scholarly journals Variedades de batatinha (Solanum tuberosum L.). I - Comportamento de 12 variedades procedentes da Holanda, Alemanha e Suécia

Bragantia ◽  
1956 ◽  
Vol 15 (unico) ◽  
pp. 153-168
Author(s):  
O. J. Boock

No presente trabalho são relatadas experiências com 12 variedades de batatinha (Solanum tuberosum L.), recebidas da Holanda (Prinslander, Irene, Froma e Barima), Alemanha (Merkur, Sabina, Linda e Concordia) e Suécia Konsuragis, Eigenheimer, Voran e Jätte-Bintje). Essas experiências, em número de seis, das quais três no chamado período "da sêca" (março-julho) e três no "das águas" (setembro-janeiro), foram executadas nas localidades de Campinas, Louveira o Capão Bonito, no Estado de São Paulo. Ficou evidenciado o seguinte: a) dado o bom estado de brotação dos tubérculos, as porcentagens de falhas no plantio "da sêca" foram baixas; já no plantio "das águas", as variedades de brotação lenta, como "Voran" e "Sabina", falharam muito; b) "Prinslander" e "Konsuragis" resistiram bem à sêca prolongada, e "Barima" o "Linda" mostraram ser muito sensíveis; c) "Linda", "Voran" e "Merkur", principalmente a primeira destas, apresentaram boa resistência a Phytophthora infestans, e "Jätte-Bintje" foi muito suscetível; "Voran", "Irene", "Prinslander" e "Barima" não ofereceram resistência a Alternaria solani; d) "Merkur" e "Konsuragis" foram as mais produtivas para as duas épocas de plantio, sendo que "nas águas", "Eigenheimer", "Barima", "Concordia" e Jätte-Bintje", também produziram bem. Outros aspectos relacionados com variedades foram estudados.

Bragantia ◽  
1961 ◽  
Vol 20 (unico) ◽  
pp. 815-828
Author(s):  
Olavo José Boock

No presente artigo são relatados os resultados de 14 experiências levadas a efeito em seis localidades do Estado de São Paulo, para estudar o comportamento das seguintes variedades de batatinha (Solanum tuberosum L.) importadas do Canadá: Katahdin, Green Mountain, Irish Cobbler, Pontiac, Keswich, Sebago, Kennebec, White Bliss e Canso. Tôdas são de polpa clara e, portanto, de menor procura pelo consumidor paulista. Em diversas partidas as batatas-semente eram excessivamente grandes para ser usadas inteiras, uma vez que a prática de dividir os tubérculos para o plantio não é recomendada para as nossas condições. As variedades experimentadas mostraram-se suscetíveis à pinta preta, causada pelo fungo Alternaria solani Kuhn, um dos problemas que mais interferem no bom êxito da cultura em nosso Estado. Green Mountain e Sebago foram as mais sensíveis à requeima devida a Phytophthora infestans (Mont.) de Bary. Green Mountain foi a mais produtiva, seguida de Katahdin, enquanto Irish Cobbler produziu melhor em terreno de baixada, rico em matéria orgânica e sob irrigação. Tôdas elas mostraram ser produtoras de tubérculos graúdos, especialmente Kennebec e Katahdin. O exame dos tubérculos colhidos evidenciou serem G. Mountain e Sebago sujeitas às manchas internas (chocolate), Kennebec, ao coração ôco, G. Mountain ao embonecamento e coração prêto, Katahdin e Canso, aos fendilhamentos. Tôdas as variedades estudadas mostraram-se, ainda, suscetíveis à formação de galhas ou pipocas devidas a nematóides - Meloidogyne incognita (Kofoid & White, 1941) - Chitwood, 1949.


