Cadernos de Saúde Pública
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Published By Scielo

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2022 ◽  
Vol 38 (1) ◽  
Author(s):  
Aglaer Alves da Nobrega ◽  
Yluska Myrna Meneses Brandão e Mendes ◽  
Marina Jorge de Miranda ◽  
Augusto César Cardoso dos Santos ◽  
Andréa de Paula Lobo ◽  
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Resumo: A mortalidade perinatal engloba a mortalidade fetal e a neonatal precoce (0 a 6 dias). Este estudo descreveu os óbitos perinatais ocorridos no Brasil em 2018, segundo a classificação de Wigglesworth modificada. As fontes de dados foram os Sistemas de Informações sobre Mortalidade e sobre Nascidos Vivos. Foram calculadas as taxas de mortalidade fetal e perinatal por mil nascimentos totais (nascidos vivos mais natimortos) e a taxa de mortalidade neonatal precoce por mil nascidos vivos, e comparadas usando seus respectivos intervalos de 95% de confiança (IC95%). Os óbitos perinatais foram classificados nos grupos de causas anteparto, anomalias congênitas, prematuridade, asfixia e causas específicas. Foi calculado, para cada grupo de causas, o número de óbitos por faixa de peso, além das taxas de mortalidade e os respectivos IC95%, e feita a distribuição espacial das taxas de mortalidade por Unidade da Federação (UF). Foram registrados 35.857 óbitos infantis, sendo 18.866 (52,6%) neonatais precoces; os natimortos somaram 27.009. Os óbitos perinatais totalizaram 45.875, perfazendo uma taxa de mortalidade de 15,5‰ nascimentos. A maior taxa de mortalidade (7,6‰; 7,5‰-7,7‰) foi observada no grupo anteparto, seguido da prematuridade (3,6‰; 3,6‰-3,7‰). No grupo anteparto, 14 das 27 UFs (sendo oito na Região Nordeste e quatro na Região Norte) apresentaram as taxas de mortalidade perinatal acima da nacional. A taxa de mortalidade perinatal no Brasil mostrou-se elevada, e a maioria dos óbitos poderia ser prevenida com investimento em cuidados pré-natais e ao nascimento.


2022 ◽  
Vol 38 (1) ◽  
Author(s):  
Miriam Ventura ◽  
Suelen Carlos de Oliveira

2022 ◽  
Vol 38 (1) ◽  
Author(s):  
Maria Elisa Quinteros ◽  
Carola Blazquez ◽  
Felipe Rosas ◽  
Salvador Ayala ◽  
Ximena Marcela Ossa García ◽  
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Abstract: Automatic geocoding methods have become popular in recent years, facilitating the study of the association between health outcomes and the place of living. However, rather few studies have evaluated geocoding quality, with most of them being performed in the US and Europe. This article aims to compare the quality of three automatic online geocoding tools against a reference method. A subsample of 300 handwritten addresses from hospital records was geocoded using Bing, Google Earth, and Google Maps. Match rates were higher (> 80%) for Google Maps and Google Earth compared with Bing. However, the accuracy of the addresses was better for Bing with a larger proportion (> 70%) of addresses with positional errors below 20m. Generally, performance did not vary for each method for different socioeconomic status. Overall, the methods showed an acceptable, but heterogeneous performance, which may be a warning against the use of automatic methods without assessing quality in other municipalities, particularly in Chile and Latin America.


