAR do Arquivo do Museu Nacional; a Revista Nacional de Educação e as referências bibliografias da intelectual analisada e do período histórico. Todo o acervo da Comissão de Censura Cinematográfica se perdeu no incêndio do Museu Nacional, que ocorreu em setembro de 2018. Palavras-chave: cinema educativo; intelectual da educação; Armanda Álvaro Alberto; Comissão de Censura Cinematográfica.  


2021 ◽  
Vol 22 (50) ◽  
pp. 01-04
Author(s):  
Mariléia Maria da Silva ◽  
Ademilde Sartori

2021 ◽  
Vol 22 (50) ◽  
pp. 111-140
Author(s):  
Julio Cesar Paixão Santos

Este artigo analisa a primeira década da Escola Regional de Meriti, instituição educacional privada, criada na vila de Meriti (atual Duque de Caxias/RJ), em 1921. As conexões entre os movimentos sanitarista e educacional da década de 1920, na Capital, fizeram surgir a ideia de modernização do Brasil através da criação de uma escola, para cuidar do corpo e do espírito das crianças do sertão. Esse empreendimento, liderado por Armanda Álvaro Alberto, contou com a participação e apoio de intelectuais da Capital Federal, como Edgar Sussekind de Mendonça, Francisco Venâncio Filho, Belisário Penna, Antonio Pacheco Leão, Edgar Roquette Pinto e Alberto Rangel. O conceito de regionalismo presente nos discursos dos participantes da Escola ressaltava a necessidade de levar educação e saúde aos sertanejos brasileiros. Começando pelas crianças, mas também aos responsáveis destas e, por fim, a todos os homens e mulheres do sertão. Assim, eles poderiam crescer fortes, saudáveis e com conhecimentos para que o país alcançasse o progresso. Havia uma perspectiva de manter o sertanejo no seu próprio lugar, sem a necessidade de buscar uma vida melhor nas cidades. E, ao mesmo tempo, o interesse de fazer com que cada região se desenvolvesse de acordo com suas potencialidades. A escolha da vila de Meriti, um sertão próximo à Capital, era a possibilidade de estar em um lugar de fronteira entre o interior e a grande cidade e de que os intelectuais partícipes da escola pudessem construir uma escola no sertão e debater nos círculos intelectuais da Capital. Palavras-chave: educação; saúde; modernização; regionalismo; sertão próximo.    


2021 ◽  
Vol 22 (50) ◽  
pp. 29-58
Author(s):  
Amália Cristina Dias da Rocha Bezerra ◽  
Angélica Borges ◽  
Marcos Cesar de Oliveira Pinheiro

O presente artigo pretende demonstrar como a emergência dos estudos acadêmicos sobre a Escola Regional de Meriti instituiu uma vereda para a escrita da história local da educação da Baixada Fluminense. Apresentamos, por meio de um levantamento bibliográfico, como nas últimas décadas o campo de estudos de história da educação na Baixada se expandiu, havendo uma abertura para outras temáticas, regiões e periodizações e como podemos considerar essas novas veredas no ano de comemorações do centenário de fundação da antiga Escola Regional. Acompanhando a tradição de promover balanços, buscamos afirmar a existência de uma “matéria vertente” para a história da educação do Grande Sertão Baixada, com a intenção de demonstrar a capacidade de inovação epistemológica. A identificação e análise do que foi produzido visa estimular outros desdobramentos analíticos e interpretações no campo, registrar questionamentos, lacunas e indicar aspectos que ainda não foram explorados. Palavras-chave: Escola Regional de Meriti; Baixada Fluminense; história da educação; história local.


2021 ◽  
Vol 22 (50) ◽  
pp. 215-245
Author(s):  
Alice Rigoni Jacques
Keyword(s):  

O presente estudo buscou compreender a difusão das regras de bem viver por meio da criação das instituições auxiliares que desencadearam a implantação dos gabinetes médicos e dentários em quatro escolas públicas e uma privada da cidade de Porto Alegre/RS no período de 1930 a 1960. O estudo teve a pretensão de apresentar a participação dos médicos na promoção das práticas de higiene escolar introduzidas como garantia da consciência sanitária, a importância e a propagação das instituições auxiliares dentro das escolas e, por último, talvez como consequência disso, a implantação dos gabinetes médicos e dentários nas escolas. O estudo se desenvolveu por meio de pesquisa bibliográfica e análise documental, fazendo uso de entrevistas com estudantes de grupos escolares, artigos publicados na Revista do Ensino de Porto Alegre/RS no período de 1939-1960 e dos Boletins do CPOE, atas e relatórios. As análises foram qualitativas, centradas nas regras de bem viver desenvolvidas e promovidas nas instituições públicas e no educandário privado e elencadas para este estudo. Considerando os resultados das análises, podemos afirmar que os aspectos pertinentes à atuação dos médicos diante das práticas de higiene escolar, da criação das instituições auxiliares e, respectivamente, a implantação dos gabinetes médicos e dentários, foram formas de disciplinamento e de regulação de comportamentos e atingiram educadores, médicos, comunidade escolar, pais e, muito especialmente, a “nova geração dos brasileiros” e, sobretudo, validaram o intuito da renovação educacional e da identidade nacional que se constituía em um processo civilizador da nova pedagogia e da Escola Nova. Palavras-chave: regras de bem viver; instituições auxiliares; gabinetes médicos e dentários; escolas públicas e privadas.


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