Entrepalavras
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Published By Programa De Extensao Teia Entrepalavras

2237-6321

Entrepalavras ◽  
2021 ◽  
Vol 11 (10esp) ◽  
pp. 196
Author(s):  
Álvaro David Hwang

O presente trabalho inspira-se na preocupação de muitos estudiosos de lexicografia em promover o papel dos dicionários no ensino/aprendizagem de línguas. Com base num suporte teórico de autores como Binon e Verlinde (1999), Lehmann (2014) e Galisson (1983, 1987), cujos trabalhos abordam o papel do dicionário como ferramenta de aprendizagem, propomos aqui uma visita guiada a um dicionário monolíngue de língua francesa, a exemplo daquelas que comumente são propostas para uma abordagem pedagógica em museus, catedrais e monumentos, a fim de promover, junto aos potenciais usuários de obras lexicográficas dessa natureza, uma familiarização com o enunciado lexicográfico e, por conseguinte, um interesse por uma leitura mais observadora das informações, tendo como objetivo principal a compreensão de que a consulta pode se transformar num espaço de descobertas que vai além daquilo que, eventualmente, suscitou a consulta. Esse percurso tem um valor puramente demonstrativo, de modo que, diante de suas múltiplas configurações possíveis e o interesse por aspectos específicos e variados da descrição, ele pode ser enriquecido e direcionado de outras formas por aqueles que compreendem que relegar o usuário à própria sorte, armado apenas do domínio da ordem alfabética, não basta para um bom aproveitamento do uso dos dicionários. As visitas guiadas teriam, nesse sentido, um papel importante também como exercício de sedução, com o intuito de estreitar as relações do usuário com o dicionário.


Entrepalavras ◽  
2021 ◽  
Vol 11 (10esp) ◽  
pp. 103
Author(s):  
Ana Alexandra Silva ◽  
Albano Agostinho Eduardo

A língua portuguesa, enquanto entidade cultural abstrata, é exteriorizada como um instrumento de comunicação, presente em África, com maior expressividade em Angola e Moçambique (HAGEMEIJER, 2016), desde o século XV, num período de contacto continental. O presente artigo pretende contribuir para a discussão em torno do papel da língua portuguesa em Angola, ou melhor, para a multiplicidade de papéis que a língua oficial acaba por assumir no quotidiano dos seus falantes. Iremos centrar a nossa análise numa das línguas nacionais, o cokwe, tentando mostrar em que medida esta língua nacional interage com a língua oficial. Destacamos a integração desta língua nacional no subsistema de ensino primário, através de um programa de ensino bilingue. Haverá, pois, lugar a interferências que ocorrem no sentido cokwe–português e, mais tarde, português–cokwe. Para tal, iremos destacar as estratégias de integração lexical (mudança, nasalização e assimilação) e processos de acomodação dos estrangeirismos. Recolhemos exemplos que visam demonstrar como as unidades afixais são determinadas pela atração da natureza estrutural e semântica da raiz.


Entrepalavras ◽  
2021 ◽  
Vol 11 (10esp) ◽  
pp. 305
Author(s):  
Halysson Oliveira Dantas
Keyword(s):  

Este artigo argui sobre o possível percurso de reelaboração do gênero verbete do meio impresso para o digital. Tal ponderação leva em conta os preceitos da metalexicografia, o conceito de colônia discursiva (HOEY, 2001), bem como os construtos teórico-metodológicos da Teoria do Hipertexto Digital. A partir da análise contrastiva de dicionários impressos e de dicionários eletrônicos on-line, essencialmente medioestrutural, delineia-se, com base nas evidências atuais, que, aparentemente, seja um pouco cedo para definir que o gênero verbete digital seja uma reelaboração do verbete impresso. Denota-se, pois, um processo de automatização da consulta que, por desrespeitar certos princípios da Lexicografia, tem contribuído mais para o insucesso da demanda dos consulentes do que o contrário, sobretudo, em relação a estudantes.


