PragMATIZES - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura
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Published By "Pro Reitoria De Pesquisa, Pos Graduacao E Inovacao - Uff"

2237-1508

Author(s):  
Ana Lucia Ribeiro Pardo
Keyword(s):  

Em que condições sobrevivem as trabalhadoras e os trabalhadores da Cultura? Essa e demais questões buscamos analisar, a partir do objeto de pesquisa concentrado no mercado de trabalho no setor cultural brasileiro na atualidade. Para tanto, utilizamos o estudo de caso como metodologia, que resultou na elaboração desse artigo. Na intenção de identificar o cerne das tensões, impactos, principais desafios e em que medida as/os profissionais enfrentam a situação de precariedade no trabalho, como também, que possíveis caminhos são apontados para corrigir as fragilidades dessa classe trabalhadora informal. Nessa direção, realizamos uma série de entrevistas em profundidade, através de uma pesquisa qualitativa, com perguntas abertas, direcionadas para uma parcela de trabalhadoras e trabalhadores que atuam em diversos segmentos artístico-culturais na cidade do Rio de Janeiro. Com base nas respostas levantadas nas entrevistas, apresentamos essa análise, comentada e referenciada em estudos e pesquisadores da área.  


Author(s):  
Cintia Maria da Silva ◽  
Adriana Santiago Rosa Dantas
Keyword(s):  

Com o aumento das grandes exposições na segunda metade do século XX, o trabalho feito por educadores em equipamentos culturais cresceu como atividade que realiza a mediação cultural entre os bens culturais e seus públicos. Estudos recentes têm se debruçado sobre essa práxis educativa, contudo poucos têm discutido as relações de trabalho do educador de exposições. Esse artigo apresenta resultados de uma pesquisa que analisou as relações de trabalho oferecidas pelos equipamentos culturais da cidade de São Paulo. Como metodologia, foram entrevistados coordenadores de três tipos de contratantes: Instituições Privadas (IPs), Instituições Estatais geridas por Organizações Sociais (OSs) e Empresas de Terceirização (ETs) para examinar as formas de contratação oferecidas. Como resultado, verificou-se que, para além da precarização do trabalho, o educador de exposições se caracteriza como um trabalhador sem profissão, devido à ausência de reconhecimento profissional e às relações de trabalho disfarçadas.


Author(s):  
Kyoma Silva Oliveira
Keyword(s):  

Este artigo enseja investigar as condições de trabalho dos músicos instrumentistas que passam a se apresentar nas ruas da cidade do Rio de Janeiro ao longo da última década (2011-2020). Para isso, a partir da retórica sobre a concepção do artista como trabalhador identificada em uma das falas dos músicos entrevistados, são analisadas as condições instáveis de trabalho que levam os músicos a tocarem na rua, bem como a atualização desta instabilidade quando estes passam a desenvolver a atividade musical na cidade. A partir da tríade de conceitos trabalho, espaço e valor, identificamos que a prática musical nômade analisada é estruturada pela lógica da pluriatividade e da instabilidade da força de trabalho, ambas desdobramentos do processo de urbanização neoliberal, que assola a capital carioca nas três décadas.


Author(s):  
Michele Pucarelli ◽  
Roberta Filgueiras Mathias
Keyword(s):  

Em um momento no qual tanto a pauta identitária quanto a intersseccionalidade são debatidos por várias ciências e em diversos espaços acadêmicos procuramos neste artigo apresentar um estudo de caso sobre a atuação do Colectivo Identidad Marron, que dialogue não somente com a precarização (constante em nosso continente), mas com possíveis saídas culturalmente inventivas e potentes. Formado em 2018 na cidade de Buenos Aires, o Identidad Marron é composto principalmente por mulheres em luta por uma inserção dos povos originários em melhores postos de trabalhos e por espaços de destaque em suas atividades artísticas. Pretendemos refletir se a cooptação e atuação delas no sistema de precarização não ressignificam sua inserção, conseguindo dar maior visibilidade as questões dos movimentos identitários na Argentina. Sendo parte de um contexto mais amplo de movimentos identitários, que norteiam o pensamento latino-americano e mundial, o Identidad Marron pode ser compreendido como exemplo de luta e resistência ao utilizarem as facilidades da globalização em seu benefício, ainda que tenham consciência das contundentes limitações impostas pelas agendas neoliberais econômicas das grandes cidades ocidentais. Dessa forma, entendemos que seus embates são como uma atualização do mito do labirinto do Minotauro. Embora permaneçam dentro do labirinto, o fazem em conjunto e sem deixar de lutar por espaços mais justos e igualitários. Desse modo, além de apresentar sua atuação, iremos trabalhar e refletir com dados que denunciam o aumento das desigualdades sociais nesses territórios ao mesmo tempo em que sugerimos que essas novas movimentações identitárias têm um forte traço de reativação dos movimentos políticos e sociais locais surgidos nas décadas anteriores e de uma afetividade advinda da rememoração de sua ancestralidade. Longe de olhar o passado como um lugar de chegada, são as atualizações desses processos que tornam mais significativos esses movimentos, liderados, em geral, por mulheres que são atravessadas por questões interseccionais.  


