scholarly journals Similaridade da fauna de Chiroptera (Mammalia), da Serra Negra, municípios de Rio Preto e Santa Bárbara do Monte Verde, Minas Gerais, com outras localidades da Mata Atlântica

2009 ◽  
Vol 9 (3) ◽  
pp. 151-156 ◽  
Author(s):  
Pedro Henrique Nobre ◽  
Alexmar dos Santos Rodrigues ◽  
Igor de Almeida Costa ◽  
Artur Emílio da Silva Moreira ◽  
Hugo Henrique Moreira

A face sul da região da Serra Negra está localizada entre os municípios de Rio Preto e Santa Bárbara do Monte Verde no estado de Minas Gerais. A região é marcada por um relevo montanhoso e vegetação formada por Floresta Ombrófila Densa. Os estudos foram conduzidos em altitudes entre 800 a 1.200 m onde os morcegos foram capturados em redes de neblina instaladas principalmente no interior e borda de mata. Durante um período de 14 meses e um esforço de captura de 22.140 m²r.h, foram capturados 246 morcegos pertencentes a 15 espécies, 13 gêneros e 2 famílias: Phyllostomidae (12 espécies) e Vespertilionidae (3 espécies). A espécie Sturnira lilium foi a mais freqüente com 33,7% das capturas, seguida por Carollia perspicillata com 21,1%, Desmodus rotundus com 19,1% e Artibeus lituratus com 16,3%. Em análise de agrupamento realizada entre a fauna de Chiroptera da face sul da Serra Negra com outros levantamentos, a área de estudo se mostrou similar a fauna de morcegos do Parque Nacional da Serra dos Órgãos.

2017 ◽  
Vol 4 (3) ◽  
Author(s):  
Sidnei S. Dornelles ◽  
Guilherme H. Evaristo ◽  
Mateus Tosetto ◽  
Célio Massaneiro Jr. ◽  
Victor R. Seifert ◽  
...  

Na mata atlântica, reduzida a cerca de 12% de sua cobertura original, é inevitável que a riqueza mastofaunística esteja pressionada pelas atividades antrópicas. A Bacia Hidrográfica do Rio Cachoeira, inserida na malha urbana, possui fragmentos de floresta ainda pouco conhecidos em relação à sua diversidade. O objetivo deste trabalho foi analisar a ocorrência de mamíferos nos fragmentos florestais urbanos da Bacia Hidrográfica do Rio Cachoeira. A amostragem foi realizada em cinco fragmentos de floresta ombrófila densa, combinando diversos métodos: armadilhas de contenção viva, armadilhas fotográficas, redes de neblina, transecções para procura de vestígios, entrevistas e revisão na literatura. Foram registradas 32 espécies de 13 famílias e sete ordens, sendo duas espécies exóticas. Três espécies foram registradas nos cinco sítios: Dasypus novemcinctus, Carollia perspicillata e Canis familiaris. Cinco espécies foram registradas em quatro sítios: Didelphis aurita, Artibeus lituratus, Nasua nasua, Procyon cancrivorus e Dasyprocta azarae. Catorze espécies foram registradas somente em um dos cinco sítios. Do total de espécies, 56,3% são onívoras. A diversidade nos sítios não está relacionada ao tamanho dos fragmentos. Sugerem-se programas de monitoramento, controle de espécies exóticas, construção de corredores, enriquecimento e translocações.


2010 ◽  
Vol 10 (3) ◽  
pp. 183-188 ◽  
Author(s):  
Patrício Adriano da Rocha ◽  
Jefferson Simanas Mikalauskas ◽  
Sidney Feitosa Gouveia ◽  
Victor Vilas-Bôas Silveira ◽  
Adriano Lúcio Peracchi

Neste estudo apresentamos uma lista de morcegos registrados em um fragmento florestal urbano do Campus da Universidade Federal de Sergipe, Nordeste do Brasil. De julho de 2005 a setembro de 2007 coletamos um total de 400 indivíduos, distribuídos em cinco famílias, 13 gêneros e 18 espécies. Phyllostomidae foi a família com a maior riqueza de espécies. Carollia perspicillata, Artibeus lituratus e Platyrrhinus lineatus foram as mais abundantes, compreendendo mais de 65% dos indivíduos capturados. Este trabalho apresenta a primeira ocorrência de oito espécies par o Estado de Sergipe, incluindo uma para a Mata Atlântica. Observações sobre aspectos reprodutivos das espécies mais abundantes são incluídas.


