scholarly journals Pteridófitas da Serra Negra, Minas Gerais, Brasil

2012 ◽  
Vol 26 (2) ◽  
pp. 378-390 ◽  
Author(s):  
Filipe Soares Souza ◽  
Alexandre Salino ◽  
Pedro Lage Viana ◽  
Fátima Regina Gonçalves Salimena

Este trabalho apresenta uma lista de espécies de pteridófitas que ocorrem na Serra Negra, Minas Gerais. A serra está inserida no complexo da Serra da Mantiqueira situada entre Rio Preto, Lima Duarte, Santa Bárbara do Monte Verde e Olaria, tendo seus limites nos pontos 21º58'11"S 43º53'21" W, 22º01'46,4" S 43º52'31,5" W, 21º58'21,4" S 43º50'06,5" W e 21º58'53" S 43º56'08" W. A vegetação da serra é formada por um mosaico de fitofisionomias, sendo encontradas formações florestais (florestas ombrófilas e semidecíduas) e campestres (campos rupestres). O inventário florístico foi realizado entre os anos de 2003 e 2008, em excursões mensais para coleta de amostras e registro de dados. Na serra foram registradas 209 táxons infragenéricos distribuídas em 24 famílias e 75 gêneros. As famílias com maior número de espécies foram Polypodiaceae (40), Dryopteridaceae (33) e Pteridaceae (25). A maioria das espécies (109) foi encontrada ocorrendo exclusivamente no interior de floresta. Em relação ao hábito, 69 espécies foram encontradas exclusivamente como terrestres, 37 como rupícolas ou terrestres e 32 exclusivamente epífitas. Este trabalho revela uma elevada riqueza de pteridófitas na região e indica a importância de estudos desta natureza na conservação e manejo das pteridófitas em Minas Gerais.

Rodriguésia ◽  
2017 ◽  
Vol 68 (2) ◽  
pp. 671-690 ◽  
Author(s):  
Joana Miloski ◽  
Genise V. Somner ◽  
Fátima R.G. Salimena ◽  
Luiz Menini Neto

Resumo A Serra Negra faz parte da formação Mantiqueira que pertence ao domínio Atlântico, e é composta por um mosaico de vegetação de campos rupestres e diferentes tipos florestais. Localiza-se na região sul da Zona da Mata mineira (21º58'S e 43º53'W), entre os municípios de Lima Duarte, Olaria, Rio Preto e Santa Bárbara do Monte Verde. Sapindaceae está representada nesta serra por cinco gêneros e 14 espécies: Allophylus semidentatus, Cupania ludowigii, C. vernalis, Matayba juglandifolia, M. marginata, Paullinia carpopoda, P. trigonia, Serjania deflexa, S. elegans, S. fuscifolia, S. laruotteana, S. laxiflora, S. multiflora e S. reticulata. Dentre as espécies estudadas destaca-se S. laxiflora como endêmica do estado de Minas Gerais. Allophylus semidentatus, C. vernalis, P. trigonia, S. fuscifolia, S.laruotteana e S. reticulata apresentam ampla distribuição geográfica. No presente trabalho é apresentado o tratamento taxonômico da família, incluindo chave de identificação, descrições, ilustrações, distribuição geográfica e comentários sobre as espécies.


Rodriguésia ◽  
2013 ◽  
Vol 64 (2) ◽  
pp. 311-320 ◽  
Author(s):  
Fátima Regina Gonçalves Salimena ◽  
Carolina Nazareth Matozinhos ◽  
Narjara Lopes de Abreu ◽  
José Hugo Campos Ribeiro ◽  
Filipe Soares de Souza ◽  
...  

O presente estudo teve como objetivo caracterizar a flora fanerogâmica da região da Serra Negra localizada no sul da Zona da Mata de Minas Gerais, entre os municípios de Lima Duarte, Rio Preto, Santa Bárbara do Monte Verde e Olaria. Embora considerada de importância biológica alta, esta região não possui nenhum registro anterior de dados florísticos, o que levou ao desenvolvimento deste levantamento, durante o período de 2003 a 2010. A vegetação é caracterizada por um mosaico de formações florestais e campestres onde se destacam os campos rupestres e florestas nebulares em altitudes que variam de 1300 a ca. 1700 m. Um total de 1033 espécies foi encontrado, distribuídas em 469 gêneros e 121 famílias sendo as mais representativas Orchidaceae (115 spp.), Asteraceae 54 spp.), Melastomataceae (56 spp.), Myrtaceae (53 spp.), Fabaceae, Poaceae e Rubiaceae (48 spp. cada), Bromeliaceae (43 spp.), Solanaceae (38 spp.) e Piperaceae (33 spp). Novos registros e endemismos para a flora mineira foram encontrados e 58 espécies estão citadas na lista de espécies ameaçadas de Minas Gerais.


