Telemonitoramento em enfermagem: contribuições para autonomia de pessoas com diabetes mellitus tipo 2

2020 ◽  
Vol 9 (7) ◽  
pp. e313973953
Author(s):  
Cintia Araújo Duarte ◽  
Lina Marcia Migueis Berardinelli ◽  
Vera Maria Sabóia ◽  
Mauro Leonardo Salvador Caldeira Santos ◽  
Luiza de Lima Beretta

Objetivos: analisar o conhecimento e as expectativas dos participantes em relação ao diabetes e sua saúde; discutir a repercussão do telemonitoramento para o autocuidado desse grupo específico. Método: Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, de abordagem participativa, desenvolvida em 2018, no ambulatório da Policlínica Piquet Carneiro, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com 14 participantes. A produção de dados foi por meio do Mapa Falante, Telemonitoramento e Entrevista. A organização e categorização dos achados seguiram a orientação de análise temática de Bardin. Resultados: Emergiram três categorias: Conhecimento, expectativas e desejos de saúde; A tecnologia do telemonitoramento na perspectiva dos participantes; A repercussão do telemonitoramento no autocuidado. Os achados foram discutidos e analisados com a literatura pertinente e à luz da teoria freireana. Conclusão: As estratégias educativas em saúde adotadas permitiram desconstruir e reconstruir o conhecimento sobre o processo saúde-doença, identificando as falhas, dificuldades e monitoramento do ensino aprendizagem. O telemonitoramento em enfermagem é uma tecnologia viável, possibilita maior aproximação, disponibilidade para o acompanhamento a distância, esclarecimento de dúvidas, conscientização para o autocuidado e boas práticas de saúde. Pode-se afirmar que essa tecnologia permitiu apoiar e fortalecer as práticas de autocuidado às pessoas com DM2, empoderando-as sobre comportamentos saudáveis.

2014 ◽  
Vol 19 (6) ◽  
pp. 1673-1684 ◽  
Author(s):  
Luiz Villarinho Pereira Mendes ◽  
Vera Lucia Luiza ◽  
Mônica Rodrigues Campos

Este estudo tem como objetivo o uso racional de medicamentos (URM) entre indivíduos com Hipertensão Arterial (HA) e/ou Diabetes Mellitus (DM) atendidos em unidades básicas de saúde no município do Rio de Janeiro. Trata-se de estudo transversal utilizando os dados de inquérito domiciliar realizado de janeiro a fevereiro de 2010. Foram elaborados indicadores para mensurar a taxa de adesão ao tratamento, automedicação e cuidados domiciliares relacionados aos medicamentos. O tratamento dos dados incluiu análise uni e multivariada. Dos 547 pacientes entrevistados, 77,5% relataram não costumar deixar sobrar medicamentos e 80,3% relataram não costumar esquecer de tomá-los. Quase a totalidade dos entrevistados relataram apenas tomar medicamentos prescritos por prescritores. Metade dos pacientes não tinham medicamentos com validade vencida ou embalagem danificada no domicílio. Os testes estatísticos mostraram que houve maior uso racional entre hipertensos, indivíduos casados, que trabalham, que referem receber orientações de seu médico sobre dieta e exercício físico e que não faltaram a consultas na unidade básica de saúde nos 6 meses anteriores à pesquisa. O achados reforçam a importância da atenção primária em saúde para a promoção do URM.


