scholarly journals Novo nematódeo parasito da batatinha

Bragantia ◽  
1954 ◽  
Vol 13 (unico) ◽  
pp. 141-149 ◽  
Author(s):  
Luiz Gonzaga E. Lordello ◽  
Adiel Paes Leme Zamith ◽  
O. J. Boock

Pratylenchus steineri n. sp. (Nematoda, Heteroderidae), novo parasito da batatinha (Solanum tuberosum L.), é descrita. A sua importância reside no fato de determinar, nos tubérculos, pequenas e numerosas pústulas, desvalorizando o produto proveniente de terrenos infestados. As lesões são superficiais, uma vez que no interior dos tubérculos os tecidos permanecem sadíos. Dá-se a distribuição da espécie no Estado de São Paulo, são fornecidas algumas anotações bionômicas, bem como outras relativas à sua importância como parasito. São também indicadas medidas de controle (seleção dos tubérculos-semente e rotação de culturas).

Bragantia ◽  
1956 ◽  
Vol 15 (unico) ◽  
pp. 153-168
Author(s):  
O. J. Boock

No presente trabalho são relatadas experiências com 12 variedades de batatinha (Solanum tuberosum L.), recebidas da Holanda (Prinslander, Irene, Froma e Barima), Alemanha (Merkur, Sabina, Linda e Concordia) e Suécia Konsuragis, Eigenheimer, Voran e Jätte-Bintje). Essas experiências, em número de seis, das quais três no chamado período "da sêca" (março-julho) e três no "das águas" (setembro-janeiro), foram executadas nas localidades de Campinas, Louveira o Capão Bonito, no Estado de São Paulo. Ficou evidenciado o seguinte: a) dado o bom estado de brotação dos tubérculos, as porcentagens de falhas no plantio "da sêca" foram baixas; já no plantio "das águas", as variedades de brotação lenta, como "Voran" e "Sabina", falharam muito; b) "Prinslander" e "Konsuragis" resistiram bem à sêca prolongada, e "Barima" o "Linda" mostraram ser muito sensíveis; c) "Linda", "Voran" e "Merkur", principalmente a primeira destas, apresentaram boa resistência a Phytophthora infestans, e "Jätte-Bintje" foi muito suscetível; "Voran", "Irene", "Prinslander" e "Barima" não ofereceram resistência a Alternaria solani; d) "Merkur" e "Konsuragis" foram as mais produtivas para as duas épocas de plantio, sendo que "nas águas", "Eigenheimer", "Barima", "Concordia" e Jätte-Bintje", também produziram bem. Outros aspectos relacionados com variedades foram estudados.


1977 ◽  
Vol 34 (0) ◽  
pp. 179-229
Author(s):  
M. C. Motta Macedo ◽  
H. P. Haag ◽  
J. R. Gallo

O trabalho teve como objetivo verificar as diferenças na acumulação da matéria seca, absorção e distribuição de nutrientes, entre os cultivares nacionais de batatinha: ARACY, ITAIQUARA, ABAETÊ, TEBERÊ, IAC - 5555 e IAC - 5603. O experimento foi conduzido em condições de campo, de outubro de 1974 a janeiro de 1975, na Estação Experimental de Capão Bonito, do Instituto Agronômico do Estado de São Paulo, em solo do grande grupo Latossol Vermelho Escuro fase orto. Utilizou-se uma adubação N - P2O5 - K6O de 70-300-105 kg/ha no plantio e 70 Kg/ha de nitrogênio em cobertura 45 dias após. As plantas foram amostradas durante o desenvolvimento da cultura em intervalos de 20 dias a partir da germinação até a seca das folhas e hastes. Analisou-se, na matéria seca, os teores de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, cobre e ferro. As curvas da marcha de absorção dos nutrientes e produção de matéria seca foram obtidas a partir de dados calculados por equações de regressão ajustadas. Considerou-se como quantidades extraídas. O delineamento estatístico foi o de blocos ao acaso. Detectou-se diferenças significativas na produção de matéria seca, absorção de nutrientes e na exportação de nutrientes. O cultivar IAC - 5603 foi o mais precoce na produção de tuberculos, tendo sido os cultivares mais tardios ABAETÊ e TEBERÊ.


