O objetivo deste artigo é estudar a espacialidade da novela The beast in the jungle, publicada por Henry James em 1903. Traduzida como
A fera na selva, essa obra de natureza existencial representa a espera letárgica de John Marcher por um acontecimento raro e prodigioso em sua vida. Pretendemos investigar, especificamente, a relação entre a construção espacial e a subjetividade dos personagens, com basenas considerações teóricas de Borges Filho (2007) e Brandão (2013), bem como nas leituras críticas de Bazargan (2008) e Simonds (2018). A metodologia se pauta na análise, de um lado, dos espaços físicos, que visam representar a materialidade que circunda os personagens, e, de outro, dos espaços metafóricos, que impelem essa dimensão física ao abstrato, à elaboração mental. Como resultado, observa-se que os espaços físicos e metafóricos são construídos de modo a não somente localizar os personagens, mas a expressar suas personalidades, reiterar a mensagem da novela, reverberar as experiências humanas e problematizar a conscientização de John Marcher.