Jornal Brasileiro de Ginecologia
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Published By Zeppelini Editorial E Comunicacao

0368-1416

2021 ◽  
Vol 131 (2) ◽  
pp. 86-90
Author(s):  
Samantha Condé-Rangel ◽  
Willy Davila ◽  
Luiz Gustavo Brito

A incontinência urinária na mulher é uma alteração frequente e que causa um grande impacto negativo na qualidade de vida e no convívio social. A história médica e o exame físico detalhados são os primeiros passos para o diagnóstico correto dessa condição. A associação de questionários validados para a língua portuguesa com a aplicação do diário miccional e de testes para perda urinária complementam a avaliação inicial, reservando-se exames mais invasivos como o estudo urodinâmico para casos selecionados. O tratamento da incontinência urinária de esforço varia de medidas conservadoras até procedimentos cirúrgicos mais invasivos, e há uma lacuna entre esses dois extremos. Atualmente, têm sido propostos como alternativa em casos selecionados métodos minimamente invasivos, como o laser e a radiofrequência. O objetivo deste artigo é fazer uma breve revisão da utilização do laser vaginal para o tratamento da incontinência urinária de esforço na mulher.


2021 ◽  
Vol 131 (2) ◽  
pp. 91-94
Author(s):  
Luisa Guimarães Santos ◽  
Renato Augusto Moreira de Sá
Keyword(s):  

Usualmente, a toxoplasmose é considerada inofensiva para uma mulher não grávida, mas é potencialmente prejudicial durante a gravidez, especialmente no primeiro trimestre. Uma das principais consequências da infecção por Toxoplasma gondii em mulheres grávidas é a transmissão vertical para o feto. As mulheres grávidas que adquirem a infecção pelo Toxoplasma gondii geralmente permanecem assintomáticas, embora ainda possam transmitir a infecção aos fetos, com consequências graves. A toxoplasmose congênita pode causar doenças neurológicas ou oculares graves (levando à cegueira), bem como anomalias cardíacas e cerebrais. O cuidado pré-natal deve incluir a educação sobre a prevenção da toxoplasmose e exames de rastreamento.


2021 ◽  
Vol 131 (2) ◽  
pp. 95-97
Author(s):  
Renato Augusto Moreira de Sá ◽  
Paulo Roberto Nassar de Carvalho ◽  
Fernanda Campos da Silva ◽  
Fernando Maia Peixoto

Existem diferentes processos fisiopatológicos que podem colocar o feto em risco; assim, a eficácia dos vários testes fetais depende da condição fisiopatológica subjacente. Os processos fisiopatológicos que podem causar morte ou dano fetal são diminuição do fluxo sanguíneo uteroplacentário, diminuição da troca de gases no nível da membrana trofoblástica, processos metabólicos, sepse fetal, anemia fetal, insuficiência cardíaca fetal e acidentes do cordão umbilical. Doenças que levam ao sofrimento fetal crônico fazem-no por caminhos distintos, exigindo como consequência condutas obstétricas diferentes, segundo cada padrão de acometimento do concepto. Cada um desses processos está envolvido em um dos modelos de sofrimento fetal crônico e requer um padrão de vigilância materno-fetal específico para cada condição com o objetivo de evitar a morbimortalidade perinatal.


2019 ◽  
Vol 129 (2) ◽  
pp. 34-34
Author(s):  
Bárbara Soares de Oliveira Souza ◽  
Raquel Miguel Rodrigues ◽  
Karla Santa Cruz Coelho ◽  
Franci de Oliveira Barros ◽  
Daniela Bastos Silveira ◽  
...  