Entrepalavras ◽  
2021 ◽  
Vol 11 (10esp) ◽  
pp. 366
Author(s):  
Angelo De Souza Sampaio ◽  
Silvana Soares Costa Ribeiro

Estudos em Fraseologia (BOLLY, 2011; MONTEIRO-PLANTIN, 2017) apontamque falantes estrangeiros de uma determinada língua demonstram maior dificuldade em compreender o sentido global de unidades fraseológicas (UF), mesmo conhecendo o sentido individual que, habitualmente, é empregado a cada lexia que as compõem. Um bom exemplo disso está na compreensão das UFs presentes nos contos da coletânea de livros infanto-juvenis Le Petit Nicolas, comumente utilizada como leitura paradidática durante as aulas de Francês Língua Estrangeira (FLE). Pesquisas indicam que a maioria dos estudantes de línguas estrangeiras em níveis iniciais fazem uso de dicionários bilíngues para dirimir dúvidas quanto ao vocabulário da língua estrangeira em aprendizagem (ZUCCHI, 2010a). Em trabalhos anteriores (SAMPAIO; RIBEIRO, 2018), observamos que, embora as expressões idiomáticas tenham ganhado alguma atenção dos dicionários bilíngues e/ou fraseológicos no Brasil, os demais tipos de UFs não estão contemplados em tais obras lexicográficas, o que, possivelmente, aumenta a complexidade da leitura. Assim, o presente trabalho buscou identificar e catalogar as UFs presentes na série já mencionada, de modo que se pudesse melhor averiguar a dicionarização em obras lexicográficas bilíngues mais frequentemente consultadas por aprendizes de FLE no Brasil. Foram consultados cinco dicionários bilíngues (dois de uso geral e três fraseológicos). Para este artigo, o corpus foi limitado aos contos do primeiro livro da série. Os resultados mostraram que os dicionários bilíngues de francês no Brasil ainda carecem de atenção quanto à presença de UFs.


Entrepalavras ◽  
2021 ◽  
Vol 11 (10esp) ◽  
pp. 390
Author(s):  
Cezar Alexandre Neri Santos ◽  
Janina Antonioli Pires ◽  
Adelmileise De Oliveira Santos
Keyword(s):  

Motivados por um debate coletivo, em outubro de 2019, quanto à dicionarização de um sentido vulgar para o lexema professora, decidiu-se refletir como os dicionários, enquanto suportes linguísticos, estabelecem semântico-discursivamente questões de gênero em português brasileiro. Assim, este trabalho descreve e analisa (não) ocorrências de acepções relacionadas à violência de gênero em dicionários de língua portuguesa para brasileiros. Para isso, tomamos o texto-anedota Injustiças da Língua Portuguesa, de autoria anônima e amplamente divulgado pela internet, que estabelece humoristicamente diferenças semânticas para sintagmas nominais como puto/puta, cachorro/cadela, o/a galinha, entre outros. Por meio de consulta lexicográfica, buscamos registros em diferentes dicionários, a saber: Ferreira (2009), Houaiss (2009), Aulete Digital (2007) e Informal (2014), os quais geraram uma codificação e permitiram um debate sobre sexismo e violência linguística. Como principal resultado, constatamos que parte considerável dos dicionários, tanto on-line quanto impressos, ratifica o perjúrio ao gênero feminino ao registrar acepções pejorativas, ao passo que, nas formas nominais do gênero masculino, costuma-se apresentar a acepção registrada na anedota, neutralizando aspectos pejorativos à masculinidade ou não atribuindo relação com sua sexualidade.


Entrepalavras ◽  
2021 ◽  
Vol 11 (10esp) ◽  
pp. 348
Author(s):  
Simone Weide Luiz ◽  
Eduardo Paré Glück ◽  
Alexandra Feldekircher Müller

Ao considerar o dicionário como uma obra que traz inúmeras informações sobre a língua, a linguagem e a cultura de um povo, neste artigo, o objetivo é apresentá-lo como um instrumento didático-pedagógico fundamental no processo de alfabetização e letramento no primeiro e no segundo ano do Ensino Fundamental. Para tanto, discutem-se os objetivos e princípios da Lexicografia Pedagógica, que toma os dicionários como objeto e essa temática como foco de discussão. Além disso, faz-se uma reflexão sobre alfabetização e letramento, resgatando o dicionário como elemento fundamental nesses processos. Por fim, são apresentadas algumas sugestões de atividades capazes de auxiliar na alfabetização e no letramento, evidenciando, assim, o potencial do dicionário como recurso linguístico e cultural.


