scholarly journals PERFURAÇÃO DE INTESTINO DELGADO NO TRAUMA ABDOMINAL FECHADO: A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE

2021 ◽  
Author(s):  
Ligia Helena Mendes ◽  
Andre Ambrosio Pires Oliveira ◽  
Marcela Barbosa Pereira Coeli ◽  
Lucas Parma Caputo ◽  
Marcos Augusto De Carvalho
Keyword(s):  
De Se ◽  

Introdução: Trauma é uma das causas líderes de morte e incapacidade. Cerca de 30% das mortes ocorrem poucas horas após o trauma. Lesões de intestino delgado são pouco frequentes, sendo o mecanismo de trauma e o alto grau de suspeita clínica os melhores guias para o diagnóstico precoce. Objetivos: Conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce no trauma abdominal fechado a fim de se obter um bom prognóstico. Material e métodos: Atendida em Hospital de Pronto Atendimento uma paciente feminina, 55 anos, trazida pelo Samu, vítima de acidente automobilístico com colisão frontal, em uso de cinto de segurança. Glasgow 15 e estabilidade hemodinâmica. Abdômen doloroso à palpação difusamente, com sinais de irritação peritoneal. TC evidenciando pneumoperitônio e líquido livre na cavidade abdominal. Em laparotomia exploradora, encontradas lacerações em meso e delgado em três locais, com perfuração completa em uma delas. Realizada enterectomia com duplo grampeamento e lavagem da cavidade com soro fisiológico aquecido. Assistida em Centro de Terapia Intensivo (CTI) e enfermaria, apresentou boa evolução, com alta hospitalar após sete dias. Resultados: Embora perfurações de delgado sejam raras em Trauma Abdominal Fechado (TAF), a suspeita diagnóstica deve ser prévia em casos de colisão. A desaceleração pode acarretar em estiramento nos pontos de fixação de vísceras, ângulo de Treitz e região ileocecal, além de abrupta compressão localizada por uso de cinto de segurança. Sinais de irritação peritoneal contribuíram para a suspeita diagnóstica, com possível investigação através de TC. Pneumoperitônio e líquido livre em cavidade foram determinantes para elucidação diagnóstica. A agilidade entre a avaliação clínica inicial e a abordagem cirúrgica possibilitou uma melhor condição metabólica para a recuperação completa da paciente. Conclusão: Na abordagem de pacientes de traumas de alta energia cinética, é preciso investigar a possibilidade de lesões abdominais graves, ainda que pouco frequentes. A suspeita diagnóstica deve ser precoce e complementada por exame de imagem quando possível e indicado. A abordagem cirúrgica imediata é relevante para a reabilitação do paciente.

Author(s):  
Fábio Enrique Lemos Budiño ◽  
Maria Cristina Thomaz ◽  
Rodolfo Nascimento Kronka ◽  
Fernanda Marcussi Tucci ◽  
Alessandro Luís Fraga ◽  
...  
Keyword(s):  
De Se ◽  

No Experimento 1 foram utilizados 50 leitões desmamados aos 21 dias de idade, alimentados com cinco dietas: T1 - Dieta Basal; T2 - Dieta Basal + Antibiótico; T3 - Dieta Basal + Probiótico; T4 - Dieta Basal + Prebiótico; T5 - Dieta Basal + Simbiótico. As variáveis estudadas foram ganho de peso, consumo de ração e conversão alimentar na Fase 1 (21 a 43 dias de idade), Fase 2 (44 a 57 dias de idade) , Fase 3 (58 a 70 dias de idade) e Fase Total (21 a 70 dias de idade). Durante o período do experimento de desempenho foi conduzido um levantamento de escores fecais, com o objetivo de se verificar a incidência de diarréia. No Experimento 2, foram utilizados 44 leitões, desmamados aos 21 dias, submetidos às mesmas dietas do Experimento 1. Os leitões foram abatidos em três idades diferentes (dia do desmame, sete e 14 dias pós-desmame). Foi coletado um segmento do intestino delgado para análise de coliformes totais. Melhores resultados de desempenho foram obtidos com a utilização do prebiótico e simbiótico. Não houve diferenças em relação à incidência de diarréia entre os tratamentos estudados. A adição de probiótico e/ou prebiótico na dieta preveniu o aumento na colonização por bactérias patogênicas dos sete para os 14 dias pós-desmame.


