scholarly journals Distribuição dos investimentos públicos em fisioterapia e cobertura da saúde suplementar no Brasil: série histórica de 2010 a 2015

2017 ◽  
Vol 24 (3) ◽  
pp. 280-287
Author(s):  
Isadora F. Henriques ◽  
Mariana C. Buranello ◽  
Shamyr S. de Castro
Keyword(s):  

RESUMO Este estudo tem o objetivo de descrever o perfil dos investimentos públicos em fisioterapia e verificar a correlação desses investimentos com a taxa de cobertura de plano de saúde, nas grandes regiões brasileiras e nas unidades de federação, entre 2010 e 2015. Os dados referentes aos investimentos públicos aprovados por região e unidades de federação do país segundo atendimento em fisioterapia foram obtidos no setor de Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde, no site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus). As informações correspondentes à taxa de cobertura por plano de saúde foram obtidas no setor de Informações de Saúde Suplementar, disponível no site da Agência Nacional de Saúde Suplementar. Os dados foram analisados, e, para verificar a correlação entre a distribuição dos investimentos e a taxa de cobertura por plano de saúde, realizou-se o teste de correlação de Spearman, com nível de significância de 5,00%. A média de aplicação per capita em reais no Brasil de recursos financeiros em atendimentos em fisioterapia ao longo dos cinco anos foi de R$ 117,16 (±3,52). Dentre as regiões e para o mesmo período, a região Sul apresentou a maior média per capita (R$ 129,95 ± 5,30), seguida em ordem decrescente pelas regiões Sudeste (R$ 124,22±3,69); Nordeste (R$ 118,98±7,53); Norte (R$ 89,43±3,01) e Centro-Oeste (R$ 77,09 ± 6,54). A média de cobertura de plano privado de saúde variou de 6,20% (Acre) a 43,35% (São Paulo). Parece não haver relação entre a cobertura por plano de saúde privado e o investimento público em atendimento em fisioterapia.

Author(s):  
Claudia Lucia LIMA ◽  
Erika Cristina Silva Batista QUEIROZ ◽  
Geraldo José SANT'ANNA ◽  
Luiz Sergio VANZELA

A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no Brasil e no mundo, tendo como o vetor, o mosquito Aedes aegypti, cuja proliferação apresenta forte relação com fatores sociais. Sabendo – se que o município de Fernandópolis encontra-se entre os 25% dos municípios paulista com maiores números de casos de dengue e os fatores sociais são decisivos neste processo. O presente estudo tem como objetivo avaliar a influência de indicadores sociais nos casos positivos de dengue no município de Fernandópolis – SP. Trata-se de pesquisa exploratória, com dados secundários, por meio de modelos matemáticos, sendo analisada a densidade demográfica e renda bruta per capita, de 40 bairros no de 2011. Nestes bairros observou-se que tanto aqueles de alta, como naqueles de baixa densidade demográfica, houve aumento nos casos positivos de dengue. Também observou- se que os casos de dengue tenderam a reduzir com o aumento da renda bruta per capita.


1990 ◽  
Vol 24 (5) ◽  
pp. 373-379 ◽  
Author(s):  
Adelaide José Vaz ◽  
Elvira Maria Guerra ◽  
Luzia Cristina Contim Ferratto ◽  
Leiliana Aparecida Stoppa de Toledo ◽  
Raymundo Soares de Azevedo Neto
Keyword(s):  