2002 ◽  
Vol 54 (2) ◽  
pp. 117-126 ◽  
Author(s):  
E.O. Almeida ◽  
E.C. Moreira ◽  
L.A.B. Naveda ◽  
G.P. Herrmann

Com o objetivo de avaliar em uma região cárstica o tipo de refúgio, as espécies de morcegos, a população de animais domésticos, as associações interespecíficas nas coabitações com outros mamíferos silvestres suscetíveis à raiva e a eficácia da warfarina aplicada no dorso do Desmodus rotundus rotundus foi realizada uma pesquisa de maio de 1998 a março de 2000, nos municípios de Cordisburgo e Curvelo, Minas Gerais. Em 49 refúgios vistoriados, 29 naturais e 20 artificiais, localizados em 14 propriedades, encontrou-se o Desmodus rotundus rotundus em 18 abrigos naturais. Destes, 17 eram cavernas formadas pela dissolução ou abatimento de rocha calcária, típica do carste, e um era túnel escavado na terra pela ação das águas de um rio. As características geomorfológicas e de localização espacial foram registradas com base nas coordenadas geográficas, obtidas com auxílio de um sensor geográfico de posição. Nesses abrigos foram capturados e identificados 1457 morcegos de 14 espécies, sendo 640 Glossophaga soricina (Pallas, 1766), 566 Desmodus rotundus (E. Geoffroy, 1810), 73 Anoura geoffroyi (Gray 1838), 58 Trachops cirrhosus (Spix, 1823), 38 Diphylla ecaudata ecaudata (Spix, 1823), 23 Platyhrrinus lineatus (E. Geoffroy, 1810), 16 Lasiurus ega (Gervais, 1856), 14 Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758), 13 Phyllostomus hastatus hastatus (Pallas, 1767), 9 Artibeus lituratus (Olfers, 1818), 3 Mimmon bennettii (Gray, 1838), 2 Myotis nigricans (Schinz, 1821), 1 Eptesicus brasiliensis (Desmarest, 1819) e 1 Pygoderma bilabiatum (Wagner, 1843). Não se conseguiu isolar ou detectar o vírus rábico no cérebro de 25 hematófagos selecionados e em 52 de outras espécies. A maioria desses abrigos também era usada por pacas (Agouti paca Linnaues, 1766), capivaras (Hydrochaeris hydrochaeris, Linnaues, 1766), guaxinins (Procyon cancrivorus, G. Cuvier, 1798) e raposas (Lycalopex vetulus, Lund, 1842) que são suscetíveis à raiva. Em 546 Desmodus rotundus rotundus foi aplicada na região interescapular, aproximadamente um grama de uma pasta contendo warfarina dissolvida em vaselina, na razão de dois gramas para cada 100 gramas do produto. Observou-se redução significativa na incidência de mordeduras em bovinos e eqüídeos e na presença ou vestígios recentes de Desmodus rotundus rotundus em quatro abrigos dos 18 que estavam habitados no início do trabalho. Nas vistorias pós-tratamento dos vampiros com warfarina, em todos os abrigos, não se encontraram morcegos não hematófagos ou mamíferos mortos ou com sinais clínicos de intoxicação atribuíveis ao anticoagulante.


Rodriguésia ◽  
2017 ◽  
Vol 68 (4) ◽  
pp. 1411-1429
Author(s):  
João Afonso Martins do Carmo ◽  
André Olmos Simões

