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Published By Universidade De Sao Paulo Sistema Integrado De Bibliotecas - Sibiusp

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2021 ◽  
Vol 48 (56) ◽  
pp. 225-247
Author(s):  
Bárbara Bergamaschi Novaes

Neste artigo traçamos as correspondências “plástico-verbais” entre as escritas poética e cinematográfica de Mário Peixoto (1908-1992), buscando pontos de contato entre essas duas linguagens. Através de um cotejamento entre a decupagem de três cenas do filme Limite e da escansão do poema “A grande curva”, publicado no livro Mundéu, acreditamos ser possível vislumbrar como a poesia e a mise-en-scène de Mário Peixoto obedecem a uma mesma lógica formal de construção. Para tal utilizamos estudos de Mário de Andrade, Paulo Henriques Britto, Flora Süssekind e alguns conceitos operativos da teoria da montagem de Sergei Eisenstein. Em uma via de mão dupla, demonstramos como Peixoto absorveu os debates de seu tempo, transfigurou sua poesia em cinema e, inversamente, como o cinema “enformou” seus poemas. A proposta é pensar a obra de Peixoto para além da teoria estritamente cinematográfica, nos centrando no profícuo intercâmbio entre o cinema, a teoria literária e os estudos da poesia.


2021 ◽  
Vol 48 (56) ◽  
pp. 149-172
Author(s):  
Ismail Xavier

Este artigo analisa a progressão da trama do filme Corpo (2007), de Rubens Rewald e Rossana Foglia, inspirado em fato político de 1990: numa vala clandestina do cemitério de Perus, foram encontradas ossadas de pessoas enterradas anos antes, sem identificação, aí incluídos ex-presos políticos. No filme, entre as ossadas enviadas ao IML, está o corpo de uma jovem, com marcas de tortura, conservado como se tivesse morrido no dia anterior. Este corpo gera tensões entre o médico-legista, que decide investigar o caso, e sua chefe O foco da análise é o conflito entre interesses pessoais e a construção de uma memória coletiva, partindo da noção de “motivo temático”, de Tomachevski, aqui centrada no motivo “o passado no presente” tal como figurado no corpo-enigma. Conclui-se que o filme problematiza a postura de quem, de uma forma ou de outra, faz de suas decisões na vida pessoal ou profissional um espelho dos subterfúgios da política de silêncio de um poder político empenhado em esconder os horrores de seu sistema repressivo.


2021 ◽  
Vol 48 (56) ◽  
pp. 173-191
Author(s):  
Edson Pedro da Silva

A presença de temas históricos complexos na ficção seriada dos Estados Unidos da década de 1970 procurou imprimir ao meio televisivo um desejado padrão de qualidade, contribuindo também para sedimentar determinadas memórias históricas em narrativas sobre grupos étnicos que compõem a formação social do país. Roots (Raízes, 1977) e Holocaust (Holocausto, 1978), produções exemplares do período, destacaram-se por seu pioneirismo e por provocar o debate público de temas históricos traumáticos. Este artigo busca analisar aspectos da produção e as estratégias narrativas destes dois produtos audiovisuais, explicitando, em cada uma das obras, certos limites e possibilidades da representação histórica televisiva na complexa relação entre a História e os discursos de memória.


2021 ◽  
Vol 48 (56) ◽  
pp. 54-75
Author(s):  
Gilson Schwartz
Keyword(s):  

A obra de Arlindo Machado questiona de modo pioneiro o automatismo da sociedade do espetáculo e suas ideias abrem-se para o diálogo com as novas formas de produção e consumo da imagem, assim como para o modo de ser do olhar. Apesar de não figurar entre os autores mais citados no campo dos jogos eletrônicos ou game studies, a trajetória de Machado revela-se certeira e pioneira na identificação dos limites e potenciais dos automatismos audiovisuais. Assim como os casos do cinema, do documentário e do vídeo, o game é levado a sério nessa obra crítica propícia às reinvenções criativas que redefinem os horizontes do olhar para a sociedade do espetáculo audiovisual.


2021 ◽  
Vol 48 (56) ◽  
pp. 293-299
Author(s):  
Josafá Veloso

Resenha do e-book Pandemídia: vírus, contaminações e confinamento, idealizado pelo LabArteMídia (Laboratório de Arte, Mídia e Tecnologias Digitais), grupo de pesquisa vinculado ao Departamento de Cinema, Rádio e Televisão e ao Programa de Pós- Graduação em Meios e Processos Audiovisuais da Escola de Comunicações e Artes. Por nove meses, a partir de abril de 2020, um transdisciplinar grupo de pesquisadores e artistas se propôs a elaborar uma série de textos que vão do artigo acadêmico, crônica, ficção, ao ensaio, passando pelo relato de experiências artísticas de resistência poética em pleno isolamento.


2021 ◽  
Vol 48 (56) ◽  
pp. 192-206
Author(s):  
Sandra Fischer ◽  
Natália Lago Adams ◽  
Aline Vaz

O artigo, situado no campo dos estudos contemporâneos de cinema, problematiza questões relativas ao cinema de fluxo tomado da forma como se apresenta no filme La mujer sin cabeza (2008), de Lucrecia Martel. Para tanto, discute e analisa na obra as estratégias adotadas para a colocação em quadro do contexto sociopolítico da Argentina neoliberal pós-ditaduras, verifica os efeitos de sentido produzidos por meio das homologações entre o plano do conteúdo fílmico e o plano da expressão cinematográfica, e trata das consequentes articulações estéticas e estésicas. Considerando o cinema como privilegiado campo do sintoma da sociedade em que se se encontra cronotopicamente inserido, conclui-se que o filme em tela, ao focalizar as miudezas do cotidiano e suas modulações sensíveis, sinaliza a emergência de um suposto Nuevo Cine Argentino – que tanto viabiliza a detecção de angústias e asfixias sociais, quanto oportuniza, potencialmente, revisões de paradigmas e conceitos pré-estabelecidos.


2021 ◽  
Vol 48 (56) ◽  
pp. 285-292
Author(s):  
Cecília Mello

O livro de Ágnes Pethő Cinema and intermediality: the passion for the in-between encara a questão da intermidialidade no cinema com surpreendente profundidade e erudição e, como tal, ilumina e abre novos caminhos na teoria do cinema e da mídia.


2021 ◽  
Vol 48 (56) ◽  
pp. 207-224
Author(s):  
João Luiz Borogan Cerqueira

Este ensaio apresenta uma análise do personagem Ventura, de Juventude em marcha, à luz das considerações de Bakhtin sobre a construção da personagem no romance polifônico de Dostoievski. O comentário se centrará, sobretudo, na carta de Ventura e em sua possível leitura analítica como uma porta de entrada para comentarmos a constituição dessa personagem como uma autoconsciência. A hipótese a ser testada pela análise é a de que essa autoconsciência age no filme por meio da preservação de uma certa opacidade da personagem em relação ao narrador do filme e ao espectador, opacidade por meio da qual a personagem mantém sua autonomia preservada.


2021 ◽  
Vol 48 (56) ◽  
pp. 12-19
Author(s):  
Patricia Moran

Apresentação da edição 56


2021 ◽  
Vol 48 (56) ◽  
pp. 76-94
Author(s):  
Andréa C. Scansani
Keyword(s):  

A partir das leituras que Arlindo Machado faz de Gilbert Simondon, ainda nos anos de 1990, revisitamos este autor para explorar seu pensamento sobre a imaginação, a invenção e a complexa rede de relações entre máquinas e humanos, numa reflexão sobre a prática da fotografia cinematográfica e suas imagens.


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