Revista Brasileira de Linguística Antropológica
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Published By Biblioteca Central Da Unb

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2020 ◽  
Vol 12 ◽  
pp. 329-340
Author(s):  
Lucivaldo Costa ◽  
Quélvia Souza Tavares Quélvia Souza Tavares ◽  
Tereza Maracaipe Barboza Tereza Maracaipe Barboza

Este artigo trata da produção de um livro didático para alfabetização e apoio às práticas de leitura e escrita em língua Xikrín, em desenvolvimento nas escolas das aldeias da Terra Indígena Xikrín do Cateté, localizada no município de Parauapebas, sudeste do Estado do Pará, Brasil. O objetivo deste artigo é apresentar o processo de elaboração do livro, o seu conteúdo e a sua aplicação nas escolas Xikrín. Mostramos que a produção desse material tem servido à promoção do status da língua Xikrín do Cateté no domínio escolar, no qual o português tem tido supremacia como língua de instrução, deslocando a língua materna do espaço escolar. Este é o primeiro livro didático produzido na língua Xikrín, por isso, mais do que sua função no âmbito do ensino da língua nativa nas escolas da aldeia, o livro é um registro importante da língua - feito com o protagonismo de professores Xikrín - que integrará o acervo literário em construção em língua Xikrín.  


2020 ◽  
Vol 12 ◽  
pp. 375-378
Author(s):  
Marianne Sallum ◽  
Francisco Silva Noelli Francisco Silva Noelli
Keyword(s):  

resenha  


2020 ◽  
Vol 12 ◽  
pp. 341-372
Author(s):  
Fabio Pereira Couto ◽  
Marcelina Oro Waram Xijein

A presente pesquisa objetivou a análise e descrição fonológica, de forma preliminar, do Oro Waram Xijein, língua pertencente ao subramo Wari da família Txapakúra. O povo Oro Waram Xijein vive no noroeste do estado de Rondônia, no município de Guajará Mirim, na fronteira com a Bolívia. A pesquisa em tela é fruto de estudos desenvolvido no segundo semestre de 2019 e primeiro de 2020, com a fundamental colaboração de três falantes nativos da variante Oro Waram Xijein, sendo um deles coautor do presente trabalho, em um projeto maior no âmbito do Laboratório de Língua e Culturas Indígenas da Universidade Federal de Rondônia. O repertório teórico e metodológico que subsidiaram esta pesquisa está ancorando, principalmente, na linguística descritiva em trabalhos como Pike (1943, 1947), Jakobson (1939), Ladefoged e Maddieson (1996), Ladefoged (1975), Couto (2016), Apontes (2015) e Rodrigues (2002). Como resultados desse estudo, descrevemos para Oro Waram Xijein treze segmentos consonantais e cinco vocálicos, sendo um deles, o /t͡ʙ̥/, extremamente raro nas línguas do mundo. Descrevemos ainda o molde silábico (C)V(C) para a variante em estudo, sedo a forma CV o padrão prototípico na língua Oro Waram Xijein. O acento primário é fruto de realização fonética. Descrevemos também alguns processos fonológicos existentes neste dialeto, como nasalização, alongamento e redução vocálica, pré-nasalização, laringalização, aspiração, oralização entre outros.


2020 ◽  
Vol 12 ◽  
pp. 283-309
Author(s):  
Rodrigo Piubelli ◽  
José Walter Nunes José Walter Nunes

O presente artigo é uma parte revisada e ampliada da tese de doutorado intitulada “A luta dos Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul pelo território: memórias e imagens do (re)existir num permanente estado de exceção no Brasil (1964-2018)”, defendida na Universidade de Brasília, em 2019, no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional. Neste artigo procuramos refletir sobre algumas dimensões do histórico processo de luta pelo território dos Guarani Kaiowá, no período compreendido entre a última ditadura civil-militar ”“ 1964-1985 - até os dias atuais, 2018. Para tal, lançamos mão de relatos orais, de fontes documentais escritas e audiovisuais, buscando compreender as tensões e conflitos instalados no meio indígena ”“ principalmente em Mato Grosso do Sul ”“ que resultam da criação de normas, jurisdições e ações impostas pelo Estado brasileiro sobre o universo indígena, as quais acabam por instituir relações de poder que se configuram como de exceção permanente ou um estado de exceção permanente.


2020 ◽  
Vol 12 ◽  
pp. 311-327
Author(s):  
Gessiane Lobato Picanço Lobato Picanço

Este estudo descreve três momentos que marcaram a formação e a evolução da ortografia da língua Mundurukú (Tupí). O percurso histórico mostra que, até recentemente, a função principal da escrita na comunidade eram os ensinamentos religiosos. Um dos primeiros textos escritos na língua foi um catecismo, produzido no início do século XX, de autoria de Frei Hugo Mense, missionário franciscano. A constituição de um alfabeto unicamente Mundurukú ocorreu somente na década de 1960, proposto por missionárias do SIL. É nesse momento que a escrita começa a se tornar uma ferramenta de ensino-aprendizagem da língua materna, porém ainda de forma secundária. Pouco tempo depois o alfabeto passou por uma revisão e alguns grafemas foram alterados, buscando-se alcançar uma semelhança maior com os grafemas da Língua Portuguesa. A análise das correspondências grafofonêmicas mostra que a função atribuída à escrita foi determinante para a escolha de quais características do Mundurukú falado deveriam ou não ser representados graficamente, e como essas escolhas impactaram o ensino da língua na educação local.


