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Published By Faculdade De Letras Da Ufmg

2317-4242

Author(s):  
Leonardo David De Morais
Keyword(s):  

Este trabalho tem por objetivo analisar alguns dos poemas do livro Paranoia, de Roberto Piva. Em versos dessa obra se destacam, à maneira do surrealismo e do clássico ut pictura poesis, dois tipos de imagens: poéticas e picturais. Acredita-se que por meio da citação e da montagem tais categorias de imagem foram inseridas na trama poética piviana.


Author(s):  
Geraldo Emanuel De Abreu

O presente artigo busca entender as distintas concepções de leitura e diferenciar o leitor crítico do acrítico fundamentando-se, principalmente, nos trabalhos de Daniel Cassany, a partir dos quais elaboraremos propostas de atividades práticas para sala de aula, fazendo-se necessária uma breve contextualização de conceitos como a compreensão de leitura Linguística, Psicolinguística e a Sociocultural. Não nos deteremos somente à teoria, pois o objetivo principal deste trabalho é justamente propor uma alternativa para alcançar um trabalho que seja significativo para o aprendiz e que o incentive a questionar os modos como os canais de comunicação trazem notícias comuns para o nosso cotidiano, a partir da leitura de manchetes de periódicos online, utilizando-se distintos recursos como o código escrito, imagens e o arcabouço sociocultural disponível, além da estrutura dos textos. Finalmente, exemplificaremos atividades didáticas que abordem uma das alternativas para fomentar que o aluno faça uma leitura crítica sobre o que lê.


Author(s):  
Priscilla Adriane Almeida

O presente artigo explica as principais características de algumas obras da Antiguidade que são conhecidas como “romance”. Além do mais, propõe um estudo panorâmico do termo “romance”, palavra anacrônica usada para descrever essas narrativas antigas, e detalha o porquê deste termo ser usado para designar esse tipo de obra. Este trabalho visa, sobretudo, a uma abordagem introdutória dos romances: quais obras sobreviveram ao longo dos séculos e o que se pode descobrir a partir das obras que estão fragmentadas. Também faz um estudo comparativo entre os romances gregos e latinos, e explica como essas duas culturas e literaturas – grega e latina – se relacionavam.


Author(s):  
Samira Pinto Almeida
Keyword(s):  

Em Vidas desperdiçadas, Zygmunt Bauman atenta para os problemas decorrentes do crescimento da população pobre. Os miseráveis, excluídos do estilo de vida consumista, não contribuem com a lógica da produção e, por esse motivo, são designados resíduos do sistema – um mal inevitável. Ora, é tarefa dos governos decidir como tratar e onde depositar o “refugo humano”. Frequentemente, as nações apostam na remoção dos sujeitos indesejáveis, incentivando o deslocamento geográfico. A incontestável onda de migrações efetuada pela massa de refugados, iniciada no século XX e intensificada nos dias atuais graças à globalização, impõe à crítica refletir se a questão da diáspora torna-se cara também às artes e à cultura. Luiz Ruffato está entre os escritores comprometidos com esse tema a ponto de privilegiar, em sua literatura, a representação de sujeitos redundantes em trânsito. Um exemplo disso é o romance Estive em Lisboa e lembrei de você, cuja enunciação, em primeira pessoa, é produzida por Sérgio de Souza Sampaio, um cataguasense pobre e esperançoso, que sonha em ascender socialmente através do trabalho ilegal realizado na capital portuguesa. Este artigo pretende analisar a construção desse personagem ruffatiano e suas desventuras a partir da noção de “refugo humano”, de Bauman, noção que lança luz sobre a condição do imigrante miserável.


Author(s):  
Thaís Fernanda Carvalho Bechir

A partir do reconhecimento da audiodescrição como uma técnica de tradução de imagens em palavras, recurso que propicia acessibilidade a cegos e pessoas com baixa visão, este trabalho tem como objetivo analisar a Nota Técnica nº 21, elaborada pelo MEC, que apresenta ao audiodescritor requisitos para a produção de seu roteiro. Para essa análise, tomaremos como base Lima (2011) e a teoria de Kress e van Leeuwen (2006). Assim, a respeito das orientações apresentadas pela Nota para a descrição de imagem na geração de material didático digital acessível, julgamos necessário propor sua reformulação, visto que ela negligencia informações de direção e sentido em sua proposta. Com o intuito de evidenciar a relevância dessa reformulação, analisamos a história em quadrinho descrita pela Nota, enfatizando a distinção entre os critérios utilizados pelo MEC e pela teoria que pretendemos aplicar. Sendo assim, com relação às principais diretrizes da audiodescrição (LIMA, 2011: 29) – concisão, clareza, correção, especificidade e vividez  –  enquanto a Nota foca na concisão, nossa proposta privilegia, em contrapartida, as últimas citadas. A partir disso, discutiremos a relevância de novas propostas teóricas capazes de consolidar o modo como se dá a elaboração do roteiro audiodescritivo, que ainda é pouco normatizado. Sabendo-se que a ausência dessas normas impossibilita os audiodescritores de terem recursos de regularização da produção de seu roteiro, aplicando a Gramática do design visual (KRESS; VAN LEEUWEN, 2006) à técnica de audiodescrição, chegamos à conclusão de que ela contém diretrizes que podem contribuir para sua efetiva regulamentação.