Introdução: A adolescência corresponde à fase da vida que decorre entre os 10 e os 19 anos de idade. É um período de transição entre a infância e a idade adulta. Nos últimos anos, o aumento dos casos de gestação na adolescência despertou o interesse da saúde pública em todo o mundo. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, é crescente a proporção da participação de meninas com idade entre 15 e 19 anos nos índices de fecundidade. No entanto, a gravidez nesse grupo populacional pode acarretar complicações obstétricas, com repercussões para a mãe e a criança, além de problemas psicossociais e econômicos, principalmente em decorrência das redefinições na posição social da mulher. Acredita-se, também, que há maior incidência de anemia materna, doença hipertensiva específica da gravidez, desproporção céfalo-pélvica, infecção urinária, prematuridade, placenta prévia, baixo peso ao nascer, sofrimento fetal agudo intraparto, complicações no parto e puerpério. No entanto, a gravidez pode ser bem tolerada pelas adolescentes, desde que recebam assistência pré-natal adequada. Objetivo: Identificar os casos de gravidez na adolescência ocorridos no município de Macaé, Rio de Janeiro (RJ), Brasil, no período de 2013 a 2018. Métodos: Estudo descritivo, transversal, quantitativo, realizado com base em dados fornecidos pela vigilância epidemiológica municipal, por meio de informações contidas nas declarações incluídas no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). Resultados: Durante o período analisado, observa-se tendência decrescente dos registros de gestação na adolescência no município. Na análise histórica do período de 2013 a 2018, houve redução de mais de 30% nesse indicador. No entanto, quando analisada a proporção de óbitos fetais e infantis, no ano de 2018, segundo a idade da mãe, a faixa etária que corresponde à adolescência materna respondeu com maior mortalidade (28,57%). Conclusão: Concluímos que a gravidez na adolescência, o parto e o óbito materno devem ser mais estudados, trazendo mais subsídios para a rede de atenção à saúde em Macaé, com o intuito de qualificá-la para o atendimento a essa faixa etária. Na atualidade, a gravidez na adolescência é fenômeno de grande importância e relevância social. Há grande questionamento sobre suas causas, seus riscos, suas consequências, vivências e possível problemática. Muitos a consideram como problema por ser precoce e indesejada, no entanto, ela pode ser desejada e motivo de status social na comunidade. Sabe-se que o número de partos na adolescência seria reduzido se tivéssemos políticas públicas mais eficientes destinadas às necessidades das adolescentes e de suas famílias.


2019 ◽  
Vol 129 (2) ◽  
pp. 33-33
Author(s):  
Mateus Benac Cavalcante ◽  
Denise Leite Maia Monteiro ◽  
Daniela Fortunato Auar ◽  
Julie Teixeira da Costa ◽  
Alexandre José Baptista Trajano ◽  
...  
Keyword(s):  

Introdução: A avaliação da morte materna em cada idade pode contribuir para melhorar a compreensão dos riscos gestacionais relacionados aos períodos da vida da mulher. Objetivo: Avaliar a taxa de mortalidade materna (TMM) e as causas de morte materna direta das adolescentes (10 a 19 anos), adultas (20 a 34 anos) e mulheres com 35 anos ou mais. Métodos: Estudo descritivo, de corte transversal, realizado com os dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), incluindo as mulheres que morreram por causa obstétrica direta no ano de 2016, estratificadas por idade. Resultados: Houve 1.670 óbitos maternos no Brasil em 2016, correspondendo à TMM de 58,4 por 100 mil nascidos vivos. A TMM foi menor nas adolescentes (42,7), seguidas pelas adultas (52,6) e as mulheres com 35 anos ou mais (108,7). Desses óbitos, 1.122 (67,2%) ocorreram por causas obstétricas diretas. Nos 145 óbitos maternos por causas diretas em adolescentes, a proporção das mortes foi: síndromes hipertensivas da gravidez (33,8%), infecções (16,6%), hemorragias (11,7%), gravidez ectópica e outros produtos anormais da concepção (9%), abortamento (6,9%), doenças tromboembólicas (6,2%) e outras causas (15,9%). Entre os 691 óbitos maternos por causas obstétricas diretas em adultas, a proporção foi: síndromes hipertensivas da gravidez (27,6%), hemorragias (18,2%), infecções (13,5%), doenças tromboembólicas (9%), gravidez ectópica e outros produtos anormais da concepção (6,5%), abortamento (4,9%) e outras causas (20,3%). Houve 286 óbitos por causas obstétricas diretas em mulheres com 35 anos ou mais, com as seguintes causas de morte: síndromes hipertensivas da gravidez (28,7%), hemorragias (26,9%), doenças tromboembólicas (8,4%), infecções (7%), abortamento (4,5%), gravidez ectópica e outros produtos anormais da concepção (4,2%), e outras causas (20,3%). As mulheres com 35 anos ou mais apresentaram chance de morte materna 155% maior em relação às adolescentes. Comparando esses dois grupos, a chance de morte por hemorragia mostrou-se 130% maior e a chance de morte por doenças tromboembólicas foi 45% maior nas mulheres com 35 anos ou mais em relação às adolescentes. Em que pese a menor TMM nas adolescentes, as causas das mortes maternas nessa faixa etária mostraram diferenças, com chance superior de óbito por síndromes hipertensivas da gravidez (22%) quando comparadas às adultas e chance superior de óbito por infecções (137%), gravidez ectópica (114%) e abortamento (52%) quando comparadas às mulheres de 35 anos ou mais. Conclusão: A TMM no Brasil é muito elevada e indica o comprometimento da assistência obstétrica e das condições de saúde da população. O risco de morte materna aumenta com o incremento da idade. As causas relacionadas à morte, porém, podem sofrer variações em relação à faixa etária, devendo-se atentar, além da hipertensão arterial em todas as faixas etárias, para as hemorragias nas mulheres com 35 anos e mais e para as infecções nas adolescentes.