2020 ◽  
Vol 12 ◽  
pp. 251-282
Author(s):  
Ricardo Campos Castro ◽  
Pedro Carvalho Guajajara

Neste artigo, apresentamos um breve panorama acerca da literatura indígena durante o Romantismo no Brasil. Defendemos a tese de que as contradições desse período foram inevitáveis, constituindo-se apenas em idiossincrasias daquele momento literário. Mais especificamente, sustentamos que, naquele contexto, a voz do indígena brasileiro não se expressaria de outra forma senão por meio da ilegitimidade de sua voz enviesada pela voz do colonizador europeu que atribuía ao indígena sua visão de mundo preconcebida. Outro objetivo deste texto é o de evidenciar um paradoxo hodierno inevitável a respeito da relação que se estabelece entre língua, sistemas linguísticos acadêmicos, literatura e internet. Nessa linha de investigação, apesar de os espaços digitais e os sistemas metalinguísticos acadêmicos de documentação e divulgação das histórias originárias serem alheios à cultura indígena, a coleta e a disponibilização digital de narrativas nos cibercaminhos podem ter como corolário a contribuição com a preservação, documentação e revitalização linguística e literária das culturas indígenas. Diante disso, reproduzimos e apresentamos a análise morfológica da história Tenetehára Izipy mehe Tentehar wazegar haw herur awer (No início, quando os Teneteháras trouxeram a cantoria). Esta história descreve como foram criadas as festas tradicionais do povo Tenetehára.  A festa da menina moça, a festa dos rapazes, a festa da colheita, a festa das criancinhas, a festa dos separados, a festa dos pajés e as orações Tenetehára. Segundo esta história originária, essas festas foram trazidas por um antigo Tenetehára que fora levado a outro mundo por seres do céu. Assim, ao voltar para sua própria casa, ele transmite aos seus parentes os rituais aprendidos e apreendidos no outro mundo.


2020 ◽  
Vol 12 ◽  
pp. 235-249
Author(s):  
Francisco Silva Noelli

O registro linguístico sobre saúde e doença nas línguas Guarani começou no século XVII. Este artigo reúne 308 palavras e frases levantadas nos dicionários de Antonio Ruiz de Montoya, publicados nos anos 1639 e 1640. Além do interesse direto para medicina e saúde pública, também é fonte para a linguística histórico-comparativa e para a história da medicina Guarani praticada milenarmente por kuña paje e pajes, mulheres e homens sábios na arte de curar


2020 ◽  
Vol 12 ◽  
pp. 159-196
Author(s):  
Edith Hernández Méndez
Keyword(s):  

Este estudio tuvo como objetivos determinar las condiciones internas y externas que motivan la variación y posible cambio en el sistema pronominal átono de acusativo en el español en contacto con otomí, en la comunidad de Santiago Mexquititlán (México), así como analizar la función del contacto en estos procesos. Para ello, analizamos un corpus con datos de 38 informantes. Encontramos que el sistema pronominal de esta comunidad de habla sigue los patrones del sistema etimológico. Un cambio inducido por contacto fue descartado tras el análisis de las variables internas y externas, y dadas las actitudes negativas de los hablantes originarios y de los hablantes monolingües de español, las cuales han provocado la situación de desplazamiento de la lengua otomí y, consecuentemente, esto ha llevado a un contacto no intenso y a bajos niveles de bilingüismo en la población. Más bien se determinó un cambio en retracción


2020 ◽  
Vol 12 ◽  
pp. 223-234
Author(s):  
Carolina Aragon ◽  
Altair Algayer

Este artigo descreve o histórico de ocupação territorial e as perdas populacionais relatadas pelos monolíngues Akuntsú. Um povo que sofreu inúmeras perseguições e testemunharam a morte de seus parentes com a chegada das frentes de expansão nacional no estado de Rondônia. Hoje vivem em proteção, devido ao contato feito pela Funai em 1995, quando, então, com suas terras interditadas, conseguiram dar continuidade aos seus processos culturais e atividades cotidianas. Consideramos, assim, neste artigo, relatos de diferentes histórias contadas, principalmente, pelos integrantes mais velhos do grupo: Konibú, já falecido, e sua esposa Pugapia. Atualmente, o povo está reduzido a três pessoas, as quais são memórias vivas de uma história de massacre, perseguições e fugas que aconteceram no estado de Rondônia nas décadas de 80 e 90.


2020 ◽  
Vol 12 ◽  
pp. 199-221
Author(s):  
Armando Mora-Bustos

El objetivo de este trabajo se centra en la descripción y explicación de los diferentes mecanismos gramaticales que dispone la lengua para expresar la locación no verbal. La importancia de este trabajo radica en explicitar que el mazahua dispone de recursos morfológicos, léxicos y sintácticos para exhibir los sentidos locativos; esto bajo la perspectiva de que esta lengua como muchas otras lenguas otomangues es muy productiva en codificar los sentidos de locación en los predicados verbales, etiquetados como verbos diposicionales, posicionales, locativos. Las formas no verbales que expresan locación se centran expresadas en el nivel morfológico, el léxico y el sintáctico. Estos rasgos gramaticales pueden coocurrir dentro de uno oración; la frase nominal, la frase prepositiva y el predicado locativo son adjuntos con rasgos sintácticos particulares.


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