Resumo Este estudo teve como objetivos realizar o levantamento florístico da família no município de Camanducaia, Serra da Mantiqueira, extremo sul de Minas Gerais, onde extensos remanescentes de Mata Atlântica são encontrados, e elaborar uma Chave Interativa de Entradas Múltiplas (CIEM) para a identificação das espécies. O levantamento florístico foi realizado através de viagens de coleta e análise dos seguintes herbários: BHCB, ESA, HRCB, IAC, ICN, MBM, SP e UEC. Rubiaceae está representada em Camanducaia por 35 espécies, duas subespécies e duas variedades, classificadas em 17 gêneros. Borreria, Manettia e Psychotria foram os gêneros mais diversos (cinco espécies cada). Nove espécies, uma subespécie e uma variedade são endêmicas da Mata Atlântica. Duas espécies (Galianthe vaginata e Psychotria beyrichiana) são endêmicas da Serra da Mantiqueira e Serra do Mar. Psychotria beyrichiana é registrada pela primeira vez em Minas Gerais. Através da utilização da CIEM aqui proposta, a maioria dos táxons puderam ser identificados utilizando-se somente caracteres vegetativos.


2011 ◽  
Vol 11 (3) ◽  
pp. 275-286 ◽  
Author(s):  
Marco Antônio Manhães ◽  
Alan Loures-Ribeiro

A Zona da Mata Mineira está localizada no sudeste do estado de Minas Gerais, nos domínios da Mata Atlântica, e é uma região altamente fragmentada, com muitas manchas pequenas e isoladas, cuja avifauna é pouco estudada. O objetivo deste trabalho foi inventariar a avifauna da Reserva Biológica Municipal Poço D'Anta (277 ha), uma área de floresta do município de Juiz de Fora, sudeste de Minas Gerais, através da caracterização de alguns aspectos ecológicos e o status de conservação. O levantamento foi realizado entre os períodos de março a setembro de 2007, e março de 2008 a maio de 2009, utilizando a lista de Mackinnon, capturas com redes-de-neblina e observações ocasionais. Foram identificadas 156 espécies, das quais 44 (28%) são endêmicas da Mata Atlântica e seis (3,8%) estão sob algum grau de ameaça. Dentre as espécies ameaçadas, cinco são dependentes de floresta (Dysithamnus stictothorax, Drymophila ochropyga, Sporophila frontalis, Sporophila falcirostris, Cyanoloxia moesta). Em geral a comunidade é caracterizada por aves com sensibilidade média ou baixa a perturbações ambientais. Contudo foram identificadas oito (5,1%) espécies com elevada sensibilidade (Pulsatrix koeniswaldiana, Conopophaga melanops, Sclerurus scansor, Xiphorhynchus fuscus, Lepidocolaptes squamatus, Campylorhamphus falcularius, Anabazenops fuscus e Habia rubica). Além disso, algumas espécies já consideradas extintas em vários outros fragmentos do sudeste do estado estiveram presentes na área. Houve predomínio de espécies insetívoras (39,4%; n = 61) e onívoras (31,6%; n = 49). Como área legalmente protegida e pela sua extensão, considerando as características regionais, a Reserva Biológica Municipal Poço D'Anta tem um papel importante em abrigar populações de aves que vem enfrentando persistentes efeitos antropogênicos na região. A avifauna local está sujeita a impactos tais como atropelamentos, invasões de espécies exóticas e a caça, embora já existam propostas de medidas mitigadoras no plano de manejo da área. Ressalta-se o caráter de urgência em relação à implantação destas medidas a fim de minimizar os impactos sofridos pela avifauna.


2015 ◽  
Vol 105 (3) ◽  
pp. 271-275
Author(s):  
Luis F. Menezes Jr ◽  
Ana C. Duarte ◽  
Maycon D. Contildes ◽  
Adriano L. Peracchi

RESUMO Foram realizadas dez coletas em 2013 na RPPN Fazenda Bom Retiro, sendo cinco em uma área florestada, localizada no interior da mata e outras cinco em área aberta, distante cerca de 600 m uma da outra. O mesmo esforço de coleta foi empregado nas duas áreas, e as mesmas foram realizadas sempre no mesmo dia. A área florestada se mostrou mais diversa, sendo capturados 256 morcegos, todos de Phyllostomidae, pertencentes a 14 espécies; Carollia perspicillata (n=112), Sturnira lilium(n=46) e Desmodus rotundus (n=25) foram as mais capturadas. Na área aberta foram capturados 153 espécimes pertencentes a quatro famílias, Phyllostomidae, Noctilidae, Vespertilionidae e Molossidae, sendo registradas 10 espécies; Carollia perspicillata (n=52), Desmodus rotundus (n=39) e Artibeus lituratus (n=24) foram as mais capturadas. Observou-se maior diversidade na área florestada (Hʼ 1,812), onde devem existir mais recursos e abrigos, e, consequentemente mais proteção.


