scholarly journals O medo de voltar para casa: revisitando o nexo entre (homo)sexualidades e deslocamentos a partir do conceito de sexílio

Author(s):  
Nicolas Wasser ◽  
Isadora Lins França
Keyword(s):  

Resumo Neste artigo, nos propomos a uma leitura crítica da noção de sexílio, que surge nos Estados Unidos, nos anos 1990, em referência à experiência de exílio vivida por homossexuais porto-riquenhos que deixaram seu país de origem por motivo de sua orientação sexual. Desde então, os sentidos atribuídos se multiplicaram em direção ao problema do pertencimento de sujeitos homossexuais em deslocamento. No decorrer do artigo, traçamos esta trajetória por meio de trabalhos que abordaram experiências de múltiplas negações de pertencimento, também descritas como o medo de voltar para casa. Em diálogo com Gloria Anzaldúa e Didier Eribon, entendemos que o sexílio pode ser um conceito que elucida a experiência se sentir-se estranho na própria origem. Na última parte do artigo, tratamos ainda da noção de “diáspora queer”, confrontando-a com a ideia de sexílio e apontando para suas contribuições e limites.

2016 ◽  
Vol 4 (8) ◽  
Author(s):  
Tania Pérez Bustos

<p class="p1">S<span class="s1">oy una femini</span><span class="s2">s</span><span class="s1">ta </span>autodidacta en estudios de ciencia y tecnología. Si bien en mi formación de pregrado y posgrado tuve grandes maestras feministas que aún inspiran mis búsquedas personales y profesionales, sólo devine feminista cuando me topé con la teoría feminista y sus cuestionamientos al conocimiento científico.</p><p class="p1">A diferencia de muchas de mis colegas, nunca me hice parte activa del movimiento; no marché ni fui proselitista. Llegué a saberme feminista cuando logré comprobar que mis preguntas personales sobre mis trayectos profesionales tenían resonancia con las reflexiones que autoras anglosajonas blancas, mestizas y negras, como Sandra Harding (1991; 1993) Donna Haraway (1988; 1996; 2004), Gloria Anzaldúa (1987a; 1987b) Chela Sandoval (1991; 1995) y bell hooks (1984; 1994) venían haciendo desde entrados los años ochenta sobre la objetividad, la transgresión, los puntos medios y ciborg, los lugares desde los que producimos conocimiento y las formas en que éste circula.</p>


Author(s):  
Matylda Figlerowicz ◽  
Doris Sommer

Latinx writers cross boundaries between languages, renovating the experience both of language and of literature. This article takes up the invitations of several creative/disruptive artists: Víctor Hernández Cruz, Guillermo Cabrera Infante, Ana Lydia Vega, William Carlos Williams, Gloria Anzaldúa, and Tino Villanueva. The analysis shows how bilingualism transforms rhetorical figures and affective structures, arguing that metonymy—understood as contiguity and as desire—is a predominant figure of bilingualism: a figure of almost arbitrary coincidence, an unintended intimacy that writers exploit. Through rhetorical and affective gestures, bilingualism alters genre conventions and opens a new space for aesthetic pleasure and political discussion, which requires and forms an alert audience with new ways of reading. The essay traces the visions of future (and its fantasies) and of past (and its memories) from the perspective of bilingualism, showing how operating between languages allows for new ways of constructing knowledge.


2012 ◽  
Vol 13 (1) ◽  
pp. 30-55
Author(s):  
Dilys Karen Rees ◽  
Joana Plaza Pinto
Keyword(s):  

Este artigo apresenta uma análise de respostas de estudantes a questões de discussão relativas ao texto Tlilli, Tlapalli - the path of the red and black ink de Gloria Anzaldúa (1999). A análise é baseada em conceitos tomados dos escritos de Anzaldúa, como fronteira e mestiza, do conceito de entrelugar (Bhabha (2003, bem como do conceito de estranho e familiar de Gadamer (1999). Os resultados do estudo mostram uma multiplicidade de leituras, ao mesmo tempo em que a posição fronteiriça de Anzaldúa - entre-lugares textuais, linguísticos, identitários etc. - foi interpretada como estranha e diferente nas reflexões dos estudantes, especialmente as rupturas do texto desta importante escritora.