Author(s):  
Fernando Augusto Garcia Guimarães ◽  
Murched Omar Taha ◽  
Djalma José Fagundes
Keyword(s):  
De Se ◽  

RACIONAL: Não há ainda um método que mantenha adequadamente e por tempo prolongado a qualidade e a função do intestino delgado a ser transplantado, apesar da existência de várias modalidades de preservação. Há necessidade de se desenvolver e aprimorar novas opções técnicas. OBJETIVO: Recuperar os artigos que estudaram a aplicação da oxigenação hiperbárica (OHB) como técnica de preservação do intestino delgado destinado para transplante, procurando determinar qual a contribuição do método no prolongamento do tempo e qualidade dessa preservação. MÉTODOS: Utilizou-se a base de dados do Medline e da Scielo consultada nos sites www.pubmed.com e www.bireme.br tendo sido selecionados 58 trabalhos pertinentes. A revisão mostrou que a preservação intestinal está associada ao uso de soluções que fornecem substrato oxidativo para a célula assim como acrescentam substâncias que evitam ou reduzem a formação de espécies reativas de oxigênio. A hipotermia e a oxigenação destas soluções preservadoras é de uso corrente e consensual. Nove trabalhos ativeram-se ao uso específico da OHB. Não há consenso sobre sua utilização em trabalhos experimentais. Contudo os estudos não são comparáveis, pois utilizam metodologias diversas e diferentes tipos de avaliação. Discute-se também a complexidade e os custos da OHB. Apesar disto, há indicações que a OHB pode prevenir o edema da hipotermia, manter a oxigenação tecidual durante a preservação e impedir ou diminuir a formação de radicais livres. CONCLUSÃO: A OHB deve ser avaliada como alternativa exclusiva ou complementar às técnicas de preservação, sendo campo fértil de investigação.


2006 ◽  
Vol 26 (4) ◽  
pp. 443-446
Author(s):  
Fernando Valério ◽  
Raul Cutait ◽  
Aytan Sipahi ◽  
Aderson Damião ◽  
Kátia Leite
Keyword(s):  
De Se ◽  

Apesar de se reconhecer que existe um maior risco de câncer em portadores de doença de Crohn (DC), até o presente momento foram descritos menos de 150 casos na literatura mundial. Os principais fatores de risco são a instalação precoce, a longa evolução da doença, a ocorrência de doença fistulosa crônica e a presença de alça exclusa comprometida. Relato de caso. Paciente MCAN, de 53 anos de idade, do sexo feminino, de cor branca, havia sido submetida à ileocolectomia direita aos 17 anos, por obstrução intestinal, decorrente de DC em íleo distal. Há um ano, devido a novo quadro obstrutivo, foi submetida a laparotomia exploradora quando se encontrou massa na região da anastomose ileocólica, caracterizada como adenocarcinoma mucossecretor. Discussão: Na maioria dos casos relatados, o câncer instala-se muitos anos após o início dos sintomas, ocorrendo em cerca de 80% dos pacientes após 20 anos do diagnóstico de DC. O tumor é habitualmente de crescimento insidioso e leva à obstrução intestinal. Apenas 10% dos pacientes sobrevivem dois anos livres da doença. O presente caso mostra características identificadas na maioria dos pacientes com DC que desenvolvem neoplasia de intestino delgado: tumor se desenvolvendo muitos anos após a instalação da enfermidade e com comportamento agressivo.


