scholarly journals Uma nova espécie de Hylodes Fitzinger da Serra da Mantiqueira, Minas Gerais, Brasil (Anura: Hylodidae)

2008 ◽  
Vol 25 (1) ◽  
pp. 89-99 ◽  
Author(s):  
Hélio R. da Silva ◽  
Piktor Benmaman

Descrevemos uma nova espécie de Hylodes da Serra Negra, Município de Santa Bárbara do Monte Verde, Minas Gerais, sudeste do Brasil. A nova espécie pertence ao grupo Hylodes lateristrigatus, apresentando as seguintes características distintivas: corpo pequeno, focinho truncado em vistas dorsal e lateral, escudos da superfície dorsal dos discos dos dedos pouco desenvolvidos, superfície dorsal do corpo e coxas marrom-oliváceo com manchas escuras no dorso e listras nas patas traseiras. A nova espécie se distingue das demais do grupo pelo número de notas e características físicas do canto de anúncio e por vocalizar tanto de dia quanto à noite. Este é o primeiro registro de vocalização noturna para o gênero. Apresentamos descrições da vocalização e informações sobre a história natural da nova espécie. Discutimos a distribuição das espécies do gênero Hylodes, em relação às principais serras do leste do Brasil e seus sistemas de drenagem atuais.

Rodriguésia ◽  
2016 ◽  
Vol 67 (1) ◽  
pp. 225-236 ◽  
Author(s):  
Andressa Cabral ◽  
Gerson O. Romão ◽  
Sabrina A. Roman ◽  
Luiz Menini Neto

A Serra Negra é um fragmento do Complexo da Mantiqueira, localizado entre os municípios de Lima Duarte, Santa Bárbara do Monte Verde, Rio Preto e Olaria, com altitudes variando entre 800 e 1700m. A vegetação apresenta um mosaico composto por florestas e ambientes campestres, destacando-se o campo rupestre por toda a amplitude altimétrica. Um amplo estudo florístico foi realizado entre os anos de 2003 e 2014, e os espécimes coletados foram depositados no Herbário Leopoldo Krieger (CESJ), da Universidade Federal de Juiz de Fora. O objetivo do presente estudo foi realizar um inventário florístico e taxonômico para a família Ericaceae da Serra Negra. Foram registradas oito espécies pertencentes a três gêneros, sendo Agarista e Gaylussacia os mais ricos, com quatro e três espécies respectivamente, e Gaultheria representado por apenas uma espécie. São apresentadas chaves de identificação, descrições das espécies, ilustrações de caracteres diagnósticos e comentários de distribuição geográfica, ecológicos e taxonômicos.


Rodriguésia ◽  
2017 ◽  
Vol 68 (2) ◽  
pp. 671-690 ◽  
Author(s):  
Joana Miloski ◽  
Genise V. Somner ◽  
Fátima R.G. Salimena ◽  
Luiz Menini Neto

Resumo A Serra Negra faz parte da formação Mantiqueira que pertence ao domínio Atlântico, e é composta por um mosaico de vegetação de campos rupestres e diferentes tipos florestais. Localiza-se na região sul da Zona da Mata mineira (21º58'S e 43º53'W), entre os municípios de Lima Duarte, Olaria, Rio Preto e Santa Bárbara do Monte Verde. Sapindaceae está representada nesta serra por cinco gêneros e 14 espécies: Allophylus semidentatus, Cupania ludowigii, C. vernalis, Matayba juglandifolia, M. marginata, Paullinia carpopoda, P. trigonia, Serjania deflexa, S. elegans, S. fuscifolia, S. laruotteana, S. laxiflora, S. multiflora e S. reticulata. Dentre as espécies estudadas destaca-se S. laxiflora como endêmica do estado de Minas Gerais. Allophylus semidentatus, C. vernalis, P. trigonia, S. fuscifolia, S.laruotteana e S. reticulata apresentam ampla distribuição geográfica. No presente trabalho é apresentado o tratamento taxonômico da família, incluindo chave de identificação, descrições, ilustrações, distribuição geográfica e comentários sobre as espécies.