Author(s):  
Roberto Malheiros

RESUMO: Neste trabalho são revelados alguns acontecimentos de ordem evolutiva, que prestaram um importante papel na formação e delineamento do quadro atual da fauna e da flora dos cerrados, partindo do intercâmbio faunístico ocorrido entre as Américas do Sul e do Norte. Está demonstrada a configuração atual do cerrado dentro das paisagens brasileiras e a influência dos paleoclimas e paleoambientes no avanço e recuo da flora e da fauna dessa região. O bioma cerrado é um espaço territorial marcadamente planáltico em sua área “core”, e reconhecido como um dos mais ricos do mundo em biodiversidade, constituído por diversos ecossistemas, distribuído principalmente pelo planalto central brasileiro, abrangendo os Estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso, sul do Piauí, e Maranhão, oeste da Bahia, parte de São Paulo e Rondônia. Há outras áreas de cerrado, chamadas periféricas ou ecótonos, que são transições com os biomas Amazônicos, Mata Atlântica e Caatinga. A região também é marcada pelo aspecto hidrográfico, pois armazena água doce em importantes aquíferos e é responsável pela perenização de grande parte das bacias brasileiras. O entendimento sobre os aspectos ambientais do cerrado exige uma análise integrada entre os elementos da fauna, flora e o espaço geográfico, como eles se relacionam com os demais componentes da natureza, principalmente os aspectos climáticos, que estabelecem uma sazonalidade na região. Acredita-se que, a grande biodiversidade do cerrado, está vinculada a diversidade de ambientes. Esta correlação permite nos vislumbrar o ambiente na sua totalidade, o que facilita o estabelecimento adequado de políticas ambientais para o bioma do cerrado. Com o passar dos anos e por influência do clima, a vida na região encontrou formas de adaptação que garantiram a sobrevivência de diversas espécies, entre elas o homem. Este convívio entre os elementos da natureza e fatores climáticos contribuíram para o endemismo florístico, mas também para composição do quadro faunístico regional e brasileiro.


Nativa ◽  
2018 ◽  
Vol 6 (4) ◽  
pp. 370 ◽  
Author(s):  
Luís Flávio Pereira ◽  
Cecilia Fátima Carlos Ferreira ◽  
Ricardo Morato Fiúza Guimarães

Pastagens sob práticas de manejo ineficientes tornam-se degradadas, provocando sérios problemas socioambientais e econômicos. Assim, entender a dinâmica dos sistemas pastoris e suas interações com o meio físico torna-se essencial na busca de alternativas sustentáveis para a agropecuária. Estudou-se manejo, dinâmica anual e interações socioambientais em pastagens de uma bacia hidrográfica no bioma Mata Atlântica em Minas Gerais, Brasil, durante o ano hidrológico 2016/2017. Utilizou-se dados de campo, relatos de agricultores e sensoriamento remoto via imagens LANDSAT 8 OLI e Google Earth Pro®. Foi proposto um índice de qualidade para pastagens da região. As pastagens apresentaram, em média, qualidade moderada. Níveis de degradação foram altos, oscilando de forma quadrática (níveis 2, 4, 5 e IDP) e potencial (nível 1) com a precipitação (p < 0,01), o que sugere que a irrigação possa ser prática eficiente no controle da degradação. Durante o ano, pelo menos 51,27% das pastagens apresentaram algum sinal de degradação, atingindo-se a marca de 91,32%, no período seco. Os resultados sugerem pior qualidade e maiores níveis de degradação de pastagens em terras elevadas e declivosas. Devido às condições socioambientais locais, indica-se o uso de sistemas silvipastoris agroecológicos no manejo das pastagens.Palavras-chave: uso da terra, sensoriamento remoto, relação solo paisagem, Zona da Mata, índice de qualidade. MANAGEMENT, QUALITY AND DEGRADATION DYNAMICS OF PASTURES IN ATLANTIC FOREST BIOME, MINAS GERAIS – BRASIL ABSTRACT:Pastures under inefficient management practices get degraded, leading to serious socioeconomic and environmental issues. That being said, understanding the dynamics of such systems and their interaction with the environment is essential when it comes to looking towards sustainable alternatives for livestock activities. The management, annual dynamics and socio-environmental interactions in pastures in an hydrographic basin located in Atlantic Forest biome, Minas Gerais, Brasil, were studied during the hydrological year of 2016/2017. Field data and farmers reports were utilized, such as remote sensing via images from LANDSAT 8 OLI and Google Earth Pro®. A quality index was proposed for the pastures, which usually presented medium quality. Degradation levels were high, oscillating in a quadratic basis (levels 2, 4, 5 and IDP) and potential (level 1) with precipitation (p < 0,01), which suggests that irrigation might be an efficient practice when it comes to degradation control. During the year, at least 51,27% of pastures have presented signs of degradation, achieving 91,32% in dry periods. The results suggest less quality and bigger degradation levels in pastures located in high and steep areas. Considering the local environmental conditions, agroecological silvopasture systems are recommended regarding the pastures management.Keywords: land use, remote sensing, soil/landscape relationships, Zona da Mata, quality index.