Entrepalavras ◽  
2021 ◽  
Vol 11 (10esp) ◽  
pp. 245
Author(s):  
Pauler Castorino Oliveira Barbosa ◽  
Vanessa Regina Duarte Xavier

O presente trabalho almeja discutir a feição patológica presente no verbete “homossexualismo” em dicionários escolares do tipo 4, que são destinados a estudantes do ensino médio. À luz dos estudos da Lexicografia, pretende-se discutir as implicações da definição de “homossexualismo” em uma sociedade que ainda discrimina a comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer e mais (LGBTQ+). Para isso, foram utilizados como aporte teórico os textos de Gianastacio (2009), Dapena (2002), Borba (2003), dentre outros que estudam, respectivamente, o sufixo -ismo, Lexicografia e ideologia em obras lexicográficas. Os resultados apontam que os organizadores das obras supramencionadas tendem a deixar suas ideologias marcadas no verbete analisado.


Entrepalavras ◽  
2021 ◽  
Vol 11 (10esp) ◽  
pp. 227
Author(s):  
Luan Talles De Araújo Brito

O presente artigo advém de uma pesquisa de campo motivada pelo objetivo de analisar as crenças de professores sobre o uso do dicionário escolar e suas relações com o comportamento desses sujeitos. Para tanto, os dados analisados procedem de observações de aulas e entrevistas semiestruturadas com dois professores de 5º ano do ensino fundamental de uma escola pública municipal de Brejo do Cruz – Paraíba. No referencial teórico, destacam-se os estudos de crenças na área de ensino e aprendizagem de línguas, desenvolvidos por Richardson (1996), Barcelos (2001, 2006) e Bonfim e Conceição (2009), além de alguns trabalhos do campo da Metalexicografia Pedagógica, como Pontes e Santiago (2009), Coroa (2011), Corrêa (2011) e Bolzan (2012). A análise indica que os professores acreditam que o contexto influencia o sentido da palavra pesquisada no dicionário e que o uso desse material didático auxilia na produção textual, além de estarem atentos para aspectos composicionais da obra dicionarista. Por conseguinte, os resultados revelam que as crenças dos sujeitos investigados ora influenciam, ora vão de encontro às suas práticas pedagógicas, sendo constatado, ainda, o fato de que a autorreflexão sobre a experiência docente serve para reforçar a adesão a determinada posição valorativa.


Entrepalavras ◽  
2021 ◽  
Vol 11 (10esp) ◽  
pp. 180
Author(s):  
Caroline De Castro Pires

O presente artigo insere-se nos estudos sobre o uso de abordagens pedagógicas ao que se refere às ferramentas lexicográficas de descrição de vocabulário especializado, se considerado o processo de aprendizagem lexical. No entanto, diferentemente de propor produtos lexicográficos que visam à aprendizagem de uma segunda língua, especificamente, com vistas à proficiência linguística nos moldes do ensino de língua estrangeira, neste artigo, se optou por tentar utilizar mecanismos já descritos na literatura especializada para apresentar uma abordagem pedagógica no âmbito da Teoria Sentido-Texto (TST). Trata-se de uma teoria lexicográfica de base semântica que lança mão da Lexicografia Explicativa e Combinatória (LEC) para gerar produtos que ofereçam uma descrição linguística complexa e bastante completa do funcionamento das unidades lexicais no âmbito de um sistema linguístico, seja pensando a descrição de uma língua comum, seja suas diversas linguagens de especialidade, tanto em língua materna quanto em uma segunda língua. Dada a complexidade da TST, alguns estudiosos vêm se dedicando a apresentar uma linha mais didática de descrição linguística com foco na “popularização” de algumas ferramentas para a descrição do léxico de uma língua. Acompanhando essa corrente mais pedagógica das descrições linguísticas de lexias com base na TST, neste trabalho, foi analisado um exemplo de colocação lexical especializada (CLE) do domínio da Hemodinâmica com vistas a tornar a descrição do sentido linguístico mais acessível ao usuário-aprendiz.


Entrepalavras ◽  
2021 ◽  
Vol 11 (10esp) ◽  
pp. 412
Author(s):  
Carolina Paola Tramallino ◽  
Celina Beltrán ◽  
Natalia Ricciardi

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