Revista (Con)Textos Linguísticos
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Published By Universidade Federal Do Espirito Santo

1982-291x, 2317-3475

2021 ◽  
Vol 15 (32) ◽  
pp. 180-200
Author(s):  
Glênia Aguiar Belarmino da Silva Sessa ◽  
Sandra Pereira Bernardo

Analisam-se processos cognitivos subjacentes ao sentido de cinco sinais adjetivos da Língua Brasileira de Sinais que expressam emoção, em uma abordagem cognitiva. Para cumprir tal objetivo, partiu-se das teorias da metáfora e da metonímia conceptuais, dos conceitos de corporificação e iconicidade cognitiva. Estruturas conceptuais, como esquema imagético, frames e espaços mentais, também compõem o arcabouço teórico deste trabalho. Tais sinais foram coletados do Dicionário Digital da Língua Brasileira de Sinais do Instituto Nacional de Educação de Surdos, caracterizando, portanto, uma abordagem lexical. Trata-se de parte de uma pesquisa mais ampla com estudo de oitenta sinais. Após a investigação, postularam-se as projeções metonímicas expressão não manual por emoção, intensidade/direção de movimento por emoção, contenção por emoção e contato por emoção para construção de sentido os adjetivos para emoção em Libras, considerando a relação entre os parâmetros de produção dos sinais e seus sentidos.


2021 ◽  
Vol 15 (32) ◽  
pp. 201-221
Author(s):  
Anderson Almeida da Silva

Neste artigo proponho uma discussão sobre os contextos discursivos e sintáticos em que há variação na leitura categorial dos sinais de apontação em libras, e os possíveis efeitos destes para alteração de propostas anteriores (ALMEIDA-SILVA, 2019; 2021) que fiz sobre a categorização das apontações em libras. Utilizando dados de diferentes tipos e fontes conseguimos identificar que: i. o contexto de produção dos sintagmas nominais, se ‘out-of-blue’ ou anafóricos, tem influência na leitura categorial dos sinais de apontação, mas que ii. a coordenação de nomes no espaço de sinalização não privilegia a leitura demonstrativa, como se hipotetizava. Por fim, a categorização proposta por Almeida-Silva (2019;2021) pode ser mantida sem prejuízos, apesar dos efeitos variacionais oriundos dos contextos supracitados.


2021 ◽  
Vol 15 (32) ◽  
pp. 49-68
Author(s):  
Aline Behling Duarte ◽  
Débora Medeiros da Rosa Aires ◽  
Tatiana Bolivar Lebedeff

Objetiva-se refletir sobre o uso de línguas de modalidades distintas e discutir as percepções de surdos quanto ao próprio status de bilíngues bimodais. Adotou-se uma visão holística (GROSJEAN, 2008a) para o bilinguismo, entendendo o bilíngue como um todo integrado que não pode ser separado, e não como a soma de dois monolíngues. Defendeu-se a ideia de que bilíngues, sejam unimodais ou bimodais, não têm necessariamente os mesmos níveis de proficiência em cada uma das habilidades e estão situados em um continuum linguístico (MOZZILLO DE MOURA, 1997; MACNAMARA, 1967). Foram adotados os pressupostos sobre ideologias linguísticas de Del Valle (2007), que as define como um sistema de ideias que articula noções ligadas à linguagem e formações culturais, sociais e políticas, e de Woolard (2007), cuja compreensão de ideologias inclui os aspectos sociais e o exercício de poder. Os resultados indicam que os informantes têm consciência de que a Libras é sua primeira língua (BAGGA-GUPTA, 2000), mesmo que a tenham adquirido tardiamente (SILVA, 2015). Porém, averiguou-se que muitos não se consideram bilíngues. Mesmo que tenham vivenciado situações em que ocorreram preconceitos, dificuldades de comunicação ou isolamento linguístico, percebeu-se que, em termos gerais, os informantes aferem valor positivo ao bilinguismo bimodal.