2019 ◽  
Vol 129 (2) ◽  
pp. 31-31
Author(s):  
Clara Petrucio ◽  
Luiza Tomaz Vieira ◽  
Barbara Moura Lapera ◽  
Felipe Simões Nascimento ◽  
Gabriela Silva Freitas ◽  
...  
Keyword(s):  

Introdução: A gestação, o parto e o puerpério podem ter evolução desfavorável, levando a complicações graves e mortes materna e perinatal que, na maioria das vezes, podem ser evitadas. Após a publicação do Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (PHPN) pelo Ministério da Saúde (MS), 2002, observa-se a utilização crescente de parâmetros mínimos para adequada assistência pré-natal para gestantes de baixo risco. Objetivo: Avaliar a adequação da assistência pré-natal a pacientes que tiveram parto na maternidade do Hospital Universitário Antônio Pedro da Universidade Federal Fluminense (HUAP/UFF) entre 01/07/2015 e 30/06/2016 e fizeram acompanhamento pré-natal no mesmo hospital, segundo práticas consideradas benéficas para os desfechos perinatais contidas nas recomendações no PHPN/MS. Métodos: Trata-se de estudo retrospectivo, descritivo e observacional, que inclui as pacientes internadas para parto no HUAP/UFF no período de estudo e que fizeram pré-natal no mesmo hospital. Para adequação da assistência pré-natal, adotaram-se as recomendações do PHPN/MS: (a) início da assistência pré-natal até 16 semanas; (b) mínimo de seis consultas; (c) rotina de exames básicos de pré-natal na primeira consulta: tipagem sanguínea, hemoglobina e hematócrito, glicemia jejum, VDRL, anti-HIV e exame de urina (EAS), e no terceiro trimestre: VDRL, glicemia e EAS; (d) vacinação antitetânica (aplicação da dose imunizante — segunda dose — ou dose de reforço em mulheres já imunizadas). Resultados: Internaram-se 692 pacientes no período. Após exclusão de prontuários listados incorretamente (7) e repetidos por causa de reinternações (130), incluíram-se 555 prontuários para análise. Dessas pacientes, 438 (78,9%) internaram-se para parto e 187 (42,7%) fizeram pré-natal no HUAP/UFF. Quanto à adequação do pré-natal, 147/187 (78,6%) tiveram número total de consultas de pré-natal > ou =6 (média de 8,3±3,5 consultas). De 40 (21,4%) que tiveram <6 consultas, 25/40 (62,5%) foram encaminhadas ao HUAP/UFF no terceiro trimestre, sendo 24/25 (96%) encaminhadas por complicações obstétricas (pré-eclâmpsia, diabetes mellitus gestacional e malformação fetal). Houve início de pré-natal até 16 semanas em 79 (42,2%). Quanto à aplicação da dose imunizante da vacina antitetânica, 119 (63,6%) fizeram, 19 (10,2%) não fizeram e 48 (25,7%) não tinham registro em prontuário de dose feita ou não. Quanto à realização de exames laboratoriais básicos na primeira consulta e no terceiro trimestre, todas as gestantes fizeram os exames listados no PHPN/MS de acordo com a idade gestacional de início do pré-natal no HUAP/UFF. Conclusão: A maior parte das pacientes com < 6 consultas encontravam-se no terceiro trimestre, sendo encaminhadas por complicações obstétricas diagnosticadas nessa fase da gestação. O percentual de falta de registro no prontuário de dose imunizante da vacina antitetânica reflete inadequação de registros médicos em prontuário, prejudicando a assistência de pacientes, assim como a sua avaliação pela análise do prontuário.


