PRÁTICAS DISCURSIVAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL

O presente artigo tem como objetivo analisar as práticas discursivas e a produção de sentidos acerca da Educação Especial no contexto brasileiro. Para isso, percorreu-se, por meio de um estudo teórico, o movimento histórico e legal da Educação Especial no Brasil desde o período imperial até os dias atuais. A partir desse recuo no tempo, foi possível acompanhar as mudanças e as transformações por que passou essa modalidade de ensino em nosso país e, sobretudo, perceber como os jogos de poder e as relações de dominação estabelecem discursos em determinados momentos históricos de nossa sociedade. Foi possível, ainda, caracterizar esse percurso da Educação Especial no Brasil em três diferentes momentos: o primeiro, em que a Educação Especial é identificada como processos de reclusão, processos esses que têm suas marcas evidenciadas do período imperial até o ano de 1960; o segundo, como processos de integração, com forte expressão durante as décadas de 1960 a 1990; e o terceiro, em que a Educação Especial, a partir da década de 1990, é destacada dentro da ordem discursiva instituída pelo imperativo de Estado, o que a faz assumir, dois importantes papéis na educação das pessoas com necessidades específicas. Um deles é de servir como instrumento para a captura e o controle da conduta desses sujeitos por parte do Estado; e o outro, de atuar como potência, interpondo-se a esse controle e criando, assim, linhas de fuga capazes de valorizar e potencializar a vida dessas pessoas.

ESTUDO DE CASO COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO EM SAÚDE

O objetivo deste estudo é compartilhar um relato de experiência sobre o uso do estudo de caso como estratégia de ensino em saúde. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória. Os sujeitos da pesquisa foram 17 estudantes da área da saúde e que cursaram a disciplina de Urgências e Emergências durante o ano de 2019 em uma Instituição de Ensino Superior do interior do estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Utilizou-se como instrumento de pesquisa o diário de bordo do docente. Os dados foram analisados com aproximações na técnica de Análise de Conteúdo. Os resultados incitaram o conhecimento sobre a estruturação de estudos de caso como estratégia de ensino perante os conteúdos da disciplina. A pesquisa permitiu conhecer a disciplina e seus propósitos para a construção de uma metodologia de ensino eficaz. Dessa forma, considera-se que a aplicação do estudo de caso na disciplina estudada promoveu a interação multidisciplinar, bem como o fortalecimento do processo de ensino e aprendizagem e o fortalecimento da formação profissional.

EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: DESAFIANDO OS DOCENTES

Na Educação de Jovens e Adultos (EJA), há uma relação entre educação e trabalho. Os discentes são trabalhadores, jovens que buscam sua primeira oportunidade de emprego, aqueles que já frequentaram a escola e buscam regressar pela necessidade de uma melhor escolaridade, uma exigência do mercado de trabalho. Esse contexto desafia os professores de Educação Física escolar em suas práticas pedagógicas. Assim, este estudo teve por objetivo investigar dificuldades e aspectos positivos percebidos por professores de Educação Física da rede pública de ensino de um município do Vale do Taquari/RS, ao ministrarem aulas para alunos da EJA. A pesquisa, que se caracteriza como qualitativa, entrevistou quatro professores de Educação Física. Com relação às dificuldades, uma delas é que os alunos chegam exaustos devido ao trabalho. Outra questão que interfere nas aulas são os problemas sociais dos alunos que afetam a estrutura familiar. Ainda, uma terceira refere-se à diferença de faixa etária. A idade dos alunos varia entre 15 e 62 anos, o que dificulta a proposta das aulas. Quanto aos aspectos positivos, os professores comentam que a Educação Física, ao ensinar sobre as práticas corporais, contribui para conhecerem melhor o próprio corpo. Apesar das dificuldades, os professores contam com total apoio da direção de suas escolas.

A BNCC E O COMPONENTE CURRICULAR DE LÍNGUA INGLESA: ALGUMAS REFLEXÕES

Este trabalho buscar refletir sobre o Componente Curricular Língua Inglesa para o ensino e aprendizagem na perspectiva da proposta da Base Nacional Comum Currricular (BNCC) para o ensino fundamental. Para tanto, pauta-se em estudos documentais e bibliográficos pretendendo verificar as perspectivas desse documento para o processo de ensino e aprendizagem desse componente curricular. Resultados dessa análise indicam para possíveis conflitos e desencontros nos pressupostos pedagógicos indicados pela BNCC, quanto ao uso do conceito língua franca, tanto na composição dos quadros que contemplam os objetivos, conteúdos e as habilidades de aprendizagem apresentados pela BNCC quanto ao que se refere à padronização de conteúdos e a ênfase dada ao ensino estrutural da língua, trazendo assim implicações para o ensino de qualidade de uma língua que é falada mundialmente por indivíduos de diferentes nacionalidades.