Alguns testes sorológicos têm sido utilizados para detectar, indiretamente, a presença de possíveis agentes etiológicos infecciosos durante a gestação, que sendo transmitidos ao feto, por via placentária, causam infecções congênitas com seqüelas leves ou graves e até morte fetal. Foram estudadas 481 gestantes, com idade média de 24,5 anos (de 14 a 46 anos), atendidas em primeira consulta nos Centros de Saúde, na Cidade de São Paulo, SP (Brasil) no período de abril a outubro de 1988. Segundo o trimestre gestacional, 230 pacientes (47,8%) estavam no primeiro trimestre; 203 (42,2%) no 2º e 48 (10,0%) no 3º. Das 474 pacientes que declararam algum tipo de renda mensal, 309 (65,2%) pertenciam a familias com renda até 1 SMPC (salário mínimo per capita) e somente 15 (3,2%) pertenciam a famílias com renda superior a 3 SMPC, caracterizando o baixo nível econômico das gestantes. Das 481 pacientes 159 (33,1%) eram nascidas no Estado de São Paulo e as 322 (66,9%) restantes eram imigrantes procedentes de outros Estados, destacando-se Bahia (23,1%); Minas Gerais (11,4%); Paraná (7,5%); Paraíba (5,4%) e Pernambuco(5,4%). Foram realizados testes imunodiagnósticos para sífilis, toxoplasmose e doença de Chagas. Foram observados resultados positivos para sífilis em 25 gestantes (5,2%). Para toxoplasmose, 157 (32,4%) não tinham anticorpos em nível detectável e 67 (13,9%) apresentaram títulos elevados, indicativos de infecção ativa, das quais em 6 (10,3%) foram detectados anticorpos da classe IgM. Para doença de Chagas foram encontrados anticorpos específicos em 14 (2,9%) gestantes, sendo que destas, 10 (71,4%) eram procedentes da Bahia e Minas Gerais.


2017 ◽  
Vol 47 (163) ◽  
pp. 320-341
Author(s):  
Fabiana Silva Fernandes ◽  
Nelson Gimenes ◽  
Juliana dos Reis Domingues
Keyword(s):  

RESUMO Este texto apresenta o perfil de mulheres residentes no estado de São Paulo, mães de crianças na faixa etária de zero a três anos, estabelecendo comparação entre aquelas cujos filhos estão matriculados em instituições de educação infantil - EI - e aquelas que não contam com esse serviço, de modo a discutir o papel social dessas unidades. Utilizou-se, como fonte de dados, o Censo Demográfico de 2010 e foram selecionadas as variáveis referentes ao perfil geral (idade, cor/raça, escolaridade), vida familiar (arranjo familiar, posição na família), vida profissional e renda (ocupação, renda per capita). O estudo reafirma fenômenos referentes a desigualdades sociais que se aprofundam nas relações de gênero e raça/cor, explicitando essas diferenças em termos de acesso a instituições de EI.


2000 ◽  
Vol 20 (2) ◽  
pp. 213-232 ◽  
Author(s):  
Ricardo Luis Lopes ◽  
José Vicente Caixeta Filho

Esta pesquisa teve como principal objetivo a análise da distribuição mais eficiente de granjas suinícolas no Estado de Goiás. O modelo de localização desenvolvido envolveu uma estrutura de programação inteira mista. Os fatores considerados para o objetivo do estudo foram os custos de transporte de grãos (milho e soja) até a granja, o custo de transporte de suínos até o abatedouro e o custo de transporte de carcaça de suíno até o mercado consumidor. Definiu-se como mercado consumidor o próprio Estado de Goiás, o Distrito Federal e os municípios de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Além disso, determinou-se também as ofertas de milho e soja de cada microrregião do Estado de Goiás, e o consumo per capita nacional de carne suína. Considerou-se três cenários, envolvendo níveis distintos de consumo per capita, sendo um o atual e os outros dois determinados de acordo com as perspectivas do setor.


1995 ◽  
Vol 11 (1) ◽  
pp. 85-96 ◽  
Author(s):  
Cecília Maria R. Gonçalves-Carvalho ◽  
Jaime Amaya-Farfan ◽  
Berenice C. Wilke ◽  
Roland Vencovsky
Keyword(s):  