Author(s):  
Ainara Larrondo-Ureta ◽  
Fernando Zamith ◽  
Simón Peña-Fernández ◽  
Koldobika Meso-Ayerdi

Este artigo tem como objetivo descrever três projetos de inovação educativa no campo do ciberjornalismo, úteis para avaliar o valor da inovação pedagógica para além da introdução e exploração didática das TIC. Estes projetos foram desenvolvidos pelo grupo de investigação KZBerri (Gureiker.info), financiado pela Universidade do País Basco entre 2015 e 2020, e partem do pressuposto de que a prática que se desenvolveu no âmbito da disciplina "Escrita Ciberjornalística" é útil para preencher a lacuna dos currículos de comunicação quando se trata de fomentar nos estudantes culturas profissionais altamente procuradas pelas empresas atuais do setor. Essas culturas são baseadas em valores como empreendedorismo em projetos de comunicação, criatividade e cooperação profissional em contextos convergentes e internacionais. Dois dos projetos descritos também representam a primeira aplicação da “internacionalização em casa” (IaH) (Crowther, 2001; Beelen e Jones, 2015) à inovação pedagógica em ciberjornalismo.


Author(s):  
Carolina Gonçalves de Freitas ◽  
Valmor Schiochet

O artigo apresenta uma análise da política nacional de cultura em articulação com a temática da Economia da Cultura e do Desenvolvimento. O texto busca demonstrar que a agenda de cultura política do governo ganha centralidade ao ser reconhecida como mercadoria,isto é, na sua relação como mercado, como produto a ser comercializado. Nessa condição, a política da cultura é legitimada como um importante instrumento económico e industrial para o desenvolvimento nacional. A dimensão econômica da cultura pode ser identificada a partir de diferentes conceitos e propostas para organizar ou definir, por exemplo, "indústrias criativas" ou "economia criativa". Tal concepção econômica confere cultura e adequação para transformar a própria forma instrumental de produção, troca e consumo de mercadorias. Valores como diversidade, pluralismo e identidade ficam relegados a segundo plano, pois dados à subordinação da cultura à lógica do mercado capitalista. No entanto, a partir de 2003 a política baseava-se no desafio de promover a nova concepção ampliada, isto é, um fenômeno social e humano de múltiplos sentidos. Uma cultura passou a ser entendida em sua tríplice dimensão: simbólica, urbana e econômica. Nesse contexto, a política da cultura se aproxima - como o debate do Desenvolvimento Social Sustentável e da Economia Solidária. Ou que pode ser verificado na análise de dois instrumentos de gestão pública, nas diretrizes de orientação do Plano Nacional de Cultura (Lei nº 12.343 / 2010) e na política nacional de Cultura Viva / Pontos de Cultura (Lei Cultura Viva 13.018 / 2014). Ambos os conceitos aparecem de forma conflituosa e contraditória para expressar a dimensão econômica da cultura e sua contribuição para o processo de desenvolvimento. A política da cultura aborda-se como um debate sobre Desenvolvimento Social Sustentável e Economia Solidária. Ou que pode ser verificado na análise de dois instrumentos de gestão pública, nas diretrizes de orientação do Plano Nacional de Cultura (Lei nº 12.343 / 2010) e na política nacional de Cultura Viva / Pontos de Cultura (Lei Cultura Viva 13.018 / 2014). Ambos os conceitos aparecem de forma conflituosa e contraditória para expressar a dimensão econômica da cultura e sua contribuição para o processo de desenvolvimento. A política da cultura aborda-se como um debate sobre Desenvolvimento Social Sustentável e Economia Solidária. Ou que pode ser verificado na análise de dois instrumentos de gestão pública, nas diretrizes de orientação do Plano Nacional de Cultura (Lei nº 12.343 / 2010) e na política nacional de Cultura Viva / Pontos de Cultura (Lei Cultura Viva 13.018 / 2014). Ambos os conceitos aparecem de forma conflituosa e contraditória para expressar a dimensão econômica da cultura e sua contribuição para o processo de desenvolvimento.


Author(s):  
João Guerreiro ◽  
Bruno Borja ◽  
Luise Villares ◽  
Utanaan Reis Barbosa Filho ◽  
Bruno Duarte
Keyword(s):  

A pandemia trouxe profundas alterações no campo da cultura. O setor cultural enfrenta um enorme desafio com a necessidade de isolamento social, passando por um processo forçado de transição digital. O presente artigo busca compreender as consequências do neoliberalismo sobre as políticas culturais e o mercado de trabalho cultural, analisando a especificidade do impacto da pandemia na cultura da Baixada Fluminense, território periférico na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, onde se evidencia o caráter informal e precário das condições de trabalho. Para interpretar o impacto da pandemia no setor cultural, utilizamos dados primários extraídos da pesquisa Impactos da Covid-19 na Economia Criativa, com um recorte específico sobre a precarização do trabalho cultural na Baixada Fluminense.


Author(s):  
João Domingues ◽  
Gustavo Portella Machado

O presente artigo tem por interesse contribuir para o debate das muitas tensões entre a esfera laboral da cultura no Brasil e o domínio de um governo específico das condutas individuais no neoliberalismo, sendo a ocupação “produtor/a cultural” – concebido hoje como um mediador do mercado profissional de grande porte ou consagrado – seu foco objetivo. Assim, tomamos por análise a Classificação Brasileira de Ocupações, em específico seu catálogo de habilidades e competências sugeridas. Destacamos algumas de suas expectativas, onde procuramos estabelecer uma aparente justaposição com uma nova racionalidade típica do sujeito neoliberal contemporâneo.


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