2021 ◽  
Vol 15 (32) ◽  
pp. 88-108
Author(s):  
Marília do Socorro Oliveira Araújo ◽  
Márcia Monteiro Carvalho ◽  
Rosângela do Socorro Nogueira de Sousa

Trata-se de uma discussão a respeito da vivência sob a medida do distanciamento social a partir da percepção de pessoas surdas e de uma pessoa surdocega. Objetivou-se analisar as representações discursivas da pessoa surda e surdocega acerca das medidas de distanciamento social, cujo resultado caracteriza um isolamento, seja ele anterior e/ou durante a pandemia da Covid-19. Teoricamente, o trabalho se baseia no conceito de Representação Social (MOSCOVICI, 2007) e, metodologicamente, recorre à Análise Crítica do Discurso (ADC). Caracteriza-se como uma pesquisa de cunho qualitativo e se desenvolveu analiticamente a partir da categoria Representação de Eventos (VIEIRA; RESENDE, 2016). Os resultados apontam uma representação negativa acerca do distanciamento social, que resulta em isolamento, sendo, do ponto de vista da pessoa surda e surdocega, um isolamento causado pela não interação linguística e/ou dificuldades de interação virtual devido à má qualidade da internet.


2021 ◽  
Vol 15 (32) ◽  
pp. 109-127
Author(s):  
Lucas Pazoline da Silva Ferreira ◽  
Lorena Gomes Freitas de Castro

A incorporação de hipermídia nas publicações científicas contemporâneas apresenta-se como uma possibilidade de refletirmos sobre uma comunicação científica inclusiva e acessível para os pesquisadores surdos. Assim, nosso estudo tem como objetivo analisar propostas nacionais de comunicação científica periódica em Libras (Língua Brasileira de Sinais). Para isso, catalogamos e examinamos diferentes materiais, a saber: documentos oficiais que orientam a produção e divulgação de conteúdo em Libras; e normas ou artigos de periódicos científicos que contemplam a publicação em Libras. Fundamentamos nosso trabalho nos estudos de Marques e Oliveira (2012), Braga (2013) e Ferreira (2014; 2017), dentre outros pesquisadores. Os resultados das análises apontam para a incipiência de orientações e normas oficiais de elaboração de conteúdo científico em Libras videossinalizada, em âmbito nacional. Além disso, há um quantitativo ínfimo de periódicos científicos que oferecem seus relatos de pesquisa acessíveis à comunidade surda. Sendo assim, apresentamos uma proposta de reestruturação e criação de periódicos bilíngues (Português-Libras ou Libras-Português), atrelada a um conjunto de características técnicas mínimas para produções videossinalizadas.


2021 ◽  
Vol 15 (32) ◽  
pp. 69-87
Author(s):  
Fernanda dos Santos Nogueira ◽  
Lucyenne Matos da Costa Vieira-Machado

Neste artigo, que se trata de um recorte de uma pesquisa intitulada “Intérprete Educacional Cosmopolita: práticas heterotópicas na relação com a comunidade surda”, problematizamos como o termo comunidade adjetivando a tradução/interpretação desenvolve possibilidades de compreensão nas relações entre o Intérprete Educacional (IE) e a comunidade surda. Foram entrevistados IE capixabas para dialogarmos sobre suas trajetórias, atuação como profissionais, as formas desenvolvidas para se relacionarem de algum modo com a comunidade. Também dialogamos com sujeitos surdos considerados referências na comunidade surda capixaba para discutirmos sobre como compreendem esse profissional na comunidade e se relacionam com ele. Para tal análise, trabalhamos com as noções de comunidade, estranho e assunto comunitário em Zygmunt Bauman, Alphonso Lingis e Gert Biesta. Partimos da hipótese de que a relação do IE com a comunidade surda cria efeitos que o coloca em outros fluxos quando sua atuação como profissional se coloca como assunto comunitário mesmo sendo institucionalizado.