1998 ◽  
Vol 13 (3) ◽  
pp. 177-182 ◽  
Author(s):  
Lino Luis Sanches Larangeira ◽  
Murched Omar Taha ◽  
Andréia Ferme ◽  
Rodrigo Lemos ◽  
Hélio Plapler
Keyword(s):  
De Se ◽  

As diversas técnicas para o tratamento cirúrgico da Síndrome do Intestino Curto apresentam, ainda hoje, problemas de difícil resolução. De todas, as mais promissoras são o transplante de intestino delgado e o transplante de colo. Uma técnica intermediária que mostrou resultados controversos tanto clínicos como experimentais, é a interposição de segmentos de colo no trajeto do intestino delgado após extensas ressecções. Sua aplicação serve, todavia, como um meio de se estudar a adaptação do colo, inclusive visando os transplantes. Neste trabalho foi estudada a indução de tumores pela 1,2-dimetilhidrazina, sua localização e grau de atipia nos diferentes segmentos intestinais após ressecção de 80% do jejuno-íleo. Foram encontradas 24 lesões ao exame macroscópico após a décima sexta semana de pós-operatório. O número de lesões por animal variou de 0 a 9. Das 24 lesões encontradas, 20 estavam no colo (83,33%), sendo que 11 estavam localizadas no cólon proximal, 3 no cólon distal e 6 anorretais. No estudo histológico, a maioria das lesões era de grau III. Este trabalho mostrou que o método de indução de tumores pela 1,2-dimetilhidrazina é apropriado para o estudo de tumores intestinais em ratos.


2021 ◽  
Vol 13 (6) ◽  
pp. e7617
Author(s):  
Aurélio Rocha Batista de Oliveira ◽  
Amanda Lage Araújo Alves ◽  
Amanda Machado Ferreira ◽  
N´ájila Aélida Oliveira Viana ◽  
Raissa Dalat Coelho Furtado ◽  
...  
Keyword(s):  
De Se ◽  

Objetivo: Mostrar a importância de se considerar o íleo biliar como uma causa de abdome agudo obstrutivo. Detalhamento do caso: Paciente sexo masculino, 77 anos, admitido em unidade hospitalar com queixa de dor e distensão abdominal, vômitos e constipação. Colelitíase diagnosticada há 2 anos, sem tratamento. Realizou tomografia computadorizada de abdome e pelve que identificou distensão hidroaérea de intestino delgado e dilatação com retenção de fezes e líquidos dos cólons à montante de uma formação com configuração arredondada, densidade heterogênea, situada na porção proximal do sigmoide, medindo 3,3cm no maior diâmetro. Além disso, foi identificado ar na região da vesícula biliar, vias biliares e colédoco, com trajeto fistuloso bem definido entre o ângulo hepático do cólon e o leito da vesícula biliar. Fechado diagnóstico de abdome agudo obstrutivo devido a íleo biliar de cólon sigmoide. Realizada laparotomia com colecistectomia, colectomia direita e remoção do cálculo impactado. Considerações finais: O íleo biliar do cólon é uma causa rara de obstrução mecânica em intestino grosso, causada pela impactação de cálculo biliar em ponto de estreitamento colônico e deve ser considerado como causa de abdome agudo principalmente em idosos. A cirurgia é a base do seu tratamento.


1974 ◽  
Vol 8 (4) ◽  
pp. 209-216 ◽  
Author(s):  
Clementino Fraga Filho ◽  
Dejano T. Sobral ◽  
Milton R. Arantes

