scholarly journals Variação espaço-temporal de populações de Hypnea musciformis (Rhodophyta, Gigartinales) na baía de Sepetiba e Armação dos Búzios, RJ, Brasil

1998 ◽  
Vol 12 (3 suppl 1) ◽  
pp. 465-483 ◽  
Author(s):  
Renata Perpetuo Reis ◽  
Yocie Yoneshigue-Valentin

Três populações de Hypnea musciformis foram analisadas ao longo do Estado do Rio de Janeiro; duas epifíticas, sublitorâneas, localizadas na baía de Sepetiba (município de Mangaratiba) e uma epilítica, litorânea, localizada em praia exposta a mar aberto (praia Rasa, município de Armação de Búzios). Essas populações foram analisadas quanto à produção de biomassa, flora acompanhante e as possíveis interações com alguns fatores ambientais. As biomassas de H. musciformis variaram nos três locais, não havendo padrão sazonal comum. Observou-se que a movimentação de água, insolação, flora acompanhante e a relação entre a epífita e o hospedeiro, Sargassum spp., causaram efeitos diferenciados sobre a produção das biomassas nas diferentes populações.

2003 ◽  
Vol 17 (2) ◽  
pp. 279-286 ◽  
Author(s):  
Renata Perpetuo Reis ◽  
Marta Correa Ramos Leal ◽  
Yocie Yoneshigue-Valentin ◽  
Frederico Belluco

O melhor conhecimento da ação de fatores biológicos sobre o crescimento de Hypnea musciformis (Wulfen in Jacqu.) J. V. Lamour. torna-se um aspecto premente visando a otimização do manejo e a conservação dessa espécie de interesse comercial. Uma vez que as espécies de Sargassum C. Agardh são consideradas importantes substratos para a fixação de H. musciformis, durante 18 meses, foram realizadas amostragens do tipo destrutiva, em uma população natural de H. musciformis epífita sobre Sargassum spp., em três profundidades de um costão rochoso no Rio de Janeiro. Obteve-se relação positiva entre as biomassas de ambos os gêneros, além da preferência destes pelo ambiente sublitorâneo. Visto a usual presença de mesoherbívoros (Amphipoda) nos talos dessas algas, a ação da herbivoria em H. musciformis e S. cymosum var. nanum foi testada em experimento in vitro. A herbivoria foi confirmada para ambos os táxons e a maior taxa de crescimento de H. musciformis favoreceu o crescimento de S. cymosum var.nanum, diminuindo o ataque de mesoherbívoros por ser alimento disponível. Observou-se também que não houve inibição do crescimento de H. musciformis por S. cymosum var.nanum. Sendo assim, recomenda-se que a colheita de H. musciformis para fins comerciais em bancos naturais de Sargassum spp. seja manejada para não causar danos às comunidades marinhas bentônicas.


2008 ◽  
Vol 25 (4) ◽  
pp. 662-673 ◽  
Author(s):  
Bruno P. Masi ◽  
Ilana R. Zalmon

O presente estudo pretende comparar a distribuição vertical da comunidade bêntica na zona entremarés em dois locais compostos por matacões graníticos caracterizados por hidrodinâmica distinta, reflexo da diferença na orientação dos molhes nas praias do Farol de São Tomé (Píer) e na Barra do Furado (Barra), norte do Estado do Rio de Janeiro. Quadrados de 400 cm² foram sobrepostos ao longo de três perfis verticais de ambos os sítios e amostrados através do método de fotoquadrats, desde o nível 0,2 m da maré até o limite superior de Littorina spp. O limite superior dos organismos marinhos foi ampliado na Barra (3,8 m) em relação ao Píer (2,2 m). Quanto à composição taxonômica, nove espécies foram comuns. Chaetomorpha sp., Chondracanthus teedii (Mertens ex Roth) Fredericq e Grateloupia sp. foram exclusivas na Barra, enquanto Tetraclita stalactifera (Lamarck, 1818), Fissurella clench, Gracilaria domingensis (Kützing) Sonder ex Dickie e Hypnea musciformis (Wulfen in Jacqu.) Lamouroux ocorreram somente no Píer. Em ambos os locais, a riqueza e a diversidade de espécies foram superiores nos quadrados intermediários. Os maiores valores foram registrados na Barra. As maiores diferenças nos agrupamentos entre faixas equivalentes de locais distintos ocorreram na faixa eulitorânea superior, seguida pela faixa eulitorânea inferior e franja sublitorânea. Apenas a orla litorânea não revelou diferença significativa entre os locais, mas uma maior extensão desta franja e da faixa eulitorânea superior era bastante evidente. As demais faixas na Barra do Furado foram caracterizadas em grande parte por espécies típicas de ambientes mais expostos como Chaetomorpha sp. na faixa eulitorânea superior e Perna perna (Linnaeus, 1758) na eulitorânea inferior, além de C. teedii e Ulva fasciata Delile, 1813 na franja sublitorânea. No Píer, as diferentes faixas apresentavam distribuição eqüitativa, refletindo um ambiente menos estressante. As diferenças observadas na distribuição vertical dos organismos bênticos, principalmente na extensão das faixas superiores, evidenciam condições de exposição a ondas variáveis.


2018 ◽  
Vol 11 (3) ◽  
pp. 317-328 ◽  
Author(s):  
Verônica C. Araujo ◽  
Christina M. B. Lima ◽  
Eduarda N. B. Barbosa ◽  
Flávia P. Furtado ◽  
Helenice Charchat-Fichman

2010 ◽  
pp. 170-181
Author(s):  
Maria Izabel Oliveira Szpacenkopf
Keyword(s):  

Author(s):  
S Rego ◽  
J Costa ◽  
A Mesquita ◽  
C Brasil ◽  
H Dohnann
Keyword(s):  

Author(s):  
Donald Worster

Frontier and Western History in Central Brazil Dutra e Silva, S. No Oeste, a terra e o céu: a expansão da fronteira agrícola no Brasil Central (Rio de Janeiro: Mauad X, 2017)


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