2019 ◽  
Vol 129 (2) ◽  
pp. 30-30
Author(s):  
Gustavo Luis Alves Pizani ◽  
Ilveu Cosme Dias ◽  
Larissa Sales Carneiro ◽  
Leticia Melo ◽  
Lucas Fonseca Queiroz ◽  
...  

Introdução: A síndrome de Asherman caracteriza-se pela presença de aderências na cavidade uterina decorrentes de agressão endometrial, levando à obstrução parcial ou completa da cavidade ou do canal cervical e gerando amenorreia e infertilidade. A causa mais comum é a curetagem, e sua incidência após dois a três procedimentos é de 32%. O manejo cirúrgico com lise histeroscópica das aderências é o padrão ouro terapêutico e o principal desafio são as altas taxas de recorrência, especialmente em casos graves, que variam de 30 a 62,5%. Recentemente, a fim de evitar recidivas, introduziu-se, após a adesiólise histeroscópica, o balão intrauterino em formato de coração (heart-shaped intrauterine balloon). Os estudos demonstram taxas de recidiva de 15% após o uso do balão, além de taxa de concepção de 33,9% no acompanhamento. Objetivo: Avaliar o retorno do padrão menstrual fisiológico e da fertilidade após terapêutica com balão stent intrauterino e adesiólise histeroscópica em paciente com síndrome de Asherman. Métodos: Análise do uso do balão stent após adesiólise histeroscópica no período de agosto de 2018 e janeiro de 2019, em paciente de 34 anos, natural de Belo Horizonte, em amenorreia por oito meses, com dificuldade para engravidar. Apresenta histórico de múltiplas ressecções de miomas submucosos via histeroscopia. Realizou histerossalpingografia e vídeo-histeroscopia, antes e depois do uso do balão stent intrauterino. Primeiramente inseriu-se o balão de 3 mL, seguido por outro de 5 mL, com intervalo de 30 dias, ambos mantidos na cavidade intrauterina por 30 dias cada. Em associação ao uso do balão, realizou-se a terapia hormonal com estrogênio e progestagênio. Manteve-se o acompanhamento mensal em nível ambulatorial. Conduziu-se pesquisa de dados nas bases Scientific Electronic Library Online (SciELO), PubMed e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs). Resultados: Após a retirada do 1ª balão (3mL), a paciente ficou 30 dias em observação, sem o uso de hormônios, e apresentou sua primeira menstruação após os oito meses de amenorreia. Realizou-se nova histerossalpingografia, em que se visualizou a permeabilidade das tubas uterinas. Após o uso do 2ª balão stent, a paciente manteve o padrão menstrual fisiológico e retomou tentativa de gravidez por via natural, sem sucesso após quatro meses de acompanhamento. Conclusão: O uso do balão stent apresentou melhor perspectiva para pacientes em amenorreia decorrente da síndrome de Asherman grave, e, assim como a literatura médica descreve, a técnica apresenta benefícios para a recuperação do padrão menstrual. Entretanto, com a finalidade de restabelecer a fertilidade, o balão stent não foi capaz de demonstrar no curto prazo sua eficácia, tendo em vista que é capaz de impedir a neoformação de sinéquias, mas não é capaz de restabelecer a qualidade da cavidade uterina, mesmo com o uso de altas doses de estrogênio, contraposto pelo progestagênio. Para alcançar esse fim, são necessários outros procedimentos.


2019 ◽  
Vol 129 (2) ◽  
pp. 26-26
Author(s):  
Ludmira Fortuna Santos ◽  
Lilian Cassia Gomes Cintra ◽  
Karine Alves Matos ◽  
Gabriel Nogueira Silva ◽  
Danielle Brandão Nascimento