O objetivo do presente trabalho foi estudar as manifestações disabsortivas produzidas por infecção pelo Strongyloides stercoralis. Foram selecionados dois grupos de indivíduos, o primeiro de 40 doentes, com evidência de infecção pela demonstração do parasito nas fezes ou no suco duodenal centrifugado e o segundo de 15 indivíduos normais, que serviram como testemunhas. Os pacientes e os testemunhas foram estudados sob o aspecto clínico (distúrbios de ritmo intestinal, dispepsia, intolerância alimentar, dor epigástrica e emagrecimento), laboratorial (gordura fecal em 120 horas, taxa de excreção de d-xilose, carotenemia, prova de sobrecarga com lactcse, etc.), radiológico (velocidade de trânsito presença ou não de hipersecreção, fenômenos de floculação, cera ou segmentação) e histopatológico (presença ou não de congestão, edema, alargamento, ou diminuição de altura das vilosidades). De posse desses dados, foram os pacientes separados em subgrupos, na tentativa de se correlacionarem os quadros clínicos e laboratoriais com as alterações radiológicas e histológicas na estrongiloidose intestinal. Em 25% dos pacientes as manifestações datavam de mais de dois anos, em 20% menos que 6 meses, tendo sido, no entanto, impossível detectar em todos os pacientes o início da infecção pelo helminto. Quanto à avaliação laboratorial, os indivíduos normais excretaram, em média, 3,1 gramas de gordura fecal nas 24 horas, situando-se o grupo doente em níveis médios superiores a 5,5 g e tendo 10 pacientes perdido mais de 10 g nas 24 horas. Vale ressaltar a coexistência de excreção de gordura fecal alta e alterações morfológicas do intestino delgado. A determinação de gordura fecal, excretada em 24 horas, mostrou-se a prova mais fiel na avaliação de disabsorção intestinal secundária ao Strongyloides stercoralis. As demais provas laboratoriais não foram significativas nos vários subgrupos considerados. Tanto a histopatologia, como a radiologia do delgado mostraram-se modificadas nos pacientes com esteatorréia, variando desde alterações mínimas até as mais intensas.


2021 ◽  
Vol 28 ◽  
pp. 1-8
Author(s):  
Alexsander Ferraz ◽  
Camila Moura de Lima ◽  
Eugênia Tavares Barwaldt ◽  
Eduarda Santos Bierhals ◽  
Bruno Cabral Chagas ◽  
...  
Keyword(s):  
De Se ◽  

Platynosomum spp. é um trematódeo, da familia Dicrocoeliidae, que tem como hospedeiros definitivo, os felídeos, mas também pode parasitar primatas e aves silvestres. Animais que possuem o hábito de se alimentar de répteis ou anfíbios, são mais susceptíveis. Acomete principalmente o fígado e os ductos biliares, mas pode ser eventualmente encontrado também no intestino delgado, ductos pancreáticos, pulmões e outros tecidos. A fisiopatologia inclui quadro de colangite crônica, podendo se estender e acometer o parênquima hepático e culminar com colangiohepatite, fibrose biliar, cirrose e obstrução biliar. Os sinais clínicos variam conforme a gravidade do caso e a duração da infecção. As manifestações clínicas incluem anorexia, letargia, perda de peso, hepatomegalia, distensão abdominal e vômitos, podendo ocorrer, ainda, icterícia e alteração de consistência das fezes. Os gatos adultos, não domiciliados ou domiciliados com acesso à rua que possuem hábitos de caça, são mais predispostos. O diagnóstico definitivo pode ser feito através da pesquisa parasitológica e presença de ovos em análise coproparasitológica, pela identificação de ovos na bile e mais frequentemente através de histopatologia hepática. O tratamento consiste no uso de anti-helmínticos, sendo que o mais eficaz é o praziquantel. Além disso, medidas preventivas devem ser adotadas, como evitar que os gatos tenham acesso aos hospedeiros intermediários. O presente relato, consiste no diagnóstico coproparasitológico de platinosomose em dois felinos domésticos, no município de Pelotas, RS, Brasil.


2020 ◽  
pp. 30-33
Author(s):  
Keyword(s):  

Depuis le début de la crise sanitaire, la filière nucléaire ainsi que les autorités de contrôle ont modifié leur façon de travailler et d’inspecter, car il n’est pas toujours possible aux inspecteurs de se rendre sur les sites nucléaires ou dans les usines. La mise en oeuvre de nouvelles solutions d’inspections à distance s’inscrira probablement parmi les pratiques usuelles post-épidémie, pour une part des contrôles, l’inspection physique demeurant de toute façon incontournable pour un certain nombre d’opérations.


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