Rodriguésia ◽  
2016 ◽  
Vol 67 (1) ◽  
pp. 225-236 ◽  
Author(s):  
Andressa Cabral ◽  
Gerson O. Romão ◽  
Sabrina A. Roman ◽  
Luiz Menini Neto

A Serra Negra é um fragmento do Complexo da Mantiqueira, localizado entre os municípios de Lima Duarte, Santa Bárbara do Monte Verde, Rio Preto e Olaria, com altitudes variando entre 800 e 1700m. A vegetação apresenta um mosaico composto por florestas e ambientes campestres, destacando-se o campo rupestre por toda a amplitude altimétrica. Um amplo estudo florístico foi realizado entre os anos de 2003 e 2014, e os espécimes coletados foram depositados no Herbário Leopoldo Krieger (CESJ), da Universidade Federal de Juiz de Fora. O objetivo do presente estudo foi realizar um inventário florístico e taxonômico para a família Ericaceae da Serra Negra. Foram registradas oito espécies pertencentes a três gêneros, sendo Agarista e Gaylussacia os mais ricos, com quatro e três espécies respectivamente, e Gaultheria representado por apenas uma espécie. São apresentadas chaves de identificação, descrições das espécies, ilustrações de caracteres diagnósticos e comentários de distribuição geográfica, ecológicos e taxonômicos.


Rodriguésia ◽  
2012 ◽  
Vol 63 (4) ◽  
pp. 785-793 ◽  
Author(s):  
Saulo Moreira Dutra ◽  
Fátima Regina Gonçalves Salimena ◽  
Luiz Menini Neto

Apresenta-se o estudo taxonômico de Annonaceae na Serra Negra, a qual abrange os municípios de Rio Preto, Olaria, Santa Bárbara do Monte Verde e Lima Duarte no estado de Minas Gerais. Foram registradas sete espécies pertencentes a três gêneros: Annona dolabripetala, A. mucosa, A. sylvatica, Guatteria australis, G. pohliana, G. sellowiana e Xylopia brasiliensis. São apresentadas chave de identificação, descrições, ilustrações, comentários taxonômicos, ecológicos e de distribuição geográfica para as espécies.


2008 ◽  
Vol 25 (1) ◽  
pp. 89-99 ◽  
Author(s):  
Hélio R. da Silva ◽  
Piktor Benmaman

Descrevemos uma nova espécie de Hylodes da Serra Negra, Município de Santa Bárbara do Monte Verde, Minas Gerais, sudeste do Brasil. A nova espécie pertence ao grupo Hylodes lateristrigatus, apresentando as seguintes características distintivas: corpo pequeno, focinho truncado em vistas dorsal e lateral, escudos da superfície dorsal dos discos dos dedos pouco desenvolvidos, superfície dorsal do corpo e coxas marrom-oliváceo com manchas escuras no dorso e listras nas patas traseiras. A nova espécie se distingue das demais do grupo pelo número de notas e características físicas do canto de anúncio e por vocalizar tanto de dia quanto à noite. Este é o primeiro registro de vocalização noturna para o gênero. Apresentamos descrições da vocalização e informações sobre a história natural da nova espécie. Discutimos a distribuição das espécies do gênero Hylodes, em relação às principais serras do leste do Brasil e seus sistemas de drenagem atuais.