Introdução: As mamas são motivos de diferentes simbologias, a depender da cultura local. São símbolos da feminilidade e do amamentar, e, ao mesmo tempo, fontes de anseio e ternura. Quando na intimidade, se associam à sexualidade e ao regozijo. Quando mostradas em público, podem afirmar protesto e valentia. No entanto, também sofrem de enfermidades. As doenças que atingem essa glândula são inúmeras e diversificadas, sendo uma das mais preocupantes a neoplasia maligna de mama (NMM), por ser incidente em mulheres e a principal razão de óbito por câncer nesse grupo, no Brasil. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 59.700 casos novos de câncer de mama no país para cada ano do biênio 2018-2019, com um risco estimado de 56,33 casos a cada 100 mil mulheres. Quando não considerados os tumores de pele não melanoma, esse tipo de câncer é o segundo mais frequente nas mulheres da Região Sudeste. Objetivo: O presente trabalho objetivou analisar a morbimortalidade associada a neoplasias malignas de mama no Rio de Janeiro entre os anos de 2008 e 2018, com enfoque na necessidade de medidas preventivas e de educação à população. Métodos: Fundamenta-se em levantamento epidemiológico feito com base em dados do banco do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), conforme Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). Resultados: No período entre 2010‒2013 houve um aumento dos óbitos secundários à NMM, crescimento percentual de aproximadamente 40%. Já no ano subsequente, 2014, ocorreu redução dos casos, no entanto, seguiu-se nova elevação, atingindo o total de 837 óbitos, valor esse 18,4% maior que aquele obtido em 2013. Da totalidade de óbitos no período, 112 equivalem a óbito masculino, parâmetro que oscilou bastante de 2008 para 2018 em contraposição a um crescimento majoritário dos óbitos femininos. Cerca de 30% dos casos ocorrem na faixa etária de 50‒59 anos. Quanto à cor/raça, observou-se prevalência da cor branca, seguida da parda, por apenas 12,73% de diferença. Conclusão: Percebe-se a necessidade indubitável da prática de ações voltadas às mulheres que enfoquem a prevenção, primordialmente, e o diagnóstico precoce daquelas já acometidas pela neoplasia. A mamografia, exame de prevenção oferecido pelo SUS na faixa etária de 50 a 69 anos, entra como critério de diligência, já que analisando os dados entende-se que as idades mais acometidas estão justamente entre 50 e 59 anos no estado do Rio de Janeiro. Além disso, ações educativas que trabalhem no Dia das Mulheres e no Outubro Rosa são estratégias plausíveis para a explanação à população feminina sobre a severidade e a morbimortalidade da NMM, além da ênfase nos diversos fatores de risco relacionados a essa patologia.


2019 ◽  
Vol 129 (2) ◽  
pp. 36-37
Author(s):  
Ana Clara Tavares Wong ◽  
Denise Leite Maia Monteiro ◽  
Fatima Regina Dias de Miranda ◽  
Daniela Fortunato Auar ◽  
Mateus Benac Cavalcante ◽  
...  

Introdução: No Brasil, a porcentagem de nascidos vivos (NV) de adolescentes entre 10 a 19 anos demonstra ser um problema com importantes repercussões sociais. A taxa de fertilidade na adolescência no país é de 68,4/1.000 adolescentes, superando a média latino-americana e caribenha, a segunda maior do mundo. Apesar de estar ocorrendo redução de sua prevalência desde o ano 2000, especialmente no grupo entre 15 e 19 anos, essa queda não é uniforme em todas as regiões do país, pois é reflexo das condições socioeconômicas, das diferenças culturais, do acesso aos serviços e da não utilização dos métodos contraceptivos. Objetivo: Verificar a frequência da gravidez na adolescência no período de 2000 a 2016 e analisar o comportamento entre as faixas etárias de 10-14 e 15-19 anos. Métodos: Estudo de corte transversal referente ao período descrito, realizado por meio de busca no banco de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), com base nas declarações de NV do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). Resultados: A prevalência de NV de adolescentes em relação ao total de NV reduziu de 23,4% em 2000 para 19,9% em 2009 (de 750.537 para 574.766 NV). Tal redução também foi confirmada no número total de NV no país nesse período (de 3.206.761 em 2000 para 2.881.581 em 2009). Nos cinco anos seguintes, a prevalência de NV entre adolescentes em relação ao número total de NV ficou estagnada em 19,3% até 2013 e sofreu mínima queda para 18,9% em 2014. Registraram-se, no ano 2010, 552.630 NV de adolescentes e, em 2014, o número de bebês aumentou para 562.608, enquanto o total de NV no país também cresceu de 2.861.868 para 2.979.259, respectivamente. A partir de 2015, voltou a ocorrer redução na prevalência de NV em todo o país. Em 2015, nasceram 547.564 e, em 2016, 501.381 bebês de mães adolescentes, enquanto o número total de NV no país foi de 3.017.668 em 2015 e de 2.857.800 em 2016. Portanto, a prevalência de NV de adolescentes caiu em 2015 para 18,1% do total de NV e para 17,5% em 2016. Em relação aos grupos de idade materna entre 10‒14 e 15‒19 anos, isso se traduz como redução das taxas entre 2000 e 2009 em 23,4%, sendo 4% entre as meninas de 10‒14 anos e 24,1% entre as de 15‒19 anos. Entre 2010 e 2014, houve aumento de 1,8% (aumento de 4,4% na faixa de 10‒14 e de 1,7% na de 15‒19 anos). De 2015 a 2016 ocorreu diminuição de 8,4% (9,6% na faixa de 10‒14 e 8,4% na de 15‒19). No período total estudado, de 2000 a 2016, a redução foi de 33,2%. Conclusão: Houve importante redução na primeira década estudada. Nota-se que nos dois últimos anos desse período ocorreu a retomada da redução, já que durante cinco anos as taxas se mantiveram praticamente estáveis. Observamos também que a redução foi mais acentuada entre meninas de 15 a 19 anos.