2022 ◽  
Vol 38 (1) ◽  
Author(s):  
Lidyane V. Camelo ◽  
Carolina Gomes Coelho ◽  
Dóra Chor ◽  
Rosane Harter Griep ◽  
Maria da Conceição Chagas de Almeida ◽  
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Resumo: Pretos e pardos apresentam grandes desvantagens de saúde, possuem menores chances de ascensão na hierarquia social no curso de vida e menores níveis socioeconômicos do que brancos como resultado do racismo estrutural. Entretanto, pouco se sabe sobre o papel mediador da mobilidade intergeracional na associação entre racismo e saúde. O objetivo do presente estudo foi investigar a associação entre racismo e a autoavaliação de saúde, e verificar em que medida a mobilidade social intergeracional media essa associação. Estudo transversal realizado com dados de 14.386 participantes da linha de base (2008-2010) do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). Escolaridade materna, escolaridade do participante, classe sócio-ocupacional do chefe de família e classe sócio-ocupacional do participante compuseram os indicadores de mobilidade social intergeracional (educacional e sócio-ocupacional). Modelos de regressão logística foram utilizados. A prevalência de autoavaliação de saúde ruim foi de 15%, 24% e 28% entre brancos, pardos e pretos, respectivamente. Após ajustes por idade, sexo e centro de investigação foram encontradas maiores chances de autoavaliação de saúde ruim entre pretos (OR = 2,15; IC95%: 1,92-2,41) e pardos (OR = 1,82; IC95%: 1,64-2,01) quando comparados aos brancos. A mobilidade educacional e sócio-ocupacional intergeracional mediaram, respectivamente, 66% e 53% da associação entre a raça/cor e autoavaliação de saúde ruim em pretos, e 61% e 51% em pardos, respectivamente. Resultados confirmam a iniquidade racial na autoavaliação de saúde e apontam que a mobilidade social intergeracional desfavorável é um importante mecanismo para explicar essa iniquidade.


2022 ◽  
Vol 38 (1) ◽  
Author(s):  
Mona Pourghaderi ◽  
Nasrin Omidvar ◽  
Amirhossein Takian ◽  
Arlette Saint Ville ◽  
Hannaneh Mohammadi Kangarani ◽  
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Abstract: Multi-stakeholder processes - as a necessary part in the development of public policies - can provide diverse perspectives to inform and to improve food security policy-making. Iran’s National Food Assistance Program (NFAP) is one of the major welfare programs in Iran that reduces food insecutiry to low-income households. This study aimed to identify and to categorize actual and potential stakeholders in NFAP using the stakeholder salience model. According to Mitchell’s theory, stakeholders’ attributes (power, legitimacy, and urgency) were assessed based on the nature of their interactions, roles, and level of engagement. Results revealed a number of significant but marginalized stakeholders, including Iranian Ministry of Health (office of community nutrition improvement), academia, center for food and nutrition research, target group, charities, and international organizations, who have not received any targeted organizational attention and priority to their claims. The unbalanced attention provided to some stakeholder groups characterized as “definitive” and “dominant” and ignoring some important ones will jeopardize long-term viability and undermine support for the program with inevitable declines in legitimacy. Understanding the change in the stakeholders’ characteristics is the main variable to determine the allocation of organizational resources in response to different and rising stakeholders’ demands and possibly the projects outcomes. This will facilitate and enhance the possibility of knowledge exchange and learning, and greater trust among stakeholders during the food and nutrition policy-making process.


2022 ◽  
Vol 38 (1) ◽  
Author(s):  
Patricia Sayuri Silvestre Matsumoto ◽  
Edilson Ferreira Flores ◽  
José Seguinot Barbosa ◽  
Umberto Catarino Pessoto ◽  
José Eduardo Tolezano ◽  
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Visceral leishmaniasis (VL) is a public health problem in Brazilian municipalities. As much as there is a planning of public policies regards VL in São Paulo State, new cases have been reported and spread. This paper aims to discuss how the Center for Zoonoses Control conducts its actions spatially in endemic city of Presidente Prudente, São Paulo State. Data are from the Municipal Health Department of Presidente Prudente, Adolfo Lutz Institute, and Brazilian Institute of Geography and Statistics. We spatially estimated the dog population per census tract and used geoprocessing tools to perform choropleth maps, spatial trends, and spatial autocorrelation. We found a spatial pattern of higher prevalence in the city’s outskirt and a positive statistically significant spatial autocorrelation (I = 0.2, p-value < 0.000) with clusters of high-high relationships in the Northwest part of the city. Moreover, we identified a different direction in the path of the conducted serosurveys versus the canine VL trend, which stresses the fragility of the Center for Zoonoses Control actions to control the disease. The Center for Zoonoses Control always seems to chase the disease. The spatial analysis may be useful for rethinking how the service works and helps in public policies.


