Este artigo tem como propósito a análise do livro O Tempo é Chegado, do escritor baiano Euclides Neto, tomando como referencial teórico os princípios da condição humana e da hegemonia, propostos respectivamente pelos filósofos Hannah Arendt (2007) e Antonio Gramsci – no caso deste, textos compilados pelo pensador italiano Luciano Gruppi (2000). Para tanto, a princípio, discorre-se e discute-se sobre tais premissas, como ato preparatório para, num segundo momento, analisar as narrativas que compõem o livro e contam a saga dos tipos humanos que compõem o painel social da região cacaueira do sul da Bahia (Brasil), sobretudo no que tange às lutas de classes, visando reconhecer nessas histórias curtas, traços das teorias arendtianas e gramscianas abordadas.