2019 ◽  
Vol 129 (2) ◽  
pp. 38-38
Author(s):  
Ingrid Paiva Duarte ◽  
Léo Rodrigo Abrahão dos Santos ◽  
André Melo Faria ◽  
Jacqueline dos Santos Carvalho

Introdução: As síndromes hipertensivas associadas a proteinúria e edema estão entre as principais causas de morte materna. Entre essas síndromes, as mais presentes são a pré-eclâmpsia e a hipertensão gestacional, que ocorrem a partir da 20ª semana de gestação. A pré-eclâmpsia é determinada por hipertensão, proteinúria e/ou edema, e a hipertensão gestacional não cursa com essa tríade. No estágio inicial a doença é assintomática, mas, caso o tratamento não ocorra, pode progredir para formas graves como a eclâmpsia e a síndrome HELLP. A eclâmpsia é determinada por manifestação de crises convulsivas tônico-clônicas generalizadas, com uma ou mais crises e/ou coma em gestante com hipertensão gestacional ou pré-eclâmpsia. E a síndrome HELLP apresenta hemólise (H), elevação das enzimas hepáticas (EL) e plaquetopenia (LP). Objetivo: Identificar características epidemiológicas e demográficas, destacando aspectos relativos ao caráter e regime de atendimento, número de internações, faixa etária, raça e cor, número de óbitos e taxa de mortalidade. Métodos: A coleta de dados foi realizada por meio de pesquisa de informações na plataforma do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) do período de janeiro de 2008 a dezembro de 2018, na busca dos códigos CID-10 no grupo O10 - O16 (Edema, proteinúria e transtornos hipertensivos na gravidez, no parto e no puerpério), na plataforma SciELO e no manual técnico de gestação de alto risco. O estudo presente é de caráter quantitativo, epidemiológico, descritivo e transversal. Resultados: O estudo analisou 58.329 internações de janeiro 2008 até dezembro de 2018, observando crescimento de 152,5% e taxa de 10% de crescimento médio anual, com 73% das internações no serviço público. Dentro do Grupo O10 - O16, 38% foram diagnosticados com CID 10 - O14, hipertensão gestacional induzida pela gravidez, com proteinúria significativa, a pré-eclâmpsia. A média de permanência nos leitos foi de 3,8 dias, destacando-se o contraste entre as regiões metropolitana I, com 5,2 dias, e a Noroeste, com 2,83 dias. Das gestantes, 35% eram pardas, 45% possuíam faixa etária entre 20 e 29 anos, 92% dos atendimentos tiveram caráter emergencial, e no período de 2016 a 2017 houve um aumento de 56,5% nos atendimentos de emergência. Houve 56 óbitos de gestantes no período estudado, e a taxa de mortalidade por atendimentos foi maior por ocorrência em Belford Roxo (6,67% ao ano) e por residência em Paty do Alferes (0,85% ao ano), entretanto, o município de Campos dos Goytacazes teve o maior coeficiente de mortalidade materna (0,09/1.000 nascidos vivos). Conclusão: As doenças hipertensivas gestacionais são um problema de significativa relevância na saúde pública do estado. É inegável a importância de um maior investimento na melhoria dos serviços especializados em gestações de alto risco para o diagnóstico precoce e melhor manejo das possíveis complicações relacionadas.


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