Author(s):  
Filipe Manzoni
Keyword(s):  

O escritor mineiro Rubem Fonseca é conhecido pela destreza com que ficcionaliza a brutalidade urbana. Em vista da saturação do enfoque desse traço de sua obra, este ensaio privilegia o conto “Onze de Maio”, que é menos eletrizante, não comporta cena de sangue e tem a violência dissimulada pela coerção. Ambientado num hospício, o enredo dá conta de um desvario que, mais se esforça por virar motim, mais deixa ver seu próprio quixotismo, tanto quanto a implacabilidade da norma.


Author(s):  
Flávio Pereira Camargo
Keyword(s):  
De Se ◽  

Diário de um fescenino é um romance em forma de diário no qual o personagem-escritor, que também exerce a função de narrador, se sente totalmente à vontade para se mostrar ao leitor. Assim, inscreve-se na tradição do romance metaficcional, do livro dentro do livro. Nele, há uma reflexão sobre a própria escrita por um personagem-escritor que, além de se expor, revela os elementos caros à narrativa de Rubem Fonseca: o grotesco, o sexo, os crimes e suspenses, que se mesclam às reflexões sobre os procedimentos de construção e elaboração da narrativa, exigindo a cooperação ativa do receptor em seu percurso de leitura.


2005 ◽  
Vol 1 (1) ◽  
Author(s):  
Marcelo Frizon
Keyword(s):  

O presente trabalho busca analisar a relação entre violência e comicidade nos contos de Rubem Fonseca, especificamente em alguns contos de Feliz Ano Novo, livro de 1975. A partir de uma revisão minuciosa, relacionando os textos com algumas obras cinematográficas, o trabalho propõe que a violência é atenuada pela comicidade, como se aquela dependesse desta. O escritor conseguiu, assim, apresentar um audacioso retrato da atual sociedade urbana brasileira. Palavras-chave: Rubem Fonseca; Violência; Comicidade.


2018 ◽  
Vol 23 (26) ◽  
pp. 162-166
Author(s):  
Boris Schnaiderman
Keyword(s):  

Artigo de Boris Schnaiderman.


Revista X ◽  
2007 ◽  
Vol 1 ◽  
Author(s):  
Raquel Illescas Bueno ◽  
Fernando De Moraes Gebra
Keyword(s):  

No curso Teoria da Ficção, da Pós-Graduação da Universidade Federal do Paraná, buscamos a aplicabilidade das teorias da ficção, analisando suas metodologias e o discurso sobre seus métodos. Propomos, aqui, uma análise de “O gravador”, conto publicado no livro A coleira do cão, de 1965. Essa narrativa é  exemplar da habilidade de Rubem Fonseca em montar enredos engenhosos, sem descuidar da densidade na abordagem temática. Em contos dessa natureza, a atenção do leitor naturalmente fica dividida entre o apelo da intriga, a observação da técnica pela qual o fio narrativo é estabelecido no discurso e a reflexão sobre questões importantes da vida social. Nossa proposta de análise visa a possibilitar o encontro de algumas das teorias da ficção a fim de verificar em que medida elas apresentam, com todas suas particularidades, pontos de intersecção para a análise de narrativas breves da literatura brasileira.


2016 ◽  
pp. 37-54
Author(s):  
Juliana Ciambra Rahe Bertin
Keyword(s):  

Este trabalho tem como objetivo investigar como o monstro modernose apresenta na literatura. No deslocamento do monstro físico para o monstromoral, identificado por Foucault, a monstruosidade deixa de ser visualmenteidentificável no aspecto físico. Pretendemos mostrar como outros atributosque integram a configuração da monstruosidade também passam por transformação,pontuando nossa análise com exemplos de textos literários da literaturainglesa do século XIX e de narrativas literárias brasileiras de Machado deAssis, Rubem Fonseca e Lourenço Mutarelli. Nosso objetivo é apontar comoa atualização das características dos monstros acaba aproximando tais figurascada vez mais do humano, em um deslocamento que embaça as fronteiras queseparam nós e eles, identidade e alteridade, humanidade e monstruosidade


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