Brazilian Journal of Transplantation
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Published By Associacao Brasileira De Transplantes De Orgaos

2764-1589

2021 ◽  
Vol 24 (4) ◽  
pp. 28-35
Author(s):  
Beatriz Costa Nava Martins ◽  
Olival Cirilo Lucena da Fonseca-Neto

Introdução: O pós-operatório imediato do transplante de fígado (TF) é um período instável e que necessita de controle e monitorização do paciente. Alterações hidroeletrolíticas e acidobásicas são apenas uma das várias complicações do pós-operatório imediato de TF, mas chamam muita atenção, e precisam de rápido e correto manejo. Objetivo: Busca-se através desta revisão avaliar as principais alterações acidobásicas e hidroeletrolíticas no pós-operatório imediato dos pacientes transplantados de fígado. Métodos: Trata-se de uma revisão, um estudo qualitativo com pesquisa em bancos de dados do MEDLINE, através do National Center of Biotechnology Information, acessando o site Pubmed. Os critérios de inclusão foram: (1) publicações em língua inglesa, (2) serem artigos originais ou revisão de literatura e (3) estarem em concordância com tema. Resultados: Cerca de mais de 70% dos pacientes, segundo os artigos analisados, apresentam acidose metabólica no pós-operatório imediato do TF, associada à hipercloremia. Os níveis de sódio são os mais alterados com a hiponatremia. Em média, 20% dos pacientes apresentam hipercalemia após transplante de fígado. Hipocalcemia, hipomagnesemia e hipofosfatemia são distúrbios muito frequentes nesses pacientes. Conclusões: Acidose metabólica associada à hipercloremia, hiponatremia, hipocalcemia e hipercalemia são os distúrbios mais comuns no pós-operatório mediato de TF.


2021 ◽  
Vol 24 (4) ◽  
pp. 10-18
Author(s):  
Simey de Lima Lopes Rodrigues ◽  
Ilka de Fatima Santana Ferreira Boin ◽  
Helder Jose Lessa Zambelli ◽  
Luiz Antônio da Costa Sardinha ◽  
Elaine Cristina Ataíde ◽  
...  
Keyword(s):  

Objetivo: Caracterizar o processo de diagnóstico de morte encefálica (ME) dos potenciais doadores (PD), compreender as condições e os momentos que as informações dos PD foram relatadas aos familiares em relação às condições clínicas dos PD, do diagnóstico de ME e da entrevista para a doação. Método: Estudo quantitativo, descritivo, exploratório e retrospectivo, com 76 potenciais doadores notificados em 2015, não efetivados devido à recusa familiar, sendo os dados obtidos por meio das informações de prontuários da Organização de Procura de Órgãos do Hospital das Clínicas da Unicamp e submetidos à análise descritiva. Resultados: Predominaram indivíduos brancos (75%), masculinos (61,8%), idade entre 20 e 60 anos (78,9%), casados (42,1%), hospitalizados nas redondezas de Campinas (47,4%), acometidos de acidente vascular encefálico (56,6%) e assistidos em unidades de terapia intensiva (77,7%) e em emergências (21,1%). O tempo de internação até o diagnóstico de morte encefálica variou de um a 29 dias, sendo 87,4% das vezes, esclarecida a morte encefálica aos familiares até 12 horas após o óbito. Quanto às entrevistas, 78,4% das famílias foram entrevistadas imediatamente após o esclarecimento da morte encefálica; somente 65,2% destas foram feitos em ambientes privados; 57,9% por profissionais que atuam na doação; 43,4% referiam-se a parente de primeiro grau. Entre os motivos para a não doação, destacaram-se: falecido que não era doador (21%), tempo prolongado para devolver o corpo para o sepultamento (19,7%), religioso (14,5%) e familiares que não acreditam em morte encefálica (13,2%). Conclusão: Verificou-se predomínio de PD em leitos intensivos, porém há ainda muitos mantidos nas emergências; a comunicação de morte foi realizada em ambientes não-privados e por profissionais não capacitados, tendo estes influenciado na incidência de não doações.


2021 ◽  
Vol 24 (4) ◽  
pp. 01-09
Author(s):  
Olival Cirilo Lucena da Fonseca-Neto ◽  
Beatriz Costa Nava Martins ◽  
Priscylla Jennie Monterio Rabêlo ◽  
Paulo Sérgio Vieira de Melo ◽  
Gustavo Michel da Cunha Cruz ◽  
...  

