Revista Thésis
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Published By Revista Thesis

2447-8679

2021 ◽  
Vol 5 (10) ◽  
Author(s):  
Renata Baesso Pereira

Na França, o grande projeto de sistematização do conhecimento, iniciado por Diderot e d’Alambert na Encyclopédie ou Dictionnaire Raisonné des Sciences, des Arts et des Métiers (1751-1772), na qual Jacques- François Blondel (1705 – 1774) compôs os artigos que se referiam à Arquitetura, teve continuidade em sucessivos projetos enciclopédicos na segundametade do século XVIII e ao longo do século XIX. Um desses projetos é o da Encyclopédie Méthodique de Charles-Joseph Panckoucke1, no qual, em 1788, Quatremère de Quincy2 foi comissionado para organizar o Dictionnaire d’Architecture.


2021 ◽  
Vol 5 (10) ◽  
Author(s):  
Mara Oliveira Eskinazi
Keyword(s):  
De Se ◽  

Considerando o papel chave que desempenham as relações entre espaço, estrutura e fechamento na construção da forma moderna, propomos examinar algumas das obras mais relevantes de Mies van der Rohe a partir dos seus planos de fechamento. O objetivo é questionar como estes elementos se combinam para estabelecer diferentes formas de relacionar os espaços internos e externos, e compreender que tipo de cidade estas arquiteturas tem o potencial de gerar. Analisaremos as fachadas de Mies, sintetizando suas diferentes formas de abordar a resolução de conflitos entre espaço, estrutura e fechamento, na seguinte sequência de obras: primeiro, as casas de tijolo da década de 1920, como a Casa Erich Wolf (1925-27) e a Casa Hermann Lange (1928), em que Mies elimina os elementos construtivos visíveis por paredes de tijolo perfuradas por esquadrias metálicas, dando às paredes o valor ambíguo de se comportar ao mesmo tempo como elemento construtivo massivo e como cortina de luz; após, o Pavilhão de Barcelona (1928-29) e a Casa Tugendhat (1929-30), onde ordem geométrica e espaço contínuo são concebidos independentemente da estrutura; e, por fim, as casas Farnsworth (1945-50) e Fifty by Fifty (1950-51), onde a estrutura se impõe como resolução essencial e sintética da forma arquitetônica, enquanto o espaço se reduz ao vazio absoluto. Deste modo, buscaremos investigar como temas arquitetônicos recorrentes na produção de Mies perpassaram sua obra e se desenvolveram ao longo das décadas.


2021 ◽  
Vol 5 (10) ◽  
Author(s):  
Sandra Catharinne Pantaleão Resende

O artigo apresenta a dinâmica urbana a nível global incitada pelas transformações da passagem de século visando identificar as características do processo de modernização mais recentes. São consideradas as reflexões de Rem Koolhaas acerca da lógica de consumo que orienta grande parte das intervenções urbanas, além dos processos de urbanização em pontos estratégicos do planeta condicionados à globalização, às tecnologias de informação e ao mercado financeiro. Consideram-se os termos descritos por esse arquiteto, a saber: generic city, bigness, junkspace, COED e Regime ¥€$. Ao articulá-los, é possível traçar características da urbanização mais recente seja pela intervenção ou a expansão de cidades globais; cidades novas, especialmente no Oriente Médio e na Ásia, além da formação de um continuum espacial que alavanca e orienta grande parte da prática arquitetônica atual. Para fins de desenvolvimento da pesquisa, são apresentadas as reflexões sobre a cidade contemporânea e seus desdobramentos na voz de Rem Koolhaas (1995; 2001a; 2001b; 2004), visando aproximar suas percepções a de outros autores como Soja (2000; 2011) e Vàzquez (2004; 2016), seguidas por reflexões sobre o processo recente de urbanização na China, com destaque à região do Delta do Rio Pérola (PRD).


2021 ◽  
Vol 5 (10) ◽  
Author(s):  
Otávio Leonídio
Keyword(s):  

A Casa da Música e a Cidade das Artes: Por uma monumentalidade, tese de doutorado defendida por Guilherme Essvein de Almeida em agosto de 2018 no Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul/PROPAR-UFRGS, se ocupa de algumas das questões centrais da agenda pós-modernista em arquitetura, com destaque para o problema da continuidade (mas também da descontinuidade) histórica.


2021 ◽  
Vol 5 (10) ◽  
Author(s):  
Ana Luiza Nobre
Keyword(s):  

Pouco se sabe no Brasil acerca da arquitetura portuguesa contemporânea para além das obras consagradas de Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura e de um punhado de outros bons arquitetos – quase todos homens – sediados entre as cidades de Lisboa e Porto. Em parte, tal desconhecimento se deve a uma concertada operação política-cultural cuja expressão mais evidente, nos últimos tempos, foram as retrospectivas simultâneas, em 2019-20, dos dois Pritzkers, parceiros e amigos em duas das instituições mais influentes de Portugal em termos de arquitetura, ambas sediadas na região do Porto (Siza na Fundação Serralves, Souto de Moura na Casa da Arquitectura). Há mais no panorama contemporâneo português, porém, como mostra o livro recém-lançado pela Dafne Editora: uma frondosa monografia do arquiteto português Diogo Seixas Lopes (1972-2016), editada por seu amigo e interlocutor André Tavares (TAVARES, André e SEIXAS LOPES, Diogo. Arquivo Diogo Seixas Lopes, Porto: Dafne Editora, 2019).


