Surdos de São Bernardo do Campo: Dando “voz” aos atores da história

Este artigo é resultado de um trabalho de conclusão de curso e teve como objetivo registrar e analisar a manifestação de 6 (seis) pessoas surdas residentes no município de São Bernardo do Campo - SBC, sobre suas histórias e seus percursos escolares. A partir dos relatos narrados criar um material com esses registros que pudesse ser compartilhado com a escola de Surdos do município, bem como para outras entidades em que haja participantes surdos, para que assim os mais jovens conheçam essas histórias e entendam os processos pelos quais a educação de surdos passou, visibilizada nestas narrativas. A metodologia empregada foi de natureza qualitativa com atenção as minúcias narradas pelos participantes. Como resultados, apresentamos um pouco do relato dos entrevistados levando em consideração o fator geracional e de identidade que nos mostram surdos mais velhos preocupados e surdos mais novos adaptados com as possibilidades que a Libras proporciona.

PRODUÇÃO DE VÍDEOS ESTUDANTIS PARA UMA EDUCAÇÃO INOVADORA EM TEMPOS DE PANDEMIA

Com a pandemia do Coronavírus, a educação encarou um paradigma crucial concernente aos métodos pedagógicos. Soma-se a isso a necessidade de estabelecer estratégias de ensino que oportunizem um aprendizado ativo. Desse modo, o objetivo desse relato de experiência foi avaliar a relevância da produção de vídeos estudantis como método inovador de aprendizagem. A intervenção pedagógica foi realizada em uma escola pública com alunos de 8º e 9º anos do ensino fundamental II, de maneira on-line. A proposta baseou-se na junção das ferramentas metodológicas de Storytelling, Stop motion e produção de vídeos estudantis. Foram realizados quatro encontros na disciplina de História, com a temática da Segunda Guerra Mundial. Os alunos demonstraram maior domínio dos objetos de aprendizagem após a produção e apresentação dos vídeos, constatados pela análise dos trabalhos desenvolvidos por eles e do questionário avaliativo.

ENSINO MÉDIO NO BRASIL: PANORAMA GERAL E CONSIDERAÇÕES SOBRE OS DESAFIOS ATUAIS

O presente estudo tem por objetivo contextualizar o Ensino Médio desde as suas primeiras iniciativas até atualmente e refletir sobre os principais desafios que o permeiam, ainda hoje. Assim, foi realizada uma revisão de literatura dos principais autores brasileiros que investigam o Ensino Médio. Foi possível constatar que o Ensino Médio, desde o início, esteve marcado por forças mercadológicas e por políticas públicas impostas que, muitas vezes, desconsideravam os interesses e as necessidades da comunidade escolar como um todo. Esse cenário ainda é muito presente e remete a muitos dos desafios a serem enfrentados. Uma das principais questões no momento atual é a implementação do novo Ensino Médio. Espera-se que as reflexões tecidas no presente estudo possam contribuir para a melhoria das políticas públicas e auxiliem a pensar o Ensino Médio com maior criticidade, de forma a potencializar ações educacionais formativas mais efetivas.

SABERES DOCENTES – (RE)CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO PROFISSIONAL DO EGRESSO DE PEDAGOGIA

A sociedade contemporânea se reveste de grandes transformações, que na maioria das vezes a educação escolar não tem dado conta de responder. Assim, para atender as exigências deste contexto, faz-se relevante mediar o processo educativo pautado em saberes docentes, em vistas de uma perspectiva interdisciplinar. Este estudo reflete sobre os saberes que constituem a práxis docente do egresso do curso de Pedagogia da Universidade de Pernambuco (UPE) Campus Petrolina – PE. Para tanto, realizou-se uma pesquisa com princípios fenomenológicos e de cunho qualitativo, seguida da aplicação de um questionário aberto a cinco professoras egressas que se tornaram docentes de Pedagogia. Os resultados revelam, que apesar dos inúmeros saberes (re)construídos, as professoras compreendem o fazer interdisciplinar, apenas a partir da categoria da coletividade. Conclui-se, que, a interdisciplinaridade, possibilita o desempenho de práticas pedagógicas pautadas em saberes docentes essenciais, para o desempenho da ação-reflexão-ação, a qual potencializa transformações educativas e sociais.

RELATO SOBRE SALA DE AULA INVERTIDA, LEI DA INÉRCIA E JOGO DIDÁTICO

A metodologia Sala de Aula Invertida promove a inversão na maneira de ministrar a aula, os alunos estudam em casa e na sala de aula acontece a explicação e debate sobre o conteúdo estudado. O trabalho relata a implementação da metodologia Sala de Aula Invertida para o ensino da Lei da Inércia em duas turmas de primeiro ano do ensino médio de uma escola pública de Rio Branco / AC. Apresenta-se um relato de experiência com o objetivo de compreender as percepções dos alunos e do professor frente a esse método de ensino. Para a coleta de dados, utilizou-se instrumentos qualitativos, como questionários inicial e final, observação na sala de aula, estudo dirigido, lista de exercícios e atividade lúdica. O estudo permitiu concluir que a metodologia foi positiva e pode contribuir para potencializar a aprendizagem ativa do aluno no estudo da Lei da Inércia, ou estendida para outros temas.

