Construção coletiva da subjetividade

<p class="LO-normal"><span>Em 2018 unimos as áreas de Língua Portuguesa, de Filosofia e de Psicologia para planejar e executar o Projeto de Ensino Transdisciplinar “Construção Coletiva da Subjetividade” (CCS)<em>,</em> que teve como objetivo possibilitar aos alunos ingressantes nas primeiras séries no Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Piauí, <em>campus </em>São João do Piauí, no estado do Piauí, práticas interativas voltadas ao desenvolvimento de competências socioemocionais. Este artigo apresenta uma síntese do trabalho realizado pelas responsáveis por cada área de conhecimento e seus aportes teóricos. Para análise do processo de construção da subjetividade, foram utilizadas, entre outras, as referências de Vygostsky, Josafá Gonçalves, Antonio Candido, Maria Luiza <span>Abaurre, </span>Paul Ricoeur,<span> PCNs, </span>Lei n° 9394/96 e BNCC com a finalidade de explorar e conhecer caminhos possíveis para que o professor/facilitador promova o desenvolvimento integral dos estudantes.</span></p>

A INFLUÊNCIA DOS DESENHOS ANIMADOS NA INFÂNCIA: um olhar a partir da teoria crítica

<p>Este trabalho objetiva analisar o processo social e econômico demarcado pela Indústria do consumo e da mercadoria, tendo como olhar específico a presença da criança nesse cenário mercadológico. O estudo é fruto das discussões do GEPEITC - Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação, Infância e Teoria Crítica da Universidade Estadual de Londrina. Para esse estudo buscou caracterizar a sociedade do consumo à luz dos fundamentos da Teoria Crítica, em sentido de buscar novos olhares para o objeto estudo – desenho animado – para além da lógica do consumo e da mercadoria. A metodologia utilizada é de natureza qualitativa com estudo teórico em autores como Adorno e Horkheimer (1995) e outros teóricos da Teoria Crítica e pesquisa de campo com estudo de caso. Para este estudo e pesquisa foi realizada uma análise dos desenhos que fazem parte do repertório de escolhas e preferências de crianças no contexto atual e uma entrevista semiestruturada com crianças entre 3 a 10 anos de idade. Como resultado, pode-se perceber uma influência significativa dos desenhos animados propostas pela indústria cultural na vida infantil, enveredando-se no campo do pensamento da criança por meio de escolhas, preferências, prolongamento do desenho em outras situações da vida infantil: brinquedos, acessórias, materiais escolares, etc.</p>

ARQUETIPOLOGIA E EDUCAÇÃO: CONSIDERAÇÕES PARA UMA PEDAGOGIA DO IMAGINÁRIO

<p>Através de um breve estudo acerca da teoria do imaginário do antropólogo francês Gilbert Durand, o presente artigo procura atentar para reflexões na área da Educação que digam respeito a essas propriedades tão humanas e tão negligenciadas pelas pedagogias dominantes: a <em>função fantástica</em>, a imaginação, o imaginário. De início procura-se elucidar acerca do pressuposto epistemológico durandiano: não há pré-determinações que deem conta de explicar o ser humano, não há tipologias; por outro lado, pelos estudos de uma arquetipologia que se mostra como um estudo do que é universal no ser humano enquanto espécie (os arquétipos), pode-se ter uma aproximação de e para práticas pedagógicas que percebam o humano como ele simplesmente se manifesta. Após isso há uma introdução à teoria de Durand e enfim algumas considerações reflexivas ligadas à Educação.<strong></strong></p>

A Importância Cultural da Arte na visão de Susanne Langer

Este artigo tem como objetivo apresentar a perspectiva de Susanne K. Langer sobre a importância cultural da arte, a partir da obra <em>Ensaios Filosóficos</em>, mais especificamente, a partir da conferência pronunciada na Universidade de Siracusa em 1958. Este trabalho tem como foco principal a identificação das formas simbólicas da arte, para que possamos distingui-las do simbolismo discursivo, assim como tem o propósito de investigar os tipos de expressão humana conforme a teoria estética de Langer, com base em algumas das suas influências mais importantes, tais como: Alfred North Whitehead e Ernst Cassirer.

