scholarly journals Pesquisa de Rickettsia spp em carrapatos Amblyomma cajennense e Amblyomma dubitatum no Estado de São Paulo

2009 ◽  
Vol 42 (3) ◽  
pp. 351-353 ◽  
Author(s):  
Richard Campos Pacheco ◽  
Maurício Cláudio Horta ◽  
Adriano Pinter ◽  
Jonas Moraes-Filho ◽  
Thiago Fernandes Martins ◽  
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Foi pesquisada a presença de riquétsias em 3.545 carrapatos Amblyomma cajennense e 2.666 Amblyomma dubitatum. Através do teste de hemolinfa, reação em cadeia pela polimerase e isolamento de rickettsia em cultivo celular, todos os Amblyomma cajennense foram negativos, sendo que 634 (23,8%) Amblyomma dubitatum mostraram-se infectados com Rickettsia bellii.

2006 ◽  
Vol 39 (1) ◽  
pp. 68-71 ◽  
Author(s):  
Dora Amparo Estrada ◽  
Teresinha Tizu Sato Schumaker ◽  
Celso Eduardo de Souza ◽  
Elias José Rodrigues Neto ◽  
Arício Xavier Linhares

O Município de Campinas situa-se em região endêmica para febre maculosa brasileira do Estado de São Paulo, onde vários casos desta doença vem ocorrendo. Capivaras têm sido associadas ao ciclo dessa riquetsiose por apresentarem sorologia positiva e serem hospedeiras de carrapatos Amblyomma spp principais vetores da doença. Carrapatos foram coletados no parque urbano do Lago do Café, Campinas, SP, local associado a casos humanos suspeitos de febre maculosa brasileira, sobre a vegetação e das capivaras ali presentes, e pesquisados quanto à presença de riquétsias pela reação em cadeia da polimerase e pelo teste de hemolinfa. Adultos de Amblyomma cajennense e Amblyomma cooperi albergavam Rickettsia bellii, não patogênica, identificada pela análise das seqüências de nucleotídeos do gene gltA, porém, não foram constatadas riquétsias do Grupo da Febre Maculosa. Estes resultados associados à ausência de um isolado de riquétsias do Grupo da Febre Maculosa de capivaras indicam que seu papel, enquanto reservatório, necessita de maior investigação.


Biomédica ◽  
2007 ◽  
Vol 27 (3) ◽  
pp. 364 ◽  
Author(s):  
Richard C. Pacheco ◽  
Mauricio C. Horta ◽  
Jonas Moraes-Filho ◽  
Alexandre C. Ataliba ◽  
Adriano Pinter ◽  
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2020 ◽  
Vol 72 (6) ◽  
pp. 2141-2147
Author(s):  
Z.Ê.S. Souza ◽  
B.V. Moraes ◽  
F.S. Krawczak ◽  
L. Zulzke ◽  
T.V. Carvalho ◽  
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RESUMO A febre maculosa brasileira (FMB), descrita inicialmente nos Estados Unidos como febre maculosa das Montanhas Rochosas, é uma antropozoonose relatada apenas no continente americano e causada pela bactéria Rickettsia rickettsii. No Brasil a transmissão ocorre sobretudo pela picada de carrapatos do gênero Amblyomma spp. A doença foi inicialmente descrita como de transmissão em áreas rurais e silvestres, no entanto áreas periurbanas e urbanas vêm apresentando casos, principalmente relacionados com a presença de humanos residindo em pequenos fragmentos de mata ciliar. O presente estudo teve por objetivo elucidar a dispersão da FMB nas proximidades dos reservatórios Guarapiranga e Billings, na cidade de São Paulo, SP. Para tanto, a presença de anticorpos anti-R. rickettsii, Rickettsia parkeri e Rickettsia bellii foi avaliada em cães atendidos nas campanhas de esterilização cirúrgica e residentes ao redor dos reservatórios. Foram coletadas amostras de 393 cães, e as amostras de soro foram analisadas pela reação de imunofluorescência indireta (RIFI), com ponto de corte de 1:64. Os títulos para R. rickettsii variaram de 256 a 4096, com positividade de 3,3% (13/393); para R. bellii, de 128 a 1024 e 4,1% (16/393) de positivos, e um único animal (0,25%) foi soropositivo para R. parkeri, com título de 128. Os achados permitem concluir que a região de estudo apresenta condições de se tornar uma possível área com casos de FMB, pois comporta fragmentação de Mata Atlântica, condições essas ideais para a manutenção do vetor do gênero Amblyomma já descrito na região, bem como para a presença da Rickettsia rickettsii circulante entre os cães, confirmada pela existência de anticorpos. Condutas referentes à conscientização da população por meio de trabalhos educacionais devem ser implantadas para a prevenção da doença na população da área.