Bragantia ◽  
1954 ◽  
Vol 13 (unico) ◽  
pp. 141-149 ◽  
Author(s):  
Luiz Gonzaga E. Lordello ◽  
Adiel Paes Leme Zamith ◽  
O. J. Boock

Pratylenchus steineri n. sp. (Nematoda, Heteroderidae), novo parasito da batatinha (Solanum tuberosum L.), é descrita. A sua importância reside no fato de determinar, nos tubérculos, pequenas e numerosas pústulas, desvalorizando o produto proveniente de terrenos infestados. As lesões são superficiais, uma vez que no interior dos tubérculos os tecidos permanecem sadíos. Dá-se a distribuição da espécie no Estado de São Paulo, são fornecidas algumas anotações bionômicas, bem como outras relativas à sua importância como parasito. São também indicadas medidas de controle (seleção dos tubérculos-semente e rotação de culturas).


1977 ◽  
Vol 34 (0) ◽  
pp. 179-229
Author(s):  
M. C. Motta Macedo ◽  
H. P. Haag ◽  
J. R. Gallo

O trabalho teve como objetivo verificar as diferenças na acumulação da matéria seca, absorção e distribuição de nutrientes, entre os cultivares nacionais de batatinha: ARACY, ITAIQUARA, ABAETÊ, TEBERÊ, IAC - 5555 e IAC - 5603. O experimento foi conduzido em condições de campo, de outubro de 1974 a janeiro de 1975, na Estação Experimental de Capão Bonito, do Instituto Agronômico do Estado de São Paulo, em solo do grande grupo Latossol Vermelho Escuro fase orto. Utilizou-se uma adubação N - P2O5 - K6O de 70-300-105 kg/ha no plantio e 70 Kg/ha de nitrogênio em cobertura 45 dias após. As plantas foram amostradas durante o desenvolvimento da cultura em intervalos de 20 dias a partir da germinação até a seca das folhas e hastes. Analisou-se, na matéria seca, os teores de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, cobre e ferro. As curvas da marcha de absorção dos nutrientes e produção de matéria seca foram obtidas a partir de dados calculados por equações de regressão ajustadas. Considerou-se como quantidades extraídas. O delineamento estatístico foi o de blocos ao acaso. Detectou-se diferenças significativas na produção de matéria seca, absorção de nutrientes e na exportação de nutrientes. O cultivar IAC - 5603 foi o mais precoce na produção de tuberculos, tendo sido os cultivares mais tardios ABAETÊ e TEBERÊ.


Bragantia ◽  
1964 ◽  
Vol 23 (unico) ◽  
pp. 351-364
Author(s):  
Sylvio de A. Nóbrega ◽  
E. S. Freire

Em diferentes zonas do Estado de São Paulo foram conduzidas onze experiências de adubação da batatinha (Solanum tuberosum L.) para estudar, na presença de PK, o efeito de doses crescentes de nitrogênio mineral aplicadas exclusivamente nos sulcos de plantio (método tradicional) ou em cobertura, sendo que a maior dose também foi empregada parceladamente, nos sulcos e em cobertura. Nas quatro experiências realizadas na safra «das águas>>, o nitrogênio aumentou significativamente a produção. As aplicações parceladas ou sòmente no plantio não diferiram entre si e mostraram-se superiores às efetuadas exclusivamente em cobertura. No período que sucedeu ao plantio choveu mais e, no posterior às coberturas, muito menos que normalmente, o que atenuou o risco do emprêgo nos sulcos de plantio e retardou a atuação das coberturas. Das outras sete experiências, conduzidas na safra «da sêca», cinco foram irrigadas. Sòmente em uma o nitrogênio aumentou significativamente a produção, quando empregado em cobertura. Na maioria das demais, o efeito das adubações nos sulcos foi negativo e o das coberturas, pràticamente nulo. No primeiro caso, o nitrogênio prejudicou os «stands» ou retardou a emergência dos brotos; no segundo, não pôde atuar em tempo útil para as plantas. Baseados nas observações efetuadas, os autores sugerem que o método tradicional seja substituído pelo da aplicação lateral, para diminuir a possibilidade, sempre presente nas diversas épocas de plantio, de tornar-se excessiva a concentração de sais no solo em contacto com as batatas-semente, e que se estude como e quando empregar a dose suplementar de nitrogênio, tendo em vista a época de plantio e o sistema de irrigação usado.


