Sexualidad Salud y Sociedad (Rio de Janeiro)
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Published By Scielo

1984-6487

Author(s):  
Flávia Liparini Pereira ◽  
Nelson Filice de Barros

Resumo A autoetnografia performática é uma linha crítica, criativa, política e múltipla em que o corpo da/o escritora/escritor interage com outros corpos e tecidos para a produção de conhecimento anticolonial. O objetivo deste artigo é analisar criticamente os tipos de malhas que são produzidas por diferentes situações, ações e sensações experienciadas no corpo a partir das interações com outros corpos e leituras. Refletimos sobre elementos de silenciamento, embaçamento e colonização presentes ao longo da vida e no nosso cotidiano. Discutimos sobre a constituição das estruturas excludentes do conhecimento com a crítica à filosofia cartesiana e a denúncia da omissão dos saberes de corpos colonizados. Concluímos que revisitar nossas costuras, multiplicar possibilidades e difundir essas multiplicidades contribui para as identificações e reflexões sobre nós e sobre as diferentes teorias, visões e interpretações explanadas enquanto conhecimento.


Author(s):  
Bernardo Carlos S. C. M. de Oliveira

Resumo Neste artigo, escolhi o método autoetnográfico para narrar um processo pós-operatório que mudou minha vida. Compilei uma série de emoções, impressões, poemas e documentos coletados durante cerca de dois anos de recuperação. Ao fazer isso, tentei expandir a discussão e desafiar a noção do modelo médico acerca de um corpo “curado/fixo”, e até a ideia capacitista sobre o que seria um corpo “normal/ativo”. Este artigo almejou responder a questões como ‘o que significa ser um corpo deficiente em recuperação?’;‘Como o corpo deficiente deveria ser representado?’; e, antes que alguém possa perguntar, ‘o que aconteceu com você?’, eu busquei uma possível narrativa sobre mim, uma perspectiva centrada no paciente. O artigo está dividido em quatro partes, a saber: 1) ‘Aperto de mãos com Dr. Q’ - introdução; 2) ‘O que está acontecendo?’ - diagnóstico médico e suas especificidades; 3) Cura por meio de palavras - processo pós-operatório; e, na sequência, os meus 4) Pensamentos finais. Escrever como pesquisador na interseção entre o pessoal e o acadêmico foi uma decisão combinada da mente e um movimento do coração. Esse modo de escrever é sempre uma linha tênue a ser cruzada, mas com implicações frutíferas tanto para o campo dos estudos da deficiência quanto para a comunidade dos ‘não-deficientes’.


Author(s):  
Nicolas Wasser ◽  
Isadora Lins França
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Resumo Neste artigo, nos propomos a uma leitura crítica da noção de sexílio, que surge nos Estados Unidos, nos anos 1990, em referência à experiência de exílio vivida por homossexuais porto-riquenhos que deixaram seu país de origem por motivo de sua orientação sexual. Desde então, os sentidos atribuídos se multiplicaram em direção ao problema do pertencimento de sujeitos homossexuais em deslocamento. No decorrer do artigo, traçamos esta trajetória por meio de trabalhos que abordaram experiências de múltiplas negações de pertencimento, também descritas como o medo de voltar para casa. Em diálogo com Gloria Anzaldúa e Didier Eribon, entendemos que o sexílio pode ser um conceito que elucida a experiência se sentir-se estranho na própria origem. Na última parte do artigo, tratamos ainda da noção de “diáspora queer”, confrontando-a com a ideia de sexílio e apontando para suas contribuições e limites.


Author(s):  
Leila Abdala
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Resumen El artículo problematiza la categoría violencia obstétrica a partir de la emergencia de un cuadro moral/cognitivo de referencia que permite establecer el significado de la violencia en ciertas prácticas obstétricas vinculadas al parto. Se sostiene que las memorias y experiencias de los partos de las mujeres cis están siendo reconfiguradas a partir de la emergencia de una arena pública vinculada al derecho al parto humanizado en un contexto de construcción de la violencia de género como problema público en la Argentina reciente. En primer lugar, se retoman claves conceptuales del feminismo y la antropología de la reproducción para abordar a la violencia en términos analíticos. A continuación, se describe la emergencia de una arena pública vinculada a la disputa por el parto humanizado, y retoma la categoría de injusticia hermenéutica (Fricker, 2017) para problematizar la construcción de un nuevo marco cognitivo que dota de inteligibilidad las memorias y experiencias de los partos de mujeres cis. A modo de cierre, se señalan algunos sesgos cissexistas que reproducen las normativas y los colectivos por la humanización del parto.


