A discussão da temporalização no interior dos discursos históricos nos apresenta dentre outras matizes, os conceitos que a orbitam. Nesse sentido, propor um diálogo mais profundo sobre essa questão, pode contribuir como base teórica para estudantes, pesquisadores e amantes da história, no debate, na reflexão e na problematização dos modos de se conceber a temporalização dessa. Desse modo, este artigo tem por objetivo discutir conceitos relacionados ao tempo. Para responder a tal cenário se dispôs de pesquisa documental e bibliográfica, as quais se basearam em artigos científicos, livros, dissertações, teses, sites da web, dentre outras fontes, para o levantamento, a coleta e a análise dos dados de forma qualitativa. E como resultado, dialogamos por três características que são correlacionadas ao tempo: temporalidade, duração eprocesso histórico. Em relação a primeira, que é a temporalidade, essa se perfaz através da percepção humana do compreender a conexão temporal existente entre o passado, o presente e o futuro. A segunda se estabelece pela duração, dessarte, consideramos que essa não se regula no tempo cronológico e sim, seu entendimento subjetivo é relativo ao movimento e à permanência do atual para o novo. A terceira característica é o processo histórico, o qual se pauta no conjunto das sucessões dos eventos históricos. No entanto, há de se destacar que em torno do processo histórico gravitam conceitos relevantes como: evento/ fato histórico; devir; e, continuidades e rupturas. Esses conceitos, se apresentam de forma complementar, mas ao mesmo tempo antagônicos, e se digladiam entre si no campo de estudo de cada atividade humana ou mesmo entre elas. Logo, percebemo-los como dialeticamente unidos em um fluxo ao qual se estabelecem como força motriz do próprio movimento da história. Conclui-se, então, que ao se discutir acerca dos conceitos que orbitam a questão do tempo, se permite o alargar do arcabouço teórico para uma geração de historiadores que se formaram alheios à reflexão mais consistente sobre a temporalização no interior dos discursos históricos.