Revista Arqueologia Pública
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Published By Universidade Estadual De Campinas

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2021 ◽  
Vol 15 (2) ◽  
Author(s):  
Luciana de Castro Nunes Novaes

Esse artigo apresenta a praia como um ambiente aquático fundamental nos estudos de levantamento arqueológico subaquático. A Arqueologia de Ambientes Aquáticos é problematizada para além do mergulho científico e do patrimônio subaquático. Para tanto, o texto realiza uma reflexão crítica sobre a formação de paisagens marítimas no centro histórico de Salvador. Em seguida apresenta referenciais metodológicos de duas pesquisas desenvolvidas no antigo Bairro da Praia, Salvador. Por fim, compreende a borda do mar como um ambiente de pós-memória, arena epistêmica que entrelaça o passado colonial ao devir urbano de cidades portuárias.


2021 ◽  
Vol 15 (2) ◽  
Author(s):  
Cristiane Eugênia Amarante

A Arqueologia de Ambientes Aquáticos ou Arqueologia Subaquática (sua vertente mais conhecida) é comumente associada aos homens. Na verdade, ela mescla duas áreas onde popularmente a presença masculina é mais percebida: a arqueologia e o mergulho. Assim sendo, nos ambientes acadêmicos, somente pesquisas produzidas pelos homens são citadas e destacadas. Por outro lado, quando as mulheres são mencionadas, não há uma ênfase em sua produção, e, muitas vezes, o nome da pesquisadora é dito tão rapidamente que passa despercebido que se trata de uma pesquisa levada ao cabo por uma mulher. A arqueóloga subaquática sofre com dois processos: o silenciamento e o apagamento. Isto não acontece só no Brasil, é uma recorrência mundial. Neste artigo será feito um levantamento das pesquisas desenvolvidas por homens e mulheres, que trazem resultados surpreendentes sobre as questões de gênero no ambiente úmido. Pegue sua luneta e aponte para o mar, as mulheres já estão a navegar!


2021 ◽  
Vol 15 (2) ◽  
Author(s):  
Noureddine Mahdadi

It was by serendipity, during a survey aimed at determining the course of an underground source by employees of the municipality of Sétif in 1907, that the beautiful monument was discovered at a depth of three meters of the “Roman basins” of Sétif (Algeria)[1]. The architecture of this site caught the attention of both elected officials and the public, and led to considering its conservation. Located in the Rafaoui garden (former Barral garden)[2], it represents one of the most beautifully preserved open-air monuments in this city. However, it remains a subject of controversy as to its "origin"[3]. The present work seeks to weave a portrait of the model, which will provide us with the arguments necessary for its "identification", and thus brought a correction on its name, and at the same time justify the action of a support for its conservation[4].   [1]  This source feeds the two main and famous fountains of this city (Ain Fouara & Ain Droudj), located in a part known for its wealth of Roman remains. (Elizabeth Fenteress, Paul-Albert Février, Anissa Mohamedi, 1984). [2] Since this discovery, the site has been laid out as an "open-air museum garden", displaying this unearthed archaeological treasure. [3] Improperly called nowadays "Roman baths", instead of "nymphs", and this is what we are going to dismantle. [4] In our situation, the question of heritage is no longer posed only in terms of preservation, but also in terms of integration into the changing urban environment, which is another form of "valorisation".  


2021 ◽  
Vol 15 (2) ◽  
Author(s):  
Elena Vallvé ◽  
Maira Malán

La ensenada del Sauce, tramo medio del Río de La Plata en su costa norte, viene siendo objeto de un proyecto de investigación arqueológica aplicada al desarrollo turístico y territorial. Partiendo de la base de que la arqueología es una actividad social que tiene lugar en múltiples contextos, tanto históricos, como políticos, económicos e institucionales, el proyecto busca a través de diferentes estrategias –investigación, protección, divulgación, desarrollo económico–, posicionar el rol de la arqueología desde una perspectiva no únicamente en función del pasado sino también en función del presente. Se presentan aquí las distintas líneas de trabajo y sus resultados parciales, y se reflexiona en torno al potencial de la arqueología y los enfoques patrimoniales para afrontar contextos socio-económicos críticos.


2021 ◽  
Vol 15 (2) ◽  
Author(s):  
Luciana Bozzo Alves

Na Arqueologia Afrodiaspórica, as pesquisas que envolvem remanescentes materiais de embarcações utilizadas no tráfico de escravizados, assim como as demais categorias de materialidades, devem estar intrínsecas às discussões contemporâneas sobre identidades, principalmente a partir de uma perspectiva afrocentrada (Christian, 2009, p. 147). Nesse sentido, o presente artigo retoma algumas pesquisas realizadas nessas embarcações, assim como aponta iniciativas e caminhos possíveis para o envolvimento de comunidades afrodescendentes em pesquisas nesse contexto, utilizando como exemplo as ações em andamento no sítio de naufrágio da escuna Clotilda.