Author(s):  
Alef Diogo da Silva Santana ◽  
Lucas Pereira de Melo

Resumo O objetivo do artigo é refletir criticamente sobre os impactos sociais da pandemia de covid-19 e as medidas de enfrentamento no cotidiano de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgênero, Intersexuais e outras identidades (LGBTI+) no contexto brasileiro. Inicialmente é realizado um resgate histórico das necessidades sociais e de saúde que pessoas LGBTI+, evidenciando a importância da compreensão da LGBTIfobia como um determinante social da saúde, além de retomar alguns marcos que resultaram na criação e implementação da Política Nacional de Saúde Integral LGBT. A partir disso considera-se como algumas vulnerabilidades são potencializadas com a emergência da pandemia e se mostram enlaçadas por estruturas de poder e iniquidades sociais. Por fim, algumas recomendações são aventadas, tendo em vista o caráter generalizado da covid-19.


Author(s):  
Camila Veloso Antunes ◽  
Fernanda Versiani ◽  
Carolina Mota Santos ◽  
Antonio Carvalho Neto
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Resumo O objetivo deste artigo é analisar as estratégias utilizadas por gays e lésbicas para evitar ou minimizar o estigma nos espaços de trabalho. Para tanto, baseia-se no conceito de estigma proposto por Goffman (1988). O método adotado foi o estudo de caso único. Foram realizadas entrevistas em 12 empresas localizadas no estado de São Paulo, Brasil. Ao todo, 15 profissionais foram entrevistados. A técnica de coleta de dados utilizada foi entrevista semiestruturada individual. Os resultados indicam que gays e lésbicas utilizam principalmente estratégias de acobertamento do estigma sexual. Eles preferem revelar a sua homossexualidade e lidar com as tensões geradas nas interações sociais, ao invés de ocultar tal informação. As estratégias encontradas foram: sinalização (deslizes intencionais); normalização (negam a existência do estigma sexual); e diferenciação (assumem a diferença e lutam contra o estigma sexual).


Author(s):  
Corina Maruzza
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Resumen Este trabajo argumenta que es urgente detener y revertir la patologización de las experiencias trans en la formación de psicología en Argentina. Para el abordaje de este problema, se presenta una propuesta basada en la combinación de dos enfoques teóricos: el de la salud mental comunitaria y el de los estudios trans. A partir de esta articulación, se propone, en primer término, realizar una lectura crítica que de cuenta del rol fundamental que la formación de psicología continúa teniendo con respecto a la patologización trans en Argentina. Y, en segundo término, introducir en la formación de psicología, aquellos conceptos provenientes del campo de los estudios trans que pueden realizar aportes muy significativos al campo de la salud mental para la comprensión adecuada de las experiencias trans. Se toma como caso de análisis un texto de orientación psicoanalítica de reciente publicación en este país. Y se presentan tres herramientas conceptuales en particular: escucha, transfobia y performatividad de género, tal como son planteadas en los desarrollos teóricos de Leila Dumaresq, Miquel Missé y Susan Stryker, respectivamente.


Author(s):  
Roberta Siqueira Mocaiber Dieguez ◽  
Fernanda de Carvalho Vecchi Alzuguir ◽  
Marina Fisher Nucci

Resumo Recentemente, popularizaram-se grupos de mulheres na internet e em encontros presenciais com o objetivo de compartilhar informações sobre sexualidade, reprodução, corpo feminino e seus processos de tratamento e cura. Esse ideário, em geral intitulado de “Ginecologia Natural”, parte da crítica à medicalização - que teria retirado das mulheres a autonomia sobre si, mantendo-as suscetíveis ao controle sobre seus corpos. Assim, os grupos valorizam aspectos associados ao feminino, mantendo inquestionado, contudo, o primado da diferença entre os gêneros e a noção de uma “natureza feminina” ancorada em um corpo biológico. A partir de uma pesquisa documental de manuais e materiais de referência sobre Ginecologia Natural coletados em dois grupos, este artigo reflete acerca da relação entre os movimentos de mulheres e o ideário da Ginecologia Natural, analisando as concepções sobre corpo, processos reprodutivos, e sexualidade femininos do ideário.


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