Rodriguésia ◽  
2012 ◽  
Vol 63 (4) ◽  
pp. 785-793 ◽  
Author(s):  
Saulo Moreira Dutra ◽  
Fátima Regina Gonçalves Salimena ◽  
Luiz Menini Neto

Apresenta-se o estudo taxonômico de Annonaceae na Serra Negra, a qual abrange os municípios de Rio Preto, Olaria, Santa Bárbara do Monte Verde e Lima Duarte no estado de Minas Gerais. Foram registradas sete espécies pertencentes a três gêneros: Annona dolabripetala, A. mucosa, A. sylvatica, Guatteria australis, G. pohliana, G. sellowiana e Xylopia brasiliensis. São apresentadas chave de identificação, descrições, ilustrações, comentários taxonômicos, ecológicos e de distribuição geográfica para as espécies.


Rodriguésia ◽  
2013 ◽  
Vol 64 (2) ◽  
pp. 311-320 ◽  
Author(s):  
Fátima Regina Gonçalves Salimena ◽  
Carolina Nazareth Matozinhos ◽  
Narjara Lopes de Abreu ◽  
José Hugo Campos Ribeiro ◽  
Filipe Soares de Souza ◽  
...  

O presente estudo teve como objetivo caracterizar a flora fanerogâmica da região da Serra Negra localizada no sul da Zona da Mata de Minas Gerais, entre os municípios de Lima Duarte, Rio Preto, Santa Bárbara do Monte Verde e Olaria. Embora considerada de importância biológica alta, esta região não possui nenhum registro anterior de dados florísticos, o que levou ao desenvolvimento deste levantamento, durante o período de 2003 a 2010. A vegetação é caracterizada por um mosaico de formações florestais e campestres onde se destacam os campos rupestres e florestas nebulares em altitudes que variam de 1300 a ca. 1700 m. Um total de 1033 espécies foi encontrado, distribuídas em 469 gêneros e 121 famílias sendo as mais representativas Orchidaceae (115 spp.), Asteraceae 54 spp.), Melastomataceae (56 spp.), Myrtaceae (53 spp.), Fabaceae, Poaceae e Rubiaceae (48 spp. cada), Bromeliaceae (43 spp.), Solanaceae (38 spp.) e Piperaceae (33 spp). Novos registros e endemismos para a flora mineira foram encontrados e 58 espécies estão citadas na lista de espécies ameaçadas de Minas Gerais.


2009 ◽  
Vol 9 (3) ◽  
pp. 151-156 ◽  
Author(s):  
Pedro Henrique Nobre ◽  
Alexmar dos Santos Rodrigues ◽  
Igor de Almeida Costa ◽  
Artur Emílio da Silva Moreira ◽  
Hugo Henrique Moreira

A face sul da região da Serra Negra está localizada entre os municípios de Rio Preto e Santa Bárbara do Monte Verde no estado de Minas Gerais. A região é marcada por um relevo montanhoso e vegetação formada por Floresta Ombrófila Densa. Os estudos foram conduzidos em altitudes entre 800 a 1.200 m onde os morcegos foram capturados em redes de neblina instaladas principalmente no interior e borda de mata. Durante um período de 14 meses e um esforço de captura de 22.140 m²r.h, foram capturados 246 morcegos pertencentes a 15 espécies, 13 gêneros e 2 famílias: Phyllostomidae (12 espécies) e Vespertilionidae (3 espécies). A espécie Sturnira lilium foi a mais freqüente com 33,7% das capturas, seguida por Carollia perspicillata com 21,1%, Desmodus rotundus com 19,1% e Artibeus lituratus com 16,3%. Em análise de agrupamento realizada entre a fauna de Chiroptera da face sul da Serra Negra com outros levantamentos, a área de estudo se mostrou similar a fauna de morcegos do Parque Nacional da Serra dos Órgãos.