Bragantia ◽  
1964 ◽  
Vol 23 (unico) ◽  
pp. 351-364
Author(s):  
Sylvio de A. Nóbrega ◽  
E. S. Freire

Em diferentes zonas do Estado de São Paulo foram conduzidas onze experiências de adubação da batatinha (Solanum tuberosum L.) para estudar, na presença de PK, o efeito de doses crescentes de nitrogênio mineral aplicadas exclusivamente nos sulcos de plantio (método tradicional) ou em cobertura, sendo que a maior dose também foi empregada parceladamente, nos sulcos e em cobertura. Nas quatro experiências realizadas na safra «das águas>>, o nitrogênio aumentou significativamente a produção. As aplicações parceladas ou sòmente no plantio não diferiram entre si e mostraram-se superiores às efetuadas exclusivamente em cobertura. No período que sucedeu ao plantio choveu mais e, no posterior às coberturas, muito menos que normalmente, o que atenuou o risco do emprêgo nos sulcos de plantio e retardou a atuação das coberturas. Das outras sete experiências, conduzidas na safra «da sêca», cinco foram irrigadas. Sòmente em uma o nitrogênio aumentou significativamente a produção, quando empregado em cobertura. Na maioria das demais, o efeito das adubações nos sulcos foi negativo e o das coberturas, pràticamente nulo. No primeiro caso, o nitrogênio prejudicou os «stands» ou retardou a emergência dos brotos; no segundo, não pôde atuar em tempo útil para as plantas. Baseados nas observações efetuadas, os autores sugerem que o método tradicional seja substituído pelo da aplicação lateral, para diminuir a possibilidade, sempre presente nas diversas épocas de plantio, de tornar-se excessiva a concentração de sais no solo em contacto com as batatas-semente, e que se estude como e quando empregar a dose suplementar de nitrogênio, tendo em vista a época de plantio e o sistema de irrigação usado.


Bragantia ◽  
1963 ◽  
Vol 22 (unico) ◽  
pp. 401-414 ◽  
Author(s):  
Sylvio de Azevedo Nóbrega ◽  
Nelson C. Schmidt ◽  
E. S. Freire

De 1960 a 1962 foram conduzidas, em diferentes localidades do Estado de São Paulo, sete experiências comparando as seguintes maneiras de aplicar nitrogênio na cultura da batatinha (Solanum tuberosum L.): a) tôda a dose nos sulcos de plantio, conforme o método tradicional; b) tôda a dose em cobertura, por ocasião da amontoa; c) dois terços nos sulcos e um têrço em cobertura; d) um têrço nos sulcos e dois terços em cobertura; e) dois terços nos sulcos e um têrço em aspersões; f) dois terços em cobertura e um têrço em aspersões; g) um têrço nos sulcos, outro em cobertura e o outro em aspersões. O nitrogênio foi sempre empregado na presença de PK, na forma de uréia e na dose total de 80 kg/ha. As aspersões, em número de seis, foram repetidas durante o período de vegetação ativa. Em média das sete experiências, o nitrogênio empregado segundo o método tradicional (tratamento a) aumentou a produção de apenas 7%; nos demais casos, porém, os aumentos variaram entre 29 e 39%. O tratamento que mais se destacou foi o g, que constou de oito aplicações (duas sólidas e seis líquidas) e, por isso mesmo, talvez só seja compensador em culturas particularmente intensivas. Os outros tratamentos em que figuraram aspersões (e e f) não se mostraram mais eficientes que aquêles em que tôda ou parte da dose foi aplicada em cobertura (b, c e d). Os aumentos que êstes provocaram, de 30 a 32%, foram satisfatórios; contudo, examinando as observações efetuadas sôobre os "stands", a marcha da emergência das plantas e o aspecto da vegetação, os autores concluíram que, nesses tratamentos, o efeito médio do nitrogênio ainda foi prejudicado, parte porque se aplicou a parcela inicial nos sulcos de plantio e parte porque, em alguns casos, a cobertura foi efetuada tardiamente.