2021 ◽  
Author(s):  
Glauce Souza Santos

Nesta carta, endereçada à Marília, minha psicanalista, e a todas as mulheres negras, reflito sobre a pesquisa que realizo no doutoramento. Faço isso, resgatando cenas de uma sessão específica, na qual, Marília fez, para mim, o que denomino sugestão-desafio, escrever sobre a importância do meu trabalho. Assim, confesso as minhas inseguranças diante da minha escrita e tento encontrar respostas para o fato de nem sempre estar convicta a respeito da sua relevância. Inspirada na carta que Audre Lorde (2019) fez para a sua terapeuta e na carta de Glória Anzalduá (2000) às mulheres escritoras do terceiro milênio, penso sobre a interação que há entre mim e Marília, e sobre o que me motiva a escrever. Ressalto sobre o investimento dos trabalhos artísticos de Tássia Reis, Preta Rara e NegaFya, na expressão de uma existência negra feminina distanciada da ideia de um eu desqualificado, e como esses trabalhos me ajudam a perceber um caminho para minha própria vida, pois, situam os corpos femininos negros e suas subjetividades no centro dos seus discursos. Nessa linha, aciono Guerreiro Ramos (1995) para tencionar a ideia de objetos de estudo, cuja realidade e identidade são definidas por outros, e Donna Haraway (1995) para refletir sobre os saberes localizados que requerem que o objeto do conhecimento seja visto como um ator e agente. Outra reflexão que faço é a respeito da minha relação com a música e a minha legitimação como pesquisadora no campo musical. Ainda aciono a noção de escrevivência, cunhada por Conceição Evaristo, para discutir sobre o desafio que é incluir o pessoal e o subjetivo como parte do discurso acadêmico, tendo em vista que a pessoalidade e subjetividade mais aceita na academia é aquela produzida pelo sujeito branco. 


2021 ◽  
Vol 3 ◽  
pp. e021008
Author(s):  
Natã Neves Do Nascimento

Esse artigo se propõe a refletir sobre a construção de novas narrativas dentro do conjunto de favelas do Complexo do Alemão e a forma como essa construção afeta os poetas e consequentemente o público presente no slam. Busco apresentar o Slam Laje que tem acontecido no Alemão através da minha experiência no campo que aconteceu no aniversário de 1 ano do evento. O Slam é um novo fenômeno da poesia oral e através de sua performance vem ganhando espaço em todo o País, através de suas batalhas os poetas da favela estão mandando o papo reto falando sobre racismo, homofobia e feminismo buscando a reflexão por parte do público. Serão analisados nesse trabalho alguns conceitos de identidade e representatividade a partir de estudos de Gloria Anzaldúa, Gayatri Spivak e Walter Benjamim.


Genealogy ◽  
2019 ◽  
Vol 3 (4) ◽  
pp. 62
Author(s):  
Andrea Pitts

This paper explores the relationship between disability and the aspirational health of the civic body through an analysis of the criminalization of immigration and the war on drugs. In particular, this paper utilizes tools from transnational disability studies to examine the formation and maintenance of a form of ablenationalism operating within immigration reform and drug-related policies. Specifically, the militarization of border zones, as well as the vast austerity measures impacting people across North, Central, and South America have shaped notions of public health, safety, and security according to racial, gendered, and settler logics of futurity. The final section of the paper turns to three authors who have been situated in various ways on the margins of the United States, Gloria Anzaldúa (the Mexico-U.S. border), Aurora Levins Morales (Puerto Rico), and Margo Tamez (Lipan Apache). As such, this article analyzes the liberatory, affective, and future-oriented dimensions of disabled life and experience to chart possibilities for resistance to the converging momentum of carceral settler states, transnational healthcare networks, and racial capitalism.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document