Author(s):  
Thaís Franco de Paula

Este trabalho investigou, à luz dos pressupostos da Gramática de Construções e da Gramática Cognitiva, a perífrase verbal [V1danar + (se) + (prep) + V2infinitivo] usada no português brasileiro para expressar o que Paula (2014) chamou de aspecto inceptivo com prolongamento da ação. O objetivo deste trabalho é verificar se, conforme a teoria eleita, [V1danar + (se) + (prep) + V2infinitivo] pode ser considerada uma construção do português brasileiro. A análise evidenciou que, embora nas palavras de Goldberg (1995) "as construções têm significado, independentemente das palavras que compõem a sentença" (p. 1, tradução nossa, grifo nosso), questões cognitivas relacionadas aos esquemas imagéticos de FORÇA e MOVIMENTO que subjazem a todos os sentidos de danar influenciam no significado da perífrase. Isso, contudo, não nos impediu de a considerarmos uma construção, uma vez que os dados mostraram que [V1danar + (se) + (prep) + V2infinitivo] se constitui em um pareamento forma-significado, cujo significado não resulta da soma dos significados das partes da perífrase. Propomos que seja considerado que as construções têm significado, independentemente dos significados lexicais das palavras que compõem a sentença. Por trás de uma palavra, termo usado por Goldberg (1995), pode haver questões cognitivas relacionadas aos esquemas imagéticos que podem influenciar (não determinar totalmente) o significado da construção. Assumiu-se que as ocorrências da construção com os V1 danar, desandar, desatar, destampar e outros concorrentes que também tragam a noção de FORÇA e MOVIMENTO formam uma rede.


Author(s):  
Sandra Rocha Ribeiro

Recomenda-se que todo texto a ser, de alguma forma, publicado, seja antes revisado. E essa função deve ser exercida pelo revisor de texto, profissional geralmente formado em Letras ou Jornalismo e, algumas vezes, com pós-graduação em revisão de texto. Porém, apesar da importância dessa atividade, seus profissionais não são resguardados pela lei, a não ser que sejam jornalistas e trabalhem em empresas de comunicação, por exemplo, em redações de jornal. Ocorre que boa parte das empresas jornalísticas optou por excluir o revisor de seu quadro de funcionários, deixando a função para o próprio repórter e o corretor ortográfico do Word. Ao contrário do que muitos pensam, não basta gostar de Português para ser capaz de revisar um texto com qualidade. A profissão tem muitas outras exigências que talvez passem despercebidas exatamente por não existir uma regulamentação que lhe dê identidade. O objetivo deste trabalho é, então, analisar esse cenário, saber o que tem sido feito para mudar essa realidade.


Author(s):  
Iara Rosa De Carvalho

Este artigo analisa estratégias adotadas pela fonologia do português brasileiro para desestabilizar encontros consonantais heterossilábicos, como na palavra fes.ta, através de processos de redução segmental. A perspectiva teórica é a da Fonologia Autossegmental, que busca explicar os processos de redução segmental a partir da atuação do Princípio do Contorno Obrigatório (PCO) em encontros consonantais heterossilábicos. O PCO não permite sequências de consoantes idênticas, o que explica a ausência de consoantes geminadas no PB. Neste artigo, sugerimos que o PCO também atua em sequências de consoantes não idênticas, mas que compartilham alguma propriedade específica. Processos fonológicos atuaram historicamente no português brasileiro em consoantes adjacentes, de maneira que, pelo PCO, em uma sequência de segmentos adjacentes que tenham a propriedade [consonantal], ocorre o cancelamento da consoante à esquerda da sequência consonantal. Processos fonológicos recentes evidenciam que, em sequências de consoantes que compartilham ponto de articulação ou modo de articulação, o PCO atua cancelando a consoante à direita da sequência. Finalmente, se as consoantes adjacentes não compartilharem modo de articulação ou lugar de articulação, não sofrem redução segmental. Sugerimos, portanto, que a atuação do PCO é regulada por restrições fonéticas que atuam no nível segmental.


Author(s):  
Luana Santana Lins Cerqueira

Neste artigo, depois de introduzirmos questões gerais em nexo com os traços principais e a presença da poesia bucólica em Roma, passamos a investigar alguns aspectos retóricos da segunda bucólica de Virgílio e da terceira écloga de Calpúrnio Sículo. Sobretudo interessados em analisar retoricamente esses dois poemas e considerando o aspecto da “invenção” (inuentio), destacamos como os dois autores recorreram a argumentos de natureza patética, ética e lógica com o objetivo de gerar a persuasão sentimental em um e outro caso mencionado. Desse modo, sempre recorrendo a exemplos extraídos dos textos em questão, tentamos descrever, aqui, em quais pontos argumentativos as ideias e sentimentos expressos por Virgílio e Calpúrnio, nesses poemas, coincidem ou mostram-se mutuamente diferentes.


Author(s):  
Maísa Dos Santos Trevisoli

Este artigo traz uma análise das personagens femininas em duas obras da escritora britânica Angela Carter, The Courtship of Mr. Lyon e The Snow Child, com o intuito de comparar a construção dessas em relação às personagens dos contos de fadas tradicionais que serviram de inspiração para a autora. Procura-se problematizar como Carter transforma seus contos de fadas, aproximando-os ou afastando-os dos moldes e características dos contos de fadas tradicionais estudados por Vladimir Propp, Max Lüthi e Tzvetan Todorov. O feminino, tanto na voz das escritoras quanto na construção das personagens, é analisado ao longo do artigo segundo obras sobre este tema em contos de fadas escrito por autores como Joan Gould, Cristina Bacchilega e Marina Warner. A partir das análises empreendidas, é possível concluir que Carter aproxima-se ao mesmo tempo em que se afasta das características tradicionais dos contos de fadas, construindo assim um novo tipo para o gênero.


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