2022 ◽  
Vol 38 (1) ◽  
Author(s):  
Caroline Gava ◽  
Theresa Cristina Cardoso da Silva ◽  
Danielle Grillo Pacheco Lyra ◽  
Karla Spandl Ardisson ◽  
Clemilda Soares Marques ◽  
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A partir da reemergência da febre amarela em 2014/2015, o Brasil registrou nos anos sequentes sua maior epidemia de febre amarela das últimas décadas, atingindo principalmente a região sudeste. A febre amarela, doença viral hemorrágica, é causada por um flavivírus, transmitido por mosquitos silvestres (Haemagogus; Sabethes). Na ocorrência do ciclo urbano, erradicado no Brasil desde 1942, a transmissão se dá pelo Aedes aegypti. Primatas não humanos são os principais hospedeiros do vírus e constituem “sentinelas” na vigilância da febre amarela. Este artigo descreve as ações de controle e prevenção desencadeadas durante a epidemia de febre amarela no Estado do Espírito Santo, Brasil, e a implementação da vacinação por meio de um estudo ecológico com abordagem espacial. O estudo evidenciou a falha na detecção de epizootias em primatas não humanos pelos serviços de vigilância do Espírito Santo, sendo simultânea à detecção em humanos. Apresentou a evolução das ações de vacinação, com alcance de 85% de cobertura vacinal geral para o estado em seis meses, sendo heterogênea entre os municípios (de 59% a 122%). Destaca-se que 55% dos municípios com ações de imunização em tempo oportuno, considerando o intervalo adotado para este estudo, não apresentaram casos em humanos. A intensificação das ações de vigilância, interlocução entre as áreas e equipes multidisciplinares na condução da epidemia otimizou a detecção e o diagnóstico dos casos em humanos e viabilizou o controle da epidemia. Foi possível reconhecer avanços, apontar algumas medidas tardias e lacunas na vigilância que necessitam melhorias.


2022 ◽  
Vol 38 (1) ◽  
Author(s):  
Leandro Luiz Viegas ◽  
Deisy de Freitas Lima Ventura ◽  
Miriam Ventura

Em novembro de 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) deu início à negociação de uma convenção, acordo ou outro instrumento internacional sobre a resposta às pandemias. Neste ensaio, defendemos e justificamos a tese de que o novo pacto deve ser um tratado de direitos humanos, como condição indispensável para a prevenção de novas pandemias e eficiência da resposta global quando elas ocorrem. Após o breve resgate da origem das negociações, apresentamos os principais conteúdos normativos que correspondem a um enfoque de direitos humanos: a instituição da regra de indissociabilidade entre medidas quarentenárias e de proteção social; e a regulamentação do acesso a tecnologias farmacêuticas. A seguir, em seção dedicada ao tema da efetividade do futuro tratado, classificamos as propostas existentes em ajustes tecnocráticos, como alterações no procedimento de declaração de emergências; mecanismos de transparência e controle, a exemplo da adoção de um mecanismo de Revisão Periódica Universal (RPU), similar ao do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, para monitorar obrigações dos Estados relacionadas à saúde; poderes coercitivos que seriam outorgados à OMS ou outra agência, tais como inspeções nos territórios nacionais realizadas por cientistas independentes; e mecanismos de coordenação política, como a criação de um Conselho Global de Ameaças à Saúde. Concluímos que há risco de adoção de um sistema mais eficiente de vigilância para alertar o mundo desenvolvido sobre ameaças oriundas de países em desenvolvimento, em lugar de um tratado capaz de contribuir para evitar que populações mais vulneráveis continuem sendo devastadas por pandemias cada vez mais frequentes.


