DE PROUST A BARTHES: A BUSCA PELA LITERATURA
<p><span style="font-family: Times New Roman; font-size: medium;">Em seu ensaio "Durante muito tempo, fui dormir cedo", publicado em o </span><em><span style="font-family: Times New Roman; font-size: medium;">Rumor da língua</span></em><span style="font-family: Times New Roman; font-size: medium;">, Barthes ressalta uma das características mais importantes da obra proustiana: não se trata nem de Romance, nem de Ensaio, mas de uma terceira forma. Essa forma seria a única possível a dar estrutura ao romance proustiano, que destaca, dentre outros elementos, a busca do próprio narrador por tornar-se escritor. Ao discorrer sobre essa nova lógica proustiana, Barthes se identifica com Marcel Proust, pois naquele momento, o crítico busca uma nova forma de escrever (a literatura) tendo como ponto de partida seu estado de luto, ou para usarmos um termo barthesiano, de acedia. O intuito desta comunicação é percorrer os escritos barthesianos que discorrem notadamente sobre Marcel Proust para analisar a importância do escritor francês na produção crítica e na escrita de Roland Barthes. Para tanto, propomos comentar fundamentalmente as obras: </span><em><span style="font-family: Times New Roman; font-size: medium;">Novos ensaios críticos</span></em><span style="font-family: Times New Roman; font-size: medium;">, </span><em><span style="font-family: Times New Roman; font-size: medium;">O rumor da língua</span></em><span style="font-family: Times New Roman; font-size: medium;"> e </span><em><span style="font-family: Times New Roman; font-size: medium;">A</span></em><em><span style="font-family: Times New Roman; font-size: medium;">Preparação do romance</span></em><span style="font-family: Times New Roman; font-size: medium;">.</span></p>