A prevalência de hipovitaminose A foi determinada pelos níveis séricos de retinol por cromatografia líquida de alta eficiência (Clae) em 131 crianças com idade entre 3 e 10 anos, residentes em 18 favelas do Município de Campinas, São Paulo, no período de abril de 1991 a fevereiro de 1992. A prevalência encontrada foi 17,6% com níveis entre 0,35 e 0,70 µmol/L (IC=11,1-24,1; 95%), o que indica a existência de certo risco de saúde pública. Entretanto, exames clínicos oftalmológicos não detectaram nenhum caso de xeroftalmia. Informações complementares sobre as características da amostra foram obtidas para 341 crianças. A renda per capita mostrou-se surpreendentemente alta. O consumo alimentar, segundo os critérios da FAO/WHO, só foi adequado para proteínas (133,96%), sendo os menores valores de adequação aqueles encontrados para energia (87,76%) e, principalmente, para vitamina A (66,13%) e ferro (42,14%). Os indicadores altura/idade e peso/altura identificaram muitas crianças abaixo de -1 desvio padrão.


2014 ◽  
Vol 19 (7) ◽  
pp. 2055-2062 ◽  
Author(s):  
Eloisio do Carmo Lourenço ◽  
Luciane Miranda Guerra ◽  
Rogerio Antonio Tuon ◽  
Sandra Maria Cunha Vidal e Silva ◽  
Glaucia Maria Bovi Ambrosano ◽  
...  
Keyword(s):  

Trata-se de estudo ecológico analítico, retrospectivo, composto pelos 645 municípios do Estado de São Paulo, cujo objetivo foi verificar a relação entre variáveis socioeconômicas, demográficas e modelo de atenção, em relação ao coeficiente de mortalidade infantil, no período de 1998 a 2008. Foi calculada a proporção de variação média anual para cada indicador por estrato de cobertura. A mortalidade infantil foi analisada segundo modelo de medidas repetidas no tempo, ajustado para as variáveis de correção: população do município, proporção de PSF implantado, proporção de PACS implantado, PIB per capita e IPRS (índice paulista de responsabilidade social). A análise foi realizada por modelos lineares generalizados, considerando a distribuição gama. Comparações múltiplas foram realizadas pela razão de verossimilhança com distribuição aproximada qui-quadrado, considerando-se nível de significância de 5%. Houve diminuição da mortalidade infantil no decorrer dos anos (p < 0,05), não havendo diferença significativa de 2004 a 2008 (p > 0,05). A proporção de PSF implantado (p < 0,0001) e o PIB per capita (p < 0,0001) foram significativos no modelo. A queda da mortalidade infantil no período analisado foi influenciada pelo crescimento do PIB per capita e pelo modelo Saúde da Família.


2007 ◽  
Vol 23 (12) ◽  
pp. 2982-2992 ◽  
Author(s):  
Tereza Etsuko da Costa Rosa ◽  
Maria Helena D'Aquino Benício ◽  
Maria Cecília Goi Porto Alves ◽  
Maria Lúcia Lebrão
Keyword(s):  

Este trabalho teve como objetivo descrever a distribuição das redes sociais e de apoio em idosos no Município de São Paulo, Brasil, por características sócio-econômicas e demográficas. Estudou-se amostra probabilística de 1.568 idosos (60 ou mais anos) da cidade de São Paulo (inquérito sobre Saúde, Bem-estar e Envelhecimento - SABE), focalizando-se as dimensões estruturais e funcionais das redes sociais. Para a análise dos dados utilizou-se a regressão logística simples e múltipla. As melhores condições nas redes sociais foram observadas nos menores patamares de renda e as piores entre os mais velhos e os "não casados". Para as mulheres, as chances de estarem "não casadas" aumentaram significativamente quanto pior era o seu nível educacional. O "status de coabitação" foi o que mais influenciou o apoio funcional, onde "morar só" aumentou significativamente as chances de não ocorrerem as trocas sociais. Os modelos de regressão logística múltipla construídos separadamente por gênero sugerem que idade, estado civil, renda per capita e escolaridade estão associados com as redes sociais entre os idosos. No entanto, essas relações manifestam-se de modos desiguais entre gêneros e entre as características sócio-demográficas para as diferentes dimensões da rede social.