Bragantia ◽  
1963 ◽  
Vol 22 (unico) ◽  
pp. 521-528 ◽  
Author(s):  
Sylvio de Azevedo Nóbrega ◽  
O. J. Boock ◽  
E. S. Freire

Em duas experiências de adubação da batatinha (Solanum tuberosum L.), uma em vasos e outra no campo, comparou-se, na presença de PK, o emprêgo da dose total de nitrogênio na ocasião do plantio, conforme o método tradicionalmente usado no Estado de São Paulo, com aplicações em cobertura ou parceladas. Os resultados confirmaram os de experiências anteriores e indicaram que os adubos nitrogenados devem ser empregados cedo, mas de maneira que as plantas não sejam prejudicadas, na sua fase inicial, pelo excesso de concentração local. A aplicação de parte da dose em cobertura contribui para diminuir essa concentração, mas deve ser efetuada de modo que não falte nitrogênio durante o período de vegetação ativa.


Bragantia ◽  
1976 ◽  
Vol 35 (1) ◽  
pp. 175-190
Author(s):  
Olavo José Boock ◽  
Hilário da Silva Miranda Filho ◽  
Jairo Lopes de Castro

Foram avaliadas as qualidades culinárias de 18 cultivares alemães de batatinha - Solanum tuberosum L. - utilizando nas determinações tubérculos provenientes de ensaios de competição de cultivares, instalados em quatro diferentes regiões batateiras do Estado de São Paulo. Os cultivares lux, ômega, sálvia, baku, rubin e ceres apresentaram os teores mais elevados de matéria seca e fécula, mas levando-se em conta os resultados da produção de tubérculos, os que apresentaram valores acima da média foram: baku, ômega, lux, palma, ulla, bola, wiebke, topi, prima e ceres. Nas provas culinárias, os que se mostraram mais indicados para o preparo de saladas foram: ceres, rubin, prinzess, umbra, sálvia, prima, palma, jetta, gelbling, wiebke, ulla, ática, broca e lux. No preparo de "chips" e "french-fried", ômega classificou-se no grupo ótimo. No grupo bom para "chips" tivemos ceres, umbra e rubin. No bom para "french-fried", classificaram-se os três cultivares citados como bons para "chips" mais ou seguintes: jetta, prinzess, ulla e palma. Os métodos utilizados nas determinações aproximaram-se dos caseiros, mas forneceram informações valiosas sobre as principais qualidades culinárias dos cultivares em estudo.


Bragantia ◽  
1960 ◽  
Vol 19 (unico) ◽  
pp. 369-391 ◽  
Author(s):  
O. J. Boock ◽  
E. S. Freire

Neste artigo são apresentados os resultados de 10 experiências de adubação da batatinha (Solanum tuberosum L.), com doses crescentes de fósforo (30, 60, 90, 120, 180 e 240 kg/ha de P2O5) na presença de nitrogênio e potássio. Essas experiências foram conduzidas entre os anos de 1943 e 1947, sendo duas em vasos, na Estação Experimental Central, Campinas, e oito no campo, em diferentes áreas de quatro localidades do Estado de São Paulo. O efeito do fósforo foi geralmente muito bom, alcançando +42% em média de todas as doses e das oito experiências de campo. Na média geral a produção aumentou em ritmo acelerado até quando se usou a dose de 120 kg/ha; com as doses seguintes continuou aumentando, mas em ritmo cada vez mais moderado, de sorte que a partir de 180 kg/ha permaneceu pràticamente no mesmo nível. Distinguindo as experiências feitas em solos ainda não adubados das conduzidas em áreas já adubadas com fósforo nas culturas anteriores, nas primeiras a produção cresceu quase linearmente com as doses experimentais dêsse nutriente, enquanto nas últimas ela tendeu a estabilizar-se quando essas doses foram superiores a 120 kg/ha. Estimativa sumária indicou que, considerando a média de tôdas as experiências, as doses mais lucrativas de P2O5 seriam de 120-150 kg/ha; nos solos ainda não adubados elas seriam superiores a 150 kg/ha, baixando para 100-120 kg/ha nos já adubados. A adubação fosfatada aumentou o tamanho dos tubèrculos e seu teor de fósforo, mas não lhes alterou o teor de fécula e a capacidade de conservação; não influiu, também, na incidência de manchas internas ("chocolate").