2021 ◽  
Vol 15 (2) ◽  
Author(s):  
Leandro Silva

Este artigo tem por proposta discutir a funcionalidade de uma coleção de garrafas de vidro que foram recuperadas do Galeão Santíssimo Sacramento afundado em 05 de maio de 1666 no litoral da cidade de Salvador, Bahia. Os artefatos, em questão, apresentam bases quadradas e são chamadas na bibliografia especializada de “case bottle”. O texto apresenta algumas características morfológicas e tecnológicas dessas garrafas, bem como traça paralelos com outras coleções recuperadas de outros naufrágios. Foram discutidos os possíveis conteúdos que elas teriam armazenado ao longo da viagem, bem como contextualiza os hábitos, as crenças e os costumes que estariam associados a esses conteúdos e, ao final, apresenta uma reflexão sobre o uso do termo “case bottle”.


2021 ◽  
Vol 15 (2) ◽  
Author(s):  
Joana Schossler ◽  
Aline Vieira Carvalho

Há uma emoção em ver a superfície marítima, mas também há uma comoção em descobrir aquilo que está nas profundezas do mar. Desbravar, mergulhar, ir longe dasareias, se encantar com a grandeza da natureza e a história. De certa forma, a história da humanidade e os vestígios se encontram muitas vezes com o mar.


2020 ◽  
Vol 14 (1) ◽  
pp. 1-3
Author(s):  
Aline Vieira de Carvalho ◽  
Joana Carolina Schossler

Em tempos tão difíceis se torna crucial encontrarmos espaços que permitam a pulsão da vida. O termo vindo da psicanálise é genérico, sabemos, controverso, com toda certeza, mas há algo nele que pode nos acenar para o presente e para o futuro. Em meio a tantos discursos de ódio, morte e miséria, é preciso encontrarmos algum sentido para o amanhã. Esses sentidos estão tanto na garantia de nossos direitos básicos, como educação, saúde, alimentação, moradia digna, entre outros previstos em nossa Carta Constituinte de 1988, mas também podem ser inventados em nossas pesquisas, em nossas salas de aula, nas artes, no compartilhar um sentido comum com uma comunidade, entre inúmeras outras possibilidades. A pulsão da vida pode ser alimentada pelos nossos desejos de construção do presente e do futuro melhor (e para nós, autoras desse Editorial, o melhor significa mais justo, igualitário e inclusivo para todos).


2020 ◽  
Vol 14 (1) ◽  
pp. 4-29
Author(s):  
Ana Paula Moreli Tauhyl ◽  
Marcia Lika Hattori
Keyword(s):  

Em 1917, cerca de 50.000 pessoas em São Paulo - cuja população contava com 400.000 habitantes - aderiram a uma greve geral por melhores condições de trabalho. A histórica greve sob forte influência de diferentes movimentos, entre eles o anarquista, foi uma das maiores expressões de mobilização operária na cidade. A reação do Estado envolveu toda a força policial com o uso da cavalaria e resultou na morte de grevistas e na perseguição a militantes que posteriormente sofreram processos de expulsão e as mais variadas formas de repressão. De acordo com relatos da época, dezenas de pessoas teriam falecido nos confrontos, sendo sepultadas no Cemitério do Araçá (DEL ROIO, 2017), apesar do registro oficial de apenas três delas. A partir de uma demanda de grupos de direitos humanos[1] e do interesse de pesquisadoras vinculados ao grupo, foi desenvolvida uma pesquisa com o objetivo de elucidar, a partir dos registros de sepultamento do cemitério paulistano, o desaparecimento e a morte de militantes ligados à greve. O trabalho possibilitou estabelecer um panorama sobre o envio de corpos ao cemitério pelos institutos responsáveis pelo processo de identificação relacionados a uma cadeia de saberes técnicos que estruturará em certa medida, até o presente, a necropsia e o destino de cadáveres na cidade de São Paulo.


2020 ◽  
Vol 14 (1) ◽  
pp. 30-56
Author(s):  
Rodrigo Araújo de Lima

A Arqueologia que se fez na Espanha, durante o regime Franquista, foi sem dúvida uma Arqueologia enviesada, compelida e sobretudo, cruel. Nesse artigo discorreremos sobre a relação entre o Governo e a Academia no período franquista. Temos como objetivo evidenciar os maus usos da Arqueologia, para tanto abordaremos quatro autores que tiveram importante papel na Arqueologia durante o regime de Franco, são eles: Julio Martínez Santa-Olalla; Martín Almagro Basch, Oswald Meghin e Miguel Tarradell i Mateu.


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