2006 ◽  
Vol 23 (4) ◽  
pp. 1217-1230 ◽  
Author(s):  
Christiana M. A. Faria ◽  
Marcos Rodrigues ◽  
Frederico Q. do Amaral ◽  
Érica Módena ◽  
Alexandre M. Fernandes

Foi conduzido um levantamento de espécies de aves em um fragmento florestal no alto Rio Doce de abril de 2002 a novembro de 2004. A região está inserida numa das áreas prioritárias para conservação da biodiversidade do Brasil, a Mata Atlântica. O fragmento está dentro da 'Estação de Pesquisa e Desenvolvimento Ambiental de Peti' (EPDA-Peti) e cerca uma represa de uma usina hidroelétrica das 'Companhia Energética de Minas Gerais'. O fragmento possui 605 ha de mata secundária semidecídua em vários estágios de regeneração. O método utilizado foi o de observação direta ao longo de 'transectos', captura com redes, pontos de escuta e identificação a partir do uso de vocalizações. Foram registradas 231 espécies de aves pertencentes a 57 famílias. Isso corresponde cerca de 33% das 682 espécies já registradas para o bioma da Mata Atlântica. Constam nesta lista 33 espécies endêmicas da Mata Atlântica e uma endêmica do Cerrado. Cinco espécies são ameaçadas em Minas Gerais e uma espécie ameaçada de extinção global, o mutum do sudeste Crax blumenbachii Spix, 1825 (Cracidae). Foram encontradas 35 novas espécies em relação ao levantamento de 1989, bem como a extinção local de outras 52 espécies. O fragmento florestal da EPDA-Peti abriga uma porção significativa da avifauna da Mata Atlântica, e monitoramento de longo prazo irá revelar aspectos importantes para compreensão dos mecanismos de extinção e colonização na Mata Atlântica.


2020 ◽  
Vol 30 (4) ◽  
pp. 1008-1018
Author(s):  
Geraldo Majela Moraes Salvio ◽  
Carlos Frederico Baumgratz Figueiroa

Atualmente a Mata Atlântica é um dos biomas mais fragmentados. O objetivo deste estudo foi diagnosticar a fragilidade ambiental da Área de Proteção Ambiental (APA) Alto Rio Doce em Minas Gerais, por meio da caracterização da distribuição da fragmentação local, bem como da pressão sobre a vegetação. A caracterização da vegetação foi feita por classificação supervisionada, por meio da imagem captada pelo sensor OLI presente no Landsat 8. Apenas 22,3% de toda a extensão da APA, que contém 23.329 hectares, apresenta vegetação, sendo composta por muitos pequenos fragmentos. Além disso, a APA é cortada por estradas, sendo uma delas pavimentada e estadual, o que agrava a situação da fragmentação dos habitats, causando danos tanto a espécies animais quanto vegetais. Concluiu-se que para atingir seus objetivos é preciso a elaboração de um plano de manejo para a área, além de alternativas que permitam a popularização da APA tornando-a mais conhecida pela população local.


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