A TEORIA COMPLEXA E SUAS IMPLICAÇÕES PARA UMA PROPOSTA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL

Neste artigo discutimos implicações que a proposta de educação integral traz para a promoção e emancipação humana/social do sujeito e de sua aprendizagem escolar. Mediante uma metodologia qualitativa e exploratória, são explicitados entendimentos acerca do conceito de educação integral e suas contribuições para uma prática interdisciplinar que possibilite a ligação dos saberes e das experiências de mundo vivenciadas pelos sujeitos. Os resultados colocam em destaque a educação integral como possibilidade para a promoção do sujeito em sua integralidade, e a necessidade de uma reforma educacional que contribua para um projeto societário emancipador do sujeito em questão. Nas conclusões é reafirmada a importância da educação integral no currículo escolar, como uma alternativa de nova proposta de educação na contemporaneidade, como uma possibilidade de reforma de pensamento em prol do desenvolvimento humano/social emancipatório.

APRENDER E ENSINAR: UM CASO DE AMOR AO MUNDO

O presente artigo objetiva discutir sobre os processos de ensinar e de aprender no universo escolar, trazendo à tona três palavras centrais: aprender, ensinar e amar. Tais palavras, tomadas como eixos que transversalizam as possibilidades de potencializar o espaço escolar, estão ancoradas em problematizações desenvolvidas a partir dos estudos teóricos de Biesta (2013), Masschelein e Simons (2014) e Larrosa (2017; 2018). Articuladas a esses estudos, duas obras de Banksy foram selecionadas como intercessores para tensionar o ensino e a aprendizagem na escola. A potencialidade epistemológica aponta para os princípios de incerteza, de autocrítica e auto-reflexão, elementos que perpassam a noção de um ato de aprender e ensinar que acontece no encontro.

ANÁLISE DA PRESENÇA DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA EM LIVROS DIDÁTICOS DOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

No presente artigo, realiza-se uma análise da coleção de livros didáticos para os anos finais do Ensino Fundamental intitulada Tecendo Linguagens: língua portuguesa (ARAÚJO; OLIVEIRA, 2018) com o objetivo de demonstrar como a variação linguística é abordada. A metodologia do trabalho consistiu na leitura de todos os capítulos de cada livro pertencente à coleção e na descrição da forma como esse conteúdo é abordado por ela. A análise orientou-se pelos estudos de Bagno (2007), que serviram como fundamentação teórica base para este trabalho. Além disso, o artigo também está embasado em mais autores da área da sociolinguística, como Zilles e Faraco (2017), Basso e Ilari (2012), Coelho et al. (2015), Bagno (2013), entre outros. Como resultados, pode-se destacar a análise detalhada da forma como os livros didáticos escolhidos abordam de forma teórica e prática conceitos pertinentes à variação linguística, além de uma análise geral em que são apontados os aspectos desse tema que foram ou não abordados pela coleção.

O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA NOS BANCOS ESCOLARES

O presente artigo ocupa-se de mostrar a concepção de ensino da Língua Portuguesa pelo viés da BNCC e dos PCN’s, abordando de que maneira esses documentos orientam os professores a realizarem as aulas. O objetivo desse estudo é analisar e refletir como a língua é percebida e que instrumentos possíveis ela pode ser trabalhada em sala de aula. Desta forma, dois caminhos são apresentados: o ensino da gramática e o ensino da leitura. Como esses dois temas podem ser trabalhados, de forma que um não exclua o outro.

ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS NORTEADAS POR METODOLOGIAS ATIVAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS

Este artigo tem como objetivo o desenvolvimento de um estudo baseado em metodologias ativas, na área de Ciências Naturais. Para isso, foram pesquisadas e desenvolvidas com alunos, duas estratégias pedagógicas ativas: o ‘World café’ e o Grupo de verbalização e Grupo de Observação (GV/GO). Inicialmente, foi realizada uma pesquisa bibliográfica acerca de metodologias ativas e sua importância no desenvolvimento de aulas de Ciências Naturais. Desenvolveu-se aulas em uma turma do 6º ano do Ensino Fundamental de uma escola do município de Macapá/Amapá, adotando-se como foco as duas estratégias supracitadas. O resultado que obtivemos foi promissor, pois os estudantes alcançaram um excelente nível de envolvimento e engajamento nas atividades de ambas as estratégias pedagógicas, demonstrando estar realmente buscando o aprender a aprender, estando envolvidos na construção de conhecimentos científicos. As estratégias foram avaliadas positivamente pelos estudantes, podendo-se vislumbrar, a partir dessa experiência, que é possível traçar um caminho promissor no ensino de Ciências Naturais.