A INFÂNCIA E AS BRINCADEIRAS NO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS: QUESTÕES PARA A FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DE PROFESSORES

<p>Este estudo tem como objetivo principal, demonstrar a relevância das brincadeiras para a aprendizagem e desenvolvimento da criança, bem como a necessária utilização dessas atividades como ferramenta de trabalho dos professores. Justifica-se a importância da temática, pois acredita-se que o perfil da criança que ingressa nos anos iniciais se caracteriza pela imaginação, pela curiosidade, pelo movimento e pelo desejo de aprender aliados à sua forma privilegiada de conhecer o mundo por meio do brincar. Dessa forma, o desconhecimento das especificidades da infância e do trabalho pedagógico nessa etapa da Educação Básica, pode levar às práticas equivocadas de desvalorização das atividades lúdicas em detrimento de exercícios que privilegiam a memorização das letras e dos números. De caráter bibliográfico, a pesquisa se pautou na perspectiva crítico-dialética, visto que essa concepção defende que o conhecimento se processa na e pela práxis. Os resultados evidenciam que muitos são os desafios para a efetiva absorção das brincadeiras no cotidiano da sala de aula. Daí a importância da formação inicial e continuada dos professores, para a melhoria das práticas lúdicas desenvolvidas com as crianças no contexto escolar. </p>

Olhares plurais na educação da infância: valores estéticos, éticos e políticos

<p>Este artigo objetivou analisar os olhares plurais da educação da infância e, mediante dados estatísticos, refletir sobre a condição da infância no Brasil, América Latina e no Mundo, destacando a relevância da educação na formação da criança e do adulto. Discutiu-se sobre a proteção e segurança da criança e o direito de ela ter à infância a fim de compreender sua complexidade perante algumas concepções que perpassam o campo educacional. Apresentaram-se os olhares plurais sobre a infância na perspectiva da condição social e humana no que tange aos valores estéticos, éticos e políticos; valores que contribuem para a afetividade, a criatividade, a sensibilidade e a percepção de si e do mundo; valores que dizem respeito ao direito de ela ter assegurada a própria vida, sem ser danificada, explorada, subjugada, denegrida ou sofrer qualquer tipo de violência; valores que incluem a cidadania do ser criança, com direito a ter infância, frequentar uma escola e sociabilizar-se com o outro na partilha da vida no mundo.<span> </span></p><div> </div>

CRITINFÂNCIA: NOVAS TRILHAS E SENTIDOS PARA A EDUCAÇÃO DA INFÂNCIA EM TEMPOS DE RESISTÊNCIA

<p>Este texto objetiva refletir sobre a infância, educação e teoria crítica em tempos de resistência, bem como o processo formativo docente em prol do sentido de educar a criança em torno da formação humana e emancipatória do ensino. Justifica-se por consideração ao trabalho desenvolvido em 2020 em meio à pandemia, com a organização do IV Simpósio Nacional e I Simpósio Internacional sobre a Infância, Educação e Teoria Crítica e, que partiu dos respectivos Grupos de Estudo e Pesquisa em Educação: GEPEITC – Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação, Infância e Teoria Crítica da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e do GEFOCS – Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação, Formação Cultural e Sociedade da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). A metodologia envolve os fundamentos de Teoria Crítica de Sociedade e outros diálogos críticos em torno da temática central do evento. Ainda, apresenta o trabalho formativo desenvolvido entre 06 e 09 de outubro do ano de 2020 envolvendo palestras, conferências, relatos de experiência, relatos de projetos de pesquisa dos respectivos grupos já nominados. As atividades desenvolvidas contaram com a participação de professores de várias instituições brasileiras e, ainda, de Portugal, Chile e Peru. Os resultados direcionaram para o olhar de (re) invenção e busca de novos sentidos ao processo formativo docente com vistas a desbarbarização do trabalho na educação da infância por meio da resistência e crítica imanente.</p>

Para os dias de desesperança

produção literária - poema

Chillida desde Heidegger: a Montanha de Tindaya ou o elogio do inútil

Análise do projeto <em>Montanha de Tindaya</em> do escultor Eduardo Chillida, a partir do pensamento de Martin Heidegger. Propõe-se uma perspectiva de interpretação que considera a exortação do sentido do inútil como pensamento e a obra de Chillida como plasticidade deste sentido.

A JUDICIALIZAÇÃO DA INFÂNCIA: Concepções em torno do trabalho infantil no Código de Menores de 1927

<p class="Corpo"><span lang="PT">Este artigo objetiva problematizar o processo de judicialização da infância a partir da promulgação do Código de Menores de 1927, no que tange à proteção da infância, discutindo algumas concepções em torno do trabalho infantil que se materializaram na lei. Com esse intento, tencionam por um lado, demonstrar, por meio de casos veiculados em jornais, os abusos de exploração do trabalho infantil e, por outro, indiciar as medidas previstas no Código para prevenir e ou regulá-lo. Destaca-se a importância da referida legislação no tocante à regulamentação do trabalho do menor no período histórico, analisando, para isso, um vasto repertório documental constituído por legislação, periódicos e livros. Em sua formulação, o Código de Menores visava regular o trabalho infantil de modo a resguardar a vida das crianças para o bem da pátria. Para isso, propugnava por uma educação voltada para o trabalho a partir das instituições disciplinares destinadas a preservar e regenerar a infância identificada como abandonada e delinquente.</span></p>