Linguagens & Cidadania
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Published By Universidade Federal De Santa Maria

1516-8492, 1516-8492

2020 ◽  
Vol 21 ◽  
Author(s):  
Bruna Cielo Cabrera

Com menos de 50 anos, a escola indígena nos moldes que a conhecemos é uma construção política relativamente nova, o que torna os cursos de graduação para a formação de professores que venham a atuar nestas escolas mais recentes ainda. Este trabalho tem como foco cursos de graduação do Brasil que são intitulados como “Interdisciplinar Indígena” e que são propostos à habilitação de professores para exercício docente, não apenas, mas principalmente, em escolas de educação indígena. Partindo do gesto de leitura de um arquivo constituído por documentos pertinentes à disciplinarização de línguas indígenas no Ensino Superior, propomos uma discussão tanto no âmbito teórico da Análise de Discurso Francesa quanto no da História das Ideias Linguísticas. Esse arquivo é composto por materialidades heterogêneas, tais como Projetos Pedagógico de Curso, ementas de disciplinas, bibliografias, entre outros. Dessa forma, debruçamo-nos sobre um ponto-chave na organização educacional brasileira: parte da história brasileira sobre o processo de escolarização dos sujeitos indígenas, bem como a formação de docentes para a área. Buscamos compreender como está se dando o processo institucionalização e disciplinarização de língua(s) indígena(s) no Ensino Superior através de cursos de graduação do Brasil com foco na formação de professores para o ensino na área de Linguagens em escolas indígenas e, também, quais efeitos de sentido estão sendo produzidos através dessa construção de conhecimento linguístico e práticas didáticas de ensino de línguas.


2020 ◽  
Vol 21 ◽  
Author(s):  
Lucas Da Cunha Zamberlan ◽  
Pedro Brum Santos
Keyword(s):  

O poeta Felippe D’Oliveira foi uma figura marcante na sociedade fluminense do início do século XX. Além de atleta versátil e diretor da Laboratórios Daudt, Oliveira Cia, Felippe transitou pelos diferentes círculos da cultura local e, nesse tempo, publicou dois livros: Vida Extinta, de 1911 e, Lanterna Verde, de 1926. No entanto, a despeito de seu entusiasmo pela literatura, o poeta não se distanciou das causas sociais e políticas de seu tempo. Entre os anos de 1928 e 1930, o poeta atuou nas ações de cunho articulatório que culminaram com a tomada do poder pelos parlamentares integrantes da Aliança Liberal, liderados por Getúlio Vargas. O grupo conspiratório, autodenominado Tríade Indissolúvel, era formado por Felippe e seu irmão João Daudt e pelo deputado federal João Neves da Fontoura. O círculo manteve contato frequente, via cartas, durante o período e se concentrou, também, em estabelecer uma comunicação efetiva com outros membros da aliança. Desse modo, este trabalho, circunscrito à pesquisa de pós-doutorado, da linha de pesquisa Literatura, Comparativismo e Crítica Social, visa apresentar a natureza teórica e epistemológica da pesquisa em andamento, ressaltando: a) o papel desempenhado por Felippe D’Oliveira na Revolução de 1930 e b) de que forma o tema político se relaciona com a sua obra. Para tanto, lançaremos mão de teóricos oriundos da sociologia e da história, como Sevcenko, Hobsbauwn e Le Goff, para a análise desses documentos e do material artístico do autor.


2020 ◽  
Vol 21 ◽  
Author(s):  
Camila Marchesan Cargnelutti ◽  
Anselmo Peres Alós

Esse artigo aborda algumas problemáticas fundamentais para a construção da proposta de tese, discutindo a respeito dos processos históricos de silenciamento e deslegitimação das mulheres. Com esse estudo buscamos compreender a condição das mulheres em uma sociedade baseada na ordem patriarcal, mantendo relações desiguais de poder e estruturas de dominação que procuram reservar à mulher um lugar de alteridade, como o Outro em relação ao homem. Apoiando-se em autoras como Beauvoir (1967; 1970), Irigaray (1992), Millet (1974), Moi (1988) e Scott (2008), a pesquisa traz uma contextualização histórica e apresenta algumas estratégias de afirmação do poder masculino e, consequentemente, de deslegitimação e de silenciamento das vozes femininas, como é possível perceber, nesse estudo, através de exemplos baseados em discursos religiosos e em produções artísticas e literárias.