Desde o desenvolvimento da técnica do transplante de fígado (TF) e da realização das primeiras cirurgias, os desafios em torno desse procedimento foram os mais variados. Distúrbios como acidose, hiponatremia, hipercalemia e hipocalcemia podem ser observados nos pacientes após TF. Apesar da recorrência, esses distúrbios são escassamente estudados. Objetivo: Analisar quais são as alterações hidroeletrolíticas e acidobásicas mais frequentes no pós-operatório imediato dos pacientes submetidos ao TF, sua prevalência e a relação dessas alterações com outras complicações frequentes nesses pacientes. Método: Este é um estudo retrospectivo transversal, que incluiu 599 pacientes que se submeteram ao transplante de fígado entre 1999 e 2021. A coleta dos dados foi realizada através da análise de prontuários da Unidade de Transplante de Fígado (UTF), do Hospital Universitário Oswaldo do Cruz em Recife (PE). Resultados: A hiponatremia esteve presente em 18% da amostra, hipocalemia em 21%, hipocalcemia em 77%, 40% apresentavam hiperfosfatemia e 69% possuíam hipomagnesemia. A hipoalbuminemia esteve presente em 98% dos pacientes e 69% possuíam hiperlactatemia. A acidose estava presente em mais de 55% da amostra. Conclusão: Os distúrbios hidroeletrolíticos e ácidobásicos são bastante prevalentes nos pacientes em pós-operatório imediato de transplante de fígado. Chamam atenção distúrbios do cálcio, magnésio, albumina, lactato, além da acidose.


2021 ◽  
Vol 24 (4) ◽  
pp. 19-27
Author(s):  
Beatriz Rezende Monteiro ◽  
Olival Cirilo Lucena da Fonseca-Neto

Introdução: A amiloidose é definida como um grupo heterogêneo de condições de etiologia desconhecida, sendo a polineuropatia amiloidótica familiar uma das formas hereditárias existentes. Essa mutação geralmente leva à polineuropatia sensoriomotora e autonômica progressiva, podendo apresentar casos tanto esporádicos quanto familiares. O espectro clínico é bastante variável, assim como a severidade dos depósitos amilóides. O transplante de fígado e o Tafamidis são as principais opções terapêuticas disponíveis no Brasil. Objetivo: Reforçar os aspectos mais importantes de uma condição tão heterogênea como a PAF, além de revisar também as opções terapêuticas possíveis, de acordo com o estágio da doença. Métodos: Foi revisada literatura no PUBMED, no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2019, utilizando a combinação dos descritores Familial amyloid neuropathy AND Liver transplantation AND treatment. Resultados: A PAF é uma condição sistêmica e progressiva, de caráter hereditário, provocada por uma mutação no gene da TTR, sendo Val30Met a variação mais comumente encontrada. O depósito amilóide inicia-se muito antes do início do quadro clínico, assim como em outras doenças neurodegenerativas. A sintomatologia da PAF pode variar de acordo com a mutação genética e com os órgãos envolvidos, sendo o coração e os nervos periféricos os principais. O clássico fenótipo dessa condição é caracterizado por neuropatia predominantemente, nas pequenas fibras com perda sensorial dissociada, além de envolvimento autonômico precoce e uma história familiar positiva. No Brasil, o tempo entre o início dos primeiros sintomas e o diagnóstico da PAF é de 5,9 anos, sendo esse tempo um obstáculo para a otimização do manejo da doença. A abordagem do paciente com PAF requer cuidado multidisciplinar com abordagem sintomática, anti-amiloidótica e outras terapias específicas em caso de envolvimento cardíaco, ocular, gastrointestinal e renal. O transplante hepático vem sendo associado a um prognóstico positivo em longo prazo, em pacientes em estágios precoces da doença, jovens, bom status nutricional, curta duração da doença e com a variação Val30Met. Conclusão: Nos dias atuais, apesar de a PAF ser uma doença incurável, é possível atingir o controle da sua progressão, a partir do reconhecimento e diagnóstico precoce associado ao início da terapêutica apropriada. A abordagem multidisciplinar deve sempre ser realizada e as estratégias terapêuticas devem ir além da terapia anti-amiloidótica.


2021 ◽  
Vol 20 (3) ◽  
pp. 14-19
Author(s):  
Marcia Raquel Panunto Dias Cunha ◽  
Venâncio Pereira Dantas Filho ◽  
Luiz Antonio da Costa Sardinha ◽  
Helder José Lessa Zambelli ◽  
Maria Valéria de Omena Athayde ◽  
...  
Keyword(s):  

Os autores descrevem dois casos de solicitação, pelas esposas, de coleta de sêmen post mortem, em pacientes com diagnóstico de morte encefálica, para posterior utilização em reprodução humana assistida. Diante do inusitado da situação, foi realizada avaliação ética e legal dos personagens envolvidos no processo, com especial atenção à criançaa a ser gerada, sua situação legal e linha sucessória e a melhor postura  ética a ser tomada pelo profissional médico envolvido no processo.