Estudos Estudos Iniciais de uma Escala de Avaliação da Ansiedade para Estudantes Universitários

O objetivo deste trabalho foi construir e buscar evidências de validade de estrutura interna para uma escala de ansiedade e verificar possíveis diferenças nos níveis de ansiedade para as seguintes variáveis: gênero, tipo de instituição, semestre e região de moradia. A priori, foi realizada uma busca das teorias sobre ansiedade e estabelecida uma diferenciação entre dois tipos – estado e traço – a fim de delimitar melhor o campo de análise. Participaram 214 estudantes do curso de psicologia de instituições e estados diferentes, utilizando uma ferramenta online para aplicação de uma escala de concordância de cinco pontos contendo 44 itens a serem respondidos. Nas análises pôde-se perceber uma estrutura fatorial que dividiu a escala em dois fatores, a saber, ansiedade-traço e ansiedade-estado. Para a ansiedade-estado, também houve uma subdivisão em dois fatores, sendo um relacionado às questões do contexto universitário e outro relacionado ao contexto do mercado de trabalho. Os dados foram discutidos à luz da teoria proposta para a área, bem como as limitações e sugestões foram apresentadas no texto.

Da criatividade sequestrada à criatividade socialmente referenciada:

O objetivo deste texto é discutir sobre o que denominamos “sequestro da criatividade”, em que a formação escolar se resume a objetivos pragmáticos de cunho individualista. Perfil a ser formado conforme a proposta da BNCC, por meio das habilidades e competências, ou seja, de acordo com os interesses do mercado mundial. Adotamos o conceito de criatividade como paradigma social da criatividade, entendida como algo não apenas psicológico, mas social, voltado para a resolução de problemas sociais. Trazemos a experiência da Escuelita Zapatista como exemplo de educação, onde a criatividade é desenvolvida a partir desse paradigma. Como conclusão, apontamos a possibilidade de construir alternativas de formação humana vinculadas à vida e ao coletivo, superando o eurocentrismo, a competitividade e o individualismo.

AS FESTAS ESCOLARES DE 1942

Durante o Estado Novo a educação imbuiu-se de discursos nacionalistas e para tanto utilizou-se das festas escolares para disseminá-los. A partir de então o artigo tem por objetivo analisar as festas escolares realizadas no Colégio Nossa Senhora de Lourdes no ano de 1942. As fontes documentais mobilizadas para a escrita foram: Livro de Atas de comemorações cívicas de 1942, fotografias, a biografia de um ex-aluno e as narrativas de história oral. Os pressupostos que embasam a análise são a História Cultural e a metodologia utiliza-se da análise documental e da História Oral. Com relação as festas escolares foram marcadas por datas comemorativas para festejar os heróis nacionais e os discursos nacionalistas. A programação das festas escolares contemplou tanto momentos religiosos, quanto práticas escolares como as redações, as declamações, o canto dos hinos e os desfiles.

UMA ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR EM E-LEARNING: Idealizando interações mais eficazes em EAD

Está relato registra uma experiência pedagógica vivenciada por uma professora de Fukuoka no Japão, ao ministrar o módulo sete abordando a temática da ARTE, em um curso composto por nove módulos, implementado na modalidade totalmente a distância, no Brasil. Para abordar a temática da arte a distância, utilizou-se a metáfora de uma “janela” visando abordar a comunicação entre corpo e mente aliada a janela para o contexto virtual, tendo a arte como ferramenta para ativar a comunicação e ajudar os participantes a visualizar outras janelas abertas, ou seja, janelas emocionais, mentais, físicas, sensoriais e intuitivas. Essa experiência mostrou que os espaços "eu e nós" através de dispositivos eletrônicos necessitam de múltiplos modos de conscientização para possibilitar a interação e os resultados pretendidos. A visão japonesa, aliada a visão brasileira prospectada pela visão de uma das coordenadoras do projeto no Brasil buscaram nesta escrita, descrever como visões tão peculiares dos países envolvidos foram uníssonos, para a concretização do projeto que envolveu os princípios da espiritualidade na educação.

A REVITALIZAÇÃO DA FEITURA CERÂMICA GUARANI-MBYÁ NA TEKOA MBOY-Y-TY: UMA VIA DE REDESCOBRIMENTO E REAFIRMAÇÃO DO SEU ETHOS IDENTITÁRIO

Durante toda nossa história nacional, sempre houve a interação sociocultural sistemática entre indígenas e a comunidade não-índia, muitas vezes criando a falsa noção de superioridade de uma sobre a outra. Daí, objetivei buscar a retomada das obras de barro Guarani-Mbyá na aldeia Mboy-y-ty pela metodologia de uma pesquisa-ação atuante junto às suas crianças, pois no Brasil (desde o século XVI) tal ação artística vem sendo desmobilizada pelo colonizador europeu e seus descendentes, nutrindo no senso comum uma ideia de enfraquecimento estético agregado às realizações concretas nativas. No decorrer desse escrito, perceber-se-á que os resultados obtidos nas oficinas cerâmicas com tais crianças hão de contradizer a mitologia escrita pela ótica etnocêntrica de sua fragilidade na formação cultural de nosso país, concluindo que o índio é sim um verdadeiro protagonista histórico, indivíduo altamente contribuinte para a estruturação de nossa sociedade.