2012 ◽  
Vol 15 (1) ◽  
pp. 134-142 ◽  
Author(s):  
Angela Maria Cascão ◽  
Antônio José Leal Costa ◽  
Pauline Lorena Kale

OBJETIVO: Avaliar a qualidade do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) em uma coorte especial de pacientes hospitalizados pelo Sistema Único de Saúde (SIH-SUS) que sofreram amputação de membros inferiores (AMI) devido ao diabetes mellitus (DM) em 2000, e comparar a mortalidade por causas da coorte com a da base populacional do Estado do Rio de Janeiro (ERJ) de 2000 a 2003. MÉTODOS: Os dados foram gerados a partir do relacionamento entre as bases de dados do SIH-SUS (2000) e do SIM (2000-2003). Foram excluídos os registros de indivíduos com menos de 30 anos e para análise de menção de DM, óbitos por causa básica (CB) não natural. A mortalidade foi analisada segundo causas da coorte especial e da base populacional. Os marcadores de qualidade do SIM na coorte foram a proporção de causas mencionadas de morte por DM e a proporção de CB mal definidas (MD) e, na base populacional, apenas o último. RESULTADOS: 38,0% dos indivíduos da coorte (n = 977) morreram nos quatro anos subsequentes à AMI devido ao DM, sendo que 49,1% desses no primeiro ano. As doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (41,5%), do aparelho circulatório (28,5%) e as causas MD (8,1%) foram as primeiras CB de morte. O DM foi mencionado 41,0% como CB, 1,6% como causa consequencial e 10,0% como contribuinte entre os óbitos pelas demais CB naturais nas declarações de óbito. Na base populacional, a mortalidade proporcional por causas MD foi 11,8% . CONCLUSÃO: O elevado risco de morte, o perfil de causas de morte e a sub-declaração do DM no atestado de óbito dos diabéticos tiveram resultados semelhantes aos de outros estudos de base populacional. A qualidade da certificação das causas de morte preenchidas nas declarações de óbito da coorte especial foi considerada ruim. É necessário um grande investimento para melhorar a qualidade da certificação das causas de mortes com o correto preenchimento do atestado de óbito pelos médicos e da codificação das causas de morte e seleção da CB pelos técnicos dos serviços de saúde. A metodologia desenvolvida neste estudo visando qualificar o SIM (relacionamento de base de dados e causas múltiplas de morte) mostrou-se efetiva e eficiente.


2021 ◽  
Vol 10 (7) ◽  
pp. e34110716717
Author(s):  
Pablo Alexandre Silva ◽  
Silvia Regina Carvalho de Souza da Silva ◽  
Beatriz Neves Borges ◽  
Jéssica do Nascimento Rezende ◽  
Leila Vianna dos Reis ◽  
...  

Os CAPS II são Centros de Atenção Psicossocial tem como objetivo reinserir o sujeito na sociedade, promover autonomia e um cuidado de maneira integral ao sujeito. Deste modo, observamos que muitos usuários inseridos nestes serviços são portadores de Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNTs), que de modo geral são relacionadas a causas múltiplas e diversos fatores de risco que influenciam no cotidiano, do ponto de vista econômico à qualidade de vida destes indivíduos. Os objetivos do presente estudo são: traçar o perfil dos usuários atendidos no CAPS; verificar a prevalência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis com enfoque na Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e no Diabetes Mellitus (DM), na amostra apresentada; identificar os fatores de risco presentes na amostra estudada para desenvolvimento das DCNTs. Trata-se, portanto, de um estudo documental, exploratório descritivo e retrospectivo com análise quantitativa. A coleta se deu de modo retrospectivo pelas fichas de acolhimento de uma unidade de CAPS II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, no período de março a agosto de 2020. A amostra foi composta por 81 usuários, onde destes apenas 29 tinham registros sobre DCNTs em suas fichas, com taxa de prevalência de 35,8%, a maior taxa se deu em indivíduos do sexo feminino, 40%. Conclui-se a necessidade de dinamização das informações acerca do estado clínico de cada usuário a fim de fornecer uma assistência integral, voltada à promoção de saúde e continuidade no cuidado de pessoas com transtornos mentais.


2016 ◽  
Vol 32 (12) ◽  
pp. 1210-1218 ◽  
Author(s):  
Rodrigo C. Moreira ◽  
Antonio G. Pacheco ◽  
Adelzon Paula ◽  
Sandra W. Cardoso ◽  
Ronaldo I. Moreira ◽  
...  

