Molecular systematics of the South American rodent Calomys laucha (Cricetidae: Sigmodontinae), a reservoir of the Laguna Negra hantavirus

The small vesper mouse (Calomys laucha (Fischer, 1814)) (Cricetidae: Sigmodontinae) ranges widely in Brazil, Uruguay, Paraguay, Argentina, and Bolivia. The species is the reservoir of the Laguna Negra hantavirus (LNV) in Paraguay but not in Argentina, where it is one of the most abundant rodents in agro-pastoral ecosystems. To answer the question if the nominal species C. laucha constitutes a single genetic unit or if it presents genetic discontinuities that may relate to hosting LNV, we sequenced the cytochrome b (cyt b) gene of specimens from throughout the range of the distribution of the species. Phylogenetic analyses revealed two well-supported clades. Twenty-two sequences from Argentina, Paraguay, and Bolivia grouped in clade A, but three sequences from Uruguay and Brazil clustered in a quite divergent clade B. The genetic distance between the two groups is 5.75%. No significant differences between Argentinean, Paraguayan, and Bolivian specimens assigned to C. laucha were detected. The restricted distribution of LNV associated to C. laucha in central Paraguay could be explained by a “natural nidality” phenomenon.

Estresse oxidativo induzido por petróleo no ratinho-das-dunas: Calomys laucha (Rodentia, Cricetidae)

Calomys laucha é um pequeno roedor encontrado na América do Sul, em pastagens, áreas agrícolas, margem de estradas e campos de cultivo de cereais. No Brasil, a área de ocorrência do animal está concentrada em dunas costeiras do litoral gaúcho, onde se alimenta e constrói ninhos para reprodução, estando suscetível aos efeitos de atividades antrópicas na região costeira e marinha. O presente estudo teve por objetivo utilizar biomarcadores de dano oxidativo para investigar os efeitos do derrame simulado de petróleo em C. laucha. Os animais (n= 6 por tratamento) foram expostos a cinco diferentes concentrações de petróleo em substrato artificial: 0, 1, 2, 4 e 8 % (v/v). Aproximadamente 1 kg de substrato foi colocado no fundo das gaiolas e os animais machos foram expostos durante 14 dias, com acesso livre a água e ração comercial para roedores. Após esse período, foram recolhidos testículos, fígado e células sanguíneas (linfócitos) para investigação de dano oxidativo em lipídios e proteínas e da capacidade antioxidante contra radical peroxil (ACAP). Os animais expostos ao petróleo demonstraram aumento da peroxidação lipídica nos três homogeneizados analisados, mas as respostas de carbonilação de proteínas e a ACAP foram tecido-dependentes. Estes padrões de resposta distintos sugerem diferenças na distribuição do contaminante no organismo e/ou na capacidade do tecido-alvo em responder a presença dos agentes tóxicos e podem ser úteis para a compreensão dos mecanismos de toxicidade do petróleo em mamíferos silvestres. Por fim, o C. laucha demonstra ser um bom modelo biológico para prever impactos na interface zona costeira/ambiente marinho.