2012 ◽  
Vol 26 (2) ◽  
pp. 378-390 ◽  
Author(s):  
Filipe Soares Souza ◽  
Alexandre Salino ◽  
Pedro Lage Viana ◽  
Fátima Regina Gonçalves Salimena

Este trabalho apresenta uma lista de espécies de pteridófitas que ocorrem na Serra Negra, Minas Gerais. A serra está inserida no complexo da Serra da Mantiqueira situada entre Rio Preto, Lima Duarte, Santa Bárbara do Monte Verde e Olaria, tendo seus limites nos pontos 21º58'11"S 43º53'21" W, 22º01'46,4" S 43º52'31,5" W, 21º58'21,4" S 43º50'06,5" W e 21º58'53" S 43º56'08" W. A vegetação da serra é formada por um mosaico de fitofisionomias, sendo encontradas formações florestais (florestas ombrófilas e semidecíduas) e campestres (campos rupestres). O inventário florístico foi realizado entre os anos de 2003 e 2008, em excursões mensais para coleta de amostras e registro de dados. Na serra foram registradas 209 táxons infragenéricos distribuídas em 24 famílias e 75 gêneros. As famílias com maior número de espécies foram Polypodiaceae (40), Dryopteridaceae (33) e Pteridaceae (25). A maioria das espécies (109) foi encontrada ocorrendo exclusivamente no interior de floresta. Em relação ao hábito, 69 espécies foram encontradas exclusivamente como terrestres, 37 como rupícolas ou terrestres e 32 exclusivamente epífitas. Este trabalho revela uma elevada riqueza de pteridófitas na região e indica a importância de estudos desta natureza na conservação e manejo das pteridófitas em Minas Gerais.


Author(s):  
M. G. Lemos ◽  
T. Valente ◽  
A. P. Marinho-Reis ◽  
R. Fonsceca ◽  
J. M. Dumont ◽  
...  

Rodriguésia ◽  
2009 ◽  
Vol 60 (4) ◽  
pp. 1037-1053 ◽  
Author(s):  
Renata de Melo Ferreira Lopes ◽  
Glauco Santos França ◽  
Fernanda Raggi Grossi Silva ◽  
Tereza Cristina Souza Sposito ◽  
João Renato Stehmann
Keyword(s):  

RESUMO A Estação de Pesquisa e Desenvolvimento Ambiental de Peti, um mosaico sucessional, localizase na região mineradora do Alto Rio Doce, bacia do rio Santa Bárbara. Os objetivos deste estudo foram determinar a estrutura fitossociológica de cinco áreas de floresta em diferentes estádios sucessionais e avaliar relações entre vegetação e solo. Em cada área foram amostrados 48 pontos-quadrantes e medidas as alturas e circunferências (≥ 15 cm) dos troncos das árvores. No total, foram identificadas 45 famílias, 116 gêneros e 191 espécies. As famílias com maior número de espécies foram Fabaceae, Myrtaceae, Lauraceae, Melastomataceae, Euphorbiaceae, Rubiaceae. Pogonophora schomburgkiana, Cupania ludowigii, Astronium fraxinifolium e Mabea fistulifera foram espécies de maior valor de importância. A altura média dos indivíduos variou, entre as áreas, de 7,1 ± 2,1 a 9,2 ± 3,4 m e o diâmetro médio de 8,9 ± 5,1 a 12,1 ± 7,1 cm. Duas áreas apresentaram constituição florística diferentes, de acordo com o resultado da análise de similaridade. O índice de diversidade de Shannon para espécies foi 4,58 nats/indivíduo, o que indica alta diversidade, resultante da presença de mosaico sucessional. A área que sofreu corte seletivo apresentou maior riqueza florística em comparação as demais áreas estudadas, estando todas sobre solos pobres em nutrientes e com altos níveis de alumínio.


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