2020 ◽  
Vol 21 ◽  
Author(s):  
Ilse Maria da Rosa Vivian ◽  
Lucas Zamberlan ◽  
Cristiane Salete Florek
Keyword(s):  

A revista Linguagens Cidadania, nessa edição especial, dedica-se à socialização das pesquisas em andamento no Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal de Santa Maria, cujos trabalhos foram apresentados e selecionados a partir do I SETEDI - Limiares: Letras no contexto das humanidades, I Seminário de Teses e Dissertações do PPGL-UFSM. O evento teve como objetivo, com a promoção de um espaço de provocação ao debate entre as diversas áreas das humanidades, possibilitar ao aluno do PPGL, como agente do processo, a visão abrangente do campo em que se inserem a Linguística e a Literatura e suas conexões com as diversas epistemologias sociais, favorecendo, assim, o aprofundamento e a ampliação das perspectivas de investigação.


2020 ◽  
Vol 21 ◽  
Author(s):  
Francieli Daiane Borges

Este trabalho é o início de um diálogo que traça a relação entre os textos de Graciliano Ramos e as imagens das capas feitas por Tomás Santa Rosa. Nossa hipótese é que ao analisar o mercado editorial a que pertenceram ambos os artistas, além da crítica literária do Romance de 30, é possível lançar outro olhar à recepção de Graciliano Ramos, e, ainda, refletir sobre as figurações das personagens e como elas foram construídas no enredo. Mais que isso, também permite reinterpretar a ficção à luz das imagens fornecidas por Santa Rosa, com contornos e cores bastante próprios, sempre com o intuito de reconhecer as singularidades das linguagens analisadas. Aqui pretendemos desenvolver os primeiros insights de uma pesquisa mais ampla, de tese de doutorado, ainda em andamento. 


2020 ◽  
Vol 21 ◽  
Author(s):  
Karina Moraes Kurtz
Keyword(s):  

O presente artigo tem como objeto de análise o romance autobiográfico ficcional de Charlotte Brontë, Jane Eyre. O puritanismo e o moralismo religioso que divide a maneira de pensar da personagem principal, Jane, marca a culpa religiosa à qual a personagem é submetida durante sua vida. Os objetivos englobam apontar a repressão sexual feminina na era vitoriana, o modo como ocorre a formação de identidade da protagonista diante de um ambiente hostil e como o romance de Charlotte é ao mesmo tempo uma narrativa de resistência. Entre outros fatores primordiais para compreender a oscilação entre a intuição e os conceitos éticos que permeiam a formação de Jane, estão as alegorias presentes na narrativa, as referências bíblicas, as superstições e diversos símbolos. Este trabalho leva em consideração a importância de obras que evidenciam formas de resistência diante de regimes opressivos e autoritários em relação ao sexo feminino. Conclui-se que os estudos literários são primordiais como uma inesgotável fonte que produz críticas e denúncias de ideologias impostas como forma de controle social, principalmente através da religião e dos sistemas educacionais opressivos.


2020 ◽  
Vol 21 ◽  
Author(s):  
Adriana Yokoyama ◽  
Rosani Úrsula Ketzer Umbach
Keyword(s):  

Resumo: O trabalho objetiva analisar as narrativas: O compromisso (2009), Fera d’alma (2013) e A raposa já era o caçador (2014), de Herta Müller, perscrutando as memórias da violência ditatorial e seus efeitos. As narrativas, embora diferenciadas, relatam a crueldade e a intolerância do regime liderado por Nicolae Ceuasescu (1965-1989), na Romênia. Assim, as experiências do medo da vida e da morte, e, sobretudo, a ausência de expectativas quanto ao futuro, são relatadas por Herta Müller. As análises partem não apenas das observações das personagens que compõem as narrativas, mas da escrita dissidente e resistente de uma escritora que traz em sua história as marcas do mesmo regime ditatorial sofrido por suas personagens. Nesse sentido, nosso intuito é demonstrar a construção de uma linguagem produzida por um discurso pautado pela necessidade de expurgação. Tal ação que pontua o estilo literário de Müller, reporta-nos aos conceitos de Hannah Arendt em relação à importância da ação e do discurso para a constituição humana. Além disso, os estudos memorialísticos de Aleida Assmann, contribuem para auxiliar a compreensão dos efeitos da violência imposta pelo regime na vida desses indivíduos e, sobretudo, as marcas inscritas em seus corpos. Desse modo, a escrita mülleriana, produzida sob os efeitos do terror e da crueldade humana, encontra na literatura a força para tentar dar conta do descalabro da humanidade e para que não haja reincidência deste crime


