O presente artigo tem como objetivo apresentar a Casinha de João Batista Vilanova Artigas, um de seus mais relevantes trabalhos no cenário modernista da arquitetura paulistana, permeando sob a perspectiva técnica e política. O período de concepção da obra foi revolucionário em questões construtivas, funcionais e plásticas. O Brasil vivera um período de resistência artística; 1922 trouxe inúmeras discussões sobre a arte moderna que estava sendo importada e reformulada. Com isso, mesmo duas décadas mais tarde, o país se mostrava rígido arquitetonicamente, contando com poucas referências externas em pauta à arquitetura moderna - essa que, por sua vez, estava sendo estudada e difundida mundo afora. Acrescenta-se, nesse ponto, o caráter progressista de Artigas a partir de seus estudos, principalmente pela influência de Frank Lloyd Wright, que vinha mudando o cenário construtivo norte americano. É evidenciado, ainda, a natureza política de Artigas que, a partir da década de 1940, trouxe significativas memórias pelas quais o engenheiro-arquiteto ainda é reconhecido. A partir disso, coloca-se a primeira residência do arquiteto não somente como uma edificação de grande importância no cenário arquitetônico nacional, mas como um refúgio e espaço de deliberações de Artigas, de seus amigos e alunos