1998 ◽  
Vol 11 (1) ◽  
pp. 58-68 ◽  
Author(s):  
Marina Vieira da Silva ◽  
Gilma Lucazechi Sturion
Keyword(s):  

O estudo descreve o estado nutricional de 2 096 pré-escolares atendidos nos 27 Centros Educacionais e Creches do município de Piracicaba, estado de São Paulo. Observa-se que 5,1% das crianças apresentam déficit de altura/idade (escore ZAI <-2,0) e proporção de 1,2 com baixo peso/altura (escore ZPA <-2,0). Os resultados revelam que renda per capita, escolaridade da mãe, modalidade de esgoto, tipo de moradia e duração de freqüência nos Centros Educacionais e Creches são as variáveis que têm impacto sobre o escore-ZAI das crianças. Ressalta-se que a associação positiva detectada entre duração de freqüência no CEC e escore-Z de altura para idade aponta para a importância desses investimentos como forma de proteger as crianças, principalmente contra a desnutrição crônica, na medida em que associam à educação o cuidado básico com saúde, alimentação e higiene. A creche também possibilita a participação da mãe no mercado de trabalho, o que é muito importante, em famílias pobres para aumentar a renda familiar.


2010 ◽  
Vol 26 (1) ◽  
pp. 175-184 ◽  
Author(s):  
Priscila Maria Stolses Bergamo Francisco ◽  
Ana Paula Belon ◽  
Marilisa Berti de Azevedo Barros ◽  
Luana Carandina ◽  
Maria Cecília Goi Porto Alves ◽  
...  
Keyword(s):  

O objetivo do estudo foi avaliar a prevalência de diabetes auto-referido em idosos, identificando fatores associados, conhecimento e práticas quanto às opções de tratamento. Trata-se de estudo transversal de base populacional, com amostra estratificada por conglomerados e em dois estágios, em municípios do Estado de São Paulo, Brasil. Dos 1.949 idosos, 15,4% referiram diabetes. O índice de massa corporal e a prática de exercício físico estiveram associados à doença. Houve diferença entre diabéticos e não diabéticos quanto à auto-avaliação da saúde, internação, morbidade auto-referida nos últimos 15 dias, e relato das seguintes doenças: hipertensão, anemia, doença renal e cardiovascular. Não houve desigualdade em relação à renda familiar per capita quanto à visita ao médico/serviço de saúde, à participação em grupos de discussão e às práticas de controle da doença. O estudo sugere a importância de mudanças comportamentais, como estratégias de prevenção e controle da doença e suas complicações, bem como a necessidade de oferta de intervenções educativas com ampliação da cobertura de cuidados aos diabéticos.


2017 ◽  
Vol 43 (1) ◽  
pp. 145-160 ◽  
Author(s):  
Fabiana Silva Fernandes ◽  
Juliana dos Reis Domingues
Keyword(s):  

Resumo O objetivo do texto é traçar um perfil da educação infantil no estado de São Paulo. Aborda o atendimento educacional de crianças de zero a três anos e quatro e cinco anos, por meio de uma pesquisa de natureza descritiva e explicativa sobre cobertura em educação infantil e o perfil socioeconômico das crianças de zero a três anos que frequentam e que não frequentam instituições de educação infantil. O procedimento utilizado foi o levantamento de dados para o estado de São Paulo nas seguintes bases de dados: IBGE (Censo Demográfico de 2010); Inep (Censo Escolar de 2008 a 2013); Fundação Seade (2012) e Ministério da Saúde (Datasus, 2000 a 2012). Foram abordadas as informações sobre as creches e pré-escolas e a população nas faixas etárias correspondentes à idade escolar na educação infantil: zero a três anos (faixa etária correspondente à creche); quatro a cinco anos (pré-escola). Os resultados indicam que, apesar da expansão da educação infantil, há uma demanda de setecentas mil crianças para pré-escola, e menos de 40% das crianças de zero a três anos estão matriculadas em instituições de educação infantil. Constatou-se também que as crianças de zero a três anos provenientes de domicílios com renda per capita inferior a um salário mínimo são as mais prejudicadas em termos de acesso à educação infantil.


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