2020 ◽  
Vol 9 (9) ◽  
pp. e163996748
Author(s):  
Raquel Magalhães de Azeredo Granadeiro ◽  
Selma Petra Chaves Sá ◽  
Barbara Pompeu Christovam ◽  
Renê dos Santos Spezani ◽  
Daniel da Silva Granadeiro

Objetivos: analisar os fatores de risco para hipoglicemia em pacientes críticos que utilizam Infusão Contínua de Insulina (ICI) encontrados nos prontuários de pacientes internados em uma Unidade de Terapia Intensiva e descrever o conhecimento dos enfermeiros acerca dos fatores de risco para hipoglicemia em pacientes críticos em uso de ICI. Metodologia: Estudo quanti-qualitativa do tipo descritivo e exploratório. O cenário UTI de um hospital público estadual no Rio de Janeiro. A amostra contou com prontuários e enfermeiros. Resultados: fatores de riscos nos prontuários: atraso na glicemia horária; drogas vasoativas; falência orgânica; diabetes mellitus, sepse; hemodiálise; insuficiência renal aguda ou crônica; dieta zero/oral e doença hepática. Os enfermeiros relataram suporte nutricional inadequado ou ausente, atrasos nas aferições glicêmicas, ajustes inadequados do protocolo de insulina e instabilidade hemodinâmica são fatores de risco para hipoglicemia na ICI. Considerações finais: É necessário o conhecimento dos enfermeiros acerca dos fatores de risco para hipoglicemia durante ICI.


2021 ◽  
Vol 11 (66) ◽  
pp. 6335-6348
Author(s):  
Amanda Helena Gil Alves ◽  
Geiza Martins Barros

Descrever o perfil sociodemográfico e obstétrico de mulheres, na presença do Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) em uso de insulina, em uma Maternidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Método: Estudo descritivo, quantitativo, transversl e documental, constituído de 126 prontuários. Principais Resultados: A amostra teve maior percentual (57,94%) do DMG com necessidade de uso de insulina em mulheres jovens, não tabagistas (94,44%), nem etilistas (92,06%), sedentárias (84,92%), obesas (65,85%), multíparas (75,40%), com número mínimo de 6 consultas de pré-natal recomendado pelo Ministério da Saúde e, cesariana como principal via de nascimento (74,61%). Houve presença de comorbidades associadas à DMG (52,38%), mas com baixo percentual de complicações durante a gestação (23,81%) e ausência de natimortalidade. Conclusão: Faz-se necessário que mais estudos sejam realizados na unidade, com o intuito de desvelar mais fatores associados ao perfil de gestantes com DMG e a realização de cesarianas.  


2021 ◽  
Vol 11 (68) ◽  
pp. 7167-7178
Author(s):  
Brenda Freitas Pontes ◽  
Rosana De Carvalho Castro ◽  
Jane Baptista Quitete ◽  
Mariana Tavares da Silva ◽  
Sthefany Suzana Dantas da Silveira ◽  
...  

Objetivo: Descrever os fatores de risco para COVID-19 de idosas atendidas em um Consultório de Enfermagem. Método: Pesquisa descritiva, quantitativa, utilizando dos dados contidos nos prontuários das mulheres atendidas no Consultório de Enfermagem de uma Universidade Pública do estado do Rio de Janeiro, de 2017 a 2019. Resultados: Analisados 303 prontuários, revelando que 25,2% possuem 60 anos ou mais. Destas, 51,2% são solteiras e 45,7% brancas. Em relação í s doenças crônico-degenerativas 29,7% das mulheres idosas possuem doenças crônicas como Hipertensão Arterial (61,5%), Diabetes Mellitus (9,6%) e Câncer (9,6%). O sobrepeso incidiu em 42,1% e, 62,5% aderiram í  imunização para influenza no último ano. Conclusão: Constatou-se que as mulheres idosas atendidas no consultório possuem fatores de risco para COVID-19, tais como: sobrepeso, doenças crônico-degenerativas e baixa adesão para imunização. Devemos fortalecer a conscientização sobre a gravidade da doença com ações de promoção da saúde e prevenção da doença COVID-19.


