Nau Literária
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Published By Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul

1981-4526

2021 ◽  
Vol 17 (2) ◽  
pp. 286-291
Author(s):  
Suelen Ariane Campiolo Trevizan

Resenha do livro Todos eles romances: a variação do gênero no Brasil, 1960-1980, de Pedro Dolabela Chagas, editado pela Editora da Unicamp.


2021 ◽  
Vol 17 (2) ◽  
pp. 238-267
Author(s):  
Leilane Luiza Ferreira Mota ◽  
Emílio Maciel

A frase “tempo é dinheiro” torna-se muito comum a partir do século XVIII com a Revolução Industrial. Os donos de fábricas passaram a controlar o tempo e a propagar a ideia de que seu uso deveria ser feito com a máxima eficiência para evitar desperdícios. No século XIX, com o surgimento da classe burguesa, o controle e a disciplina do tempo tornam-se valores fundamentais. Junta-se à nova percepção temporal uma forma mais democrática e horizontal no tratamento das pessoas inaugurada pela Revolução Francesa. A partir desse momento, a fixidez de papéis sociais se dilui e o povo passa de objeto a sujeito da história. Consequentemente, surge uma nova concepção de identidade, que se torna mais fragmentada, e, ao mesmo tempo, mais subordinada às ações do sujeito do que à vida social. Todos esses temas perpassam a obra de Balzac. Pretende-se demonstrar, neste artigo, que São Bernardo, de Graciliano Ramos, seria um modelo reduzido que comprimiria tanto o romance do século XIX quanto o romance do século XX, por retomar daquele certos temas principais, como o self-made man e os impasses da mobilidade social, e deste a tensão do efeito corrosivo do tempo.


2021 ◽  
Vol 17 (2) ◽  
pp. 144-165
Author(s):  
João Carlos De Carvalho
Keyword(s):  

A proposta de discussão teórica implica um enfrentamento a partir do conceito de retalhos de memória. A ideia de releituras palimpsésticas produz ao ensaísta o desafio de remexer as pistas invisíveis de sua origem judaica. Nesse caso, ao partir em busca das relíquias do passado, a escrita se lança ao abismo, submetendo-se ao risco de produzir sensações e imagens capazes de conciliar o presente e o passado. O artigo retoma um ensaio de Márcio Souza, “A verdadeira nação de Rafael Bentes”, conhecido autor amazonense, onde ele, sob o foco de (re)encontrar-se com sua judeidade sefaradita, procura evocar as condições de um trajeto, não para descrever o percurso propriamente, mas para possibilitar o testemunho de reconstrução, sob a égide benjaminiana, relido à luz da dinâmica de produção do sensível ao próprio discurso histórico e memorial.


2021 ◽  
Vol 17 (2) ◽  
pp. 94-113
Author(s):  
Dionísio Vila Maior
Keyword(s):  

Procurarei refletir sobre a Mensagem pessoana, domínio textual onde variavelmente se manifestam, e sempre se manifestarão, múltiplas virtualidades de informação estética, tendo essencialmente em conta o seu perfil de texto épico dos “tempos modernos”, bem como algumas linhas temáticas centrais relacionadas com a conceção quinto-imperialista e sebastianista (consequência direta da fortuna concetual e simbólica que historicamente lhe está adscrita), a relação entre o sentimento de desalento e o sentimento de esperança, a celebração de possibilidades outras que o racionalismo positivista não soube oferecer, a abordagem poética do passado, seguindo um particular vigor patriótico de índole nacionalista e sebastianista (que, aliás, Pessoa mostra desde muito cedo), procurando, assim, compreender sentidos efetivos da narrativa sebastianista.


2021 ◽  
Vol 17 (2) ◽  
pp. 114-143
Author(s):  
Gustavo Takashi Moraes Assano

O presente trabalho expõe uma análise ensaística comparativa de três fonogramas: A gravação da canção censurada “Um grito parado no ar”, composta em 1973 para o espetáculo teatral homônimo estreado no mesmo ano e integrada ao LP Botequim, de Gianfrancesco Guarnieri e Toquinho; a faixa “Um grito parado no ar”, que integra o disco Vasta cidade, festa de ninguém de Bruno De La Rosa, em que a canção de Guarnieri e Toquinho é pela primeira vez gravada sem trechos censurados; e a faixa “Febre do rato”, do disco Rastilho, de Kiko Dinucci, lançado em janeiro de 2020. A partir da contextualização histórica, bem como da identificação de procedimentos formais e estilísticos na unidade entre texto lírico, composição musical e performance nas obras em questão, a reflexão busca situar a distância nas formas de expor perplexidade, esperança, melancolia e horror diante de impasses sociais e políticos de momentos históricos díspares, mas utilizando uma imagem lírica em comum: Um grito que organiza um precipitado de tensões sobre o que não pode ser nomeado na esfera pública.