Bragantia ◽  
1963 ◽  
Vol 22 (unico) ◽  
pp. 401-414 ◽  
Author(s):  
Sylvio de Azevedo Nóbrega ◽  
Nelson C. Schmidt ◽  
E. S. Freire

De 1960 a 1962 foram conduzidas, em diferentes localidades do Estado de São Paulo, sete experiências comparando as seguintes maneiras de aplicar nitrogênio na cultura da batatinha (Solanum tuberosum L.): a) tôda a dose nos sulcos de plantio, conforme o método tradicional; b) tôda a dose em cobertura, por ocasião da amontoa; c) dois terços nos sulcos e um têrço em cobertura; d) um têrço nos sulcos e dois terços em cobertura; e) dois terços nos sulcos e um têrço em aspersões; f) dois terços em cobertura e um têrço em aspersões; g) um têrço nos sulcos, outro em cobertura e o outro em aspersões. O nitrogênio foi sempre empregado na presença de PK, na forma de uréia e na dose total de 80 kg/ha. As aspersões, em número de seis, foram repetidas durante o período de vegetação ativa. Em média das sete experiências, o nitrogênio empregado segundo o método tradicional (tratamento a) aumentou a produção de apenas 7%; nos demais casos, porém, os aumentos variaram entre 29 e 39%. O tratamento que mais se destacou foi o g, que constou de oito aplicações (duas sólidas e seis líquidas) e, por isso mesmo, talvez só seja compensador em culturas particularmente intensivas. Os outros tratamentos em que figuraram aspersões (e e f) não se mostraram mais eficientes que aquêles em que tôda ou parte da dose foi aplicada em cobertura (b, c e d). Os aumentos que êstes provocaram, de 30 a 32%, foram satisfatórios; contudo, examinando as observações efetuadas sôobre os "stands", a marcha da emergência das plantas e o aspecto da vegetação, os autores concluíram que, nesses tratamentos, o efeito médio do nitrogênio ainda foi prejudicado, parte porque se aplicou a parcela inicial nos sulcos de plantio e parte porque, em alguns casos, a cobertura foi efetuada tardiamente.


Bragantia ◽  
1963 ◽  
Vol 22 (unico) ◽  
pp. 521-528 ◽  
Author(s):  
Sylvio de Azevedo Nóbrega ◽  
O. J. Boock ◽  
E. S. Freire

Em duas experiências de adubação da batatinha (Solanum tuberosum L.), uma em vasos e outra no campo, comparou-se, na presença de PK, o emprêgo da dose total de nitrogênio na ocasião do plantio, conforme o método tradicionalmente usado no Estado de São Paulo, com aplicações em cobertura ou parceladas. Os resultados confirmaram os de experiências anteriores e indicaram que os adubos nitrogenados devem ser empregados cedo, mas de maneira que as plantas não sejam prejudicadas, na sua fase inicial, pelo excesso de concentração local. A aplicação de parte da dose em cobertura contribui para diminuir essa concentração, mas deve ser efetuada de modo que não falte nitrogênio durante o período de vegetação ativa.


2016 ◽  
Vol 83 (0) ◽  
Author(s):  
Jesus Guerino Töfoli ◽  
Paulo Cesar Tavares De Melo ◽  
Ricardo José Domingues ◽  
Josiane Takassaki Ferrari

RESUMO: A requeima (Phytophthora infestans) e a pinta preta (Alternaria solani) estão entre as doenças mais frequentes e destrutivas da cultura da batata. Com o objetivo de avaliar a ação de diferentes grupos fungicidas no controle dessas doenças, foram realizados dois experimentos em cultivo comercial de batata (cultivares Agata e Monalisa), localizados em Pilar do Sul, São Paulo, nas safras 2008 e 2009. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com 4 repetições, sendo cada parcela de 20 m2. As aplicações foram realizadas com um pulverizador costal, munido de barra de aplicação e pressão constante de 3 Bar. O volume de aplicação variou de 300 a 500 L.ha-1 em função do desenvolvimento da cultura. As variáveis avaliadas para as duas doenças foram: severidade em folhas, área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD), produtividade total e comercial, e classificação de tubérculos. Os menores níveis de doença e aumentos significativos na produtividade comercial e qualidade de tubérculos foram observados nas parcelas tratadas com fluopicolide + propamocarbe, dimetomorfe + ametoctradina, mandipropamida + clorotalonil, mandipropamida, fenamidona + propamocarbe, bentiavalicarbe + fluazinam, seguidos de dimetomorfe + clorotalonil, mefenoxam + clorotalonil e famoxadona + cimoxanil + mancozebe para requeima, e azoxistrobina + difenoconazol, picoxistrobina, piraclostrobina + metconazol, trifloxistrobina + tebuconazol, azoxistrobina, boscalida + piraclostrobina, iprodiona + pirimetanil e ciprodinil para pinta preta.