Bragantia ◽  
1960 ◽  
Vol 19 (unico) ◽  
pp. 579-598 ◽  
Author(s):  
O. J. Boock ◽  
E. S. Freire

Neste trabalho são apresentados os resultados de nove experiências de adubação da batatinha (Solanum tuberosum L.), com doses crescentes de nitrogênio (20, 40, 60, 80, 120 e 160 kg/ha) na presença de fósforo e potássio. Essas experiências foram conduzidas no período de 1943 a 1947, sendo duas em vasos, na Estação Experimental Central, Campinas, e sete no campo, em diferentes áreas de três localidades do Estado de São Paulo. Em média de tôdas as doses a resposta ao nitrogênio foi de +44% nas experiências em vasos e variou entre +81 e -29% nas conduzidas no campo. Na média destas o efeito aumentou até quando se usou a dose de 60 kg/ha de N, alcançando, então, +31%; daí por diante foi diminuindo até chegar a +2%, com a dose maior. Não foi possível grupar as experiências segundo os tipos de solo ou os localidades. Como na maioria delas os "stands" foram prejudicados, a separação de acôrdo com os prejuízos observados mostrou que, naquelas em que estes foram nitidamente provocados pelo adubo nitrogenado, seu efeito máximo, de + 11%, foi atingido entre as doses de 20 e 40 kg/ha de N, baixando rapidamente até -49% com 160 kg/ha; em média das experiências não prejudicadas a resposta máxima ao nitrogênio, de + 71 %, foi obtida com a dose de 60 kg/ha, permanecendo no mesmo nível com as doses maiores. As reduções sofridas pelos "stands" são atribuídas ao método de aplicação de adubos tradicionalmente usado em nosso meio, nos sulcos de plantio, no momento da distribuição dos batatas-semente.


Bragantia ◽  
1961 ◽  
Vol 20 (unico) ◽  
pp. 815-828
Author(s):  
Olavo José Boock

No presente artigo são relatados os resultados de 14 experiências levadas a efeito em seis localidades do Estado de São Paulo, para estudar o comportamento das seguintes variedades de batatinha (Solanum tuberosum L.) importadas do Canadá: Katahdin, Green Mountain, Irish Cobbler, Pontiac, Keswich, Sebago, Kennebec, White Bliss e Canso. Tôdas são de polpa clara e, portanto, de menor procura pelo consumidor paulista. Em diversas partidas as batatas-semente eram excessivamente grandes para ser usadas inteiras, uma vez que a prática de dividir os tubérculos para o plantio não é recomendada para as nossas condições. As variedades experimentadas mostraram-se suscetíveis à pinta preta, causada pelo fungo Alternaria solani Kuhn, um dos problemas que mais interferem no bom êxito da cultura em nosso Estado. Green Mountain e Sebago foram as mais sensíveis à requeima devida a Phytophthora infestans (Mont.) de Bary. Green Mountain foi a mais produtiva, seguida de Katahdin, enquanto Irish Cobbler produziu melhor em terreno de baixada, rico em matéria orgânica e sob irrigação. Tôdas elas mostraram ser produtoras de tubérculos graúdos, especialmente Kennebec e Katahdin. O exame dos tubérculos colhidos evidenciou serem G. Mountain e Sebago sujeitas às manchas internas (chocolate), Kennebec, ao coração ôco, G. Mountain ao embonecamento e coração prêto, Katahdin e Canso, aos fendilhamentos. Tôdas as variedades estudadas mostraram-se, ainda, suscetíveis à formação de galhas ou pipocas devidas a nematóides - Meloidogyne incognita (Kofoid & White, 1941) - Chitwood, 1949.


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