2020 ◽  
Vol 21 ◽  
Author(s):  
Ilse Maria da Rosa Vivian
Keyword(s):  

A figuração do homem, ao problematizar a violência do passado e reinscrevê-la, transgredindo fronteiras de tempo e de espaço e rompendo com subversão da tradição do silêncio e do esquecimento, instaura um reordenamento ideológico que vai de encontro às antigas significações da colonialidade, por longo tempo tão perpetuadas no imaginário brasileiro. Mediante as representações do mundo contemporâneo, cujas complexas relações instauram-se entre subjetividades, etnias, religiões e nacionalidades, proponho a apresentação do estudo da obra Com armas sonolentas (2018), de Carola Saavedra, com o objetivo de, pelo viés da Teoria da Narrativa, dos Estudos Culturais e Pós-coloniais, sob uma perspectiva fenomenológica, analisar o movimento de (re/des)construção da memória e suas aproximações com as epistemologias chamadas Descoloniais.


2020 ◽  
Vol 21 ◽  
Author(s):  
Rejane Fiepke Carpenedo
Keyword(s):  
De Novo ◽  

O presente artigo apresenta os primeiro movimentos teórico-metodológicos de nossa pesquisa de doutorado, ainda em fase inicial de desenvolvimento. Os estudos já existentes relacionados às línguas de imigração, em sua maioria são voltados ao período da interdição linguística durante o Estado Novo, estudos fonéticos e fonológicos ou na área da análise de discurso. Assim, propomo-nos a pensar a língua de imigração alemã na perspectiva da Semântica do Acontecimento (Guimarães, 2002), e a partir disso pesquisar em que espaços de enunciação, públicos e privados, circula a língua de imigração alemã escrita, e quais os sentidos políticos e memórias da língua que circunscrevem estes espaços. O estudo se dá no município de Novo Machado, na região noroeste do Rio Grande do Sul, colonizado predominantemente por imigrantes alemães e italianos. O processo metodológico adota fotografias como materialidade de registro do corpus, para investigar quais os espaços de enunciação em que a língua de imigração alemã se inscreve atualmente. Até este momento da pesquisa, observamos registros de língua escrita em lápides de cemitérios (espaço público), e por meio de um movimento analítico inicial observam-se os sentidos políticos que circunscrevem este espaço de enunciação.


2020 ◽  
Vol 21 ◽  
Author(s):  
Xênia Amaral Matos
Keyword(s):  

O presente trabalho, fruto da comunicação apresentada no I SETEDI e associado ao projeto de tese desenvolvido pela autora, verifica como o gótico é incorporado, em certa medida, pelos romances O crime do Padre Amaro (1875), O primo Basílio (1878) e Os Maias (1888), de Eça de Queirós. Utiliza-se a ideia de que essa tradição encontra-se nos textos ecianos na forma de topoi, os quais são compreendidos como clichês amplamente utilizados pela literatura (cf. CURTIUS, 2013, p. 109). A análise privilegia o espaço, mais especificamente a forma gótica dos loci horribiles. Para isso, o estudo utiliza as concepções de E. R. Curtius (2013) e Barthes e Bouttes (1987) sobre topoi. Além disso, David Stevens (2000), Fred Botting (2014) e Júlio França (2017) são mencionados para compreender a tradição gótica. Os resultados demonstram que os lugares analisados em O crime do Padre Amaro, O primo Basílio e Os Maias dialogam respectivamente com os topoi da casa mal-assombrada, do espaço fantasmagórico e do castelo amaldiçoado. Dessa forma, tais espaços funcionam nas narrativas como um indício para o leitor do caráter problemático das ações ali desenvolvidas. “O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001”.


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