2022 ◽  
Vol 38 (1) ◽  
Author(s):  
Magna Santos Andrade ◽  
Lívia Pimenta Bonifácio ◽  
Jazmin Andrea Cifuentes Sanchez ◽  
Lívia Oliveira-Ciabati ◽  
Fabiani Spessoto Zaratini ◽  
...  
Keyword(s):  

Este estudo investigou os fatores associados à morbidade materna grave entre mulheres atendidas em maternidades públicas do Município de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Trata-se de um estudo quantitativo, analítico, transversal. Participaram 1.098 puérperas com parto em uma das quatro maternidades públicas do município. A coleta de dados ocorreu entre 3 de agosto de 2015 e 2 de fevereiro de 2016, a partir de entrevistas face a face, obtenção de informações dos prontuários e dos cartões da gestante. Para a análise de dados, considerou-se como variável dependente a ocorrência de morbidade materna grave, ou seja, quando a mulher era classificada como near miss materno ou condição potencialmente ameaçadora à vida a partir dos critérios de elegibilidade da Organização Mundial de Saúde. Calculou-se a razão do near miss materno, odds ratio (OR), intervalo de 95% de confiança (IC95%) e regressão logística múltipla. A razão do near miss materno foi de 3,6 casos por mil nascidos vivos. As complicações ocorreram principalmente na gravidez (53,8%) e os distúrbios hipertensivos foram os mais frequentes (49,4%). A análise de regressão múltipla mostrou associação entre morbidade materna grave e gestação de risco (OR = 4,5; IC95%: 2,7-7,7) e com trabalho de parto induzido (OR = 2,1; IC95%: 1,2-3,9). A ocorrência de morbidade materna grave, principalmente na gestação, com destaque para as síndromes hipertensivas, aponta para a necessidade de melhor rastreamento e manejo da elevação dos níveis pressóricos no pré-natal. A associação entre morbidade materna grave e gestação de risco também remonta ao pré-natal, para a demanda de uma maior atenção às mulheres classificadas como risco gestacional. A qualidade da assistência é ponto chave para o enfretamento da morbimortalidade materna no país.


2022 ◽  
Vol 38 (1) ◽  
Author(s):  
Vinícius Henrique Ferreira Pereira de Oliveira ◽  
Millena Barroso Oliveira ◽  
Cauane Blumenberg ◽  
Álex Moreira Herval ◽  
Luiz Renato Paranhos

This study aimed to analyze part of the financial resources used to fund public health actions in the 26-Brazilian capitals, from 2008 to 2018. This is a time-trend ecological study involving revenue and expenditure indicators provided by the Information System on Public Budget for Health (SIOPS). The values were deflated based on the Extended National Consumer Price Index of 2018 in Brazil to allow the comparison over the years. The mean annual variation of health investments, in Brazilian Reais (BRL) was assessed using linear regressions. Pearson’s correlation coefficients were estimated between federal revenues and expenditures with the capitals’ resources. All capitals presented statistically significant positive correlations for the origin of the budget resource invested in health. The lowest coefficient was found in the capital city of Macapá (Amapá State) (r = 0.860) and the highest, in Fortaleza (Ceará State) (r = 0.997). Belo Horizonte (Minas Gerais State) was the capital with the highest annual increase in federal transfers (about BRL 67.91 per year) and Teresina (Piauí State) presented the highest annual increase in health expenditures among the capitals (about BRL 55.42 per year). We found a increase in the transfers of the Brazilian Unified National Health System (SUS) and municipal resources in almost all capitals, but there are still inequalities in the distribution of financial resources among Brazilian capitals from different regions. Health funding is affected by the municipalization of SUS and it is not the single factor affecting the access and quality of health services.


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