2021 ◽  
Vol 5 (10) ◽  
Author(s):  
Mateus Rosada

Bem-vindo, leitor! Acomode-se e aproveite mais esta seção das Passagens da Revista Thésis. Para esta edição, convidei os arquitetos, professores e exímios desenhistas José Clewton do Nascimento (Jota Clewton), da UFRN, e André Lissonger, da UFBA, que me auxiliarão a enriquecer graficamente essas minhas malucas divagações. Nesta edição que ora se apresenta, também se lançam os textos de três verbetes – Copiar, Imitação e Invenção – do Dictionnaire Historique d’Architecture, do teórico francês Quatremère de Quincy, objetos de estudo da tese de doutorado de Renata Baesso Pereira e por ela aqui traduzidos.


2021 ◽  
Vol 5 (10) ◽  
Author(s):  
Fernando Atique ◽  
Lidia Quiéto Viana ◽  
Marcio Cotrim ◽  
Rachel Coutinho Marques da Silva

É muito antiga e recorrente a ideia de que a profissãodo arquiteto e urbanista se ancora na invenção. Este substantivo feminino denota aquilo que se criou, se elaborou com ímpeto ou mesmo se deu processualmente visando a criação de algo. Exprime, assim, um surgimento social que passa a ser notável, e que se vincula à existência, visando alterá-la. O número 10 da revista Thésis, traz, em seu escopo, esta discussão em todas as suas seções.


2021 ◽  
Vol 5 (10) ◽  
Author(s):  
Daniel Juracy Mellado Paz
Keyword(s):  

O artigo apresenta a compreensão que Jane Jacobs possui da vitalidade urbana, a partir das teorias sobre a complexidade organizada. As cidades são expressão do fenômeno universal do desenvolvimento, da ordem crescente que expulsa a entropia, onde o próprio termo vitalidade não é uma metáfora, e sim a própria raiz do fenômeno, regido por poucos e inexoráveis princípios. O Nascimento é a emergência de um novo tipo de ordem, diferente da soma das partes, com a formação de conexões cada vez mais intrincadas. Para Jacobs o Crescimento é quantitativo (a expansão) e qualitativo (a diferenciação) em um contínuo co-desenvolvimento, alimentado pelas várias formas de realimentação positiva e negativa em um universo instável, e seus efeitos ao longo do tempo. A Morte é a perda da complexidade do sistema, neste caso as cidades, e Jacobs expõe as causas e meios da incapacidade em responder às circunstâncias mutáveis, revendo o conceito de eficiência. Ela ainda tenta demonstrar as condições para sua Sobrevivência, por meio das inovações nas bifurcações, apesar dos resultados incertos e inesperados. E precisamente por essa incerteza, constitutiva da realidade, Jane Jacobs oscilará entre o desespero e a esperança.


2021 ◽  
Vol 5 (10) ◽  
Author(s):  
Rafael Gomes ◽  
Giselle Azevedo

O desafio da implantação dos territórios educativos é justamente dar conta da complexidade das dinâmicas territoriais. Em cidades onde as disputas de classe estão territorializadas, parece fundamental pensar os processos educativos numa visão mais pluralista, reticular, que considere múltiplos espaços, culturas e identidades. Ou seja, esse desafio é maior nas regiões onde as desigualdades sociais tornam os sujeitos vulneráveis a territórios da violência, do medo, da pobreza. Para os mais ricos, certamente a experiência da multiterritorialidade é uma opção, portanto a imersão em territórios educativos independe de ações políticas em contextos fixos. Para os mais pobres, os problemas sociais da cidade tendem a impedir que eles desenvolvam conexões tanto físicas quanto simbólicas para que possam acessar múltiplos territórios de desenvolvimento individual e coletivo, de ordem educativa, cultural e social. Como é possível organizar políticas efetivas de desenvolvimento socioeducativo em espaços cada vez mais desarticulados e fragmentados?


2021 ◽  
Vol 5 (9) ◽  
Author(s):  
Clarissa Freitas
Keyword(s):  

Todo processo decisório coletivo parte de um denominador comum de conhecimento sobre o assunto em discussão. A pauta do desenvolvimento urbano requer que as informações sejam espacializadas, caso contrário perde-se a relação entre os processos sociais e as transformação do ambiente construído. Até pouco tempo, a produção de plantas, croquis emapas demandava muitos recursos, e por essa razão a atividade era facilmente monopolizada pelos grupos dominantes, via de regra agentes estatais ou setores privados interessados em influenciar os rumos do processo de produção da cidade. O atual contexto de digitalização das relações sociais desestabiliza o processo tradicional de representação das questões urbanas adicionando novas camadas de desigualdades, cujos efeitos estamos apenas começando a desvendar. Entre uma visão celebratória - que pressupõe o potencial democratizante da produção e manipulação de dados digitais - e uma visão pessimista - que considera inexorável o controle da esfera pública por corporações privadas - há um interessante debate. A dissertação de Flavia Maia, intitulada “Urbanismo smart e a política da visibilidade digital: mapeando informalidade na cidade do Rio de Janeiro (2008-2016)”, contribui para avançarmos, adicionando nuances importantes à esta discussão.


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