2009 ◽  
Vol 9 (3) ◽  
pp. 151-156 ◽  
Author(s):  
Pedro Henrique Nobre ◽  
Alexmar dos Santos Rodrigues ◽  
Igor de Almeida Costa ◽  
Artur Emílio da Silva Moreira ◽  
Hugo Henrique Moreira

A face sul da região da Serra Negra está localizada entre os municípios de Rio Preto e Santa Bárbara do Monte Verde no estado de Minas Gerais. A região é marcada por um relevo montanhoso e vegetação formada por Floresta Ombrófila Densa. Os estudos foram conduzidos em altitudes entre 800 a 1.200 m onde os morcegos foram capturados em redes de neblina instaladas principalmente no interior e borda de mata. Durante um período de 14 meses e um esforço de captura de 22.140 m²r.h, foram capturados 246 morcegos pertencentes a 15 espécies, 13 gêneros e 2 famílias: Phyllostomidae (12 espécies) e Vespertilionidae (3 espécies). A espécie Sturnira lilium foi a mais freqüente com 33,7% das capturas, seguida por Carollia perspicillata com 21,1%, Desmodus rotundus com 19,1% e Artibeus lituratus com 16,3%. Em análise de agrupamento realizada entre a fauna de Chiroptera da face sul da Serra Negra com outros levantamentos, a área de estudo se mostrou similar a fauna de morcegos do Parque Nacional da Serra dos Órgãos.


Author(s):  
M. G. Lemos ◽  
T. Valente ◽  
A. P. Marinho-Reis ◽  
R. Fonsceca ◽  
J. M. Dumont ◽  
...  

Phytotaxa ◽  
2021 ◽  
Vol 510 (1) ◽  
Author(s):  
LUDOVIC JEAN CHARLES KOLLMANN ◽  
PAULO MINATEL GONELLA

Begonia piranga (Begoniaceae) is a new narrowly endemic species from the campos rupestres of Serra do Padre Ângelo, a quartzitic massif in Conselheiro Pena, eastern Minas Gerais state, Brazil. Description, diagnosis, taxonomic comments, detailed illustrations, field photographs, and a provisional IUCN Red List Assessment are provided. The new species is considered Critically Endangered due to its restricted occurrence in high elevation rock outcrops, small population size, and decline in the quality of the habitat. Begonia vasconcelosiana, another Critically Endangered species, is also newly reported here for Serra do Padre Ângelo. These discoveries add to the increasing list of novelties from Serra do Padre Ângelo, reinforcing the urge for conservation actions to protect the endemic flora of this Serra and other areas of campos rupestres in eastern Minas Gerais state.


Phytotaxa ◽  
2021 ◽  
Vol 482 (3) ◽  
pp. 297-299
Author(s):  
CASSIO VAN DEN BERG ◽  
LUIZ MENINI NETO

Pseudolaelia Campos Porto & Brade (1935: 209) is a small orchid genus in subtribe Laeliinae. Its phylogenetic affinities place it near several small, endemic genera which constitute an isolated lineage in eastern Brazil, together with Adamantinia Van den Berg & Gonçalves (2004: 231), Constantia Barbosa Rodrigues (1877: 78), Isabelia Barbosa Rodrigues (1877: 75) and Leptotes Lindley (1833: t. 1625). All these genera have comparatively fewer species within the subtribe, and the main centre of distribution are the Brazilian Campos Rupestres, and other granitic rocky outcrops in the Brazilian States of Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro and Bahia. Also, several species in Pseudolaelia, Constantia and Leptotes are epiphytes on Vellozia sp., considered a very specialized type of epiphytism (van den Berg et al. 2006, Porembsky 2008).


Phytotaxa ◽  
2021 ◽  
Vol 505 (2) ◽  
pp. 187-200
Author(s):  
LIVIA ECHTERNACHT ◽  
MAURÍCIO TAKASHI COUTINHO WATANABE ◽  
CAROLINE OLIVEIRA ANDRINO

Two new micro-endemic species of Eriocaulaceae are described from the Campos Rupestres of Serra Nova State Park, a conservation unit located in the Espinhaço Range in northern Minas Gerais state, Brazil. Herein we provide descriptions, illustrations, photographs and maps, together with notes on morphology, distribution, phenology, taxonomy, and conservation. Paepalanthus ferrugineus is distinguished mainly by the reddish-brown involucral bracts, surpassing the floral disc, with the apex attenuate and tufted adaxially, tufted sepals and hairy petals. Syngonanthus polyaxis is easily differentiated by the inflorescence architecture with three morphologically distinct axial parts. Both species are considered Critically Endangered according to the IUCN Red List criteria.


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