O presente artigo trata da expressão poética e literária, entremeada por reflexões filosóficas e pedagógicas, sobre os processos de assujeitamento e as subjetivações de um professor na escola pública durante dois anos letivos de experiência como docente de Seminários Integrados e Projetos. No texto, influenciado por Bachelard, Barthes, Cioran, Corazza, Feyerabend, Montaigne, Nietzsche, Sloterdijk, Tristan Tzara, são elaboradas escrituras heréticas e trágicas. São expressos os tensionamentos sofridos pelo autor, que também foi o sujeito da pesquisa, no decurso da vivência que causou profundas modificações no seu ser/fazer docente e redefinições epistemológicas. É um texto sagrado ao devaneio, veículo da significação de elementos da memória como objeto de estudo para alargamentos poéticos e literários sobre o ensino em uma perspectiva pluralista e transgressora. Os contrastes de claro e escuro permitem dimensionar o relevo e descrever a topologia dos (des)caminhos de um professor que, entre ciência e arte, escolhe ambas. Trata-se de um texto noturno, porém capaz de lançar luz sobre nós górdios da Educação através da lucidez que somente a loucura é capaz de forjar.