REMHU Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana
Latest Publications


TOTAL DOCUMENTS

426
(FIVE YEARS 138)

H-INDEX

7
(FIVE YEARS 2)

Published By Scielo

2237-9843, 1980-8585

2021 ◽  
Vol 29 (63) ◽  
pp. 193-210
Author(s):  
Deivison Mendes Faustino ◽  
Leila Maria de Oliveira

Resumo. Neste estudo, introduzimos o conceito de xeno-racismo, proposto pelo romancista srilankês Ambalavaner Sivanandan, discutindo as suas possíveis aplicações aos estudos sobre migração, diáspora e xenofobia no Brasil. Problematizamos as relações entre xenofobia e racismo diante das características históricas e sociais particulares do capitalismo no Brasil. Argumentamos que os critérios de aceitação e distinção em sociedades pautadas pela colonização ofereceram um cenário de distribuição desigual do acolhimento aos estrangeiros, a depender de sua origem e heteroclassificação nos marcadores sociais de diferença locais. Essa seletividade, aqui nomeada como xenofobia racializada, impõe características sociológicas próprias às dinâmicas migratórias no contexto particular brasileiro.


2021 ◽  
Vol 29 (63) ◽  
pp. 87-106
Author(s):  
Estella Carpi

Resumo Neste artigo, discuto a tendência do sistema humanitário de fornecer serviços às pessoas necessitadas em áreas afetadas pela crise baseando-se na nacionalidade. Através de dados coletados em pesquisas de campo com refugiados sírios, iraquianos, sudaneses e palestinos realizadas entre os anos 2011 e 2019 no Líbano, mostrarei como a hospitalidade pode ser empregada tanto como prática quanto como discurso. Neste último caso, explicarei como isso pode se transformar, de maneira problemática, em uma força de “etnização” na prestação de ajuda humanitária. Como resultado, de um uso conservador do discurso da hospitalidade, apresentarei o conceito de “humanitarismo compensatório” que atende aos habitantes locais como uma consequência da presença de refugiados. Contra esse pano de fundo, finalmente mostrarei como o sistema humanitário atual está longe de ser intergrupal, apesar de seus esforços para tornar os programas nacionalmente mistos. Na verdade, o humanitarismo simplesmente propõe programas mistos para, presumivelmente, dissipar as tensões intergrupais, revelando, portanto, uma neo-etnização das ajudas.


2021 ◽  
Vol 29 (63) ◽  
pp. 238-241
Author(s):  
Renata Ferreira da Silva ◽  
Juliane Sant’Ana Bento

2021 ◽  
Vol 29 (63) ◽  
pp. 107-122
Author(s):  
Iana dos Santos Vasconcelos ◽  
Igor José de Reno Machado

Resumo. Em 2018, o governo brasileiro lançou mão das Forças Armadas para administrar abrigos e gerir o crescente fluxo de migrantes venezuelanos/as na fronteira norte, estado de Roraima. Justificada enquanto missão humanitária, a Operação Acolhida, com sede em Boa Vista, revela os paradoxos de um duplo comprometimento entre acolher e manter a ordem. Por um lado, militares organizam abrigos, distribuem comida e doações e, por outro, seguem protocolos que exigem a vigilância e controle sobre os corpos e documentos. Com base em pesquisa de campo, com visita aos abrigos militarizados, o artigo aborda as políticas que circunscrevem as novas práticas; os critérios que legitimam a intervenção militar na gestão do acolhimento; as críticas da sociedade civil organizada; e algumas implicações desse processo para as políticas migratórias no Brasil.


2021 ◽  
Vol 29 (63) ◽  
pp. 13-20
Author(s):  
Luciano Zaccara ◽  
Maria do Carmo dos Santos Gonçalves

Abstract. This article aims to introduce aspects involved in studies on migratory dynamics in the Middle East and North Africa (MENA). In this sense, we present some historical dynamics for defining the territories of what is considered the MENA region, as well as highlighting the participation of these countries in the context of the migratory and humanitarian crises that have characterized the dynamics of mobility in and in the region. In such a context, we draw attention to the politicization of migratory phenomena and to the still sparse study and research initiatives that analyze the migratory dynamics of countries in the MENA region to the global south. Finally, the article introduces the discussions on migrations in the MENA region that are part of this dossier, inviting the reader to dialogue with different theoretical-methodological approaches on the migration phenomenon in that context.


2021 ◽  
Vol 29 (63) ◽  
pp. 159-177
Author(s):  
Itzel Eguiluz
Keyword(s):  

Resumen. La llamada feminización de las migraciones no es un fenómeno reciente, sin embargo, las mujeres no siempre se incluyen en las investigaciones. Su salud mental no ha sido abordada de forma específica, el síndrome de Ulises evalúa un conjunto de vulnerabilidades y estresores, pero no contiene una perspectiva de género. Por otro lado, el síndrome de Penélope es un concepto no homogéneo que tampoco contribuye a abandonar como el único perfil de mujer migrante el rol de ama de casa-madre-cuidadora. La salud mental de las mujeres en general parece estar relacionada de forma continua con los roles y estereotipos de género. Estas situaciones no permiten que la salud mental de las mujeres migrantes se evalúe de forma integral y considerando sus perspectivas individuales, sociales y culturales, por lo que aquí se discute la creación del síndrome de Nellie Bly.


2021 ◽  
Vol 29 (63) ◽  
pp. 211-231
Author(s):  
Ana Irene Rovetta Cortés

Resumen En la última década diecisiete países occidentales han adoptado “esquemas de patrocinio” como respuesta a la denominada “crisis de los refugiados”. La revisión y sistematización de cuarenta y tres textos publicados sobre tales iniciativas permite detectar importantes diferencias en el diseño y alcance de las mismas en cada una de las regiones del mundo en que se han implementado (Norteamérica, Oceanía, Europa y América Latina). Se advierte, asimismo, que son más los autores partidarios de este tipo de propuestas que aquellos que lo cuestionan, ya sea éste una vía privatizada de reasentamiento, un mecanismo de reunificación familiar, un canal de admisión humanitaria y/o, simplemente, un proyecto de acompañamiento lego. A través del análisis se identifican dos principios diferentes al principio de adicionalidad que caracterizó al modelo original de patrocinio canadiense y ello sugiere que las lecturas economicistas y/o humanitarias estarían eclipsando las interpretaciones políticas y centradas en un enfoque de derechos.


2021 ◽  
Vol 29 (63) ◽  
pp. 21-41
Author(s):  
Amin Moghadam ◽  
Safinaz Jadali

Abstract. In May 2019, remarks by the then Deputy Foreign Minister Abbas Araghchi implying Iran might ask Afghans to leave the country as U.S. sanctions tightened sparked widespread criticism from various segments of Iranian society. Critics from civil society and political factions accused Araghchi of using Afghans as leverage to extract concessions from Europe, and ignoring revolutionary ideals. Drawing on literature emphasising the role of mobilities in shaping the state, we posit that migration politics and related social dynamics are an integral element in state formation in post-revolutionary Iran, offering insights into the nature of Iran’s political system. We argue that the Islamic Republic’s immigration and asylum politics reflect both the revolutionary legacy and a political system striving for normalization, looking at how Iran’s migration regime was formed, encompassing the institutionalization of migration governance, ad hoc policies, migration diplomacy, conflicting political factions, and bottom-up social pressures.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document