ResumoAs práticas culturais fundem, a todo o momento, diferentes relações entre sistemas culturais (EVEN-ZOHAR, 1990) que antes eram separados. Tais manifestações híbridas reconfiguram e desterritorializam processos simbólicos. Nesse sentido, o presente artigo realiza uma análise comparatista das relações intertextuais presentes na configuração artística do álbum Esú, do rapper brasileiro Baco Exu do Blues, em especial na faixa “Capitães de Areia” em relação ao romance quase homônimo de Jorge Amado, às referências à mitologia dos Erês, e à série fotográfica Laróyè, de Mario Cravo Neto. Para analisar as implicações dessas inter-relações na configuração cultural e identitária da obra, buscamos aporte teórico-crítico no campo dos Estudos Culturais pela perspectiva de conceitos que tentam dar conta desses processos, acerca do Hibridismo, em Néstor García Canclini, e das reflexões sobre sincretismo religioso em Sérgio Ferretti.Palavras-chave: Capitães da Areia; Hibridismo; sincretismo religioso; práticas culturais. AbstractCultural practices merge, at all times, different relationships with cultural systems (EVENN-ZOHAR, 1991) that were previously separated. Such hybrid manifestations reconfigure and deterritorialize symbolic processes. In this sense, this article performs a comparative analysis of the intertextual relations present in the artistic configuration of the album Esú, by rapper Baco Exu do Blues, especially the track “Capitães de Areia” and references to the mythology of the Erês, to the novel by Jorge Amado and Laróyè photographic series by Mario Cravo Neto. To analyze the implications of these interrelations in the cultural and identity configuration of the work, we seek theoretical-critical support in the field of Cultural Studies from the perspective of concepts that try to account for these processes, about Hybridism in Néstor García Canclini and reflections on religious syncretism in Sérgio Ferreti.Keywords: Capitães da Areia; Hybridity; religious syncretism; cultural practices.
King’s College Chapel, 1515–2015: Art, Music and Religion in Cambridge, ed. Jean Michel Massing and Nicolette Zeeman