Bragantia ◽  
1976 ◽  
Vol 35 (1) ◽  
pp. 175-190
Author(s):  
Olavo José Boock ◽  
Hilário da Silva Miranda Filho ◽  
Jairo Lopes de Castro

Foram avaliadas as qualidades culinárias de 18 cultivares alemães de batatinha - Solanum tuberosum L. - utilizando nas determinações tubérculos provenientes de ensaios de competição de cultivares, instalados em quatro diferentes regiões batateiras do Estado de São Paulo. Os cultivares lux, ômega, sálvia, baku, rubin e ceres apresentaram os teores mais elevados de matéria seca e fécula, mas levando-se em conta os resultados da produção de tubérculos, os que apresentaram valores acima da média foram: baku, ômega, lux, palma, ulla, bola, wiebke, topi, prima e ceres. Nas provas culinárias, os que se mostraram mais indicados para o preparo de saladas foram: ceres, rubin, prinzess, umbra, sálvia, prima, palma, jetta, gelbling, wiebke, ulla, ática, broca e lux. No preparo de "chips" e "french-fried", ômega classificou-se no grupo ótimo. No grupo bom para "chips" tivemos ceres, umbra e rubin. No bom para "french-fried", classificaram-se os três cultivares citados como bons para "chips" mais ou seguintes: jetta, prinzess, ulla e palma. Os métodos utilizados nas determinações aproximaram-se dos caseiros, mas forneceram informações valiosas sobre as principais qualidades culinárias dos cultivares em estudo.


Bragantia ◽  
1960 ◽  
Vol 19 (unico) ◽  
pp. 369-391 ◽  
Author(s):  
O. J. Boock ◽  
E. S. Freire

Neste artigo são apresentados os resultados de 10 experiências de adubação da batatinha (Solanum tuberosum L.), com doses crescentes de fósforo (30, 60, 90, 120, 180 e 240 kg/ha de P2O5) na presença de nitrogênio e potássio. Essas experiências foram conduzidas entre os anos de 1943 e 1947, sendo duas em vasos, na Estação Experimental Central, Campinas, e oito no campo, em diferentes áreas de quatro localidades do Estado de São Paulo. O efeito do fósforo foi geralmente muito bom, alcançando +42% em média de todas as doses e das oito experiências de campo. Na média geral a produção aumentou em ritmo acelerado até quando se usou a dose de 120 kg/ha; com as doses seguintes continuou aumentando, mas em ritmo cada vez mais moderado, de sorte que a partir de 180 kg/ha permaneceu pràticamente no mesmo nível. Distinguindo as experiências feitas em solos ainda não adubados das conduzidas em áreas já adubadas com fósforo nas culturas anteriores, nas primeiras a produção cresceu quase linearmente com as doses experimentais dêsse nutriente, enquanto nas últimas ela tendeu a estabilizar-se quando essas doses foram superiores a 120 kg/ha. Estimativa sumária indicou que, considerando a média de tôdas as experiências, as doses mais lucrativas de P2O5 seriam de 120-150 kg/ha; nos solos ainda não adubados elas seriam superiores a 150 kg/ha, baixando para 100-120 kg/ha nos já adubados. A adubação fosfatada aumentou o tamanho dos tubèrculos e seu teor de fósforo, mas não lhes alterou o teor de fécula e a capacidade de conservação; não influiu, também, na incidência de manchas internas ("chocolate").


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