2006 ◽  
Vol 36 (3) ◽  
pp. 887-891 ◽  
Author(s):  
Savina Silvana Aparecida Lacerra de Souza ◽  
Celso Eduardo de Souza ◽  
Elias José Rodrigues Neto ◽  
Angelo Pires do Prado

A febre maculosa é mundialmente reconhecida como um problema reemergente de saúde pública. Na região de Campinas-SP, observam-se uma ampliação da área de transmissão do agente da doença e a ocorrência de um maior número de casos confirmados nos últimos anos. Nesta região, a maioria dos casos desta doença está quase sempre relacionada com o aumento populacional de capivaras, que são um dos principais hospedeiros primários do estádio adulto do carrapato Amblyomma cajennense. O principal objetivo deste estudo foi determinar o comportamento populacional de larvas, ninfas e adultos de Amblyomma spp no habitat de mata ciliar de uma área endêmica. De novembro de 2000 a outubro de 2002, carrapatos de vida livre foram coletados com armadilhas de CO2. Picos populacionais de larvas do gênero Amblyomma se estenderam por praticamente todos os meses do ano. Ninfas do gênero Amblyomma ocorreram o ano todo na mata ciliar, sendo mais abundantes de julho a dezembro. Adultos de A. cajennense foram mais abundantes na estação de primavera e verão. Adultos de A. dubitatum (=Amblyomma cooperi) apresentaram um padrão sazonal diferenciado, com os maiores picos populacionais ocorrendo de agosto a fevereiro.


2004 ◽  
Vol 34 (1) ◽  
pp. 195-200 ◽  
Author(s):  
Marcelo Bahia Labruna ◽  
Romário Cerqueira Leite ◽  
Alexandre Augusto de Oliveira Gobesso ◽  
Solange Maria Gennari ◽  
Nobuko Kasai

Avaliou-se quantitativamente as infestações por adultos de Amblyomma cajennense em eqüinos mantidos sob infestações naturais em uma pastagem (pastagem 1), antes e após o uso de tratamentos carrapaticidas. Os tratamentos foram aplicados nos eqüinos a cada sete dias durante os períodos de predomínio das larvas e ninfas do carrapato, no Estado de São Paulo (abril a outubro). Nos eqüinos mantidos em outra pastagem (pastagem 2), os tratamentos foram realizados, também a cada sete dias, mas de abril a julho, época de predomínio das larvas de A. cajennense. Todos os banhos carrapaticidas foram realizados com carrapaticida comercial à base do piretróide alfametrina. A redução da carga de carrapatos adultos após os banhos carrapaticidas foi de 89,7 e 58,6% nos eqüinos alocados nas pastagens 1 e 2, respectivamente. A redução das fêmeas adultas foi ainda mais expressiva (95,4 e 69,0% para os eqüinos das pastagens 1 e 2, respectivamente). Os resultados comprovam a eficácia de uma proposta de controle estratégico de A. cajennense em eqüinos, baseada em banhos carrapaticidas intervalados de sete dias, nas épocas de predomínio dos estádios imaturos deste carrapato.


Author(s):  
Jonas Moraes-Filho ◽  
Maurício Claudio Horta ◽  
Richard De Campos Pacheco ◽  
Marly Matiko Maeda ◽  
Arquimedes Galano ◽  
...  

A Febre Maculosa Brasileira (FMB) é uma zoonose transmitida por pelo menos duas espécies de carrapatos: Amblyomma cajennense e Amblyomma aureolatum. Os eqüinos assumem um importante papel de sentinela da FMB em áreas onde o carrapato vetor é o A. cajennense, por ser considerado hospedeiro primário dessa espécie de carrapato. O A. aureolatum, cujos hospedeiros primários são aves, alguns roedores silvestres e canídeos, é incriminado como vetor da doença na região da Grande São Paulo. Este trabalho objetivou pesquisar a presença de anticorpos contra Rickettsia rickettsii, agente da FMB, em eqüinos encaminhados ao Centro de Controle de Zoonoses do município de São Paulo (CCZ/SP) no período de 2003 a 2005. Após coleta de sangue, o soro obtido pela centrifugação foi submetido à reação de imunofluorescência indireta (RIFI) e os animais foram considerados positivos quando as amostras de soro apresentaram títulos >; 64. Durante os três anos, foram testados 363 amostras pela RIFI, sendo que 64 se mostraram reagentes: 6 (2003), 16 (2004) e 42 (2005). Os títulos finais variaram de 64 a 1.024. Os resultados obtidos demonstram uma baixa porcentagem de animais reagentes (17,6%) quando comparados com dados de literatura de áreas endêmicas para FMB onde o vetor é o A. cajennense, sugerindo não ser essa espécie responsável pela transmissão da doença na área de estudo


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