2021 ◽  
Vol 18 (4) ◽  
pp. 117-121
Author(s):  
Fernanda de Oliveira Procópio ◽  
João Seda ◽  
Eduardo Antunes ◽  
Vera Lúcia Andrade de Aquino
Keyword(s):  

Introdução: A leucinose ou doença da urina de xarope de bordo (DXB) de caráter genético causa deficiência do complexo enzimático e acúmulo de aminoácidos leucina, valina e isoleucina, resultando em déficits neurológicos. O tratamento indicado é o transplante (TX) hepático intervivos dominó, onde o fígado é disponibilizado para a lista de espera da Central de Transplantes. Objetivo: Relatar a experiência do Hospital Sírio-Libanês (HSL) na realização de TX hepático em crianças portadoras de DXB. Método: Estudo de relato de experiência qualitativo, descritivo e observacional. Resultado: Desde 2007, foram transplantadas 213 crianças; destas, sete eram portadoras de DXB e três transplantaram. Após avaliação multiprofissional, foram inscritas no Cadastro Técnico Único da Central de TX de São Paulo e submetidas a TX hepático intervivos. Procedentes do Estado do Amazonas e do Rio de Janeiro, as idades, no momento do TX, eram: um ano e sete meses, um ano e onze meses e dois anos e dez meses. Todas possuíam déficit inicial de sucção, a partir dos cinco dias de vida; duas crianças com PELD inicial corrigido de 1 para 3 e uma criança de 4 para 12, impossibilitando ativação em lista. Os doadores vivos eram aparentados, sendo, a mãe para dois e o pai para um. O tempo médio de internação na UTI foi de quatro dias e, na unidade de internação, de 10 dias. Não houve recidiva da DXB nas crianças transplantadas, bem como nas receptoras do fígado portador da doença. Conclusão: As crianças portadoras de DXB puderam ser beneficiadas com o TX de fígado intervivos e doaram seus órgãos para outras crianças em lista de espera. Observamos que o TX dominó proporciona a não manifestação da DXB em todos os receptores e há melhora progressiva dos déficits neurológicos.


2021 ◽  
Vol 23 (1) ◽  
pp. 18-21
Author(s):  
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto ◽  
Maria Eduarda Mesquita
Keyword(s):  

Introdução: A manobra de Pringle é uma técnica cirúrgica bastante utilizada durante ressecções hepáticas, consistindo na oclusão do fluxo vascular da tríade portal, reduzindo sangramento intraoperatório e tendo como alternativa a oclusão hemihepática seletiva. Entretanto, essa manobra resulta em lesão de isquemia-reperfusão e alguns estudos associam-na com maior morbidade e mortalidade, além de possível risco aumentado de propagação do tumor. Foi realizada busca na base de dados PubMed utilizando-se o descritor “Pringle Maneuver”. Foram analisados quatro estudos retrospectivos e um estudo prospectivo, os quais comparavam perda sanguínea, necessidade de transfusão sanguínea, tempo de operação, complicações, tempo de sobrevida livre de doença e sobrevida global de pacientes diagnosticados com carcinoma hepatocelular (CHC) submetidos a ressecções com ou sem manobra Pringle. Assim, os estudos que avaliam a superioridade da oclusão hemihepética seletiva comparada à Manobra de Pringle apresentam resultados conflitantes. Portanto, considerando-se a relevência do controle de sangramento durante ressecções hepáticas, são necessários mais estudos sobre a temática, para que se construam evidências científicas sólidas.


2021 ◽  
Vol 23 (2) ◽  
pp. 10-18
Author(s):  
Rafaela Souza da Silva ◽  
Janaína Samantha Martins de Souza
Keyword(s):  

Objetivo: Identificar o conhecimento e opinião de uma amostra da população da cidade de Caxias do Sul sobre morte encefálica e doação de órgãos e tecidos para transplantes. Métodos: Estudo exploratório com abordagem quantitativa, realizado com 122 moradores do município de Caxias do Sul - Rio Grande do Sul, selecionados aleatoriamente, dentre a população acima de 18 anos. A coleta de dados foi realizada na sala de espera de uma instituição de assistência hospitalar de médio porte e em uma instituição de ensino superior privada, no período de agosto a setembro de 2018. Os dados foram analisados através do Software IBM SPSS, por meio de regressão linear e correlação de Pearson, considerando nível de significância de p<0,05. Resultados: A maioria dos participantes (96,7%) a favor da doação de órgãos e (82,8%) autorizariam a doaçã de seus órgãos após a morte, sendo o principal motivador ajudar o próximo e salvar vidas. Os principais motivos contrários à doação são: apego ao familiar e religião. Muitos acreditam na existência de venda de órgãos no Brasil e que existe possibilidade de erro no diagnóstico de morte encefálica estabelecido pelo médico. A maioria já recebeu informações sobre doação de órgãos, principalmente através das mídias e dos profissionais de saúde. Conclusão: A maioria dos participantes tem atitude positiva em relação à doação de órgãos  e apresentam conhecimento parcial sobre o processo de doação. Nota-se a necessidade de mais campanhas educativas e de incentivo à  doação, pois quanto maior a compreensão da família, maior será a segurança no momento da decisão pela doação de órgãos.


2021 ◽  
Vol 20 (1) ◽  
pp. 27-77
Author(s):  
Associação Brasileira de Transplante de Órgãos

Neste número são apresentados resumos das seções: RIM, PÂNCREAS, PÂNCREAS-RIM.


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