2017 ◽  
Vol 7 (2) ◽  
pp. 61-67 ◽  
Author(s):  
Natasha Reis Lozovey ◽  
Elisa Baranski Lamback ◽  
Raissa Barros Mota ◽  
Michelle Botelho Caarls ◽  
Leonardo Vieira Neto

2017 ◽  
Vol 8 (2) ◽  
pp. 36
Author(s):  
Natália Avila Souza ◽  
Luísa Fernandes Rivelli Cardoso ◽  
Maria Cristina Almeida Souza

A Universidade Severino Sombra, em Vassouras, no Estado do Rio de Janeiro, desenvolve projetos de extensão que contribuem positivamente para a qualidade de vida da população. Entre as ações de extensão universitária, destacam-se as viabilizadas pelo projeto Ipiranga, por meio do qual os alunos realizam ações de promoção em saúde e prevenção às doenças, bem como atividades assistenciais relacionadas ao primeiro nível de atenção à saúde. Entre as ações realizadas pelos alunos, inclui-se a pesquisa sobre os medicamentos mais utilizados pelos moradores participantes do projeto, correlacionando seus resultados à prevalência de agravos. O objetivo deste estudo é verificar os medicamentos de uso prevalente pela população assistida pelo projeto Ipiranga. Trata-se de uma pesquisa observacional e transversal, cuja coleta de dados foi realizada durante os meses entre setembro de 2016 e abril de 2017, por meio de um questionário estruturado contendo 7questões objetivas. A amostra foi composta por 34 pessoas, das quais 65% eram do gênero feminino. A idade dos participantes variou de 11 a 85 anos. Os medicamentos de uso mais prevalente foram losartana potássica (42%), hidroclorotiazida (27%), metformina (19%) omeprazol (19%) e nifedipina (11%). Conforme evidenciado, a prevalência da utilização de medicamentos de uso contínuo entre os participantes deste estudo tem como principal indicação médica as doenças crônicas não transmissíveis, como a hipertensão arterial sistêmica e o diabetes mellitus. A maioria dos medicamentos utilizados por essa população, sobretudo aqueles de uso mais prevalente, consta na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME).


2020 ◽  
Vol 11 (2) ◽  
pp. 10-18
Author(s):  
Lilian Maria Borges Gonzalez ◽  
Kelly Cristina Nascimento

No contexto da Atenção Básica à Saúde, ocorrem ações integradas de educação e cuidado a pessoas com doenças crônicas através de ações das equipes de Saúde da Família, o que inclui o trabalho dos agentes comunitários de saúde. Espera-se que esses agentes disponham de conhecimentos e habilidades para favorecer a promoção de saúde e a prevenção e controle de doenças na população atendida. O objetivo do estudo foi investigar o manejo por agentes comunitários de saúde de aspectos psicossociais que influenciam a adesão aos tratamentos de usuários com Hipertensão Arterial e/ou Diabetes Mellitus. Participaram dezesseis agentes comunitários atuantes em um município do estado do Rio de Janeiro, divididos em três grupos focais. Os dados coletados foram categorizados e analisados conforme a Análise de Conteúdo de Bardin. Os resultados mostraram que, para lidar com problemas de adesão, os participantes utilizavam repertório de ação diversificado, estratégico e criativo, voltado tanto para a intervenção direta com os usuários como para a busca de apoio junto a outros profissionais e a familiares. A participação no grupo focal revelou-se uma oportunidade de reflexão e aperfeiçoamento profissional, possibilitando a troca de experiências entre os agentes comunitários e uma maior conscientização sobre a importância de suas práticas.


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