2021 ◽  
Vol 15 (32) ◽  
pp. 29-48
Author(s):  
Angela Corrêa Ferreira Baalbaki

As fronteiras e os (des)encontros linguísticos entre nações vizinhas não se dão apenas por meio de línguas orais, mas também por meio das línguas de sinais. O presente artigo tem como objetivo apresentar algumas reflexões, a partir do quadro teórico da Análise de Discurso materialista (AD), em confluência com os estudos Semântica da Enunciação, sobre tais (des)encontros nas e das fronteiras, envolvendo o sujeito surdo e as línguas de sinais. Consideramos que as línguas de sinais participam da constituição do espaço de enunciação fronteiriço (STURZA, 2005), assim como do espaço de enunciação nacional (GUIMARÃES, 2006), no caso mais específico de surdos refugiados.


2021 ◽  
Vol 15 (32) ◽  
pp. 128-148
Author(s):  
Vinicius Nascimento ◽  
Nicolas Nascimento

Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa qualitativa, de caráter analítico-descritiva, que objetivou investigar o processo de interpretação intermodal do português para a Libras realizada em equipe a partir do gênero entrevista coletiva. O corpus foi coletado junto à equipe de intérpretes de Libras que atua no Programa Roda Viva da TV Cultura. A partir da triangulação teórica entre o pensamento bakhtiniano, os estudos da tradução e interpretação da língua de sinais (ETILS) e a ergologia, o estudo observou, por meio do dispositivo metodológico da autoconfrontação simples e cruzada, como os intérpretes, enquanto trabalhadores, observam, descrevem e analisam sua própria atividade interpretativa a partir do gênero em questão. Foram encontradas diferentes estratégias de interpretação como o uso de recursos linguístico-discursivos relacionados às características da Libras enquanto língua-alvo e o impacto da visualidade do cenário do programa na construção discursiva da língua-alvo, bem como aspectos diretamente relacionados com o gênero entrevista coletiva e com o trabalho em equipe como a importância da preparação, a influência do tempo durante a interpretação simultânea, as dramáticas do uso de si em relação às tomadas de decisão durante a atividade interpretativa e a manutenção das escolhas realizadas pelo intérprete de turno a despeito das sugestões do apoio.


2021 ◽  
Vol 15 (32) ◽  
pp. 166-179
Author(s):  
Gabriele Cristine Rech ◽  
Fabíola Sucupira Ferreira Sell

Este trabalho tem por objetivo investigar de que forma os nomes de personagens das obras literárias clássicas infantis são traduzidos da Língua Portuguesa para a Libras, tendo em vista a tradução intermodal de antropônimos ficcionais. Para tanto, parte-se dos estudos antroponomásticos e dos procedimentos de tradução de nomes fantasia da literatura infantil. Como procedimentos metodológicos foram selecionados 16 sinais de nomes traduzidos do português para a Libras de oito histórias clássicas da literatura infantil traduzidas por profissionais do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) em meados dos anos 2000 e disponíveis no site do instituto. Como resultados, os procedimentos de tradução mais produtivo foi rendition, isoladamente ou em combinação com outros procedimentos. Como conclusões, pode-se evidenciar que tiveram influência nas traduções tanto aspectos ligados às modalidades das línguas envolvidas no processo de tradução, bem como características próprias na nomeação na Libras, evidenciadas por estudos da antroponomástica das línguas de sinais.


2021 ◽  
Vol 15 (32) ◽  
pp. 149-165
Author(s):  
Saionara Figueiredo Santos
Keyword(s):  

O presente trabalho aborda as estratégias adotadas na tradução do texto de boas-vindas aos turistas surdos que visitam a Ilha do Campeche - Santa Catarina. O texto original (texto fonte) foi conseguido junto aos atuais monitores da ilha. O registro em vídeo da tradução foi gravado de maneira remota, em virtude do contexto pandêmico atual. Usa-se para embasar a discussão, a análise Textual (NORD, 2016) e as Modalidades de Tradução aplicadas à interpretação de Libras (NICOLOSO; HEBERLE, 2015). Na tradução em questão, foram encontradas sete das treze modalidades de tradução, seguindo os preceitos de Nicoloso (2015) que adaptou à Libras as Modalidades de Tradução de Aubert (1998) e são comentadas neste estudo. Nesta pesquisa ressalta-se a importância de se utilizar metodologias que permitam ao tradutor ter controle dos pontos relevantes do seu processo, bem como compreender todos os processos linguísticos ocorrentes para garantir a qualidade do texto final.


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