2021 ◽  
Vol 17 (2) ◽  
pp. 1-3
Author(s):  
. .

V. 17, n. 2, 2021


2021 ◽  
Vol 17 (2) ◽  
pp. 268-285
Author(s):  
Ayanne Larissa Almeida de Souza

O presente trabalho tem como objetivo analisar a presença do mito de Medeia no romance Obsceno Abandono, de Marilene Felinto. Nossa proposta é investigar de que forma podemos perceber a protagonista da obra de Felinto enquanto uma projeção da personagem mítica e trágica do imaginário grego, observando o comportamento de ambas as mulheres à luz da análise do discurso de Dominique Maingueneau, debruçando-nos sobre a intertextualidade que realça o papel e a atuação de uma reatualização do mito de Medeia no interior da narrativa de Felinto e na construção do ethos discursivo da protagonista do romance, apontando o interdiscurso que entrelaça as duas obras.


2021 ◽  
Vol 17 (2) ◽  
pp. 45-64
Author(s):  
Bianca Rosina Mattia
Keyword(s):  

Neste artigo, especialmente a partir dos estudos de bell hooks (2019a; 2019b) e de Grada Kilomba (2019) acerca das discussões em torno de representação, voz e racismo, pretende-se apresentar algumas reflexões em torno da ocupação de espaços predominantemente masculinos, brancos e heterossexuais por parte de mulheres negras em um contexto em que se recuperam as posições coloniais de sujeito e objeto. Para tanto, coloca-se em diálogo a candidatura e eleição, em Portugal, da deputada Joacine Katar Moreira, sob ataques racistas e o romance Luanda, Lisboa, Paraíso (2019), de Djaimilia Pereira de Almeida, no qual se revelam marcas do passado colonial sob as práticas diárias de racismo em Lisboa. A par disso, propõe-se que a mudança da realidade violenta do racismo pressupõe a ocupação cada vez maior de espaços de representação, onde as vozes de mulheres negras se façam ouvir.


2021 ◽  
Vol 17 (2) ◽  
pp. 195-214
Author(s):  
Diana Navas ◽  
Ana Margarida Ramos

Pretende-se, neste estudo, proceder a uma leitura aprofundada do livro-álbum sem texto Máquina (Pato Lógico, 2017), de Jaime Ferraz, tendo em vista a caracterização deste formato editorial específico e a reflexão sobre a sua valorização enquanto objeto literário, além de artefacto de especial significado estético. Serão alvo especial da análise os elementos peritextuais principais, a composição global do livro e, sobretudo, a narrativa visual e os procedimentos técnicos usados para contar uma história que, além de ser uma espécie de ode ao livro e à leitura numa sociedade cada vez mais digital, apresenta na sua construção vários recursos metaficcionais, exigindo leitores observadores e competentes.


2021 ◽  
Vol 17 (2) ◽  
pp. 215-237
Author(s):  
Roberto Remígio Florêncio ◽  
João de Sá Araújo Trapiá Filho

Com o objetivo de analisar aspectos da diversidade cultural brasileira presentes na obra Brasileirinho (2003), da cantora Maria Bethânia, apresentamos a pesquisa, em diversos segmentos das artes (música, literatura, pintura), na tentativa de pintar um quadro significativo sobre as identidades brasileiras em seus contextos geo-históricos e socioculturais. A escolha da obra se deu pela necessidade de apresentar um exemplar artístico atual sobre a temática e enfatizar elementos da brasilidade no âmbito dos estudos culturais contemporâneos, como o hibridismo, a decolonialidade e interculturalidade. Utilizando a Revisão Bibliográfica, baseamos as análises em Canclini (2010), Hall (2015), Andrade (1928; 1933) e Veloso (2008; 2012). As conclusões desvendam a importância de estudos socioculturais na obra da cantora, ao valorizar, em sua trajetória artística, expressões marginalizadas, como as religiões de matriz africana, as divindades dos povos indígenas, o papel dos imigrantes e as artes afrobrasileiras na formação sociocultural do povo brasileiro.


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